Autor Tópico: Digitais x Filme 35mm  (Lida 9523 vezes)

Fábio Ribas

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Resposta #15 Online: 28 de Março de 2005, 23:02:23
Tenho me deparado com as mesmas questões do Guss ultimamente (inclusive minha FZ10 eu comprei dele...). Só gostaria de acrescentar um pouco mais de ingredientes na discussão. O ponto principal da fotografia é a luz, e consequentemente como a câmera consegue trabalhar com ela... A partir disso, na minha opinião se considerarmos como elemento de comparação fotos com iluminação "abundante" chegaremos a resultados próximos mas (me corrijam se estiver errado) quando falamos de menos iluminação encontramos excesso de ruído em ISOs mais altos e dificuldades de foco automático. E aí voltamos à velha questão: qual o uso que se pretende dar à câmera? E aí as DSLRs se mostram mais flexíveis, embora mais caras e mais "desajeitadas" (novamente na minha opinião).
A discussão está num alto nível; acho que esse tópico vai render muito...

Abraços,  
Fábio Ribas - São Paulo / SP
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Leo Terra

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Resposta #16 Online: 29 de Março de 2005, 00:14:28
Olha em 10X15 como eu venho dizendo uma D70 e uma FZ-20 terão resultados muito próximos, a maior diferença será na latitude, mas se fizer fotos de ambas com luzes compatíveis o resultado em 10X15 tenderá a ser muito próximo se não o mesmo, lembrem-se que 10x15 exige muita pouca resolução, tanto da lente como da câmera, nos tempos dos filmes mal se percebia diferenças entre uma lente 28-80 de quinta categoria e uma 28-70L em uma ampliação 10X15, principalmente com o mesmo filme nas mesmas condições de luz.
10X15 é uma foto muito pobre em detalhes e as diferenças serão desprezíveis, já em 20x25 o papo começa a mudar ;)
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Resposta #17 Online: 29 de Março de 2005, 08:50:04
Olha:

Depois de dois anos de fotografia digital digo francamente: a fotografia com filme não tem mais resolução, mas é mais bonita.

Por isso tenho gostado de usar filme.

Ivan


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Resposta #18 Online: 29 de Março de 2005, 10:31:37
O grande defeito das digitais ainda é a latitude né Ivan? Parece besteira, mas os 2 pontos a mais que o negativo ainda tem em relação a uma S3 ainda fazem diferença.
Latitude e sensibilidade com baixo nível de ruído é o que falta para as câmeras digitais acabarem definitivamente com os filmes, porque resolução mesmo as médio formato já não conseguem acompanhar. :/
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Resposta #19 Online: 29 de Março de 2005, 10:50:27
O que acabo pensando, Ivan (mas só pensando pq eu não conseguiria fotografar com filme, não é para mim) é que como um amigo profissional disse esses dias, para manter minha compacta avançada e comprar uma SLR de filme, ir investindo em uma boa óptica, ter boas lentes, e de repente qd saisse uma DSLR com uma latitude respeitável e preço acessível fazer a troca.

Eu sei que isso já foi debatido aqui, mas não recordo, qual a latitude do filme 35mm, das compactas digitais e das DSLRS (desconsiderando a S3)?!

PS: Apesar do verde realmente estar quase estourando, gostei mt da foto da S7000, que tá achando dela em comparação com a S5000, Ivan?!

PS2: Fábio, realmente me desculpe, eu estive fora viajando, a demora no último envio foi realmente um erro de uma funcionária do correio. Eu não cheguei a conferir o rastreamento, mas como você não enviou nenhum email imagino que tenha recebido direitinho, eu vou te enviar uma carta com a nota do hood que acabou n indo junto.
« Última modificação: 29 de Março de 2005, 11:01:13 por Guss »
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Resposta #20 Online: 29 de Março de 2005, 12:47:45
Estou gostando da discussão.

Como Leo e Ivan estão dizendo, a questão da latitudes nas luzes altas é um fator inegável. Eu tenho visto isso principalmente com relação às fotos de casamentos. Eu acredito que os problemas que eu tenho tido com os estouros de branco não iriam acontecer tão fortemente com filme.

A realidade é que a tecnologia esbarra em alguns fatores que são mais difíceis de reproduzir quando se trata a migração de tecnologias analógicas para digitais.

E nós, afficionados da tecnologia (e mais ainda da qualidade) ficamos na expectativa que as industrias possam vencer as barreiras da migração tecnológica!

