E ter muitos taxis nas ruas é ruim?
E se a restrição se aplicaria a fotógrafos?
Somente podem cobrir casamento, ter estúdio, realizar tratamento de fotos, apenas profissionais com firma aberta e formado na área.
Seria uma boa não?
Não seria uma boa não, e não é isso que o texto conclui ao que entendi..
Eu não sou fotógrafo profissional. Entretanto darei minha opinião:
Regulamentação por parte do governo das profissões, incluindo fotógrafo, acho um verdadeiro tiro no pé. Por vários motivos:
-O critério para uma regulamentação em nível nacional é sempre controverso. Quem merece o titulo? Quem estudou? Acho besteira.. quantos estupendos fotógrafos temos sem estudo? E se o critério não for estudo, é o que? Um teste? Algo subjetivo?? Uma prova? Ter equipamento? Complicado definir isso aí... E por ser tão complicado, acaba tendo registro quem atende um critério mínimo, normalmente errôneo, e mais que isso: paga-se caro pelo registro.. que traz o próximo tópico.
-Conselhos de classe regulamentados. Uma porcaria ser serventia nenhuma, que cobra anuidades absurdas e não agrega valor para a sociedade. Um bando de gente mamando na teta de uma classe qualquer... o CREA serve para nada, e cobra R$400 todo ano de quem é engenheiro.. e o CRM, OAB, CREFIS.. tudo igual. Servem para nada, porque se um prédio cai, o CREA não se responsabiliza em absolutamente nada.. não vistoria tua obra, não faz NADA. Só cobra anuidade do engenheiro, e taxa do coitado que é dono da construção. Motivo da taxa e anuidade? "garantir que a obra esta sendo tocada por um profissional habilitado". Como se cruzar dois bancos de dados fosse motivo para cobrar o que cobram.. E o profissional não tem nenhum direito sobre o conselho. Te imputam uma anuidade absurda e é isso. Aceite!
-Lei só no papel não adianta. Se não houver fiscalização, não serve para nada.. continuam fazendo os trabalhos profissionais não "habilitados", ninguém fiscaliza isso. Portanto mais uma lei constar, acho melhor nem ter.. Quando há fiscalização, é por um conselho de classe, que como ja falei, traz mais pontos negativos do que positivos.
Ou seja: em minha opinião não existe regulamentação melhor que o próprio mercado. É simples: se alguém paga por um serviço, aquele prestador merece o dinheiro e pronto. "ah.. mas aí um monte de gente barata tira mercado dos fotógrafos de verdade.." Balela da primeira linha em meu ver. Cada qualidade/preço tem seu mercado independente... E se muita gente boa esta baixando seu preço, e a "categoria perde" o motivo é simples: o trabalho em questão é (ou tem ficado) fácil de ser executado.. muita gente consegue fazer um bom trabalho. É por isso que uma caixa de supermercado ganha menos que um médico.
Então sem me alongar na discussão de preços/qualidade, não vejo nenhum regulamentador melhor para uma profissão, que não seja a procura pelo cliente e o retorno financeiro. Mesmo em profissões que hoje são regulamentadas e tem conselho, isso se aplicaria em meu ver.. E os conselhos deveriam ser independentes como diz o texto: organizados pelos próprios profissionais, que arbitrassem suas próprias regras e critérios, e a filiação fosse opcional.. Assim haveria várias organizações da mesma classe concorrendo entre sí, e o preço seria mais justo. Cada organização formaria o seu próprio "selo de qualidade" ao longo do tempo, reconhecido pelo mercado. Seria algo assim: "só vou em (ou contrato um, se for empresa) médico certificado pela XYZ, lá sei que são bons..".
Porque vocês não formam um próprio conselho?? Eles podem começar informais, sem custo para o profissional, e de forma local. Um cadastro de bons fotógrafos.. "conselho de bons fotógrafos de casamento de SP". Se alguns bons profissionais se organizarem assim, e divulgarem para seus clientes, em algum tempo o boca a boca fará com que o público comece a procurar por fotógrafos filiados.. Esse é o caminho que eu acho correto, e é o que o texto conclui também, pelo que entendi..
=)