Autor Tópico: A questão da regulamentação de profissões  (Lida 1855 vezes)

jesieltrevisan

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Online: 21 de Janeiro de 2015, 14:18:30
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Diogenes

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Resposta #1 Online: 21 de Janeiro de 2015, 18:28:05
Desculpa aí, mas não tive saco de chegar na metade. Texto muito longo.

E que pode dar uma boa discussão.

Imagine se não houvesse restrição para as licenças de taxistas.

Rio de Janeiro tem 330.000 taxis regulares. Aquela porra é uma mar de carros amarelos rodando. Por isso o taxi no Rio é bem mais barato que em São Paulo. Aqui são 300.000 e a população é o dobro.

Enfim, há de se ter algum tipo de restrição, senão vira casa da mãe Joana.
Se você acha que pode, você tem razão. Se acha que não pode, também tem razão. Você é quem sabe!


jesieltrevisan

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Resposta #2 Online: 22 de Janeiro de 2015, 09:12:30
E ter muitos taxis nas ruas é ruim?
E se a restrição se aplicaria a fotógrafos?
Somente podem cobrir casamento, ter estúdio, realizar tratamento de fotos, apenas profissionais com firma aberta e formado na área.
Seria uma boa não?
 ;)
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tarcisioal

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Resposta #3 Online: 22 de Janeiro de 2015, 11:31:14
E ter muitos taxis nas ruas é ruim?
E se a restrição se aplicaria a fotógrafos?
Somente podem cobrir casamento, ter estúdio, realizar tratamento de fotos, apenas profissionais com firma aberta e formado na área.
Seria uma boa não?
 ;)

Não seria uma boa não, e não é isso que o texto conclui ao que entendi..

Eu não sou fotógrafo profissional. Entretanto darei minha opinião:
Regulamentação por parte do governo das profissões, incluindo fotógrafo, acho um verdadeiro tiro no pé. Por vários motivos:

-O critério para uma regulamentação em nível nacional é sempre controverso. Quem merece o titulo? Quem estudou? Acho besteira.. quantos estupendos fotógrafos temos sem estudo? E se o critério não for estudo, é o que? Um teste? Algo subjetivo?? Uma prova? Ter equipamento? Complicado definir isso aí... E por ser tão complicado, acaba tendo registro quem atende um critério mínimo, normalmente errôneo, e mais que isso: paga-se caro pelo registro.. que traz o próximo tópico.

-Conselhos de classe regulamentados. Uma porcaria ser serventia nenhuma, que cobra anuidades absurdas e não agrega valor para a sociedade. Um bando de gente mamando na teta de uma classe qualquer... o CREA serve para nada, e cobra R$400 todo ano de quem é engenheiro.. e o CRM, OAB, CREFIS.. tudo igual. Servem para nada, porque se um prédio cai, o CREA não se responsabiliza em absolutamente nada.. não vistoria tua obra, não faz NADA. Só cobra anuidade do engenheiro, e taxa do coitado que é dono da construção. Motivo da taxa e anuidade? "garantir que a obra esta sendo tocada por um profissional habilitado". Como se cruzar dois bancos de dados fosse motivo para cobrar o que cobram.. E o profissional não tem nenhum direito sobre o conselho. Te imputam uma anuidade absurda e é isso. Aceite!

-Lei só no papel não adianta. Se não houver fiscalização, não serve para nada.. continuam fazendo os trabalhos profissionais não "habilitados", ninguém fiscaliza isso. Portanto mais uma lei constar, acho melhor nem ter.. Quando há fiscalização, é por um conselho de classe, que como ja falei, traz mais pontos negativos do que positivos.

Ou seja: em minha opinião não existe regulamentação melhor que o próprio mercado. É simples: se alguém paga por um serviço, aquele prestador merece o dinheiro e pronto. "ah.. mas aí um monte de gente barata tira mercado dos fotógrafos de verdade.." Balela da primeira linha em meu ver. Cada qualidade/preço tem seu mercado independente... E se muita gente boa esta baixando seu preço, e a "categoria perde" o motivo é simples: o trabalho em questão é (ou tem ficado) fácil de ser executado.. muita gente consegue fazer um bom trabalho. É por isso que uma caixa de supermercado ganha menos que um médico.

Então sem me alongar na discussão de preços/qualidade, não vejo nenhum regulamentador melhor para uma profissão, que não seja a procura pelo cliente e o retorno financeiro. Mesmo em profissões que hoje são regulamentadas e tem conselho, isso se aplicaria em meu ver.. E os conselhos deveriam ser independentes como diz o texto: organizados pelos próprios profissionais, que arbitrassem suas próprias regras e critérios, e a filiação fosse opcional.. Assim haveria várias organizações da mesma classe concorrendo entre sí, e o preço seria mais justo. Cada organização formaria o seu próprio "selo de qualidade" ao longo do tempo, reconhecido pelo mercado. Seria algo assim: "só vou em (ou contrato um, se for empresa) médico certificado pela XYZ, lá sei que são bons..".

