Autor Tópico: Tirando leite de pedra...  (Lida 4934 vezes)

Buzz.jp

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Online: 16 de Junho de 2014, 23:37:28


Olá, colegas!
Antes de mais nada, esse tópico não é um mi-mi-mi.
Lá no Corredor Polonês, abri um tópico onde eu pedia a quem se interessasse que avaliasse a imagem acima. A repercussão foi de média a negativa. Ninguém deu um ‘bom’, muito menos um ‘excelente’. Todas as avaliações foram de razoável pra baixo. A bem da verdade, eu próprio não acho a foto grande coisa. Só que gosto dela e, por isso, quis saber como outras pessoas a viam. E notei que a foto não toca ninguém de maneira especial, não emociona. A realização técnica é ruim.

O colega Thiagomb (citado aqui sob autorização via MP) argumentou sobre a qualidade do assunto, o capim. E introduziu um termo que, confesso, não associava ao assunto fotográfico. Segundo ele, o assunto é pobre. Com efeito, o capim não tem a força expressiva que teriam fotos engajadas como a de uma insurreição popular ou sem teto sofrendo ao relento. Também seriam mais expressivas fotos sobre relações humanas, como a de uma família feliz ou namorados à beira de lagos. Ou, ainda, fotos de fenômenos naturais como o entardecer, raios, tempestades, etc.

Eu gosto muito de fotos diferentes, que escapem do que usualmente vemos. Eu tenho mais apreço pela arte abstrata do que a arte figurativa. Para meu pai, pintura mesmo é a de Renoir. Eu prefiro Kandinsky. Claro que é questão de gosto, um não tem mais valor artístico que outro. Nem melhor, nem pior. Apenas diferentes.


Há muitos tipos de fotos diferentes, por exemplo, as minimalistas e as de padrão (fotos do Google).


Não se pode dizer, claro, que fotos como essas acima emocionem a todos, que todos gostem. Mesmo que alguém não goste, não se pode fazer juízo de valor sobre a capacidade de “abstração artística” da pessoa. Há uma música muito legal que começa com “amanhã pode acontecer de tudo, inclusive nada”. Parafrasendo, pode-se dizer que na “apreciação da arte, pode-se sentir de tudo, inclusive nada”... rsrsrs...

É certo, também, que um assunto promissor também pode não render uma foto realmente boa. É assim que vejo a imagem do Gaferdes (também citado aqui sob autorização).

Na minha opinião de leigo, vejo uma bonita imagem de um assunto que dificilmente se faria uma imagem realmente ruim. Mas vejo uma foto de cores muito bonitas, mas muito monótona, uma falha porque, creio, não se quis buscar esse valor artístico, que é o da monotonia.

Minhas tentativas de fotos minimalista e de padrão.


Ainda tenho muuuuuito que aprender. E tenho o problema de gostar de muitos tipos de fotos, de modo que eu acabo por não me especializar em tipo nenhum. Seu meio “generalista”.

Ao fim e ao cabo, minhas perguntas são...
Para vocês, quanto é importante a riqueza (ou pobreza) do assunto no fazer fotográfico?
É possível tirar leite fotográfico de pedra?
Se sim, #comofaz?

Gostaria de aprender com a opinião de vocês.

Abraços,


alcure

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Resposta #1 Online: 17 de Junho de 2014, 00:03:41
Para mim, TODA fotografia precisa de ter um assunto, um sujeito, até mesmo as abstratas! Agora dizer que um sujeito/assunto X é mais interessante que o Y vai da convicção pessoal de cada um. Julgo que todo mundo tem seu estilo e o modo de ver uma determinada coisa, alguns inclusive têm de sentir, de trazer à tona emoções. Em minha humilde opinião, fotógrafo não deve tirar uma foto tentando agradar a gregos e troianos, mas deve tirar uma foto agradando a si próprio.

Claro que comercialmente falando nem sempre isso é possível, mas quem nunca deu um clique totalmente sem noção em um evento X ou Y só para ver como fica, ou então para tentar fazer algo diferente etc?

Isso aí é o que você quis dizer com "tirar leite de pedra": é dar sentido à algo que muitas vezes não faz sentido! Fotografar uma pedra é fácil: basta apontar a câmera e apertar o gatilho, agora fazer uma boa fotografia de uma pedra exige muito mais do que isso: planejamento, paciência e astúcia.

Porque apenas tirar a foto da pedra se você pode colocar ela em um lugar diferente? Porque tirar a foto de um ângulo superior só porque é mais confortável? Tem várias formas de se aproveitar de um assunto, e nem todas estão propriamente visíveis! Muitas vezes é mais interessante misturar duas ou mais idéias do que se estreitar apenas em um modo de fazer fotografia!

