Autor Tópico: Desenvolvendo meu estilo?!?  (Lida 2655 vezes)

ALEXFIGUEIREDO

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Resposta #15 Online: 05 de Março de 2015, 19:17:36
Interessante e meio confuso. Estilo ou Gosto? Técnicas de Captura e Edição misturado ..........

Não tenho meu gosto definido, mas pelas fases que tenho passado me concentro em fazer somente o que gosto, pois não vivo disso. No ditado popular, "A ocasião faz o ladrão" e neste caso, a minha fotografia vai se adaptando às circunstâncias e oportunidades que aparecem, pois acima de tudo sou fissurado em Fotografar.

Já passei por épocas em que minhas únicas oportunidades eram de fotografar Pássaros e Aviões. Tudo bem, procurei aprender e evoluir, conseguindo acima de tudo me satisfazer com a Fotografia. Mas passou ....

Tenho predileção por fotografar Pessoas em cenário urbano, Retratos com ênfase em faces.
Não gosto exatamente de Arquitetura, mas me interesso por Urbanismo e junto temos também os seus prédios e construções.

Por outro lado, sei exatamente o que ainda não gosto e talvez nunca venha a gostar: Social e Eventos.

Em tudo tenho a tendência de me concentrar no Preto e Branco  :ok:
« Última modificação: 05 de Março de 2015, 19:18:15 por ALEXFIGUEIREDO »
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C. Ferrari

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Resposta #16 Online: 05 de Março de 2015, 19:48:15
É importante ter um estilo, sem ele tanto o artista quanto o fotógrafo comercial dificultam o seu sucesso. É através dele que o fotografo x vai se diferenciar do y e consequentemente ganhar o cliente.

Sobre isso, eu acredito que estou começando a definir o meu estilo, mas isso não quer dizer que ele não vá evoluir com o tempo. E a definição desse estilo começa desde o posicionamento na hora do clique até o tratamento final.

Agora não saberia dar um nome ou exemplificar o que faço para alcançar tal. É intrínseco.


spiderman

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Resposta #17 Online: 05 de Março de 2015, 21:21:28
A questão a se colocar é...se cada um é único, porque se tem que buscar um estilo?

Pensando por esse lado, todo mundo teria seu estilo e ninguém buscaria um pois já o teria naturalmente, certo?

Acho interessante e até um pouco cômica essa busca por estilo como um diferencial de mercado. Não é uma busca por estilo mas uma busca por uma vantagem competitiva, ou seja, se pintar de vermelho num mundo onde todos são amarelos. Essa metáfora aí até que cai bem pois nesse caso é só um diferencial aparente. No geral, o marketing trabalha mais com a aparência do que com a essência. A essência não aceita os limites do mercado. É como se fosse um carro desgovernado impossível de ser parado.
Neste sentido, acho que o meu pensamento vai de encontro com o CROIX. Nunca tinha pensado nessa ideia de diferenciar estilo e expressão artística, aparência e essência, mas me parece uma ideia interessante já que se trata de coisas diferentes.

As respostas do tópico vão mais de encontro ao estilo mesmo. Vejam, se falou em edição, em categorias fotográficas, em distancia focal. Se a busca é por diferencial competitivo, acho que é normal que esses termos venham à tona. Talvez se falássemos em estilo no sentido de expressão artística, estariamos conversando sobre linguagem, personalidade, essência,  etc,
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spiderman