Porque vocês não formam um próprio conselho?? Eles podem começar informais, sem custo para o profissional, e de forma local. Um cadastro de bons fotógrafos.. "conselho de bons fotógrafos de casamento de SP". Se alguns bons profissionais se organizarem assim, e divulgarem para seus clientes, em algum tempo o boca a boca fará com que o público comece a procurar por fotógrafos filiados.. Esse é o caminho que eu acho correto, e é o que o texto conclui também, pelo que entendi..

=)
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jauvane

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Resposta #4 Online: 23 de Janeiro de 2015, 18:36:54
Regulamentação nem sempre é a melhor solução. Em informática, por exemplo, propositalmente não há regulamentação, e a comunidade resiste às tentativas de regulamentação do setor. Quem quiser atuar no mercado é bem vindo, e que vença o melhor...
JVc.


tarcisioal

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Resposta #5 Online: 05 de Fevereiro de 2015, 12:48:01
http://inspirationphotographers.com/participe/

Esse aí é um exemplo de um bom "conselho de classe" que citei no meu looooongo texto acima. Uma associação que reconheça qualidade.
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André Luis Jacob

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Resposta #6 Online: 05 de Fevereiro de 2015, 19:31:09
E ter muitos taxis nas ruas é ruim?
E se a restrição se aplicaria a fotógrafos?
Somente podem cobrir casamento, ter estúdio, realizar tratamento de fotos, apenas profissionais com firma aberta e formado na área.
Seria uma boa não?
 ;)

Nao acho valido, até a parte do CNPJ acho justa, agora "formação"? Os melhores fotografos da minha regiao não fizeram um curso basico de fotografia sequer, enquanto que os "mais ou menos" todos tem cursinho, isso nao é opiniao minha, é constatação. E ai? Vai matar todos os profissionais que cobram o certo, fazem o certo, tem ambientes bacanas e sao realmente profissionais pra deixar uma cambada de gente sem noçao que cobra 200 reais um ensaio/evento trabalhar livremente só porque tem um curso técnico qualquer (que eu, sem este curso tecnico poderia inclusive dar as aulas)?
« Última modificação: 05 de Fevereiro de 2015, 19:31:32 por André Luis Jacob »
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Michelfas

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Resposta #7 Online: 09 de Fevereiro de 2015, 16:47:25
 :snack:


jesieltrevisan

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Resposta #8 Online: 10 de Fevereiro de 2015, 13:38:16
Nao acho valido, até a parte do CNPJ acho justa, agora "formação"? ...

Pois é, um engenheiro tem que passar vários anos e tirar o canudo e pagar o CREIA todo ano para conseguir trabalhar, assim como tantas outras profissões, médico, enfermeiro, dentista, advogado, contador... e daqui a pouco até para ser dona de casa vai existir algum certificado.

E o certificado garante o que? Competência?
Em alguns casos o canudo pode ser mais um limite imposto que segrega os bens sucedidos.

É esta a questão que o longo texto aborda, comparando o sistema de formação atual com as guildas da época medieval.

Até que ponto o sistema de formação é valido?

Pelo que entendi, na Fotografia não seria válido, pois além de afetar diretamente os seus trabalhos, não iria garantia competência a quem é certificado.
« Última modificação: 10 de Fevereiro de 2015, 13:42:15 por jesieltrevisan »
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Rick99

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Resposta #9 Online: 10 de Fevereiro de 2015, 14:13:35
A única vantagem do CREA antigamente, é que só quem era formado em instituições bem conceituadas no MEC, conseguia a carteira.
Hoje é diferente. Quem aprende 55% do que é ensinado já pode ser um engenheiro. Mas se não pagar a anuidade e não tiver a carteirinha, não pode assinar nenhuma obra ou projeto.

Mas para ofícios ligadas a arte e artesanato, não acho necessário a obrigatoriedade de cursos e nem de certificados.


picture-boy

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Resposta #10 Online: 17 de Março de 2015, 07:18:46
Regulamentação nem sempre é a melhor solução. Em informática, por exemplo, propositalmente não há regulamentação, e a comunidade resiste às tentativas de regulamentação do setor. Quem quiser atuar no mercado é bem vindo, e que vença o melhor...

No meu caso analista de sistemas, aqui em Cuiabá, não há um conselho de classe.
Assim, no caso de um concurso público, não se pode exigir saber técnico dos que prestam o concurso.
A não ser que se peça prova de titulos.  Isso indica que há chances de alguém que não saiba nada passar
no chute ou apenas saber a teoria. coisas de ter feito um universidade "na cola".
« Última modificação: 17 de Março de 2015, 07:19:24 por picture-boy »