Autor Tópico: VOCÊ ESTÁ PREPARADO PARA A CRISE????  (Lida 3804 vezes)

Raphael Sombrio

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Resposta #15 Online: 19 de Março de 2015, 09:51:00
Nas minhas rodas de trabalho, amizade, familia etc... não aguento mais todo mundo reclamar.

Principalmente no Facebook.
Insuportável esses memes zoando a situação atual, divulgando e incentivando o desespero  :no:

Se todas as pessoas que gastam seu tempo pra criticar e reclamar usassem essa energia para tentar reverter ou melhorar a situação, com certeza a crise poderia ser menor ou mais rápida..... :ponder:


Raphael Sombrio

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Resposta #16 Online: 19 de Março de 2015, 09:58:20
O Brasil não produz quase propriedade intelectual, logo, não da para fazer como os EUA e viver de vender serviços do consumo...

Ai eu concordo com o Silvano: no geral, o povo brasileiro não corre atras de aprender, estudar, se especializar.

Sim, a qualidade do ensino caiu, basta ir pra escola ( e tanto faz se é ensino básico, médio ou faculdade ) pra perceber que hj as cobranças estão relaxadas, exige-se muito menos de quem está aprendendo.

Mas quem pode e vai fazer a diferença é a própria pessoa, buscando, se interessando. Existem incontáveis exemplos de pessoas que saíram do nada, enfrentando todas as intempéries e hoje são referência naquilo que fazem, impactando a sociedade com atitudes e ações concretas e de resultados. 


Alexandre Ricci

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Resposta #17 Online: 19 de Março de 2015, 10:02:22
Se todas as pessoas que gastam seu tempo pra criticar e reclamar usassem essa energia para tentar reverter ou melhorar a situação, com certeza a crise poderia ser menor ou mais rápida..... :ponder:

 :clap:

Sobre crise:
- Nunca vi uma época em que não tivesse ninguém reclamando. Sempre está ruim para alguns e bom para outros
- Nunca vi profissionais competentes, honestos e trabalhadores sem trabalho por causa de crise. Sempre tem outras coisas envolvidas.
- O mercado e as empresas aproveitam os momentos de crise pra adequar/renovar seus quadros (a desculpa é ótima pra demitir). Existem exceções, com certeza, mas em geral é isso.


Paulo Arruda

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Resposta #18 Online: 19 de Março de 2015, 11:09:49
Então pessoal... concordo com várias análises de vcs sobre cenário, crise, produção, etc (discordo de algumas, claro...rss).
Também sobre qualificação e os "mimimis" da vida... do povo que só vive de reclamar.
O que quero gostaria de discutir é de quem trabalha com mercado de fotografia... como está a percepção no nicho em que atua?
Uma vez que a fotografia pode ser considerada um item "supérfluo" de consumo.
Alguém está sentindo mais dificuldade... ou está lucrando mais justamente por ter mudado o foco de comunicação, como dizem, aproveitando as oportunidades que podem ser criadas pelo cenário?
Abs.


silvano

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Resposta #19 Online: 19 de Março de 2015, 11:12:39
Então pessoal... concordo com várias análises de vcs sobre cenário, crise, produção, etc (discordo de algumas, claro...rss).
Também sobre qualificação e os "mimimis" da vida... do povo que só vive de reclamar.
O que quero gostaria de discutir é de quem trabalha com mercado de fotografia... como está a percepção no nicho em que atua?
Uma vez que a fotografia pode ser considerada um item "supérfluo" de consumo.
Alguém está sentindo mais dificuldade... ou está lucrando mais justamente por ter mudado o foco de comunicação, como dizem, aproveitando as oportunidades que podem ser criadas pelo cenário?
Abs.
Vou te dar meu exemplo, continuo comprando lentes, comprando filme, gastando com revelação etc... A diferença é que hoje estou gastando mais com impressões. Então se depender de mim o mundo fotográfico continuará firme e forte.
Silvano Rocha
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Rick99

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Resposta #20 Online: 19 de Março de 2015, 14:09:38
O que fará o Brasil entrar em crise ou não será o mercado interno, se o pessoal ficar com "medo" de continuar com suas vidas normalmente (comprando, investindo etc..) todos os setores desaquecem, cai vendas, cai emprego e o mesmo cara que "economizou" pode ficar sem emprego em breve, é um ciclo.
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Então não sei o que dizer pois o empresariado reclama, em 2008 no ano da crise, lembro que foi dos melhores anos da industria automobilistica até setembro, aí veio a crise em outubro e nem esperaram chegar dezembro, em novembro já se iniciaram as demissões em massa.