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Resposta #18 Online: 05 de Março de 2015, 22:07:33
Outro questionamento interessante a se colocar é se a fotografia comercial permite a expressão artística, a essência, a personalidade.
O mercado fotográfico é, de certa forma, um agente limitador que restringe a expressão. Até porque o seu campo de atuação pode ser um mercado restrito, como por exemplo, fotógrafos que atuam numa pequena cidade do interior do Brasil em oposição a fotógrafos que atuam em metrópoles como São Paulo e Nova York. E não é tanto o tamanho do mercado em quantidade de pessoas  que faz a diferença mas a mentalidade das pessoas. Com certeza eu poderei ter uma maior margem para me expressar artisticamente em mercados onde há maior aceitação e apreciação da expressão e da diversidade. Pensando mercadologicamente, há mercado onde é melhor fazer igual a todo mundo do que fazer diferente (estou falando de fotografia e não de servir champagne a clientes). Em oposição a isso, eu acho que essa limitação é mais nossa do que do mercado. Um bom marketeiro vai te dizer que você pode vender qualquer coisa pra qualquer pessoa. Nesse sentido, somos nós que somos limitados e não o mercado. É um pensamento bastante platônico e otimista, mas faz todo sentido :). Acho que, assim como eu, vocês estão cansados de se deparar com fotógrafos famosos que postam fotos "comuns"(sem juizo de valor) e são aclamados como deuses fotográficos. A sensação que eu tenho é que esse fotografo poderia vender qualquer coisa. Ele é mais um Deus do marketing do que da fotografia. Então, eu acredito, sim, que o mercado pode absorver qualquer coisa. Por mais que voce "injete" uma forma de expressão própria sua, a humanidade "sofre" das mesmas coisas. Seu trabalho sempre poderá atingir uma quantidade maior de pessoas além de você. Acho que existe um "medo" coletivo que impede certos mercados de se diversificarem. Não é a única causa, é claro. Há também a falta de educação, estudo da arte, poder de influencia da publicidade e uma série de outras razões que fazem com que certos mercados caiam na mesmice. No entanto, eu não tenho dúvida de que nós colocamos a culpa de nossos próprios medos e limitações no mercado. Acredito que se ele impõe algum tipo de fronteira para expressar-nos, o nosso campo de expressão é muito maior do que a gente imagina ser.
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Resposta #19 Online: 05 de Março de 2015, 22:08:54
A questão a se colocar é...se cada um é único, porque se tem que buscar um estilo?

Pensando por esse lado, todo mundo teria seu estilo e ninguém buscaria um pois já o teria naturalmente, certo?

Acho interessante e até um pouco cômica essa busca por estilo como um diferencial de mercado. Não é uma busca por estilo mas uma busca por uma vantagem competitiva, ou seja, se pintar de vermelho num mundo onde todos são amarelos. Essa metáfora aí até que cai bem pois nesse caso é só um diferencial aparente. No geral, o marketing trabalha mais com a aparência do que com a essência. A essência não aceita os limites do mercado. É como se fosse um carro desgovernado impossível de ser parado.
Neste sentido, acho que o meu pensamento vai de encontro com o CROIX. Nunca tinha pensado nessa ideia de diferenciar estilo e expressão artística, aparência e essência, mas me parece uma ideia interessante já que se trata de coisas diferentes.

As respostas do tópico vão mais de encontro ao estilo mesmo. Vejam, se falou em edição, em categorias fotográficas, em distancia focal. Se a busca é por diferencial competitivo, acho que é normal que esses termos venham à tona. Talvez se falássemos em estilo no sentido de expressão artística, estariamos conversando sobre linguagem, personalidade, essência,  etc,
Você é um que tem um estilo de fotografar bem marcante! Você saberia dizer o porquê você gosta das imagens da forma como você produz? Não acho que isso seja comercial ou procurar por um marketing, acho que tem mais relação com olhar para uma imagem e te trazer bem estar! Se você for um um profissional, vai atrair pessoas que sentem bem estar tendo fotos feitas por você!
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spiderman

