Autor Tópico: A imagem é do freelance ?  (Lida 5279 vezes)

RPBORGES

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Resposta #15 Online: 02 de Junho de 2015, 18:54:53
...Se eu acho errado o fotógrafo não poder publicar uma imagem que ele fez? Acho, por isso não fiz freela, mas é incongruente um freela exigir isso porque o mercado funciona assim, como disse anteriormente, respeito os direitos autorais...

Você esta sendo contraditório

Não estou falando que está certo ou errado.

Você acha errado o freelance não poder publicar a imagem que ele fez e não deixa ele ao menos ficar com as imagens ?
Se você não deixa o fotógrafo ficar com as imagens, como ele vai escolher uma foto pra mandar pra concurso ?
 
"O importante é o que importa e vice-versa"


Lindsay

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Resposta #16 Online: 02 de Junho de 2015, 19:31:23
Olha só, o bom é trabalhar com parceiros de confiança. Eu só trabalho aqui com gente de confiança. Aqui com a moçada que trabalha pra mim não tem esse tipo de confusão, é tudo acertado previamente, estamos ai ha anos fazendo isso sem crise, tem contrato assinado e cada um entende o que é melhor para o outro. Se o cliente é meu, eles respeitam a minha vontade e a do cliente, independentemente de a foto ter sido tirada por Fulano, Ciclano ou Beltrano.

Da mesma forma, eu tbm faço os freelas para os colegas, e respeito a vontade deles. Se o cliente é deles, eu faço o que eles precisam.

Eu tbm trabalho para algumas revistas, fotografia de publicidade, e assino na boa contrato onde não posso vender, ceder ou usar as imagens que fiz sem autorização previa deles.

Quanto à divulgação em portfólio, se um colega precisa de montar um portfólio legal, e se a relação com meus clientes permitem, não só permito que use as fotos, mas tbm mando as minhas pra ele fazer um portfólio bem legal, para que ele possa conquistar muitos clientes.

Nos álbuns que eu monto, eu sempre coloco o nome de toda a equipe que trabalhou e me ajudou a fazer o serviço, faço com prazer e tenho muito orgulho e tê-los por anos ao meu lado, me ajudando e trabalhando junto comigo.
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alcure

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Resposta #17 Online: 02 de Junho de 2015, 20:20:41
Eu expressei anteriormente a minha opinião, que é bem diferente a do André Jacob, mas putz, também não dá para discordar dos argumentos do mesmo, seria hipocrisia minha. Na verdade não dá para chegar num consenso e eu concordo com o André em uma outra coisa: Se não goste, não faça!

Se tu vai prestar serviço para alguém e vc não concorda com os termos do serviço, sai fora ué! Muito melhor para ambos, correto?

E a história do André tá meio que parecida com a minha. Achei que eu era o único teimoso bicudo do MF que deixa de fazer freelas bons só porque quer ser independente e se responsabilizar pelo sue trabalho. Eu cobrou de 3 a 4x mais que os fotógrafos da região para fazer freela só para o cara buscar outro e eu não poder dizer não.

Eu não estou ganhando dinheiro nenhum com fotografia ainda, investi uns 15 ou 20 mil reais em equipamentos e se eu ganhei 4000 de retorno até agora foi muito. Na minha situação fazer uma renda extra seria bem eficaz e bem vindo, mas não, prefiro seguir meu próprio ritmo e conseguir meus clientes no indica daqui e dali de amigas que fotografo quando to mto parado.

Pretendo viver de fotografia a longo prazo, mas estou sem pressa nenhuma. Enquanto isso me profissionalizo com workshops e projetos pessoais, tenho uma ótima desculpa para admirar garotas bonitas no instagram e no facebook sem minha namorada me achar um tarado  :wub:

« Última modificação: 02 de Junho de 2015, 20:26:47 por alcure »
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LeandroFabricio

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Resposta #18 Online: 03 de Junho de 2015, 00:22:33
...acho injusto um freela que começou a pouco usar do meu esforço pra montar seu portfólio, assim como acharia injusto ser segundo fotógrafo de um Everton Rosa da vida e usufruir de um casamento top de linha...

  Cara, pelo que eu saiba fotógrafo nenhum "produz casamento".
  Eu concordo plenamente em proibir o uso comercial, bem como restringir a inscrição em concursos (Talvez até cobrar uma porcentagem do prêmio), realmente acho justa essa parte.
 
