Autor Tópico: Trazer Hasselblad dos EUA  (Lida 15256 vezes)

RafaZ

  • Trade Count: (4)
  • Colaborador(a)
  • ****
  • Mensagens: 2.331
  • Sexo: Masculino
  • Devagar e quase sempre.
Resposta #15 Online: 12 de Maio de 2014, 10:48:17
Para a Receita, você não está "trazendo". É um item de uso pessoal. Assim como você pode estar usando uma camiseta de 10 reais ou um terno de 10 mil dólares. Uma sacola da CVC ou uma bolsa de grife.
Kodak Ektra 100 | Flash Magicube


Rick99

  • Trade Count: (4)
  • Colaborador(a)
  • ****
  • Mensagens: 2.286
  • Sexo: Masculino
  • Amador
Resposta #16 Online: 12 de Maio de 2014, 11:04:50
Para a Receita, você não está "trazendo". É um item de uso pessoal. Assim como você pode estar usando uma camiseta de 10 reais ou um terno de 10 mil dólares. Uma sacola da CVC ou uma bolsa de grife.

Foi isso q questionei no inicio.
Roupas são praticamente isentos, independente do preço (desde q não estejam com etiquetas para troca)...
Se pode trazer e é de uso pessoal, não entendo pq as pessoas ficam encanadas de trazer iPhone e câmeras caras.


Claudio Rombauer

  • Trade Count: (2)
  • Colaborador(a)
  • ****
  • Mensagens: 4.643
  • Sexo: Masculino
Resposta #17 Online: 12 de Maio de 2014, 11:28:07
não entendo pq as pessoas ficam encanadas de trazer iPhone e câmeras caras.

No caso das câmeras caras é só a questão do valor elevado. Uma coisa é arriscar com uma 1Dx, D4s, relativamente baratas, outra coisa é passar com uma Phase One.

Mas muito disso é pela falta de confiança na receita federal, por algum motivo eu não sinto que eles estão do nosso lado.
« Última modificação: 12 de Maio de 2014, 11:29:43 por Claudio Rombauer »


Rick99

  • Trade Count: (4)
  • Colaborador(a)
  • ****
  • Mensagens: 2.286
  • Sexo: Masculino
  • Amador
Resposta #18 Online: 12 de Maio de 2014, 11:31:52
No caso das câmeras caras é só a questão do valor elevado. Uma coisa é arriscar com uma 1Dx, D4s, relativamente baratas, outra coisa é passar com uma Phase One.

Mas muito disso é pela falta de confiança na receita federal, por algum motivo eu não sinto que eles estão do nosso lado.

Exatamente. Concordo 100%. Justamente por causa disso que fico com um pé atrás.


ALEXFIGUEIREDO

  • Trade Count: (20)
  • Referência
  • *****
  • Mensagens: 5.614
  • Sexo: Masculino
  • KeepWalking
    • Flickr
Resposta #19 Online: 12 de Maio de 2014, 12:29:37
Não tem nada especificado na Lei. É o conceito de Bagagem que entra em análise para possibilitar a entrada de câmera e celular.

http://oglobo.globo.com/boa-viagem/novas-normas-da-receita-federal-sinal-verde-cameras-celulares-2946123


http://www.receita.fazenda.gov.br/Aduana/viajantes/PerguntasRespostas/Default.htm
Nikon D800 - Nikon D7100
NikkorAF-S 24-70 2.8 / AF-S 70-200 2.8 VRII / AF-S 105 2.8G Micro / SB 910
Manuais Mamiya 150 Sekor C 1:4 / Nikkor 105 1:2.5 Pré-AI



AlexandreS

  • Trade Count: (2)
  • Colaborador(a)
  • ****
  • Mensagens: 4.250
Resposta #20 Online: 12 de Maio de 2014, 14:03:46
É uma questão de interpretação. Não é que vc possa trazer uma câmera com uma lente de fora, o que acontece é que com a extinção da Declaração de Saída Temporária de Bens, vc não tem mais como declarar que está saindo do país levando sua câmera. Para simplificar a vida dos viajantes, a RF incluiu a câmera dentro do conceito de itens de uso pessoal, assim vc pode ir para o exterior levando sua câmera e trazer ela novamente sem maiores problemas, da mesma forma que faz com um celular ou um relógio. Caso contrário, vc só poderia sair se tivesse a NF ou o comprovante de retenção de impostos caso tivesse comprado ela fora em viagem anterior.

