Olá Kika...esse tópico - graças a Deus - rendeu hein?
Se ele colocasse o horizonte na "linha de força" superior, tirava o barco do "ponto de ouro" inferior direito e vice-versa. O fotógrafo optou por priorizar o barco num dos "pontos de ouro" enquanto que o ideal seria priorizar a linha do horizonteAí vale do que é mais importante para o fotógrafo. Por isso que a regra de composição não é uma "camisa de força" como vc mesma disse. De cara o que me bateu o olho foi a divisão da composição exatamente no centro, só me toquei na questão do ponto de ouro bem depois. Mas até dava pra relevar se não fosse a legenda...aí me complicou de vez. E como vc tb reparou ele fala do horizonte e não do barco.
nem todas as câmeras tem esses recursos de visualização na hora do clique. A minha pelo menos não tem. Então, o fotógrafo que não dispõe desse recurso tem que ter muita precisão e muito treino para acertar a linha, situando-a no ponto correto, nem acima, nem abaixo.Pra ser BEM sincero, não fazia a mínima idéia que alguma camera tinha esse recurso. Mas dá pra criar algumas soluções pra isso. Por exemplo usar os pontos ef do viewfinder pra marcação ou até mesmo usar o que os artistas antigos usavam pra auxiliar no desenho de observação, que era uma moldura de cartão com um acetato colado e em cima deste acetato vem a marcação dos terços. Mas dá pra fazer sem recurso nenhum, bastando treinar o olho. É obvio que querer colocar nos meridianos de tensão é um preciosismo. Qualquer forma que se usa de nao centralizar a composição e nao deixar mt perto da borda fatalmente acaba caindo nos terços. Um pouco mais acima, um pouco mais abaixo em uma fotografia é absolutamente aceitavel. Essas regras de composição foram criadas pq é muito diferente fazer uma marcação em uma tela do que em uma fotografia e,às vezes, compor demais a foto acaba fazendo ela ficar sem alma.
Engraçado é que enquanto eu escrevia este texto recebi de uma amiga o trailer de um filme e algumas cenas me chamaram atenção. Achei um ótimo exemplo de como desconstrir as regras de composição também propociona enquadramentos lindos (pelo menos eu acho fascinante).
Quanto à direção do barco não tinha muito o que fazer nesse enquadramento em específico porque esse barco em especial sempre estaria saindo de cena. No entanto, é bom conhecer essa regra também. Gostei de conhecer esses termos "meridianos de tensão" e "linhas de força".A questão da orientação dos elementos em uma composição também é um fator muito abordado, pois sugere-se que todos os elementos devem levar a direção do olhar pra dentro da composição e não jogá-lo pra fora. Se a proa do barco estivesse virada pra direita, levaria o olhar para fora da composição. Se este caso fosse verdade, o que tinha que ser feito era trazer o barco para a esquerda, onde ele estaria "entrando", e não "saindo".
Quanto aos termos, são coisas que aprendi na escola de belas artes, e foi passado por tradição oral. Não sei se é um termo de uso comum. Gosto de usá-los porque ilustram bem a idéia.
Também fiquei pensando se as linhas devem ser colocadas considerando ou não a moldura. A moldura é simétrica, acaba dando na mesma. Minha primeira idéia foi considerá-las.
Essas linhas que eu marquei na foto eu fiz no corel draw e usei a ferramente de alinhamento pelo centro. Ou seja, mais preciso, impossível...
Quanto ao "Assim se compõe um quadro" consegui comprar um exemplar na Estante Virtual,To te devendo um saco de jujuba por isso!
Espero também que as pessoas sintam-se à vontade para participar dessa discussão, cada um contribui com aquilo que pode. O importante é o interesse e vontade de explorar novos caminhos. Pois é, vejo muita gente por aí preocupada com que maquina comprar, qual a mlehor objetiva, melhor flash e tanta coisa, quando na verdade isso aqui que a gente está discutindo é tão fotografia (ou mais) quanto qualquer outro assunto.