  Mas por outro lado o cara está lá trabalhando. Tem a técnica dele, o olhar dele. A foto é criação do freelancer, isso é inquestionável. Se o casamento é top não foi o fotógrafo principal que fez.

 As vezes o freela pega um momento melhor que o fotógrafo principal... Dependendo pode até ser a foto mais TOP do álbum, dai vc vai lá monta o foto livro todo "pomposo" coloca o nome do seu estúdio na lombada e, querendo a não, vai ser divulgado com a foto do freelancer.  Inclusive, a noiva, se for indicar alguém, vai indicar você.
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vangelismm

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Resposta #19 Online: 03 de Junho de 2015, 08:52:16
Exato, não é uma parceria, é uma prestação de serviço. O taxista não exige os créditos dele na finalização do trabalho e nenhum freela consciente faria o mesmo. Ja tive oportunidade de ser segundo fotógrafo com gente renomada pela experiencia de trabalhar com alguém que ja tem um portfólio e renome e decidi por não fazer na época, hoje me arrependo e teria feito pelo aprendizado mesmo sem ter direito as fotos que fiz.

Eu considero cada cliente meu uma conquista, alguns ótimos clientes que me proporcionaram trabalhos que considero ótimos, alguns que tive que tirar dinheiro do bolso com força para montar portfólio (ja gastei mais de mil reais num trabalho só sem receber um tostão pra montar meu portfólio) e acho injusto um freela que começou a pouco usar do meu esforço pra montar seu portfólio, assim como acharia injusto ser segundo fotógrafo de um Everton Rosa da vida e usufruir de um casamento top de linha cujo qual tive responsabilidade nula sobre para montar meu set de imagens. Tenho conhecidos que se ofereceram pra fotografar casamentos de graça no começo também, ser segundo fotógrafo não é a única opção, fotografei cerimonia de graça pra familiar pra ter umas 3/4 fotos de casamento pra apresentar...

Se eu acho errado o fotógrafo não poder publicar uma imagem que ele fez? Acho, por isso não fiz freela, mas é incongruente um freela exigir isso porque o mercado funciona assim, como disse anteriormente, respeito os direitos autorais, não publico foto do cara como se fosse minha, se ele me pedir determinada imagem para ele tratar e enviar para um concurso, converso com o meu cliente e explico a situação, caso ele aceite, libero a foto sem problemas. Só não libero o uso comercial das imagens e isso em nenhum momento é contra a lei, assim como falei la em cima, você pode prestar um job para uma grande empresa e não ter autorização para usar essas imagens no seu portfólio por alguma questão contratual.

Quando se fotografa por prazer, por hobby, por arte, é uma coisa, a partir do momento que se cobra, se tem contrato, agenda, orçamentos, prazos, cnpj e nota fiscal, é empresa, é um trabalho comercial e deve-se ver dessa forma, deixo a parte artistica pra criação!

Acho que estamos abordando questões diferentes.
Eu acho que um freela não pode usar as fotos, sei lá, no site dele porque o cliente não cedeu o uso do direito de imagem para ele.

O que eu acho um absurdo é o fotografo contratante vim "tomar" as fotos no fim do evento, muitas vezes obrigando a usar o cartão de memoria dele.
O fotografo contratado que fez as fotos não tem nem o direito de analisar o próprio trabalho.
Se o fotografo contratante for mal intencionado, pode usar as foto com o nome dele porque o contratante nem tem as fotos para saber se é dele ou não.

"Ah, mais se eu deixar as fotos com o freela ele pode usar sem autorização."
Senão confia não contrate, se ele quebrar o contrato processe.
"A perspectiva de uma imagem é controlada pela distância entre a lente e o assunto; mudando a distancia focal da lente muda o tamanho da imagem , mas não altera a perspectiva . Muitos fotógrafos ignoram este fato, ou não têm conhecimento de sua importância." -  Ansel Adams, Examples – The Making of 40 Photographs


Leandro Rodrigues

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Resposta #20 Online: 03 de Junho de 2015, 09:50:49
O tópico ta se baseando em como alguns agem ou acham que é certo agir após os eventos. Mas o que interessa é a lei e o contrato. Tem que estar tudo lá, quem pode e quem não pode publicar as fotos. O que não muda, independente do contrato, é o direito autoral que cada fotógrafo (principal ou freela) tem sobre suas respectivas fotos. E o direito de imagem que, teoricamente, os noivos tem. Digo teoricamente, pois o direito de imagem é comercializável, apesar que isso deve ser raro em casamento.