Seu mato poderia ter sido aproveitado melhor com uma lente macro pegando um ângulo descendo pelo caule...ou com uma grande angular dando um toque de minimalismo no ambiente! Seria conveniente também trabalhar com um contraste de cores, ou até mesmo inserir algo na foto que a tornasse interessante!

P.s.: Sobre a foto do mato, para mim ficou um porcaria!   :hysterical: :hysterical: :hysterical:

Exemplos de minha autoria:

1) Foto de um PREGO (sim, um prego, apenas isso):

Handheld "crappy" macro attempt by alcure85, on Flickr

2) Uma flor amarela que nem sei o nome e achei legal:

Handheld "crappy" macro attempt by alcure85, on Flickr

3) Recorte widescreen para dar um movimento ao enquadramento:

Handheld "crappy" macro attempt by alcure85, on Flickr

Foto anterior sem o recorte, para você ver a diferença no feeling da mesma:

Handheld "crappy" macro attempt by alcure85, on Flickr

4) Fui fotografar um casamento, me esqueci um pouco da cerimônia em fui "brincar":

Wedding by alcure85, on Flickr

Enfim, meus exemplos podem estar longe de serem bons, mas demonstra que coisas simples podem se tornar interessantes se tratadas como se fossem de fato interessantes! Um angulo, um recorte, uma focagem diferenciada. Tudo isso altera profundamente o resultado final de uma fotografia, e faz com que algo banal torne-se interessante ao ponto de aguçar a curiosidade alheia.
« Última modificação: 17 de Junho de 2014, 00:12:31 por alcure »
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Resposta #2 Online: 17 de Junho de 2014, 00:24:12
Isso aí é o que você quis dizer com "tirar leite de pedra": é dar sentido à algo que muitas vezes não faz sentido! Fotografar uma pedra é fácil: basta apontar a câmera e apertar o gatilho, agora fazer uma boa fotografia de uma pedra exige muito mais do que isso: planejamento, paciência e astúcia.
...Tem várias formas de se aproveitar de um assunto, e nem todas estão propriamente visíveis! Muitas vezes é mais interessante misturar duas ou mais idéias do que se estreitar apenas em um modo de fazer fotografia!
Valeu, Alcure, pela sua opinião.
Na questão da paciência, acho que o melhor é tentar várias vezes esse tipo de foto até adquirir um feeling especializado.
gostei de seus exemplos, em especial da primeira e da segunda foto.


alcure

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Resposta #3 Online: 17 de Junho de 2014, 00:33:47
Valeu, Alcure, pela sua opinião.
Na questão da paciência, acho que o melhor é tentar várias vezes esse tipo de foto até adquirir um feeling especializado.
gostei de seus exemplos, em especial da primeira e da segunda foto.

Eu nem gostei da segunda foto, mas olha a original sem nenhum tratamento e crop, que coisa sem graça:


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Raphael Sombrio

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Resposta #4 Online: 17 de Junho de 2014, 10:17:49
Esse assunto é muito interessante, porém muito polêmico tbm, pois como vcs já comentaram, cada pessoa tem uma percepção das coisas, e na fotografia ou arte não é diferente.

Como o Alcure comentou, concordo plenamente que devemos fotografar buscando o que nos chama a atenção e o que nos agrada, fugindo até, quando possível, de clichês e receitas de fazer fotografia.

Um bom fotógrafo consegue transformar algo comum em algo espetacular, mas não existe um manual para isso. Acredito que por mais simples e comum que um tema possa ser, o que vale é a inteligência na
hora de fazer o clique, ou como faze-lo. Acho que tem muita gente ( até fazendo sucesso ) que clica coisas totalmente sem nexo e propósito só pra mostrar que está fazendo algo diferênte, e acho que isso começou nas artes, as plásticas principalmente.

Como o Alcure mesmo disse, quem consegue clicar algo comum ( ou abstrato, que seja ) e fazer uma foto no mínimo interessante, já está um passo adiante, mas clicar elementos ou cenas sem nexo com o propósito simplesmente de chamar a atenção ou dizer que está fazendo algo novo, creio que seja até uma afronta a inteligência alheia.

Embora claro, como concordamos, isso seja muito pessoal. Acho o minimalismo muito legal, mas feito com inteligência e criatividade, não apelando pra qualquer coisa impensada só por ser diferente.

A Pris por exemplo, aqui do fórum ( espero que ela não se chateie de te-la mencionado ) faz um trabalho incrível, minimalista, simples e extremamente técnico e inteligênte.

