Autor Tópico: O precesso da expressao e da relacao e transformacao.  (Lida 1072 vezes)

C R O I X

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Online: 30 de Abril de 2014, 17:41:34
Bom, existe muita coisa em comum em tudo que envolve expressao. Melhor ainda eh quando a expressao motiva se tornar um metre nas ferramentas e coordenacao motora e mental utilizada, ate o resultado final da transformacao, em que a pessoa ja nao se difere da atividade, ela passa a ser a atividade.

Esse explicacao acima eh uma maneira bem simplificada e banalisada de resumir extremamente algo bem mais complexo e filosofico. Mas o ponto aqui eh, se prestarmos bem atencao, esse algo em comum que existe naquilo que envolve expressao pode ser passada de uma area para a outra e assim aprender umas com as outras, ate o ponto de perceber que na verdade, o que torna tal filosofia e ensinamento transitavel eh o fato de serem exatamente a mesma coisa, nao importa do que esteja sendo dito ou onde esteja sendo aplicado.

Eu por exemplo, entre outros, observando os ensinamentos de bruce lee nas artes maciais, percebo que tem muito a ver ao que tambem se aplica a fotografia. Pq no fundo, o que importa nao eh a atividade, mas a expressao e essa transicao da relacao fisica para uma relacao mais transcedente:


http://www.youtube.com/v/kl1sS1kVAvA


Diogenes

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Resposta #1 Online: 30 de Abril de 2014, 19:14:44
Caraca...tem gente pirando o cabeção!
Se você acha que pode, você tem razão. Se acha que não pode, também tem razão. Você é quem sabe!


C R O I X

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Resposta #2 Online: 01 de Maio de 2014, 05:50:38
haha... eu entendo o seu angulo. Mas nao. Eu nao fumo, nao bebo (nem cafe), nao injeto e tomo medicamentos.

Aqui mais uma chance de entender... Veja que Lee estraiu essa essencia da expressao e transcedencia na atividade (marciais artes em questao) de filosofos e aplicou no que interessava a ele. E o mesmo vemos em demais areas.

O que significa que podemo aprender muito ou ate mais do que nunca, sobre uma determinada arte observando e estraindo conhecimento de outras formas de expressao, principalmente com os que nao so praticam, mas se tornam a propria arte e expressao.


http://www.youtube.com/v/_mGPqdM4evk
[/quote]


Aria

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Resposta #3 Online: 01 de Maio de 2014, 12:02:45
Acho fantástica essa entrevista do Bruce Lee.

Na dança flamenca existe um termo que acho muito bonito. Chama-se "El duende". Quase um estado de transe. E que eu acho que poderia se aplicar a muitas outras áreas.
Cada vez que penso mais, acho que para conquistar uma forma de expressão é necessário se desconstruir. Uma vez li um texto...acho que era de Shakeaspeare...falava sobre ser nada e ser tudo ao mesmo tempo. Acho que tem a ver com o tema do tópico.
« Última modificação: 01 de Maio de 2014, 12:03:47 por Aria »
"Una persona puede cambiar de nombre, de calle, de cara…pero hay una cosa que no puede cambiar… no puede cambiar de pasión".

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Resposta #4 Online: 01 de Maio de 2014, 14:53:40
Acho fantástica essa entrevista do Bruce Lee.

Na dança flamenca existe um termo que acho muito bonito. Chama-se "El duende". Quase um estado de transe. E que eu acho que poderia se aplicar a muitas outras áreas.
Cada vez que penso mais, acho que para conquistar uma forma de expressão é necessário se desconstruir. Uma vez li um texto...acho que era de Shakeaspeare...falava sobre ser nada e ser tudo ao mesmo tempo. Acho que tem a ver com o tema do tópico.

Sim, tem tudo a ver. E eh exatamente isso, eh se desconstruir para construir ou recostruir, ou melhor, se remoldar. Eis o processo criativo.

John Berger descreve o prazer da apreciacao artistica naquilo que nos faz senti familiar mesmo nunca tendo visto, ao mesmo tempo nos faz sentir interessante como algo novo mesmo trazendo uma certa familiaridade.

Essa estranha e esquisita familiaridade que se eh sentida, e quando se preta atencao a tal experiencia, pode estar muito relacionada a uma essencia ao qual da origem a expressao criativa (humana) ao qual todos ja devemos uma vez ter vivenciado em algum estagio em nossa vida. E isso se encaixa na filosofia de Spinoza, que acreditava que deus nao passava de uma certa essencia energetica onde tudo tem origem e que por isso essa essencia esta em tudo. E que se pararmos para prestar atencao e sentir tal energia, passamos a sentir essa experiencia da criacao e expressao, e sentir mais conectado a tudo e a todos, mais familiarizado a tudo e a todos.

Aldous Huxley, no seu livro "The doors of perception", descrevia tal experiencia descrevida por Spinoza de maneira similar. So que Spinoza de maneira natural. Huxley atravez da mescalina.

Tamvem acho que tudo isso tem a ver com o que Jiddu Krishnamurti diz, sobre nao se comparar jamais aos demais. Ao se comparar vc cria divisao. Ao criar divisao vc cria espaco entre as coisas e pessoas em sua volta. E ao se criar espaco vc cria tempo, pelo qual as percepcoes e experiencias viajam pelo espaco entre vc e as coisas com que se relaciona.
Ja eliminando tal espaco tambem se elimina o tempo, e se conecta as coisas e pessoas como uma unica coisa, tornando se assim a sua propria expressao, movmento, que contem tambem a expressao do mundo ao qual vc ja faz parte.

E nao eh atoa que tal experiencia traz um certo sentimento de vivenciamento do exato momento, ou de forma mais extrema o da propria eternidade, se sentindo ilimitado, ou como alguns descrevem, como se pudesse ver e sentir todos os cantos do mundo atravez de uma janela, e o movimento de tudo fizesse parte do seu proprio movimento, e vice versa.

No final, vemos que inumeros filosofos, pensadores e artistas dizem na verdade exatamente sobre a mesma coisa, mas por se tratar de algo nao fisico fico dificil de verbalizar, vindo assim as diferentes maneira de se explicar, mas so sendo possivel de realmente entender quando vivenciado, ou mantendo na memoria tal vivencia quando tido, nem que seja por um breve momento.

Mas eu acho que ele diz isso de maneira inversa.