[Thales Souto]

Por ser Papo Furado a sala é 100% livre mas seria muito bacana que a discussão ficasse no escopo daquilo que foi questionado. Não vamos gerar mais polêmica de algo que já está claro pra todos nós, independente da opção cultural e partidária, de que a crise está aí e ponto.

[FMSalles]

Sem dúvida, a conveniência é muito engraçada mesmo.

Aí vão alguns dados sobre a divida externa e divida interna, pra que não fiquemos em retóricas apenas.

http://jorgeroriz.com.br/a-magica-de-lula-e-o-pagamento-da-divida-externa/

Ou seja, no governo LULA, A dívida do Brasil aumentou em 1 Trilhão!!!

Para esclarecimento sobre a dívida pública, de forma bem resumida, os títulos (tesouro direto) são emitidos pelo governo e comprados pelos 'dealers' (praticamente bancos), uma forma de empréstimo. A Selic (taxa básica de juros) é usada para calcular a remuneração sobre os títulos da dívida pública. Quando nós (pessoa física) compramos títulos de tesouro direto, na verdade compramos indiretamente, de um dealer.

Fazendo um comparativo com esse mesmo período do ano em 1994, começo do plano real, a Selic era 55,63% a.a., chegou em 24/04/1995 a 85,58% a.a. e começou a cair progressivamente. (Fonte: http://www.bcb.gov.br/?SELICDIARIOS)
29/12/1995   40,25
30/01/1996   34,27
01/03/1996   31,15
25/07/1996   23,15
31/10/1996   23,77
31/07/1997   18,78

Subindo novamente, praticamente dobrou de um dia para o outro:
30/10/1997   20,69
31/10/1997   41,20

O mesmo em 1998:
31/08/1998   19,00   
01/09/1998   19,08   
02/09/1998   19,11   
03/09/1998   19,14   
04/09/1998   19,20   
08/09/1998   29,87   
09/09/1998   30,05   
10/09/1998   29,73   
11/09/1998   39,78   
14/09/1998   39,76   
15/09/1998   39,75   
16/09/1998   39,75   
17/09/1998   39,75   
18/09/1998   39,73   
21/09/1998   39,79   
23/09/1998   40,08

Assim sucessivamente, entre altos e baixos, tendo maior estabilidade em 2001, que iniciou o ano na casa dos 15 e fechou em 19%.

Após 2005 se manteve abaixo dos 20%, chegando em 2007 a 11,18%; 10,40% e caindo para 7,14% em 2012. Em 2013 voltou a subir e hoje está em exatos 14,15%.

Ou seja, a situação não está tão mal quanto se pinta. Se tivéssemos hoje que pagar 55% ao ano de juros pela dívida externa, aí sim estaríamos mal.

Sugiro a leitura desta entrevista com a ex-auditora da receita, Maria Lucia Fattorelli, que presta consultoria ao governo grego na auditoria da dívida pública daquele país: http://www.cartacapital.com.br/economia/201ca-divida-publica-e-um-mega-esquema-de-corrupcao-institucionalizado201d-9552.html.

Deveríamos buscar uma auditoria em nossa dívida pública, pois ao que parece, se está emitindo títulos sem contrapartida, ou seja, títulos para quitar juros de títulos, virando uma bola de neve sem fim.

[Rick99]

Sobre o tópico, a crise atingiu principalmente indústrias, construção civil e agora o comércio.
Pequenas e micro empresas sentiram menos ou nem isso ocorreu.

Fotógrafos autônomos ou com 2 funcionários, nem devem ter sentido. A quantidade de dinheiro envolvido é pequeno. Ainda mais que trabalham com pequenos serviços (menos sujeito às crises do que os produtos).

Por outro lado, o lojista q trabalha com produtos fotográficos sentiu a crise. Alta do dólar, aumento das taxas de importação, elevação dos aluguéis, inflação elevada e diminuição do crédito desestimularam o consumo.

Como fotógrafo: não senti a crise.
Como engenheiro: senti a crise.

[ALEXFIGUEIREDO]

Sobre o tópico, a crise atingiu principalmente indústrias, construção civil e agora o comércio.

Não trabalho com fotografia, então não posso opinar.