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Resposta #20 Online: 05 de Março de 2015, 22:39:54
Você é um que tem um estilo de fotografar bem marcante! Você saberia dizer o porquê você gosta das imagens da forma como você produz? Não acho que isso seja comercial ou procurar por um marketing, acho que tem mais relação com olhar para uma imagem e te trazer bem estar! Se você for um um profissional, vai atrair pessoas que sentem bem estar tendo fotos feitas por você!
O marketing serve mais para convencer os indecisos. O decididos você não precisa convencer de nada. A questão é que o mundo tá cheio de indecisos. E é aí que o marketeiro entra e faz estrago :).
Exemplificando...aqui em casa não consumimos produtos industrializados. Outro dia eu estava no mercado com um amigo e uma mulher veio apresentar um suco integral de maçã. Ela dizia que era natural e que era muito melhor do que fazer em casa porque o suco de casa ficava com a coloração estranha, de lama. A moça era bonita e o meu amigo ficou achando o suco o máximo. Aí eu mostrei pra ele que não é a mesma coisa. Esses sucos sempre possuem algum tipo de elemento quimico para conservá-lo. Quem faz suco em casa sabe que depois de algumas horas o sabor ja muda. Depois de uns dias fica intragável. Não existe mágica para as coisas. Neste caso, ela não ia me convencer porque eu já estou decidido neste assunto. Sei que o marketing utiliza de artemanhas para me fazer acreditar na pureza do suco. Portanto, a embalagem pode ser bonita, o suco pode ter um amarelo reluzente que não vai me convencer de nada.
Voltando ao meu trabalho e à sua pergunta, acho que a minha forma de fotografar tem um pouco a ver com o que eu disse antes. Eu não encaro a fotografia como um trabalho mas como uma maneira de viver a vida. Ela tem acompanhado a minha trajetória e tem sempre mudado de acordo com a minha maneira de me enxergar e de viver a vida. Tenho sempre tentado empurrar a fronteira dos limites e ir avançando. Eu nunca gosto da forma como eu produzo e essa eterna insatisfação tem me movido. Outra coisa importantíssima é que tenho aprendido a digerir as minhas fraquezas de forma bastante natural. Isso faz com que eu não fique paralisado com as insatisfações. Nunca pensei em desistir de nada porque isso não é possível. Eu poderia deixar de fotografar comercialmente mas jamais deixaria de fotografar. Para mim, hoje, isso seria como deixar de respirar. Amanha eu já não sei. Talvez eu aprenda a viver sem respirar e tudo mude :).
Como tenho feito as coisas da maneira mais honesta e simples possivel, tenho atraído uma clientela que se identifica com esses valores. Quando sinto que tem algum indeciso que me procura, dou um jeito discreto e educado de afastá-lo. O meu interesse está nas pessoas e não mais na fotografia. Então se não tivermos alguma "atração", não faz sentido nenhum. Sim, tenho rasgado dinheiro, mas também tenho atraído algum com essa mentalidade.
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Resposta #21 Online: 05 de Março de 2015, 22:52:09
Veja, eu acredito que achar o estilo é aprender a reproduzir com a mídia, os softwares, químicos ou seja lá o que você quer usar, aquilo que você quer transmitir, a tua forma de retratar a tua visão do mundo!
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Resposta #22 Online: 06 de Março de 2015, 00:02:47
Tenho uma visão parecida com a do Croix e do spider.
Acho que já teve uma época que eu achava que cada pessoa podia ter um estilo único de produção fotográfica. Mas à medida que fui conhecendo o trabalho de muitos fotógrafos, muitos desconhecidos inclusive, percebi que mesmo cada pessoa sendo única, a produção humana acaba sendo muito parecida e que é muito difícil ter um estilo único após tanta coisa ter sido produzida. Daí que no final das contas esse estilo não conta. O que acredito que realmente conta seja a autenticidade das coisas que fazemos, que acho que é o que torna a fotografia genuína. E aí, vai ter mais a ver com a essência mesmo. E quando se trata de essência, acho que não se adapta sua própria expressão à uma forma. Acho que ocorre justamente o contrário...molda-se a forma porque o mais importante é o conteúdo.
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Resposta #23 Online: 06 de Março de 2015, 07:24:22
Daí que no final das contas esse estilo não conta. O que acredito que realmente conta seja a autenticidade das coisas que fazemos, que acho que é o que torna a fotografia genuína. E aí, vai ter mais a ver com a essência mesmo. E quando se trata de essência, acho que não se adapta sua própria expressão à uma forma. Acho que ocorre justamente o contrário...molda-se a forma porque o mais importante é o conteúdo.