Claro que todo mundo usou esta "brecha" para trazer câmeras de fora. Ou seja, a alteração no conceito foi feita para garantir uma certa facilidade para quem sai do país a passeio portando uma câmera fotográfica, mas está sendo usada para se trazer câmeras fotográficas novas, disfarçadas de usadas, de fora. Só que tem uma parte no texto da RF que pode complicar, que é o "desde que compatível com as circunstâncias da viagem".  Então não existe garantia nenhuma, se o fiscal tiver algum conhecimento e considerar que uma Phase One não é compatível com uma viagem turística de uma semana a Nova York, pode complicar.

A aplicação deste conceito é bem comum nas fronteiras secas. Uma vez fiz  uma consulta na secretaria da RF na fronteira Brasil x Uruguay e a fiscal disse que se for para o Uruguay fazer compras e na volta  tentar passar com uma câmera e cair na fiscalização, vai perder a câmera, já que o fiscal vai considerar que vc atravessou a fronteira para comprá-la. Agora se comprovar que estava viajando pelo Uruguay, seja com notas de hotel ou tickets de combustível, e a câmera estiver usada, provavelmente conseguirá passar sem problemas, provavelmente porque o fiscal irá considerar que vc levou a câmera para registrar o passeio.

Canon 60D - Canon 450D XSi
Tamron 17-50 f/2.8 VC - EF 50mm f/1.8 - EF 28-135 USM IS - EF-S 55-250 IS
SMC Takumar 50mm f/1.4 - S-M-C Takumar 135mm f/2.5 e mais alguns vidrinhos M42
Speedlite 430EX II - YongNuo YN460


Claudio Rombauer

  • Trade Count: (2)
  • Colaborador(a)
  • ****
  • Mensagens: 4.643
  • Sexo: Masculino
Resposta #21 Online: 12 de Maio de 2014, 14:05:39
É uma questão de interpretação. Não é que vc possa trazer uma câmera com uma lente de fora, o que acontece é que com a extinção da Declaração de Saída Temporária de Bens, vc não tem mais como declarar que está saindo do país levando sua câmera. Para simplificar a vida dos viajantes, a RF incluiu a câmera dentro do conceito de itens de uso pessoal, assim vc pode ir para o exterior levando sua câmera e trazer ela novamente sem maiores problemas, da mesma forma que faz com um celular ou um relógio. Caso contrário, vc só poderia sair se tivesse a NF ou o comprovante de retenção de impostos caso tivesse comprado ela fora em viagem anterior.

Claro que todo mundo usou esta "brecha" para trazer câmeras de fora. Ou seja, a alteração no conceito foi feita para garantir uma certa facilidade para quem sai do país a passeio portando uma câmera fotográfica, mas está sendo usada para se trazer câmeras fotográficas novas, disfarçadas de usadas, de fora. Só que tem uma parte no texto da RF que pode complicar, que é o "desde que compatível com as circunstâncias da viagem".  Então não existe garantia nenhuma, se o fiscal tiver algum conhecimento e considerar que uma Phase One não é compatível com uma viagem turística de uma semana a Nova York, pode complicar.

A aplicação deste conceito é bem comum nas fronteiras secas. Uma vez fiz  uma consulta na secretaria da RF na fronteira Brasil x Uruguay e a fiscal disse que se for para o Uruguay fazer compras e na volta  tentar passar com uma câmera e cair na fiscalização, vai perder a câmera, já que o fiscal vai considerar que vc atravessou a fronteira para comprá-la. Agora se comprovar que estava viajando pelo Uruguay, seja com notas de hotel ou tickets de combustível, e a câmera estiver usada, provavelmente conseguirá passar sem problemas, provavelmente porque o fiscal irá considerar que vc levou a câmera para registrar o passeio.

