Li uma matéria outro dia que devia ter salvo o link: um fotógrafo pegou uma Nikon antiga (acho que a D90) e fez um ensaio com uma modelo usando ela e a D810 que ele tem.
Aí levou as fotos do ensaio impressas para uma editora de revista de moda que ele conhece e pediu para ela: a) ver se notava diferenças entre as versões de cada foto; b) escolher qual as fotos preferidas entre as duas versões.
Resultado: ela examinou atentamente cada uma das fotos, e disse que praticamente não notava diferença entre as câmeras (sem saber qual era qual). E na seleção de fotos que ela fez...40% foram fotos feitas com a D90 (que, para quem não sabe, é APS-C de 12,3 megapixels - resolução considerada "inaceitável" hoje em dia).
Isso quer dizer que full frame é bobagem? Não. Ela segue sendo a melhor opção se você precisa de extrema performance em low light; se realmente precisa (e sabe usar) profundidade de campo curta (que, não, nem sempre é vantagem, ou mesmo necessário - muitos usam como muleta de deficiência técnica); se você precisa de resolução de uma D810 para uma imagem que vai ser extremamente ampliada ou cropada; e vários outros.
Só que 80% do pessoal que fica fazendo pixel-peeping (coisa que a editora de moda NÃO fez em nenhum momento), quando você vai ver as fotos que tiram, são imagens extramamente sem graça dos filhos, cachorro / gato, ou plantas. Para o tipo de foto que esse pessoal faz, para olhar na tela sem ficar fazendo pixel-peeping, e sem impressão ampliada, uma câmera com sensor de 1" teria resultados idênticos.
Todo mundo adora um brinquedo novo (eu que o diga). Mas já faz tempo que me dei conta que eu tenho muito mais deficiências técnicas que meus equipamentos, ainda não tiro nem de perto o máximo deles. A gente entra fácil na onda do equipamento pelo equipamento, e esquece que o resultado sempre deve ser a foto.