Eu sempre ouco estudantes Brasileiros falarem que as escolas e at mesmo algumas universidades fora sao mais Fracas do que no Brasil. Tem um tempo atras em que eu vi o relato de um Brasileiro dizendo que achou o curso de engenharia que ele fez na Faculdade na Alemanha muito fraco e que prefere o curso na Paraiba.
Segundo ele, a vantagem de estudar na Alemanha estava somente na questao estrutural (tecnologia e equipamentos).
Bom. Existem muitas escolas na Alemanha, Espanha, entre outros paises, experimentando modelos educacionais alternativos. Acredito que o proprio modelo Finlandes um modelo experimental alternativo que eles julgam terem dado certo para eles, e por causa dos Resultados paises como Canada, Espanha buscaram experimentar (e Brasil mas o Brasil so pegou o aspecto da nao repeticao de ano, o resto parece nao ter mudado).
Seu colega, no geral, está certo. Nas universidades, fora a estrutura, acesso a bibliografia, etc, as diferenças são poucas. Acontece que estrutura e acesso ainda fazem uma diferença enorme.
A história das universidades, no Brasil, é bem diferente das escolas de educação básica.
Não pegou só esse aspecto não. Não mesmo. Se leres os trabalhos acadêmicos e as diretrizes oficiais e formais da Educação no Brasil vais ver que ela está alinhada ao que há de mais moderno em pesquisa educacional no mundo. Acontece que implantar isso na terra arrasada que era a Educação saída da ditadura e anos Collor e Sarney é muito complicado. Lembrem que, nos anos 70, METADE da população brasileira era analfabeta e NUNCA, nunca tinha frequentado escola.
O FHC, com todas as criticas que possa ter ao Paulo Renato, iniciou um esforço enorme para colocar todo mundo na escola. É foda. Desde construir E MANTER a estrutura física e pedagógica até arrumar professor, dobrar o numero em geral, mas triplicar, até quintuplicar em algumas áreas como as das ciências exatas e naturais. Isso não se faz num passe de mágica, nem com todo o dinheiro do mundo.
Mas aí teve o erro de querer garantir formação por decreto. Criou uma Lei que obrigava o professor a ter curso superior mas não deu nenhuma condição. Aí grassaram cursos de "curta duração" oferecidos por instituições privadas, caça níqueis horrorosos e caros para o bolso das senhorinhas que, ameaçadas de perder o lugar na escola, empenhavam até as dentaduras. Péssimo. E sei porque, em começo de carreira, dei cursos em graduações dessas.
Agora, diferente, há programas de formação (PARFOR, PROFLETRAS) gratuitos, com professores doutores, fornecimento de material e bolsa. Não é maravilhoso, mas realmente agrega qualidade.
Enfim, o processo é longo. Provavelmente não vamos ver, na nossa geração, resultados sequer stisfatórios, mas acredito que é um caminho sem volta pois as tentativas de retrocesso vão sendo punidas como a "revolta do giz" que o Beto Richa vêm enfrentando no Paraná.
É valorizar o professor (o qu vem acontecendo de forma consistente, ainda que lenta, nos últimos 20 anos) financeira e socialmente, dar formação adequada e saber que a Educação, como o homem, é um processo, transitorio e sempre imperfeito, daí sempre sujeito a melhoras.
Só escrevo isso, já sendo chata pacaraio, porque acho que uma visão histórica dos processos é sempre boa. Do contrário, ficamos repetindo o chavão de que a Educação antes era melhor. Não era. Podia até ter mais disciplina e medo/respeito, mas só isso. Antes era para poucos e só servia para bitolar. E por que a gente não reclamava? Porque, provavelmbente, eramos uns bocós. E o resultado dessa educação "dos antigamente"é o que vemos agora. Nosso mundo de agora, escroto como é, é fruto da educação de nossos avós e pais, da nossa própria - não da escola tual dos nossos filhos.