Na verdade uma pessoa que consegue fazer fotos incríveis como ela sem estar diante do "Half Dome" em pleno outono é muito mas capaz, digo, não precisa ter cenas incríveis para fazer algo com conteúdo.

Minha opinião. :ok:


sergiotucano

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Resposta #5 Online: 17 de Junho de 2014, 15:22:34
Se preocupe em melhorar sua técnica e seu feeling para o tipo de fotografia que lhe agrada.
Tire fotos que lhe são prazerosas e ponto.

Se alguém não gostar, que te importa? O corredor polonês é só para nos divertirmos e sabermos como os outros veem nossas fotografias.

Se importe menos com a opinião alheia, e entenda que em fórum existem aqueles que só gostam de criticar, aqueles que só elogiam para puxar saco e os que tentam fazer uma critica positiva.

Fora isso, só pense de maneira diferente se vai trabalhar com fotografia.  :ok:
« Última modificação: 17 de Junho de 2014, 15:22:50 por sergiotucano »
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Claudio Rombauer

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Resposta #6 Online: 17 de Junho de 2014, 16:00:57
Eu não acho que capim seja um assunto ruim. Não acho que exista assunto ruim para fotografia, existe foto ruim. Talvez o colega tenha tentado ser educado e ficou sem jeito de falar que a foto é ruim.

Na minha opinião falta atrativo estético, algo que nos faça olhar a foto por mais tempo, que é o motivo de existir de uma fotografia, ser olhada.

Não desista do capim, pelo contrário, fique neste assunto até sair uma foto interessante.

Muito antigamente eu fiz uma foto de uma folhagem, o assunto acabou sendo a textura e o volume.

https://farm1.staticflickr.com/52/138803353_fb0ce202a5_z.jpg


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Resposta #7 Online: 17 de Junho de 2014, 17:49:24
A foto esta muito pequena para realmente ver algo.

Mas em geral o que importa eh sentir algo. Nao precisa ser emotivo. Na verdade assuntos emotivos sao em sua maioria apelacoes clichezadas para agradar um publico.

E esse algo pode ser simplesmente harmonia no arranjo e composicao, ou nas cores. O que nao significa nescessariamente uma imagem bonitinha, emocional, cativante, mas apenas fazer sentido visualmente. Ou pode ate ser a desarmonia, para incomodar, se vc seguir a linguagem mais contemporanea das artes.

Resumidamente o que importa eh a intencao. E o trabalho sera bom ou ruim se a sua intencao for bem transmitida ou capitada pelo publico. Ou pelo menos bem transmitida, o que nao significa nescessariamente bem capitada pelo publico. E ai eh que entra a sua habilidade com a linguagem visual e o manuseio de ferramentas para trabalhar tal linguagem e transmitir a mensagem.

Dulchamp tinha a intencao de fazer uma critica negativa sobre a arte moderna ao expor um mictorio como obra de arte. A mensagem foi muito bem transmitida pq ficou claro para todos que ele queria dizer que qualquer coisa, ate um mictorio, poderia ser arte. Mesmo a mensagem nao ter sido bem captada pelo publico em geral ao nao perceber que a critica era negativa e nao positiva.

Mas o oposto tambem acontece, do artista querer transmitir uma mensagem, e mesmo bem trabalhada e transmitida pode ser nao muito bem capitada pelo publico em geral, que passa a fazer criticas negativas.

Se vc se sente seguro com a intencao ja eh meio caminho. Se vc sente seguro com o trabalho da linguagem visual e a transmissao a menira que vc transmite a sua ideia, a critica do publico em geral eh  que menos importa.

O que o publico em geral quer eh ver aquilo que traga memoria, saudozismo de ate coisas que nao viveram dos seculos passados, o tradicional, o que consideram profissional, ou em outras palavras, o que se assemelha a qualidade e linguagem comercial.

Por isso eh preciso explicacao do contexto da obra. Esse papo de foto ou arte que precisa ser explicada nao eh boa, eh mentira. Toda obra precisa ser contextualizada para realmente ser apreciada de maneira apropriada. Por isso que tambem nao adianta ouvir criticas sem tal contextualizacao da obra, pq as pessoas vao comecar a falar baseadas questoes aleatorias que com frequencia nao tera nada a ver com a obra. Igual as pessoas que perdem totalmente o ponto ao dizer que nao entende como Picasso pode ter se tornado o artista mais rico desenhando igual uma crianca de 6 anos. Tal comentario evidencia a falta de conhecimento do contexto do movimento cubisto/abistrato de Picasso.