Abraço,
Fernando
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Resposta #21 Online: 29 de Março de 2005, 12:57:23
Eles já estão perto viu Fernando, a S3 Pro já passou a maioria dos cromos, só alguns negativos que ainda não foram superados, porque mesmo negativos mais comuns já foram alcançados, tanto em gradações de cores, como em latitude ISO. :)
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Ivan de Almeida

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Resposta #22 Online: 29 de Março de 2005, 13:33:44
Prezados:

Eu quis mostrar essas duas fotos porque não há quem não reconheça ser a feita com minha trintenária Kiev melhor. Basta olhar os tons do rosto, os tons da camiseta -que é branca- que se vê. Uma camiseta branca ficaria estourada certamente na digital.

Mas não é só isso. Há uma doçura na imagem que é muito caracterítica e há o bokeh. Gosto muito desta lente e essa foto foi feita com ela na máxima abertura, f2 e na distância mais próxima em que dá foco.

Quanto ao cromo, Leo, a digital tem mais latitude que eles. A latitude de um cromo não chega a 5 pontos, e a digital em RAW (compacta ou prosumer) é em torno disso. Mas para comparação, digamos que fotografar com digital é bastante parecido com fotografar com cromo, o mesmo tipo de distribuição de tons, a mesma fotometria crítica.

Quanto a comprar uma câmera de filme, como disse o Guss, eu comprei a Kiev este ano no eBay, depois que em novembro minha velha Zenit sucumbiu. A Kiev é uma câmera apaixonante, embora completamente old fashion (quem quiser conhecê-la, fotografi e está aqui: http://ivandealmeida.multiply.com/photos/album/10 . As lentes Jupiter são excelentes, a 50mm uma delícia (adoro lentes de 50mm, gosto do tipo de composição que permitem e obrigam) a 35mm nítida e com pouquíssima distorção, como comentado aqui, e estou testando a 85mm f2 que é dita excelente (tem um diafragma de 15 lâminas, fica redondinho). Fotografando com ela e digitalizando consegue-se resolução semelhante à de uma câmera de 6 ou 8mp se usado filme negativo não muito fino (um ProImage 100 pode ser equivalente a 8mp). Comprar uma SLR eu acho legal, mas tem de comprar barato e não investir muito dinheiro no conjunto. Esse meu conjunto me custou um total de 180 dólares mais ou menos, e para a qualidade que oferece devido ao fato de ser um clone das Contax pré-guerra, é um maravilhoso custo-benefício. As lentes são fantásticas e baratas. Para mim a solução filme-escaneamento de negativo é muito legal, me dando uma imagem digital ao in´ves das infelizes cópias 10X15.

Eu acho, Gustavo que fotografar com filme como se fosse digital, isto é, pega um rolo de 24 poses ou deixa o de 36 sem completar e fotografa em um ou dosi dias e revela/escaneia, sem fazer cópias, é muito legal.

Estou experimentando alguns filmes que nunca usara, como o Kodak Portra (não gostei), cromos, mas no fim creio preferir um filme de uso geral mesmo, tipo o Fuji Superia ou um ProImage 100 ou 200 (gosto muito das cores do ProImage para interior sem flash, embora seja um filme para flash).

Vou almoçar e depois falo da s7000

Ivan


Ivan de Almeida

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Resposta #23 Online: 29 de Março de 2005, 14:19:54
Sobre a s7000

Quando recebi a s7000 tinha passado mais de um mês sem câmera, e tinha recebido 10 dias antes a Kiev. Estava completamente apaixonado pela Kiev, tinha feito um filme muito legal com ela ( http://ivandealmeida.multiply.com/photos/album/9 ), fotomtrando com o tosco fotômetro de luz ambiental que tem (célula de silício sem pilha). Só tinha então a 50mm, tinha de andar para frente e para trás para compor, e para fotometrar eu chegava o fotômetro perto de uma moita de capim para captar o tom-referência (o capim e a grama refletem perto do cinza 18%).

Também vinha de um período de extrema adaptação com a s5000, que é muito mais jeitosa na mão.

Aí estranhei. Durante umas duas semanas eu cheguei a não gostar, ela me parecia estranha. Depois a memória da ergonomia da s5000 passou e me acostumei.

