[Paulo Arruda]

Aí que você se engana.
Quem não fica com problemas psiquiátricos é quem zoa, que tem sua auto-estima elevada. Mas quem é zoado, é outra história. E ninguém fica sabendo, porque quem é zoado não deixa transparecer senão é mais zoado ainda.
Falo por experiência própria. Não tenho problemas psicológicos (assim espero hehehehe) mas teve uma fase em que fui muito zoado na escola e eu com certeza seria uma pessoa melhor hoje se não tivesse passado por isso.
"Bom pro convívio em grupo"??? Bom pro convívio é fazer amigos ao invés de ser humilhado em público.

Cara... também falo por experiência própria... eu era dentuço, magrelo e tinha o pé enorme pra idade... e pra piorar ainda era goleiro do time... imagina o que era minha infância.
Não me causou problema algum.... nem aos meus colegas.

[toc83]

Galera tá com uma noção meio deturpada da realidade...
Existem danos SIM, à autoestima, confiança, afirmação como pessoa e por aí vai.
Sofri muito com as zoações "inocentes" no tempo de escola e nos anos 80... Nunca pedi pra me zoarem, não tinha opção! E os professores omissos não faziam nada. Quantas vezes meus pais foram à direção sem sucesso.
Tem que controlar sim, o mundo mudou, as crianças e adolescentes estão cada vez mais cruéis e tenho uma irmã adolescente que sofreu tanto bullying na última escola que passa por tratamento psiquiátrico até hoje.
Pensem mais antes de soltar certas coisas. Muita gente sofreu e sofre muito com as brincadeirinhas que vocês julgam "saudáveis".

[Humberto Yoji]

Uma coisa é zoar o seu amigo, outra coisa é zoar alguém mesmo sabendo que a pessoa não está gostando da brincadeira e você sequer tem intimidade com ela.

Sim, exatamente esse que é o ponto. Brincar com os amigos eu acho saudável sim, desde que fique apenas na brincadeira, e acho que é à esse tipo de zoeira que o Paulo se refere. Mas zoar a pessoa sem ter intimidade, apenas para deleite próprio e para "se mostrar" para as outras pessoas, aí sim, é bem prejudicial e causa danos psicológicos profundos. Eu também não tenho como saber se não seria uma pessoa melhor caso não tivesse sofrido com o bullying...

Paulo, eu também era goleiro da turma, durante toda minha infância e adolescência, mas acho que nunca fui zoado por conta disso, rsrs. 

[Renato Cavalcante]

Cara... também falo por experiência própria... eu era dentuço, magrelo e tinha o pé enorme pra idade... e pra piorar ainda era goleiro do time... imagina o que era minha infância.
Não me causou problema algum.... nem aos meus colegas.

Cada um reage à violência (verbal ou física) de uma maneira diferente.
Pergunta honesta, só pra ver se eu entendi o que você quer dizer: o certo é zoar todo mundo mesmo, quem tá errado é a porcentagem de pessoas que se afeta com isso?

[Claudio Rombauer]

Se existe uma minoria prejudicada, está deve ser protegida. É nossa obrigação.

[FMSalles]

Se existe uma minoria prejudicada, está deve ser protegida. É nossa obrigação.

Chamem o Chapolin Colorado!!! Brincadeira.... Não apenas uma minoria, se uma maioria estiver prejudicada, também deve ser protegida. Proteção à todos!!

O que eu vejo hoje é que existem diferentes tratamentos para tudo. Uma criança não pode ganhar um ovo que estimula que se "sacaneie" o colega, mas canta funk. Não pode, mas assiste Big Brother, tem facebook, assiste novela com cenas impróprias, tem smartphone, navega na internet. Não deveria, mas convive com violência, desrespeita os pais e os professores, sofre abandono, bebe cerveja (ou cahcaça mesmo), fuma e usa drogas.

Será que só o ovo é o problema?

[Mike Castro]

Sim, exatamente esse que é o ponto. Brincar com os amigos eu acho saudável sim, desde que fique apenas na brincadeira, e acho que é à esse tipo de zoeira que o Paulo se refere. Mas zoar a pessoa sem ter intimidade, apenas para deleite próprio e para "se mostrar" para as outras pessoas, aí sim, é bem prejudicial e causa danos psicológicos profundos.

Cara, acho que vc resumiu bem!

Uma brincadeira entre amigos, zuação, etc, é comédia demais... Já a ofensa, o desrespeito, isso sim deve ser combatido.

Eu, quando tinha 14 anos, era o mais baixo da turma. Tinha acabado de colocar óculos e não gostava de futebol. Pensa numa zuera sem fim...
Quando começou a ficar chato, peguei minha mesadinha, mais os trocadinhos que eu arrumava lavando os carros dos vizinhos, e comecei a ir pra academia. Segunda, quarta e sexta, kickboxing. Terça, quinta e sábado, capoeira. E musculação todo santo dia.
Em quatro meses, ganhei uns 8~10kg, e dei alguns chutes pra lá e pra cá, depois do primeiro dente que eu quebrei, nunca mais ninguém zuou. Não recomendo a violência pra ninguém, mas era minha única alternativa. Antigamente, não tinha essa preocupação toda da direção que há hoje.

[Song]

Bom...

Minha opinião é que tem que ter equilíbrio....

Nessa questão do ovo, na minha visão é um exagero.