Muito esclarecedor, este texto explica aquela discussão sobre a rigidez do aeroporto de foz do iguaçu, onde me pediram nota do equipamento.


lsd

  • Trade Count: (8)
  • Colaborador(a)
  • ****
  • Mensagens: 1.039
  • Sexo: Masculino
Resposta #22 Online: 12 de Maio de 2014, 19:41:20
Claudio, não vejo problema nenhum em um turista levar sua Hassel para uma viagem ao exterior. O escopo da viagem e a excentricidade do viajante não entram na forma como a tributação é feita.

Se vc estiver dentro da lei - que prevê o turista comprar uma camera e fazer fotos da viagem com ela - o que a receita vai poder falar?

O que um fiscal mais astuto poderia argumentar é o seguinte: que a camera é objeto de decoração... ai entraria na cota... mas se vc conseguir mostrar que trata-se de um objeto de uso (uma camera que funciona como tal e que tem fotos, vc pode bater uns filmes e revelar num dos vários labs de NY), ou seja, se vc agir dentro do que a lei determina, o que resta ao oficial falar?



Kokimoto

  • Trade Count: (30)
  • Colaborador(a)
  • ****
  • Mensagens: 4.114
    • Mototuristas
Resposta #23 Online: 12 de Maio de 2014, 22:50:10
lsd, é que a lei não fala que pode comprar e trazer uma câmera. A explicação do AlexandreS está perfeita. :ok:
D600 - E-M10


RafaZ

  • Trade Count: (4)
  • Colaborador(a)
  • ****
  • Mensagens: 2.331
  • Sexo: Masculino
  • Devagar e quase sempre.
Resposta #24 Online: 13 de Maio de 2014, 00:09:43
...
Claro que todo mundo usou esta "brecha" para trazer câmeras de fora. Ou seja, a alteração no conceito foi feita para garantir uma certa facilidade para quem sai do país a passeio portando uma câmera fotográfica, mas está sendo usada para se trazer câmeras fotográficas novas, disfarçadas de usadas, de fora. Só que tem uma parte no texto da RF que pode complicar, que é o "desde que compatível com as circunstâncias da viagem".  Então não existe garantia nenhuma, se o fiscal tiver algum conhecimento e considerar que uma Phase One não é compatível com uma viagem turística de uma semana a Nova York, pode complicar.
...

Não considero que seja uma brecha. Devemos lembrar que os bem de uso pessoal são os usados em uma viagem, e em nenhum momento no site da Receita há qualquer restrição sobre onde os bens são adquiridos. Uma pessoa pode sair do país só com a roupa do corpo e retornar com uma mala cheia.

O conceito de bens não compatíveis com a viagem dificilmente poderia englobar modelos específicos de câmera, pelo simples fato de ser praticamente impossível determinar com exatidão quais modelos são compatíveis com turismo, e quais não são.
Esta questão de bens compatíveis com a viagem é para inibir casos como de um amigo meu, que ficou 2 dias nos EUA e voltou com 130 camisetas. Aí é apreensão sem choro nem vela.
Kodak Ektra 100 | Flash Magicube


lsd

  • Trade Count: (8)
  • Colaborador(a)
  • ****
  • Mensagens: 1.039
  • Sexo: Masculino
Resposta #25 Online: 13 de Maio de 2014, 00:46:34
Exato.

É uma questão de critério.

Uma coisa é ficar 1 semana, comprar uma máquina, 1 jaqueta, 1 perfume, sair com a jaqueta na rua, bater fotos... outra é passar 2 dias e comprar peça de moto, 20 camisetas, roupa de frio numa viagem no verão, roupa de bebê (e o cara viaja sozinho), torneira, chuveiro, ducha ginecológica, 16 lâmpadas de led, batedeira, ar condicionado portátil...