Ela é bem superior à s5000 em ótica. As imagens são mais detalhadas, mais nítidas. Ela também é bem superior na resolução e o JPEG 12mp Fine é realmente usável, ao contrário do JPEG da s5000. Mesmo assim continuo fotografando em RAW exclusivamente. O JPEG 3mp ISO 800, seja lá por que artifício for, é muito usável também. O foco Manual é ótimo, ele tem um botão para fazer um autofoco com ele selecionado e um magnificador central para acertarmos finamente, além de ser comandado no anel da lente -apesar de ser um servo-mecanismo, isto é, não é foco mecânico como eu adoraria. O EVF tem o dobro da resolução do da s5000, e isso faz uma tremenda diferença, além de cobrimento de 100% da imagem. O LCD também é maior.

Tendo feito fotos de 25X33 com a s5000 com ótimos resultados, é certo que conseguirei 35X50 facilmente com a s7000. Nesse sentido ela sobra em termos de resolução para meu uso normal.

É engraçado, mas embora seja a mesma tecnologia de CCD eu tinha mais controle das altas luzes na s5000. Era direto: centralizava a setinha na barra do fotômetro apontando para a parte mais brilhante da foto, compensava dois pontos e meio a mais e tinha um RAW sem estouros. Na 7000 eu fico um pouco inseguro de avançar 2,5 pontos. Vou um pouquinho além de dois mas tenho a impressão de estourar em 2.5. Preciso de mais testes e resultados para julgar. Ainda não está claro isso para mim.

Quanto ao ruído, ela é ruidosa dependendo da luz e da exposição, mas isso não compromete as cópias em papel se não tiver havido tratamentos radicais de levantamento de contraste. Minha maior cópia com ela até agora é uma 24X30 de um interior do Museu da República, e comparando-a com as cópias de 18X24 feitas na s5000 (mesmo grau de ampliação em relação ao CCD), ela é muito superior. Bem desenhada, nítida, com boa acutância. Observa-se em algumas regiões de média-baixa luz ligeiro ruído, mas nada que não fosse muito maior numa foto de filme (o grão). Coisa sutil que precisa ser mostrada para ser vista. Se o contexto permitir expor mais do que o necessário sem estourar e depois acertar, o ruído fica anulado.

Quem tiver interesse em comparar, posso mandar uma boa foto feita com a s5000 e uma boa foto feita com a s7000 bastando me dar o email, e aí a pessoa olha e chega às próprias conclusões, ou, melhor ainda, imprime. Em termos de tamanho de foto dificilmente eu precisaria de mais resolução.

É uma boa câmera, excelente por 500 dólares. Já comparei seu RAW com o de uma Canon Pro1, o da Canon é melhor, mas a diferença é menor que a diferença de preço. Se eu preferiria uma Oly 8080? Sim, mas custaria mais caro -risos.

Ivan
« Última modificação: 29 de Março de 2005, 14:36:16 por Ivan de Almeida »


FernandoPaes

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Resposta #24 Online: 29 de Março de 2005, 14:59:35
Ivan,

Obrigado por seus comentários sempre muito técnicos e cheios de esclarecimentos. É bom ouvir de pessoas que extraem o melhor de seus equipamentos antes de coloca-los como obsoletos. Gosto muito de minha S5000 e fiz fotos de ótima qualidade com ela. Decidi pela mudança, principalmente pelo flash e pela facilidade de realizar crops estratégicos para impressão em fotos 20x25 e 25x30.

Parabéns pelas fotos com a Kiev. Realmente a qualidade não deixa a desejar não. Não sei como seriam as ampliações 20x25 (talvez voce pudesse comentar), mas gostei muito do trabalho produzido.

Sobre o envio das fotos, eu ficaria satisfeito de receber suas produções das fotos com S5000 e S7000. Se voce puder me enviar no e-mail fernandopaes@hotmail.com, eu ficarei bastante agradecido!

No mais, obrigado por sua colaboração sempre completa no forum.

Abraço,
Fernando
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Ivan de Almeida

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Resposta #25 Online: 29 de Março de 2005, 17:45:37
Fernando:

Quanto as fotos da Kiev, dependem do filme usado. Com filmes de ISO 100 comuns creio que 20X25 seja o limite mesmo, ou melhor, 20X30 devido à proporção. para cromos, vai bem mais longe. O limite é dado pelo grão do filme, e não pelo equipamento, pois o equipamento permite muito mais que isso.

Mandei as fotos para você. Email pesado -risos.

Gostaria de saber sua opinião sobre as imagens.