Entao, conte sobre o que se trata, apresente a obra, e assim podemos dizer se captamos a sua mensagem, visao, aspiracao.  E mesmo assim vc deve analisar aqueles que vao comentar confundindo a percepcao da mensagem e o gosto pessoal sobre o assunto.

Por exemplo. E posso achar pop art uma merda, realmente nao gostar do genero, mas nao posso negar que Andy Warhol soube se expressar e transmitir muito bem o que intencionava. E o publico em geral tendem a confundirem as duas coisas.

 :ok:


Rodrigo Eduardo

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Resposta #8 Online: 17 de Junho de 2014, 18:09:39
não querendo ser crítico mas sendo,em relação a sua foto,vejo apenas capim,exposição mal feita,não tem primeiro plano,nem sequer faz alusão a algo além de capim.

entendo que seu gosto por fotos "diferentes" deva ser respeitada,mas não da pra esperar que todos gostem do seu estilo.
faça oque te agrada e busque aperfeiçoar sua técnica.

as fotos que vc usou do google sim são muito diferentes,uma é contemplativa e a outra pattern,muito bem executadas. :ok:


Luciano.Queiroz

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Resposta #9 Online: 17 de Junho de 2014, 18:39:03
Buzz.jp.. acho que entendi seu ponto de vista, mas a foto que você postou, pra mim, é realmente ruim. Tecnicamente e emocionalmente falando. Talvez, como o CROIX comentou, dentro de um certo contexto possa se tornar atraente, mas pra mim não é o caso agora.

Mesmo uma foto sem sentido específico, totalmente abstrata, pode ser muito interessante se for bem feita.

O importante na realidade é o que já disseram acima. você tem que se identificar com o que faz, saber passar pros outros o que você pensa da sua fotografia. Se ela é ruim pra muitas pessoas mas você conseguir convencer outras de que é boa, é isso que importa..

« Última modificação: 17 de Junho de 2014, 18:40:04 por Luciano.Queiroz »


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Resposta #10 Online: 18 de Junho de 2014, 00:26:34
Pessoal, obrigado pelos feedbacks.
Eu não coloquei a minha foto de capim lá em cima para que ela seja analisada. Eu só a coloquei pra contar a história do por que desse tópico.

Eu nem gostei da segunda foto, mas olha a original sem nenhum tratamento e crop, que coisa sem graça:
Alcure, realmente a sua foto ganhou personalidade com o corte novo e transformada em P&B. Há um certo tempo atrás, fiz por curiosidade um cursinho de fotografia. O foco do curso era basicamente linguagem fotográfica, com pouquíssimo tempo de técnica, diafragma, flash e esse tipo de coisa. Daí, o professor falou da técnica do Pica-Pau. Dizia ele que o Pica-Pau, personagem de desenho animado, fazia a mala de qualquer jeito, fechava-a e depois cortava com tesoura o que ficasse pra fora. Segundo ele, cortar uma foto de papel (na época) era fazer como o Pica-Pau. Hoje, com o advento da foto digital, faz-se isso com muita facilidade, o que abre um leque muito grande de opções. É sempre uma possibilidade.

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Um bom fotógrafo consegue transformar algo comum em algo espetacular, mas não existe um manual para isso.
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Como o Alcure mesmo disse, quem consegue clicar algo comum ( ou abstrato, que seja ) e fazer uma foto no mínimo interessante, já está um passo adiante, mas clicar elementos ou cenas sem nexo com o propósito simplesmente de chamar a atenção ou dizer que está fazendo algo novo, creio que seja até uma afronta a inteligência alheia.
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A Pris por exemplo, aqui do fórum ( espero que ela não se chateie de te-la mencionado ) faz um trabalho incrível, minimalista, simples e extremamente técnico e inteligênte.
Olá, Raphael Sombrio,
Eu acho que, de fato, existe o valor "pobreza" ou "riqueza" de um tema a ser fotografado. O que não existe é tema ruim ou bom. E, ainda, um bom fotógrafo consegue de verdade tirar leite de pedra. Uma certa vez vi uma foto de uma flor totalmente murcha no campo. O fotógrafo a capturou com uma Mamiya, se não me engano. Era uma foto em que se foi ignorada todas as regrinhas básicas dos terços, dos pontos, etc. Mas era, pro meu gosto, uma foto espetacular, pois passava uma sensação de desolação, de solidão muito grande. De cada 1.000.000 de fotógrafos, só um olharia para aquela flor.
No meu caso, eu fotografo somente por prazer. Não quero ganhar um tostão com fotografia... Acho que a picaretagem e o charlatanismo só existem quando se tem dinheiro envolvido, ou, às vezes, por vaidade intelectual. Realmente, acho que deve ser possível vender caro algo ruim só por ser diferente. No meu caso, sou só um aprendiz e jamais um picareta.
Seria bom ouvir a "Pris". O que ela teria a dizer?