Se fosse uma Pentax 67, talvez o fiscal achasse estranho, mas meu, e se a pessoa foi pra algum parque nacional fazer foto de paisagem?



Claudio Rombauer

  • Trade Count: (2)
  • Colaborador(a)
  • ****
  • Mensagens: 4.643
  • Sexo: Masculino
Resposta #26 Online: 13 de Maio de 2014, 00:49:16
Essa questão do critério tem passado batida, vou explicar.

A maioria dos meus conhecidos viaja pros EUA pra fazer enxoval de neném. Conheço uns 10 que fizeram isso, meu irmão fez 3x, voltou com malas lotadas, até carrinho de neném.

E eu pergunto, onde está o neném? Ta na cara que não é uso pessoal.


lsd

  • Trade Count: (8)
  • Colaborador(a)
  • ****
  • Mensagens: 1.039
  • Sexo: Masculino
Resposta #27 Online: 13 de Maio de 2014, 01:56:18
Sim mas o "critério" aplica-se a quem opta por declarar ou é retirado do canal "nada a declarar" e orientado a passar a bagagem pelo raio-x (sem direito a fazer uma DBA). Não se aplica a quem opta por passar pelo "nada a declarar" e não tem que passar pelo raio-x do "nada a declarar"...

(para esclarecer aos colegas... desculpa mas eu não viajo muito pelo país, eu tenho ido/voltado apenas por GRU, e lá tem 2 filas distintas - "declarar" e "não declarar"... na de "declarar" vc cai logo numa sala com máquinas de rx e fiscais, vc passa as suas coisas, olha as coisas com o fiscal, que confere a sua DBA pra ver se bate com as coisas, e te manda pra um PC preencher a DARF, depois vc sai disso, paga no banco, volta e pega as suas coisas... no caso do "nada a declarar", varia do dia/horário... o "normal" nos últimos tempos é todo mundo passar tudo por um rx, ai fica um fiscal acompanhando, se tem algo "suspeito", te mandam pra sala do "declarar", só que vc entra em outra fila, distinta da outra dos que optaram por voluntariamente declarar, e ai o humor do fiscal nessa fila que vem dos "nada..." costuma ser diferente, pois pressupõe-se que ali só tem passageiro "desonesto"... e ai rola liberação, apreensão ou multa. Às vezes, em GRU não tem esse esquema de passar tudo no rx no canal "nada...", o pessoal manda ir embora direto, como era antigamente... sem passar em inspeção nenhuma)

Só lembrando que durante a copa ou mesmo dias antes, é possível que a fiscalização esteja mais restritiva, até por questões de segurança devido à copa...
« Última modificação: 13 de Maio de 2014, 01:58:26 por lsd »


Pope

  • SysOp
  • Trade Count: (31)
  • Referência
  • *****
  • Mensagens: 6.203
  • Sexo: Masculino
    • Renato Pope
Resposta #28 Online: 13 de Maio de 2014, 07:08:41
Só uma dica para você Cláudio, nem sonhe em voltar com o AA 203 Miami direto Curitiba, todo mundo passa no RaioX! Para muambagem é horrível!  :D
Eu não teria stress de trazer a Hassy ou Phase One com uma lente!
Nesta minha última ida a NY, quando trouxe a 24 PC-E levei a F5 para não me stressar com o fiscal, no fim das contas não aconteceu nada!
"If you wanted a cheap profession to get into you picked the wrong one."Zack Arias
Flickr


RafaZ

  • Trade Count: (4)
  • Colaborador(a)
  • ****
  • Mensagens: 2.331
  • Sexo: Masculino
  • Devagar e quase sempre.
Resposta #29 Online: 13 de Maio de 2014, 08:10:03
O que o Cláudio falou aconteceu comigo. Em novembro passado fui parado no raio x, tive a bagagem revistada, e no fim das contas só encanaram com a câmera. Conversei e não paguei nada. Tinha 2 lentes avulsas e umas 20 peças de roupa de bebê. Não paguei nada.
Kodak Ektra 100 | Flash Magicube