Ivan


Zeiss

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Resposta #26 Online: 30 de Março de 2005, 09:22:28
B) Gostaria de comentar o que o Fernando falou do estouro em fotos de casamento. É prudente que se use um rebatedor como o que vc pode ver na reportagem da Fotografe Melhor sobre o Foca. Ele só usa luz rebatida, assim a luz fica mais difusa, suave, o que minimiza o risco do estouro. Na cerimônia é mais difícil pq tem que ter o rebatedor preso ao flash (aqui não tem pra vender mas em SP deve ser fácil encontrar). Costumo usar muita luz rebatida (em 35mm) nas fotos internas na recepção, usando teto e paredes. Quando o cliente vê as provas 10x15 fica às vezes decepcionado pois fica com cores um pouco opacas (amador adora cor forte) mas ao ver ampliadas e cheia de detalhes mínimos no vestido, bolo e na pele, ele gosta.
Os fotógrafos que conheço de casamento não gostam de usar o fotômetro da camera pq pode realmente estourar. Normalmente se põe no manual e usa-se a experiência "no olho" para ajustar o flash e a camera (é a turma que passou muito tempo usando flash Frata com Nikon FM2). Normalmente os flash Metz 45 possuem um automático muito bom para este serviço mesmo sem usar o adaptador TTL (a maioria dos flashes automáticos se dá mal). Meu amigo que usa uma 828 em casamento usa desta forma: dois Metz 45Cl1, um na frente outro atrás rebatidos no teto quando possível. A 828 em M com abertura 4.0 e os Metz regulados em AUTO em 5.6 . O resultado tem sido ótimo, inclusive algumas das fotos não precisam de manipulação, apesar dele dar uma ajustada geral e manipular um bocado algumas para efeitos artísticos como uma foto toda p/b azulada suavizada e só as alianças coloridas e muitos outras criatividades.
Em se tratando de fotos sem manipulação artística, apenas o "real", creio que o 35mm dá uma surra no digital pq se vc for bom na composição e iluminação, criando uma foto bonita, com boa objetiva e bom filme, o minilab te entrega uma 20X30 perfeita sem vc ter que perder um tempão no PC (e para quem gosta de poster vc faz um 50X75 que acho que uma 6mp não faz), pois tempo é dinheiro. As pessoas que conheço que migraram do filme para o digital e vivem da fotografia se queixam que são obrigadas a perder muito tempo para ajustar todas as fotos, tempo que antes usavam para visitar clientes e resolver outras coisas. Ou seja, vc economiza no filme e gasta "tempo-dinheiro" para consertar as bobeadas do digital. Costumo ver também um fato que presenciei com a chegada dos efeitos digitais ao vídeo. As pessoas estrapolam nos efeitos e acabam criando defeitos especiais, eles mascaram falta de qualidade técnica com efeitos que acabam se tornando de mal gosto e sem qualidade técnica, além de não mostrarem as pessoas como são (para quem se odeia é ótimo).
Para quem tem equip. profissional 35mm e muita experiência, ao encontrar um serviço de scan profissional para digitalizar o que se quiser manipular artisticamente, estará bem servido e perderá menos tempo de que quem usa só digital e perde horas consertando o que o equip. não pôde igualar-se ao filme. Estou em busca de um scan decente em Fortaleza pois não posso comprar digital agora e vou buscar trilhar este cominho por enquanto. Para casamentos creio que não terei problemas, o único é que a mentalidade tapada dos clientes acha que só presta se for digital, sem pensar de uma forma mais ampla.
Bye
« Última modificação: 30 de Março de 2005, 09:23:45 por Zeiss »
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Resposta #27 Online: 30 de Março de 2005, 14:01:11
Zeiss,

Excelente sua colocação.
Sem dúvida o flash rebatido faz uma grande diferença. Eu fiz alguns testes, mas ficou subexposto (acho que o local não colaborava muito). É claro que cada um vai testando seus recursos e criando as técnicas como pode. Eu ainda estou tentando extrair o máximo do meu equipamento digital.
Eu tenho um amigo que faz fotos excelentes com uma 300D. O cara antigamente usava a 18-55 e fazia milagres com ela. Ele está usando hoje um outro conjunto (20D + lentes de excelente qualidade) e com certeza o trabalho dele deve estar muito melhor...

Eu acredito que a arte fotografica ainda está na mão do fotógrafo, mais que da máquina. Eu acho que o uso bem dimensionado do equipamento que voce possui vai produzir qualidade, seja ela feita com uma Kiev, seja com uma 1Ds. (comparação horrível, eu reconheço).