Paulo Arruda

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Resposta #21 Online: 03 de Junho de 2015, 10:06:19
O que eu acho um absurdo é o fotografo contratante vim "tomar" as fotos no fim do evento, muitas vezes obrigando a usar o cartão de memoria dele.
O fotografo contratado que fez as fotos não tem nem o direito de analisar o próprio trabalho.


Perfeito.
Já fiz freela, mas me recuso a fazer sem poder olhar meu trabalho.
Posso até entregar as fotos em raw, cruas, sem tratamento (mesmo pq normalmente não se paga por fotos tratadas), mas não aceito trabalho que eu próprio não possa avaliar e descartar as fotos que acho que não estão boas.
O que vai ser feito depois, créditos, etc, etc, etc... é questão a ser conversada antes do job. Se aceita ambos aceitam as condições, o trabalho é feito... senão, cada qual pro seu lado.

Em tempo... já fiz foto em feira de negócios (Hair Brasil, Hospitalar, APAS, ABAD, etc)... mas sempre levei meu note e editei as fotos antes de entregar ao pessoal da assessoria de imprensa, que havia me contratado. Eles até poderiam alterar a foto como quisessem depois, mas o primeiro crivo era meu.
« Última modificação: 03 de Junho de 2015, 10:08:34 por Paulo Arruda »


Lindsay

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Resposta #22 Online: 03 de Junho de 2015, 10:11:16
Acho que estamos abordando questões diferentes.
Eu acho que um freela não pode usar as fotos, sei lá, no site dele porque o cliente não cedeu o uso do direito de imagem para ele.

O que eu acho um absurdo é o fotografo contratante vim "tomar" as fotos no fim do evento, muitas vezes obrigando a usar o cartão de memoria dele.
O fotografo contratado que fez as fotos não tem nem o direito de analisar o próprio trabalho.
Se o fotografo contratante for mal intencionado, pode usar as foto com o nome dele porque o contratante nem tem as fotos para saber se é dele ou não.

"Ah, mais se eu deixar as fotos com o freela ele pode usar sem autorização."
Senão confia não contrate, se ele quebrar o contrato processe.

Então mas esse negocio ai de querer ficar analisando as fotos que ele fez, de usar essas fotos pra colocar no portfólio, é coisa pra quem ta precisando disso, veja sem desmerecer ninguém, por favor não me entenda mau.

Por exemplo, empresas de formaturas, os caras contratam mais de 50, 80 ou 100 formaturas de faculdades por ano, cada  faculdade tem  a no minimo duas datas (colação de grau e festa jantar dançante), toda semana eles contratam pra cada festa vários fotógrafos (8, 10 as vezes 20 fotógrafos), quando o cara chega pra trabalhar ele pega o cartão da empresa e no final devolve o cartão na boa. É praticamente impossível a empresa gerenciar as fotos se não for assim. Esses fotógrafos trabalham e não tão nem ai pra ver as fotos, é muita foto, toda semana são 2, 3, 4 eventos e as vezes até mais, o freela não quer saber de ver fotos e nem de guardar foto nenhuma. O produto final é um álbum, e quem escolhe, edita a monta o álbum é uma outra turma, especializada nisso.

Outros tipos de eventos, como feiras, exposições, corporativo, tudo é a mesma coisa.

Agora pega o caso de revistas de anúncios como essas que eu trabalho aqui, o cara faz 20, 30 pautas por mês, entrega a foto bruta, quem edita, monta e faz a arte final é o editor da revista, o cara nem quer saber das fotos dele tbm, só vê depois publicado na revista, e ainda sem os créditos.
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Lindsay

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Resposta #23 Online: 03 de Junho de 2015, 11:10:02
E já que tamo falando de situações enroladas, vou contar um causo, causo da vida real, coisa que esta acontecendo agora.
Tem um colegão aqui, um grande mestre pra mim, da velha guarda, o nome dele é Sérgio Jorge, esse cara ganhou o primeiro premio Esso em 1960. Entre outras, ele trabalhou para revistas da Bloch (Manchete e Fatos e Fotos) acho que na década de 60.
Era assim, os filmes eram revelados pela redação da revista, o editor publicava as fotos, e os negativos ficavam guardados no acervo da revista, até ai normal, era assim que funcionava. Junto com o Sergio trabalhavam outras dezenas de fotógrafos, que estão na mesma situação, grandes nomes no meio.
Anos depois a Bloch faliu, e o todo o acervo de fotos foi leiloado pela justiça, para pagar dividas. O cara que comprou o acervo, fechou tudo em um galpão, e não permite acesso ás imagens, observe que são anos de negativos guardados de uma época super importante da história do BR, trancados, tudo propriedade do cara que comprou o acervo, nem o Sergio Jorge e nem ninguém pode sequer ver ou copiar as suas próprias fotos nem pra colocar no portfólio, porque o cara não deixa. Já tentaram pela justiça o acesso ao acervo e perderam, o atual dono do acervo é o proprietário e faz o que quiser com essas imagens.
Quem quiser saber mais sobre o fotografo “Sergio Jorge” e ver fotos importantes que ele fez, da uma gogleada ai!!!
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Paulo Arruda

