Quando a mudança chega ao país, é necessário entregar uma lista exaustiva de tudo o que estiver no container (TUDO). Um fiscal da Receita vai contigo, abre o container e escolhe algumas fileiras para conferir os itens com a lista. Não é boa idéia omitir qualquer item. Trazer equipamento fotográfico usado, incluindo camera e algumas lentes (tb flash, etc.), não me soa problemático, pois é um hobby comum. Deve-se saber que os bens trazidos como mudança não podem ser vendidos, se lembro bem por 5 anos. Quando voltei ao país trouxe a mudança em 2/3 de um container (usando dois crates, em um total de 1508Kg). O pessoal da Aduana foi muito razoável. Em geral eles estimam os valores para baixo. As taxas de armazenagem e capatazia são calculados em cima do total estimado pela Aduana. Eu troxe tudo o que tinha e que não vendi, o que incluia, por exemplo, uma esteira elétrica (tipo das de academia, que minha esposa usava nos invernos rigorosos, e hoje usa eventualmente. A propósito... Que esteira boa! Já tem mais de uma década e meia e nunca deu problema!).
Acredito que o pessoal da Aduana sabe identificar facilmente o que se destina a venda ilegal e o que é uma mudança normal.
As taxas de importação existem para que empregos sejam protegidos no país. Imagina se não houvesse taxa nenhuma... Quem compraria no país já que nos EUA (dado o volume de vendas) os preços são mais baixos (mesmo com os 60% costuma ainda valer a pena...). Onde os empregos estariam sendo mantidos? Qual economia estaria sendo movimentada (lembrando ainda a necessária remessa de dólares que influi na balança comercial)? A idéia é equilibrar a tarifação de bens comercializados no país com aqueles importados. Quando compramos produtos no país eles em geral incluem uma infinidade de impostos, que facilmente até ultrapassam os 60%. O que precisamos é de uma reforma fiscal urgente no país! Impostos como o CPMF são mais justos (quem ganha mais paga mais e quem ganha menos paga menos) e difíceis de sonegar. Hoje quando alguém compra um produto, pão por exemplo, o montante do imposto é o mesmo, seja a pessoa milionária ou miserável. Proporcionalmente, portanto, o imposto é maior para os mais pobres. Remover vários impostos em cascata e substituí-los por um imposto único mais justo, a lá CPMF, seria vantajoso, mas estou me afastando do tema...