Eu também acredito que se alguém tem uma analogica e pode scanear num lab que possui equipamento profissional para tal, não vai deixar a desejar.

É isso aí, analogicas e digitais andando juntas.

Abraço,
Fernando

PS: Pena voce estar tão longe! Seria ótimo um encontro para troca de idéias!
« Última modificação: 30 de Março de 2005, 14:02:29 por FernandoPaes »
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Resposta #28 Online: 30 de Março de 2005, 14:33:28
Olá Ivan!

Desculpe, só vi seu comentário depois que reli o topico.

Gostei das imagens, gostei mesmo. A do Palácio do Catete está realmente muito boa. Uma coisa que não se pode negar é que a Fuji tem excelentes cores. Eu achei que a foto, na sua visualização 100% tem bastante ruido, mas acredito ser pq a foto está em sua resolução máxima. (Interessante, essa é uma diferença grande que as DSLR tem).

A do caminho da boa esperança tem menos ruido (também uma imagem ótima).

Particularmente você tira ótimas fotos Ivan! Acredito que uma camera com um sensor maior voce conseguiria produzir excelentes fotos em grandes formatos!

Parabéns!

Abraço,
Fernando


 
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Resposta #29 Online: 30 de Março de 2005, 17:04:15
Olá Fernando.

Para saber se você verá o ruído quando impressa, basta olhar a foto em 50%. O que você notar em 50% aparecerá na cópia em papel, o que você não notar, não aparecerá. No caso da foto do Museu, ela não permite a melhor exposição, pois é foto que exige toda a latitude do sensor. No chão, os rastros de luz quase estouram (eles foram meu limite de fotometria, isto é, centralizei o fotômetro neles e aumentei a exposição pouco mais de 2 pontos), e por isso as baixas luzes foram menos expostas do que deveriam, implicando em algum ruído a mais.

Mas quis lhe mandar essa foto porque nela se percebe a agudeza de definição do conjunto lente-sensor. A foto é bastante nítida e tem muito desenho, o que evidencia isso. De amnas as´fotos eu tenho cópias em papel.

Já a do caminho de Boa Esperança de Cima  reflete o "estado da arte" da fotometria com a s5000 -risos. Nessa altura eu conhecia a câmera totalmente, e conseguia expor o mais possível. Nessa o limite da exposição foi determinado pela nuvem, mas como os tons baixos eram sombras que deveriam continuar como sombras, sua latitude de aproveitamento é menor e mesmo sem tratamento de ruído (que não gosto), e é bastante limpa. No papel é lisinha, sem ruído algum (na outra se percebe nas pinturas sobre as portas algum ruído que parece grão, muito pouco, mas estamos falando de uma cópia de 24X30cm, que mostraria grão se fosse feita em filme).

O interessante, que esqueci de mencionar, é que ambas as fotos foram feitas com o Wide Converter Olympus 07, e as bordas estão muito satisfatoriamente nítidas.

As dslrs produzem imagens muito mais limpas, sem nenhuma dúvida. A questão é, vendo a imagem do Museu, por exemplo, será que o resultado seria tão melhor? É uma boa discussão. De qualquer maneira pretendo comprar num médio prazo uma DSLR EOS, pois aceitam lentes antigas com adaptadores e essas lentes antigas têm imagens muito interessantes.

Obrigado pelos comentários às fotos.

Abraços,
Ivan
PS: sobre a Kiev, Fernando, as lentes dela são o que eu tenho de melhor em casa, muito superiores às da s7000. Afinal são exatamente as Zeiss pré-guerra somente que produzidas na Russia e com coating (as originais não tinham coating). Tirando o fato de serem lentes fixas, e de algumas coisas bem antigas como o diafragma sem click stops (varia continuamente, as marcas são mera fererência), o desempenho delas é excelente, sem aberração cromática, com baixa distorção, etc. As lentes são baratas unicamente porque foram feitas na Russia em grande quantidade, pois a mesma lente russa vendida por 70 dólares (por exemplo a Jupiter-9 85mm f2 que comprei recentemente) custa 500 ou 600 se trouxer a marca Zeiss Sonnar (isso é o preço de lentes de lentes de 30 anos e não novas). Basicamente esta Kiev IV é uma Contax III, mesma montagem, peças intercambiáveis, etc. Por isso foi que nem fiquei tão emplgado quando recebi a s7000, pois tinha feito umas fotos com a Kiev e tinha adorado.  
« Última modificação: 30 de Março de 2005, 17:18:38 por Ivan de Almeida »