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Resposta #24 Online: 03 de Junho de 2015, 11:15:43
E já que tamo falando de situações enroladas, vou contar um causo, causo da vida real, coisa que esta acontecendo agora.
Tem um colegão aqui, um grande mestre pra mim, da velha guarda, o nome dele é Sérgio Jorge, esse cara ganhou o primeiro premio Esso em 1960. Entre outras, ele trabalhou para revistas da Bloch (Manchete e Fatos e Fotos) acho que na década de 60.
Era assim, os filmes eram revelados pela redação da revista, o editor publicava as fotos, e os negativos ficavam guardados no acervo da revista, até ai normal, era assim que funcionava. Junto com o Sergio trabalhavam outras dezenas de fotógrafos, que estão na mesma situação, grandes nomes no meio.
Anos depois a Bloch faliu, e o todo o acervo de fotos foi leiloado pela justiça, para pagar dividas. O cara que comprou o acervo, fechou tudo em um galpão, e não permite acesso ás imagens, observe que são anos de negativos guardados de uma época super importante da história do BR, trancados, tudo propriedade do cara que comprou o acervo, nem o Sergio Jorge e nem ninguém pode sequer ver ou copiar as suas próprias fotos nem pra colocar no portfólio, porque o cara não deixa. Já tentaram pela justiça o acesso ao acervo e perderam, o atual dono do acervo é o proprietário e faz o que quiser com essas imagens.
Quem quiser saber mais sobre o fotografo “Sergio Jorge” e ver fotos importantes que ele fez, da uma gogleada ai!!!

 :shock: :shock: :shock: :no: :no: :no: :eek: :eek: :eek:


alcure

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Resposta #25 Online: 03 de Junho de 2015, 17:35:48
E já que tamo falando de situações enroladas, vou contar um causo, causo da vida real, coisa que esta acontecendo agora.
Tem um colegão aqui, um grande mestre pra mim, da velha guarda, o nome dele é Sérgio Jorge, esse cara ganhou o primeiro premio Esso em 1960. Entre outras, ele trabalhou para revistas da Bloch (Manchete e Fatos e Fotos) acho que na década de 60.
Era assim, os filmes eram revelados pela redação da revista, o editor publicava as fotos, e os negativos ficavam guardados no acervo da revista, até ai normal, era assim que funcionava. Junto com o Sergio trabalhavam outras dezenas de fotógrafos, que estão na mesma situação, grandes nomes no meio.
Anos depois a Bloch faliu, e o todo o acervo de fotos foi leiloado pela justiça, para pagar dividas. O cara que comprou o acervo, fechou tudo em um galpão, e não permite acesso ás imagens, observe que são anos de negativos guardados de uma época super importante da história do BR, trancados, tudo propriedade do cara que comprou o acervo, nem o Sergio Jorge e nem ninguém pode sequer ver ou copiar as suas próprias fotos nem pra colocar no portfólio, porque o cara não deixa. Já tentaram pela justiça o acesso ao acervo e perderam, o atual dono do acervo é o proprietário e faz o que quiser com essas imagens.
Quem quiser saber mais sobre o fotografo “Sergio Jorge” e ver fotos importantes que ele fez, da uma gogleada ai!!!

Ainda que moralmente eu entendo o drama deste fotógrafo, acredito que a decisão judicial foi acertada. O adquirente simplesmente comprou os bens materializados, como se ele tivesse comprado um quadro saca? Não dá para saber por alto se ele também subrogou os direitos de uso de imagem previamente firmados pelas Editoras (acredito que não, quase impossível isso ter acontecido), portanto, ele não pode explorar comercialmente as imagens ali contidas, mas ao mesmo tempo ele não é obrigado a ceder nada para ninguém, já que os negativos ("quadros") são dele e pronto.