Discordo (respeitosamente) esses dois parágrafos.
1) Apenas o "medo" não gera crise. O problema do brasileiro é que costuma recorrer muito ao crédito para adquirir bens e serviços. Com as taxas básicas de juros altas, além do dólar em alta, acaba influenciando diretamente no mercado interno.
Veja o preço dos imóveis em SP: em alguns casos se mantiveram ou houve redução, mas poucos conseguem aproveitar, já que os bancos estão selecionando melhor os potenciais compradores, e quem consegue, tem q pagar juros mais altos do financiamento.

2) 2008 foi um ano em que as potências (EUA, Europa e Japão) estavam em crise, e os emergentes cresceram. Hoje é o inverso: EUA e Europa retomando o ritmo de crescimento e os emergentes amargando redução do PIB e inflação. O dólar está subindo perante a todas as outras moedas pois saiu da recessão e os investidores preferem a segurança da moeda americana.
São realidades opostas.


silvano

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Resposta #21 Online: 19 de Março de 2015, 14:37:40
Discordo (respeitosamente) esses dois parágrafos.
Claro Rick99, apesar de pensar um pouco diferente, eu concordo com suas opiniões.
Apenas no 2, o que eu falei foi um fato, os empresários aproveitam essa desculpa da crise para as demissões em massa, presenciei isso.
Mais com certeza é um momento diferente como você já citou.
« Última modificação: 19 de Março de 2015, 14:38:09 por silvano »
Silvano Rocha
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spositom

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Resposta #22 Online: 19 de Março de 2015, 14:54:33
Silvano, vc esta certo

Em 1900 e nada a empresa onde trabalhava foi contratada para fazer uma entrevista com o Ministro da Casa Civil da época e esta conversa de manipulação de crise (demissões em massa exatamente) era muito comum. O escroto (desculpe a palavra) da conversa que era tudo num tom muito descontraído, junto com os agendamentos das "festinhas"

O problema que vejo não é a falta de MO qualificada, mesmo pq ela não esta presente em toda cadeia produtiva (na fanfarra alguém tem que carregar a zabumba) e sim a produtividade baixa.. e ai tem bastante pano pra manga



silvano

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Resposta #23 Online: 19 de Março de 2015, 15:26:21
Silvano, vc esta certo

Em 1900 e nada a empresa onde trabalhava foi contratada para fazer uma entrevista com o Ministro da Casa Civil da época e esta conversa de manipulação de crise (demissões em massa exatamente) era muito comum. O escroto (desculpe a palavra) da conversa que era tudo num tom muito descontraído, junto com os agendamentos das "festinhas"

O problema que vejo não é a falta de MO qualificada, mesmo pq ela não esta presente em toda cadeia produtiva (na fanfarra alguém tem que carregar a zabumba) e sim a produtividade baixa.. e ai tem bastante pano pra manga
Perfeito spositom.
Complementando, acho que nem é baixa a produtividade no Brasil. Não sei se, só conheço industria TOP, mais todas que eu trabalhei ou dei consultoria são benchmark no mercado MUNDIAL. Whirlpool, Pilkington, Saint-Gobain, Philco (sim, é padrao Sansung), Vipal e por aí vai etc...
O empresário brasileiro segura a onda toda e a carga tributária também não atrapalha, é um custo fixo e quando é variável é um valor conhecido (custo direto).
O que F.... o Brasil é que os Departamentos PÚBLICOS não seguem o Padrão Privado, não possui mentalidade de ser Lucrativo, é só gasto, despesas e mais despesas e não se tem a preocupação de ser sustentável.
Aí o dinheiro só vai pelo ralo mesmo.
Silvano Rocha
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André Luis Jacob

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Resposta #24 Online: 20 de Março de 2015, 11:20:41
o mercado pra mim está ótimo, abri estudio novo, investimos relativamente alto (pra nós foi alto) e estamos com bastante cliente, a questão que penso da crise é que ela esta pegando muito mais no psicológico das pessoas insatisfeitas com o governo do que na prática, aposto que caso a presidente renuncie magicamente a crise vai desaparecer (na verdade vai continuar la, mas pra quem tem sindrome de vira-lata, vai estar tudo okay).