Penso que isso é algo muito difícil para a maioria das pessoas, não só na fotografia, mas em qualquer coisa.
Muitas vezes gostamos e acreditamos em coisas que acabamos deixando de fazer ou defender por achar que isso não agradará outras pessoas, e acabamos desenvolvendo coisas que caem na vala comum.

Enfim, fazemos o que todo mundo está fazendo e deixamos de lado o que fala de dentro da gente, prq tlvz aquilo não vá ser considerado algo extraordinário., e isso não pode acontecer em um mundo aonde achamos que devemos, precisamos nos destacar.....no fim é bem triste....


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Resposta #24 Online: 06 de Março de 2015, 12:49:09
Tenho uma visão parecida com a do Croix e do spider.
Acho que já teve uma época que eu achava que cada pessoa podia ter um estilo único de produção fotográfica. Mas à medida que fui conhecendo o trabalho de muitos fotógrafos, muitos desconhecidos inclusive, percebi que mesmo cada pessoa sendo única, a produção humana acaba sendo muito parecida e que é muito difícil ter um estilo único após tanta coisa ter sido produzida. Daí que no final das contas esse estilo não conta. O que acredito que realmente conta seja a autenticidade das coisas que fazemos, que acho que é o que torna a fotografia genuína. E aí, vai ter mais a ver com a essência mesmo. E quando se trata de essência, acho que não se adapta sua própria expressão à uma forma. Acho que ocorre justamente o contrário...molda-se a forma porque o mais importante é o conteúdo.

Exato ao ponto.

Alem de tudo, as pessoas misturam ou confundem o ter expressao propria, com identidade visual/marca e com estilo.

Ter expressao propria eh ser capaz, gracas a experiencia, habilidade e sinceridade, de transmitir a sua realidade e visao de mundo, traduzindo tais experiencias, visoes e anceios de maneira natural e bem sucedida a linguagem fotografica. Isso eh o que eu chamo de essencial para uma boa arte.



Ter identidade visual ou uma marca distinta eh qualquer coisa que faca as pessoas associarem e lembrarem quem fez a foto ou produz o priduto. Essa coisa pode ser absolutamente qualquer coisa, um ponto vermelho no meio das fotos, uma edicao expecifica, um efeito especifico.

Em geral tambem significa padronizacao. A funcao eh puramente e meramente marketeira. Nao so no sentido de ser lembrado quando alguem ver o produto aleatoriamentenpor ai, plantandono criador do produto na conciencia das pessoas, mas tambem no sentido de que ao ser contratado ou ao comprar o produto as pessoas sabem exatamente o que vao receber, pq eh assim que quem produz o produto faz em todos os seus produtos.

A funcao artistica por outro lado eh Zero. Apesar de que a sua expressao pessoal pode sim se tornar uma identidade/marca sua. Mas o contrario eu duvido acontecer (ou melhor, eu acredito se tornar ate um bloqueio a expressao pessoal), resultando em obras vazias sem realmente um conteudo proprio mas apenas apelo a superficialidade da aparencia na qualidade material.



Ja estilo, eh absolutamente qualquer coisa que vc faca por meramente gosta de fazer. Pode as vezes ter a ver com a questao do conteudo da obra como no primeiro caso, ou com o mercado como no segundo caso, mas tambem pode nao ter relacao nenhuma. Meu estilo, por exemplo, eh fotografar usando o dedao no obturador ao fazer enquadramentos em retrato.

O sinonimo de estilo eh metodo, maneira, forma (de se fazer), sistema, etc.