Se preocupe em melhorar sua técnica e seu feeling para o tipo de fotografia que lhe agrada.
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Se importe menos com a opinião alheia, e entenda que em fórum existem aqueles que só gostam de criticar, aqueles que só elogiam para puxar saco e os que tentam fazer uma critica positiva.
Fora isso, só pense de maneira diferente se vai trabalhar com fotografia.  :ok:
Eu fotografo muito menos do que eu gostaria, por isso meu progresso é um pouco lento. Mas eu gosto mesmo é desse tipo de foto, as minimalistas, as de padrão, ou textura, lugares vazios, etc. Mas a opinião alheia me é muito importante porque eu não faço fotografia só pra eu admirar. Eu gostaria que outras pessoas a vissem e encontrassem nela alguma beleza. Um bom jeito de melhorar é sendo criticado, ouvindo opiniões desde as mais técnicas até as mais emotivas. Claro, contanto que não descambe pra avacalhação e baixaria.
Eu não quero trabalhar com fotografia, isso é apenas um prazer, um passatempo. Mas é bom pensar diferente!

Não desista do capim, pelo contrário, fique neste assunto até sair uma foto interessante.
Muito antigamente eu fiz uma foto de uma folhagem, o assunto acabou sendo a textura e o volume.
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Pois é, sua foto é realmente boa. Gosto muito do estilo e das cores vívidas.
Não me aterei ao capim propriamente dito, mas continuarei a tentar um olhar diferente sobre os objetos fotografados.

A foto esta muito pequena para realmente ver algo.

Mas em geral o que importa eh sentir algo. Nao precisa ser emotivo. Na verdade assuntos emotivos sao em sua maioria apelacoes clichezadas para agradar um publico.

E esse algo pode ser simplesmente harmonia no arranjo e composicao, ou nas cores. O que nao significa nescessariamente uma imagem bonitinha, emocional, cativante, mas apenas fazer sentido visualmente. Ou pode ate ser a desarmonia, para incomodar, se vc seguir a linguagem mais contemporanea das artes.

Resumidamente o que importa eh a intencao. E o trabalho sera bom ou ruim se a sua intencao for bem transmitida ou capitada pelo publico. Ou pelo menos bem transmitida, o que nao significa nescessariamente bem capitada pelo publico. E ai eh que entra a sua habilidade com a linguagem visual e o manuseio de ferramentas para trabalhar tal linguagem e transmitir a mensagem.

Dulchamp tinha a intencao de fazer uma critica negativa sobre a arte moderna ao expor um mictorio como obra de arte. A mensagem foi muito bem transmitida pq ficou claro para todos que ele queria dizer que qualquer coisa, ate um mictorio, poderia ser arte. Mesmo a mensagem nao ter sido bem captada pelo publico em geral ao nao perceber que a critica era negativa e nao positiva.

Mas o oposto tambem acontece, do artista querer transmitir uma mensagem, e mesmo bem trabalhada e transmitida pode ser nao muito bem capitada pelo publico em geral, que passa a fazer criticas negativas.

Se vc se sente seguro com a intencao ja eh meio caminho. Se vc sente seguro com o trabalho da linguagem visual e a transmissao a menira que vc transmite a sua ideia, a critica do publico em geral eh  que menos importa.

O que o publico em geral quer eh ver aquilo que traga memoria, saudozismo de ate coisas que nao viveram dos seculos passados, o tradicional, o que consideram profissional, ou em outras palavras, o que se assemelha a qualidade e linguagem comercial.

Por isso eh preciso explicacao do contexto da obra. Esse papo de foto ou arte que precisa ser explicada nao eh boa, eh mentira. Toda obra precisa ser contextualizada para realmente ser apreciada de maneira apropriada. Por isso que tambem nao adianta ouvir criticas sem tal contextualizacao da obra, pq as pessoas vao comecar a falar baseadas questoes aleatorias que com frequencia nao tera nada a ver com a obra. Igual as pessoas que perdem totalmente o ponto ao dizer que nao entende como Picasso pode ter se tornado o artista mais rico desenhando igual uma crianca de 6 anos. Tal comentario evidencia a falta de conhecimento do contexto do movimento cubisto/abistrato de Picasso.

Entao, conte sobre o que se trata, apresente a obra, e assim podemos dizer se captamos a sua mensagem, visao, aspiracao.  E mesmo assim vc deve analisar aqueles que vao comentar confundindo a percepcao da mensagem e o gosto pessoal sobre o assunto.