Nesto caso, infelizmente, o erro foi do fotógrafo que não manteve acervo próprio. A justiça acertou ao proteger o patrimônio privado e o fotógrafo falhou em confiar seus negativos a outros.  :(
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agalons

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Resposta #26 Online: 07 de Junho de 2015, 10:19:54
Ainda que moralmente eu entendo o drama deste fotógrafo, acredito que a decisão judicial foi acertada. O adquirente simplesmente comprou os bens materializados, como se ele tivesse comprado um quadro saca? Não dá para saber por alto se ele também subrogou os direitos de uso de imagem previamente firmados pelas Editoras (acredito que não, quase impossível isso ter acontecido), portanto, ele não pode explorar comercialmente as imagens ali contidas, mas ao mesmo tempo ele não é obrigado a ceder nada para ninguém, já que os negativos ("quadros") são dele e pronto.

Nesto caso, infelizmente, o erro foi do fotógrafo que não manteve acervo próprio. A justiça acertou ao proteger o patrimônio privado e o fotógrafo falhou em confiar seus negativos a outros.  :(
Se naquela epoca o fotografo, ficava com seus negativos, ficava sem trabalho e sem fama, se entregava o filme e adeus, fazer alguma copia "escondido", tal vez seria possivel.
Eu trabalhei alguns anos numa produtora Top,e consegui conservar algumas copias impressas, para meu "museu" particular,mas eu estava la dentro, a rotina era entregar os filmes depois de cada trabalho, e ate logo!!!
E o mercado de formaturas entao,esquece, o que menos importa e a foto,vao um monte de pessoas fotografos ou nao para captar kilos de imagens, depois alguma coisa sobra, alguem vai ter suas "fotos"!!!
« Última modificação: 07 de Junho de 2015, 10:31:26 por agalons »


agalons

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Resposta #27 Online: 07 de Junho de 2015, 10:23:01
Perfeito.
Já fiz freela, mas me recuso a fazer sem poder olhar meu trabalho.
Posso até entregar as fotos em raw, cruas, sem tratamento (mesmo pq normalmente não se paga por fotos tratadas), mas não aceito trabalho que eu próprio não possa avaliar e descartar as fotos que acho que não estão boas.
O que vai ser feito depois, créditos, etc, etc, etc... é questão a ser conversada antes do job. Se aceita ambos aceitam as condições, o trabalho é feito... senão, cada qual pro seu lado.

Em tempo... já fiz foto em feira de negócios (Hair Brasil, Hospitalar, APAS, ABAD, etc)... mas sempre levei meu note e editei as fotos antes de entregar ao pessoal da assessoria de imprensa, que havia me contratado. Eles até poderiam alterar a foto como quisessem depois, mas o primeiro crivo era meu.
Eu me acostumei a fazer isso tamben nos corporativos, levo o note dou uma limpada e entrego, o que eu acho otimo, para nao queimar meu nome, obviamente,ficar algum tempo depois do evento no hotel nao faz mal pra ninguem!!! :ok: :ok:


jauvane

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Resposta #28 Online: 07 de Junho de 2015, 12:24:39
Bom, em tempos digitais é fácil o freelancer se proteger. Basta configurar sua câmera para salvar info de copyright nas fotos tiradas. Deste modo, mesmo que o cartão não seja dele, e o mesmo seja "tomado" ao fim do evento, caso necessário, na justiça bastaria mostrar que no EXIF de uma dada foto aparece o copyright gravado pela câmera do freela. Pronto, propriedade comprovada. Dali segue o que a lei manda, complementada pelos contratos (e o que é permetido ceder em tais contratos. Aquilo que não pode ser cedido torna-se cláusula sem validade)...
JVc.


Tupiniquim

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Resposta #29 Online: 07 de Junho de 2015, 15:11:28
Muita confusão conceitual.
Conheço fotos horrorosas feitas por advogados; afinal, eles são profissionais do Direito e pouco ou nada sabem de Fotografia.
Numa foto, como regra, há diferentes esferas de direitos envolvidos:

A) direitos de imagem, que pertencem à pessoa fotografada - ou o detentor da posse da locação fotografada. Afinal, o que se passa em meu casamento diz respeito à minha pessoa;
B) os direitos de autor. Esses pertencem a quem fez o clique e são intransferíveis. Toda vez que a foto for usada, há que se creditar a quem fez o clique;
C) os direitos econômicos. Aí é questão de contrato.

Qualquer dúvida concreta, me manda MP.