Ainda não sou advogado, mas já sou bacharel em direito e acredito ter um mínimo de conhecimento para poder sanar algumas de suas questões.
1) Inicialmente, se tu estivesse desempenhando o papel de fotojornalista, fotografar maconha não seria problema nenhum, já que em tese a matéria teria cunho jornalístico, mas infelizmente a carreira de fotografia não possui o famoso "sigilo profissional", já que a carreira possui um código de ética bem fajuto e desatualizado e disponibilizado pelo Sindicato dos Fotógrafos de São Paulo, mas que nele há garantias de que tu tem por direito de garantir o sigilo absoluto do cliente, sobre onde foi localizado o trabalho e demais informações. Lembrando que judicialmente tal sigilo pode vir a ser autorizado de ser rompido. Há uma chance bem ínfima disso ocorrer, mas isso pode sim causar um ou outro transtorno, mas nada que te ponha na cadeia,
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Isso é o que está garantido, mas como vivemos no Brasil, terra do famoso "você sabe com quem está falando?" e cheio de pseudo-autoridade querendo notoriedade, convém tomar alguns cuidados. Sobre o seu caso específico de realizar um ensaio, alerto com uma opinião pessoal: Caso tua foto caia na mão de alguma autoridade bitolada e nada maleável (que tem aos montes por aí), você pode ser alvo de processo penal sim, tendo em vista que seu trabalho como fotógrafo em tese almeja "lucro", logo, tu estaria se beneficiando indiretamente pelo tráfico e estará sujeito à responder penalmente. Você pode ser absolvido da ação penal, mas vai ter dor de cabeça durante o processo já que isso gera desgaste financeiro e emocional obviamente.
Dificilmente isso lhe geraria condenação, mas mesmo assim tu tem de responder um processo e ter gastos com advogado, mas como disse antes, a legislação é muito esparsa e vai muito do bom senso da autoridade que conduzir o caso.
2) Você pode assinar as fotos sem problema algum!
3) Você não é obrigado a prestar provas contra si mesmo, é garantia constitucional sua, mas você pode ter no pior dos cenários alguns bens e documentos apreendidos para futuras investigações caso alguma autoridade entenda que isso ajude nas investigações de alguma forma. Como disse antes, é improvável mas nunca impossível.
4) Sim, o código de ética profissional:
http://www.arauto.info/etica/etica/eticafotosp.html, bem como algum embasamento na Constituição Federal e na lei de direitos autorais e o código de defesa do consumidor, mas nenhum dos dois trata diretamente do seu caso específico. Cabe apenas bom senso na hora de exercer a profissão.
5) Opinião própria: A atividade de fotografia e cinegrafia é muito mal regulamentada e os próprios sindicatos são quase inexistentes. Nunca vi o sindicato de algum estado promover algum evento ou acordo coletivo para a classe!
Eu faria sim esse trabalho, a chance de ter problemas é muito baixa MESMO. Eu apenas seria zeloso ao publicar as fotos, e também pediria zelo por parte do cliente, para que o mesmo evitasse de fazer apologia direta às drogas de forma vexatória. Uma coisa é veicular campanhas sérias pró-maconha, outra é apenas postar conteúdo de cunho duvidoso que configure apologia direta às drogas, seu uso e etc. Basta ter bom senso.
Eu também não manteria exif de localização por GPS de nenhum dos arquivos apenas por segurança adicional, jamais revelaria o local das fotos e no contrato celebrado deixaria bem claro em uma das cláusulas que o contratante declara expressamente que não há envolvimento nenhum do contratado no plantio, cultivo, transporte ou qualquer atividade relacionada ao plantio, e que desde já declara que o mesmo prestou apenas trabalho fotográfico e que os honorários pagos não advém de dinheiro obtido por comércio ilegal de entorpecentes.
Segurança extra nunca é demais e por favor, poste as fotos quando as fizer, fiquei bem interessado!
Ademais, um único porém mesmo, REZE PARA QUE NÃO OCORRA NENHUMA OPERAÇÃO POLICIAL NO MOMENTO EM QUE ESTIVER FOTOGRAFANDO! É dor de cabeça na certa