Por exemplo. E posso achar pop art uma merda, realmente nao gostar do genero, mas nao posso negar que Andy Warhol soube se expressar e transmitir muito bem o que intencionava. E o publico em geral tendem a confundirem as duas coisas.
Olá, Croix, tudo bem?
De fato, o que existe muito hoje são clichês, dos quais eu gostaria de fugir. Só me falta um pouco mais de experiência para que minhas fotos "não-convencionais" tenha alguma capacidade de sedução, algum valor artístico. Eu tenho algumas fotos que, ACHO, se eu pusesse lá no corredor, as avaliações seriam muito mais positivas do que negativas. Mas são fotos que muitas outras pessoas fariam se estivessem com máquina naquele lugar e naquela hora.
Ter um olhar sofisticado sobre um assunto simples, deveras, não é fácil. E sofisticação não quer dizer, necessariamente, rebuscamento ou, até, acurácia técnica. A intenção ao qual vc se refere é o sucesso na mensagem a ser transmitida. Muitas vezes essas fotos não têm um sentimento, só uma sensação. E sentimento e sensação são coisas distintas. Acho que vc toca num ponto muito interessante. Muitas vezes o artista falha na transmissão de sua mensagem, mesmo que a realização técnica da foto seja inspirada e tecnicamente impecável. Não é o meu caso, pelamordedeus! Mas acho que, de certa forma, o pessoal se identifica muito mais com as fotos facilmente digeríveis e que não seja necessário lidar com sentimentos e sensações comumente tomados como negativos, tais como tristeza, monotonia, inquietação, etc.
Sobre contexto, de fato, toda obra artística tem de ter contexto, ter um arcabouço cultural que a sustente. Isso não quer dizer, necessariamente, que a obra precise de uma explicação. Desculpe-me, não sei se entendi direito, mas eu estou entre aqueles que acha que uma obra de arte, qualquer uma, não precisa de explicação, mas muita interpretação. Nas fotos minimalistas, a grande dificuldade é dar um contexto à imagem. A imagem pode ser bonita simplesmente, sem que seja necessário nenhuma interpretação mais sofisticada, assim como uma flor é sempre bonita. Se a imagem, porém, estiver contida num certo contexto, o da realidade social, por exemplo, aí, na minha opinião, é o ápice da arte. Transmitir essa mensagem é realmente um trabalho de valor artítisco superior.
Obrigado pela aula... aprendendo, aprendendo...


não querendo ser crítico mas sendo,em relação a sua foto,vejo apenas capim,exposição mal feita,não tem primeiro plano,nem sequer faz alusão a algo além de capim.

entendo que seu gosto por fotos "diferentes" deva ser respeitada,mas não da pra esperar que todos gostem do seu estilo.
faça oque te agrada e busque aperfeiçoar sua técnica.

as fotos que vc usou do google sim são muito diferentes,uma é contemplativa e a outra pattern,muito bem executadas. :ok:
Valeu, sasaitsuricumiashi.
Minha intenção não era obter feedback sobre minha foto. Era apenas uma imagem ilustrativa da origem dos meus questionamentos, ou seja, dá pra associar valores tais como “rico” ou “pobre” a assuntos fotográficos? Na minha opinião, sim, é possível. Mas não “ruim” ou “bom”.
Não quero, nem de longe, que todos gostem do meu estilo, já que eu não gosto do estilo de todos. Uma vez, uma pianista me disse (e eu desconfio um pouco) que não existe nada mais difícil que Erik Satie. Pois é... É muito difícil expressar-se através de um material simples. O jeito é continuar tentando...

Buzz.jp.. acho que entendi seu ponto de vista, mas a foto que você postou, pra mim, é realmente ruim. Tecnicamente e emocionalmente falando. Talvez, como o CROIX comentou, dentro de um certo contexto possa se tornar atraente, mas pra mim não é o caso agora.

Mesmo uma foto sem sentido específico, totalmente abstrata, pode ser muito interessante se for bem feita.

O importante na realidade é o que já disseram acima. você tem que se identificar com o que faz, saber passar pros outros o que você pensa da sua fotografia. Se ela é ruim pra muitas pessoas mas você conseguir convencer outras de que é boa, é isso que importa..
Olá, Luciano, tudo bem?
Pois é... Pode parecer um sacrilégio, mas eu gosto desta foto por questões particulares. Sei que a foto é ruim tecnicamente e eu não a tomo como exemplo de arte fina.
Às vezes acho que estou dando um passo maior do que as pernas. Eu nem faço fotos comuns tão boas assim, por que haveria eu de me aventurar pela seara das fotos minimalistas, de padrão, texturas, etc? Mas, fazer o quê? Eu gosto desse tipo de foto!

