C R O I X, me perdoe se a interpretação for ruim, muito se deve ao meu inglês, que é péssimo. Acho o tom profético e pessimista (não é uma crítica de valor, não estou dizendo que é ruim, estou tentando entender), não concordo com "world full of creative and no creative people producing with no limits". Acho quase o contrário da formulação inteira.
Pra mim estamos vivendo um momento de florescimento. TEM GENTE PINTANDO NAS CALÇADAS, tem arte sendo levada das paredes das ruas para dentro dos museus.
O que talvez fizemos, e vamos continuar fazendo é parando de romantizar processos, permitindo que todos toquem seus ideais.
(correndo o risco de não ter entendido nada do texto)
O que eu quiz dizer nessa parte que tambem eh um resumo do texto em uma frase, eh que o ecesso de informacao e acesso a criacao, apesar do beneficio de poder ver muito mais trabalhos como tambem de praticamente qualquer um poder fazer parte, ate mesmo no sentido da arte de rua que tem um imensso beneficio com os stencils desenhados no photoshop e imprimidos para usar como forma nas paredes, ou o acesso financeiro as tintas, rolos e spreys, alem do mundo de inspiracao atravez do compartilhamento de fotos de arte de rua na internet e tutoriais para se aprender a fazer arte de rua em casa, todo esse ecesso de informacao tem seu efeito colateral que eh a resaca, essa resaca eh a indiferenca que aspessoas passam a ter pelas coisas que comecam a presenciar constantemente, pelo volume de informacao menos aprofundado para dar tempo de digerir antes do volume de informacao seguinte, e a sim o mundo passa a ser mais "vazio" de certa forma. Isso se reflete na politica, na midia, ate no sexo e nao diferente nas artes.
E o que fazer depois da bebedeira? Depois do abuso? Depois da orgia? Chega uma hora que de tanto beber as pessoas ja nao bebem para ficarem bebadas ou alegres, ja nao ha mais prazer na bebida, as pessoas bebem pela ideia ou conceito da bebida e nao pela bebida em si. A mesma coisa a informacao. De tanta informacao chega uma hora que as pessoas ja nao querem realmente ter informacao mas sim meramente serem midiadas, pela ideia da informacao e nao pela informacao em si. A mesma coisa a politica, e a mesma coisa o sexo. Muitas pessoas, com o ecesso de estimulos sexuais ja nao tem prazer no sexo em si, mas somente na ideia do sexo. O mesmo para as artes.
E nesse mundo hiper materialista, hiper real (o que tambem eh uma ilusao), as artes tem sido ditada mais pelo mercado financeiro e publicitario do que por artistas em si.
Existe um livro muito bom chamado "Amusing ourselves to death" (Nos entretendo ate a morte), que explica a relacao sobre o desenvolvimento tecnologico em relacao ao acesso a informacao e instrucao, e suas consequencias.
Obviamente, esse nao eh um processo novo. Os Gregos passaram por isso assim como os romanos, e muito antes desses dois imperios, os Chineses passaram por isso. E a capital do entretenimento hoje que sao os EUA estao passando por isso e refletindo em todo mundo globalizado. E essa eh a maior diferenca de hoje para o que aconteceu no passado, a intencidade da coisa.
Esse nivel de materialismo, nulidade e artificialidade sempre foi marcada por decadencia politica e social (soa familiar?). E a volta aos principios expressivos do passado. mas por quanto tempo? qual sera o tamanho da queda/tombo? O que sera o apice da crise? Ou a tendencia eh ficar fazendo de conta que ainda vivemos no periodo moderno por geracoes?