Zoar e ser zoado na escola faz parte do aprendizado, te prepara para viver em sociedade.

CLARO, que EXTREMOS devem ser corrigidos, como foi o caso do colega que citou a irmã aqui no forum.

Fico imaginando, se nunca tivéssemos recebido uma zoadinha quando crianças, como encararíamos uma crítica no trabalho, uma zoadinha por causa da eliminação precoce no Paulistão....

Minha opinião é claro...

 

[Paulo Arruda]

Sim, exatamente esse que é o ponto. Brincar com os amigos eu acho saudável sim, desde que fique apenas na brincadeira, e acho que é à esse tipo de zoeira que o Paulo se refere. Mas zoar a pessoa sem ter intimidade, apenas para deleite próprio e para "se mostrar" para as outras pessoas, aí sim, é bem prejudicial e causa danos psicológicos profundos. Eu também não tenho como saber se não seria uma pessoa melhor caso não tivesse sofrido com o bullying...

Paulo, eu também era goleiro da turma, durante toda minha infância e adolescência, mas acho que nunca fui zoado por conta disso, rsrs. 

É isso mesmo Humberto. Acho que houve um desencontro de informações justamente aí... eu digo zoar dentro do grupo ao qual você pertence.
Aliás, sempre me referi a isso.
Agora eu era zoado por ser goleiro sim.... e olha que eu era o melhor da cidade...
Abs.

[cltctba]

Questão do ovo é exagero total. Também acho que o país no geral está cheio de mimimi. Mas este "fenômeno" é uma resposta natural à violência entre os jovens. Nas poucas vezes que assisto telejornais vejo meninas trocando tapas dentro da escola, batendo em professores, etc.
Comigo, até os 15 anos enfrentei alguns bullyings por ser um cara muito tímido e magrelo. Após isto o cenário se inverteu e era eu o "garoto mal". Hoje tenho um filho de 9 anos (extremamente tímido) que oriento a ser amigo de todos, sem discriminação. Oriento também que se começarem abusar - que ele não fique quieto. Desça o braço. Posso estar errado nesta orientação, mas ao meu ver quem sofre bullying tem que se defender, pois quando os parentes ou amigos ficam sabendo é porque o sofrimento já vem de muito tempo.
Dei esta mesma orientação para o pai de outra criança que era zoada na escola. O pai achou interessante e depois disto o piá virou o "capeta". Pelo menos agora é bem menos zoado. 
Enfim, existe todo este exagero porque as atitudes estão fugindo do controle. E não é culpa dos grupos de amigos, da escola, etc. A educação começa dentro de casa.

[Claudio Rombauer]

Concordo que há exagero no politicamente correto, principalmente nas questões raciais e também de minorias.

No caso do ovo eu fico dividido, pois ao mesmo tempo acho infeliz a campanha "sacaneie seu amigo".

Aqui na agência fizemos uma enquete e de 13 pessoas, 13 foram contra o ovo, coitado.

Mas a discussão é válida e vai além do ovo, o mundo politicamente correto é muito chato. Já vi coisas muito mais brandas que o ovo serem banidas, consideradas racistas, ofensivas, etc.

[Daniela Alves]

Algo que talvez valha a pena incluir na discussão também, é a questão do humor hoje em dia. Não sei se é coisa da minha cabeça, mas já perceberam que hoje em dia o humor aqui no Brasil (falo aqui do Brasil porque é o que eu mais tenho observado, não é nada do tipo "Ai, tudo no Brasil é ruim") se resume, basicamente, em ridicularizar alguém para se passar por engraçado? 
Isso sempre foi assim, ou se tornou mais evidente de uns tempos pra cá?

[vinicius83]

Foi se a época dos peitinhos na sessão da tarde...   

[Claudio Rombauer]

Algo que talvez valha a pena incluir na discussão também, é a questão do humor hoje em dia. Não sei se é coisa da minha cabeça, mas já perceberam que hoje em dia o humor aqui no Brasil (falo aqui do Brasil porque é o que eu mais tenho observado, não é nada do tipo "Ai, tudo no Brasil é ruim") se resume, basicamente, em ridicularizar alguém para se passar por engraçado? 
Isso sempre foi assim, ou se tornou mais evidente de uns tempos pra cá?

Pode ser sim! Por incrível que pareça, um drama sofrido por outra pessoa pode ser considerado engraçado e servir de diversão para alguns. Eu vi uma senhora obesa escorregar no piso do shopping com uma bandeja de comida cheia de sanduíches. Corri pra ajudá-la e um outro senhor e mais umas duas pessoas também a ajudaram, mas depois olhei em volta e, pasmem, tinha um monte de gente dando risada, se partindo de rir.

É normal aqui, quando uma pessoa toma um tombo, incentivar risadas, deleite alheio, muita diversão, quando não deveria ter graça.

Não é a toa que o que mais faz sucesso na tv do povo nos domingos são as videocassetadas, é basicamente gente se divertindo com os outros se machucando.

[Claudio Rombauer]

Foi se a época dos peitinhos na sessão da tarde...   

Ah ah ah, lembrei do filme "aperte os cintos, o piloto sumiu", o piloto coloca um menino de 10 anos do lado dele e fica perguntando se ele já esteve em uma sauna, se gosta de filmes de gladiadores, etc., jamais seria permitido nos dias de hoje.

Tem o filme da xuxa também, sem comentários.