Abraços a todos!


C R O I X

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Resposta #11 Online: 18 de Junho de 2014, 02:40:58
Contexto.
Eu ja estudei, pensei e escrevi bastante sobre esse assunto. Aqui vao alguns quotes pq tenho preguica de ficar repetindo.  :D

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If we show people some of the most famous Cartier-Bresson photographs most of them will talk about how great are his shots. In fact, the film look and many of the composition arrangement are very agreeable to any eye. Yes, Cartier-Bresson was awesome if we look at the historic context of his photographs. Because of its historic context it has a historic meaning and importance. Despite it, there are many other photographers from the past and now a days who do as good or even better as Bresson used to do. But without an important context meaning it doesn't mean anything. And even with out knowing well Bresson's images context many people will love Bresson above all just because they were taught so.

Citar
But if we show a iconic Irving Penn's photograph to somebody who have not seen it yet, who have never heart about its context and above all have never been taught to like it? What would people say?

 

"Hi Irv, I don't know what you were thinking here dude! You got a pretty model (altho kind of old), but you have caught her with her eyes cloes in a not very good pose. Biggest problem is YOU NEED CROP to a vertical!!!!! Backdrop is too small and there is not enough of a sweep so you can see the crease. If you send me a file I can fix it in Photoshop and I can give you my suggested crop. If you don't care aboout your PROFESSIONALISM you are never going to get work as a pro believe me!!! Hope I am not being too harsh. Oh well best regards anyway, M.H."


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Here is a example which I showed in a photography community and by purpose I didn't say anything about it. All I asked was if "there is anything people find annoying on it". Why? Because I wanted to find out how many people would bother by the face on shadow.

Of course there were some people (many less than I expected though) who mentioned about the face on shadow saying that I should had a light for it, not because it is wrong nor because her face matters but just because the convention says faces should be lit up.

The most interesting comments weren't about the face on shadow anyway but about the outfit. Most people didn't like it saying I should have chose a better wardrobe. Some others found strange the model's arm above her head as a sign of a bad modelling without knowing were to pose the arm naturally.



But it was until I told everybody that the photograph concept is about street dance, dance movement  and its style. By knowing it they all agreed it changes the whole thing then, making a lot of sense now.

Of course sometime you can tell about the work context or concept by just looking at it and based on your past visual experiences. But often, even experienced eyes need more information about what they see in order to avoid judgement based on misunderstanding.

http://www.marciofaustino.com/news/the-understanding-lies-on-the-context

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Sobre sair do cliche e "criar algo mais artistico", na verdade se trata em ampliar a sua percepcao sensorial emental basicamente. Eu uma vez escrevi sobre isso de maneira indireta sobre a pergunta "A mente do artista eh naturalmente irealista?"
http://www.marciofaustino.com/news/is-the-artist-mind-naturally-unrealistic

um trecho:
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[...]nobody has direct contact with reality. All that we experience from outside our body are actually interpretation from our senses, from what we see, what we hear, what we feel on our sking, what we smell and what we taste.

People has different nuances on this filtration and interpretation of information we constantly receive, some more and others less.

[...]

 Artists have the tendency of have a certain difference of the worlds perception. But it doesn't mean he is special because we all are born with a wider perception and information reception from the world around




Resumindo o resumo, basicamente toda obra precisa ser explicada. Frequentemente a situacao em que ela se encontra ja eh auto explicativa, como a exposicao em uma galeria em que as pessoas ja entram sabendo qual eh o tema da exposicao ou o perfil das obras da galeria. Ou um portfolio, ou livro, que tambem logo no titulo ja tornam as imagens dentro dele auto explicativo, mas indiretamente eh o titulo do livro, exposicao, galeria, conjunto da obra ou ate mesmo a tendencia do artista ou a serie apresentada que esta passando a explicacao mesmo que indiretamente. O que eh diferente retirar umas das pecas da serie e sem informacao nenhuma sobre o artistas, sua tendencia, obras passadas, a serie em si, etc, e experar que as pessoas deem sentido a peca.


pkawazoe

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Resposta #12 Online: 20 de Junho de 2014, 01:02:53
Eu tbm não acho que existam temas ruins…..
na verdade não são os temas o mais importante, mas como vc interpreta o que está olhando.