Quanto ao dólar, ja explicaram aqui os motivos da subida dele, nao foi o real que desvalorizou, foi o dólar que finalmente estabilizou depois da crise de 2008, antes de 2008 ele sempre custou 3/4 reais, tanto que houve migração brasileira em massa por meados de 2000 pra trabalhar la e mandar grana pra cá.

O unico problema que estou sentindo é no combustivel e na inflação, minha grafica aumentou 10% em toda a tabela... ou seja, um album de 600 reais que eu ja tinha fechado com o cliente por esse valor, esta 660, e se eu cobrei 1000, acabei de perder 60 conto que ja estava destinado pra outra coisa... resumidamente vou cobrar 10% a mais na parte de impressões e diagramação do meu cliente, pra sobrar a mesma quantia pra mim e reajustar isso novamente
« Última modificação: 20 de Março de 2015, 11:22:51 por André Luis Jacob »
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Paulo Arruda

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Resposta #25 Online: 20 de Março de 2015, 14:18:57
o mercado pra mim está ótimo, abri estudio novo, investimos relativamente alto (pra nós foi alto) e estamos com bastante cliente,...

Bom saber disso André.
Seus trabalhos são muito bons.
Parabéns e sucesso aí.


fvanzela

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Resposta #26 Online: 20 de Março de 2015, 14:44:23
Então pessoal... concordo com várias análises de vcs sobre cenário, crise, produção, etc (discordo de algumas, claro...rss).
Também sobre qualificação e os "mimimis" da vida... do povo que só vive de reclamar.
O que quero gostaria de discutir é de quem trabalha com mercado de fotografia... como está a percepção no nicho em que atua?
Uma vez que a fotografia pode ser considerada um item "supérfluo" de consumo.
Alguém está sentindo mais dificuldade... ou está lucrando mais justamente por ter mudado o foco de comunicação, como dizem, aproveitando as oportunidades que podem ser criadas pelo cenário?
Abs.

Paulo, sou apaixonado por fotografia e não trabalho com isso, mas trabalho em um ramo considerado "supérfluo" também, que é o de alimentos e ingredientes orgânicos. Temos observado após as últimas 3 crises que itens de valor menor até crescem em tempos assim, então o que acontece? Acontece que pessoas que trocam bens de valor mais alto com mais frequência (ex. carro novo a cada 3/4 anos) aumentam este período e passam a se presentear com coisas diferenciadas e que podem levantar "a moral" do estado em que se encontram com a crise. Exemplos: perfumes (Boticário, Eh, Jequitis etc. só apresentam crescimento, nunca diminuem) / bebidas (já ouviu falar da Imbev demitindo?).

É bem possível que para a fotografia, por exemplo, em uma festa de 400 pessoas, se abaixe 15 reais por convidado no valor do buffet para investir 6000 reais em um fotógrafo, pois o que vai ficar lá na frente são as memórias registradas. Não que 6000 reais seja bom ou ruim, foi só uma conta para ilustrar o exemplo.

Acredito que algumas áreas da fotografia possam sofrer, como estúdios com finalidades específicas, mas na fotografia artística e fotojornalística, por exemplo, acho muito difícil cair o movimento.
« Última modificação: 20 de Março de 2015, 14:48:10 por fvanzela »
Fernando Vanzela
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Angelita Alves

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Resposta #27 Online: 20 de Março de 2015, 15:05:58
Eu trabalho com fotografia infantil e família. No momento não estou fechando novos contratos porque tenho outro emprego e não estou dando conta de tudo. Mas digo com certeza que o mercado está bom. Tem muita demanda nessa área e está tendo espaço até pra fotógrafos iniciantes. Eu acompanho também o mercado de festas infantis, pois o que eu mais fazia era aniversários. Participo de vários grupos e continuo vendo as pessoas contratando e fazendo suas festas normalmente. Parece que a "crise" não chegou nesse setor ainda.
Eu estava prestes a desistir do meu emprego principal (sou funcionária pública) pra ficar só na fotografia, mas o medo da suposta crise me fez recuar... mas tô sempre acompanhando o que acontece. Quem sabe essa tensão passe e eu possa então fazer o que tenho vontade mesmo.