no fim do séc.XIX, a fotografia tirou da pintura a responsabilidade de registrar o real, da cena urbana, da paisagem e do retrato, que eram feitos pela máquina fotográfica(fotografo)
e deixou para os pintores a representação do imaginário, que por sua vez abriu as portas para o pensamento abstrato(Modernismo)

pintores como Kandinsky, Mondrian, Klee entre outros provaram que era possível fazer uma composição sem retratar nenhum assunto, uma imagem puramente abstrata

Duchamp (como o Croix disse) pegou o mictório e fez uma critica ao modernismo e tbm criou o "Ready Made" que é pegar um objeto com forma e composição interessante e retirar do seu contexto
……já esta pronto……o objeto que é re-inserido em outro contexto(no caso do mictório o museu)
mas essa era a idéia que os pintores do séc. XIX  davam como desculpa para a fotografia não ser chamada de arte, ou seja, o fotografo só pegava a câmera e apontava, ele não fazia o céu, nem as árvores ou água
já estava pronto, diferente dos pintores que criavam as cenas apartir da tela em branco…

Duchamp se apropria dessa idéia para legitimar o "Ready Made"

que por sua vez Edward Weston se apropria do "Ready Made" para legitimar a forma na fotografia

http://www.edward-weston.com/images/image_pepper_index.gif

é retirar o pimentão do seu contexto….
pq um pimentão antes de ser pimentão tbm é forma, linhas, volume, cor

o significado de um objeto é irrelevante para a composição, como a pintura abstrata provou
é claro que existe fotos e fotos, e seus contextos
mas para Weston não era o pimentão o mais importante mas a forma que ele proporcionava,

todo pimentão proporciona essas formas?…claro que não…era só aquele…..
como a sua foto do Capim,
antes de ser capim ele é forma, linhas, volume, cor, etc….
mas essa composição esta harmônica?

nos EUA vc tinha o Pollock fazendo o expressionimo abstrato
e aqui no Brasil,  os neo-concretos

ambos trabalham com forma, linhas, volume, cor,
cada um a sua maneira, mas todos tem uma intenção.

Uma outra coisa que eu acho, é que não exigem fotos clichês…
se vc vai pra Paris e fotografa a torre Eiffel(talvez o monumento mais fotografado do mundo), não é uma foto clichê
pq o mais importante é a sua experiência pessoal em fotografa-lo e não o objeto em si, no caso a torre,
se a foto é bem sucedida, depende de vc conseguiu transpor a sua intenção ou não….



 







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Resposta #13 Online: 20 de Junho de 2014, 05:50:30
ambos trabalham com forma, linhas, volume, cor,
cada um a sua maneira, mas todos tem uma intenção.

Em resumo eh isso. Intencao.
E quando falo de explicar ou entender a obra me refiro a isso que vc diz, entender a intencao do registro, do criador, da analise, etc. A contextualizacao ajuda a entender a intencao.

Mas arte nao se resume a apenas a intencao. A intencao tem que esta aliada a habilidade em usar as ferramentas para melhor trabalhar a linguagem visual e consequentemente transmitir melhor a ideia. O que tambem nao significa que so existe uma linguagem visual correta. Nao eh a padronizacao de uma transmissao que faz uma execucao ser boa, mas sim o sucesso na transmissao da mensagem, ou intencao como foi dito.

Lembrando que a representacao artistica que procura copiar a realidade eh algo muito recente na historia da arte. Antes do renacentismo, com a arte religiosa, oriental, tribal e pre historica, a expressao sempre foi em direcao ao abistrato, pq a representacao do real limita a expressao das emocoes e sentimentos, principalmente para os povos que eram mais religiosos ou filosoficos e menos materialistas ou "comerciais".

A copia do real surge com a tendencia mercantilista e consequentemente capitalista, da apreciacao do prazer material. Claro que os Gregos, Romanos tambem tentavam idealizar o real, como tambem os Chineses e Indianos muito antes dos Gregos e Romanos, mas a finalidade te tais representacoes eram outras. Em geral as artes se mantinham em direcao ao abistrato para expressar os sentimentos sobre a representacao, e nao mero registro.


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Resposta #14 Online: 20 de Junho de 2014, 06:22:12
Excelente topico...
Tb acho a foto do 'capim' ruim demais... E não dipo pobre... digo ruim...
Mas admiro quem pensa, quem ousa explorar e meditar sobre o que faz e se usa fazer.
Não estou nessa... sinceramente.
Nem acrescentando nada ao tema.
Mas bato palmas a todos os que se 'molham' num assunto...
Neste caso na arte da fotografia...  :clap: :clap: :clap: :clap:
E apreciando cada uma das intervenções aqui...  :ok:
A. Fernandes