Dois casos que presenciei esta semana: Um colega contratou um funcionário para a área administrativa/financeira que acabara de ser demitido da Ricardo Eletro junto com outros 120 funcionários de Goiânia. Um conhecido me solicitou ajuda pois acabara de ser demitido, de uma grande empresa de Logística que encerrou as atividades aqui em Goiás. Total de 180 demissões.
São exemplos pequenos, eu sei, mas acredito que a situação tende a piorar neste segundo semestre.
Previsão negra para a Indústria e Comércio.

[Diogenes]

E pra não dizer que não falei das flores, não vamos esquecer da inflação que está de novo batendo na nossa porta.

http://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2015/08/21/previa-da-inflacao-tem-pior-agosto-desde-2004-e-chega-a-957-em-12-meses.htm

Só quem viveu aquele período é que sabe o efeito terrível que ela causa, especialmente na vida dos mais pobres.

Em 1994 FHC recebeu uma inflação de quase 1.000% ao ano...vamos repetir para não haver dúvidas: 1.000% ano ano, e isto significa mais ou menos 3% AO DIA e entregou no final de 2002 uma inflação de 12% ao ano.

A dupla Itamar/FHC foram de fato aqueles que resolveram a desgraceira da vida dos mais pobres, acabando com aquela inflação que corroia o pouco que eles ganhavam em alguns dias/algumas horas, quando implantaram o Plano Real. Também não podemos esquecer que o PT e o Lula foram raivosamente contra o Plano Real.

Veja a tabela de inflação daqueles anos:

CPI Brazil 1994 916.46 %
CPI Brazil 1995 22.41 %   
CPI Brazil 1996 9.56 % 
CPI Brazil 1997 5.22 %
CPI Brazil 1998 1.65 %   
CPI Brazil 1999 8.94 % 
CPI Brazil 2000 5.97 %
CPI Brazil 2001 7.67 %
CPI Brazil 2002 12.53 % 

 http://www.inflation.eu/inflation-rates/brazil/historic-inflation/cpi-inflation-brazil.aspx

Só para constar, FHC, de 1993 a 1994 foi Ministro da Fazenda, sendo o principal responsável pelo plano econômico que implantou o Real, acabou com a inflação, deu confiança a  novos investimentos para o Brasil, assim fazendo o país crescer, gerar renda e emprego, tanto no seu governo 1995 a 2002 quanto no governo do Lula de 2003 a 2010.

[Pope]

Joinville fechou aproximadamente 6500 vagas; 1% da população perdeu o emprego no intervalo de 2 meses... Muito preocupante

[spositom]

Sim, afetou

Vendo mais material fotográfico, não sou fotógrafo profissional

Tinta: 50% de aumento
Papel: de 45% a 60% (alguns locais não tem mais preços online)
Moldura: 9% em média, negociando
Vidro: por enquanto 7%, estou esperando para próxima compra
Passe-partout e foam: 40%
Material para laminação: média 30%, alguns mais, outro menos
Insumos nacionais: 8 a 10%

Pra processar muita coisa vai energia elétrica em peso (laminadora por exemplo) e isso agrava ainda mais

Perspectiva

Da mesma forma que o fotógrafo esta pouco sentindo a crise, afinal o casamento vai ocorrer, a campanha publicitária se parar agora complica mais que ajuda e assim por diante, acho que o real consumidor vai sair da zona de conforto e procurar outros fornecedores, campanhas baratas, tipo google, FB serão meu foco

[Rick99]

Sim, afetou

Vendo mais material fotográfico, não sou fotógrafo profissional

Tinta: 50% de aumento
Papel: de 45% a 60% (alguns locais não tem mais preços online)
Moldura: 9% em média, negociando
Vidro: por enquanto 7%, estou esperando para próxima compra
Passe-partout e foam: 40%
Material para laminação: média 30%, alguns mais, outro menos
Insumos nacionais: 8 a 10%

Pra processar muita coisa vai energia elétrica em peso (laminadora por exemplo) e isso agrava ainda mais

Perspectiva

Da mesma forma que o fotógrafo esta pouco sentindo a crise, afinal o casamento vai ocorrer, a campanha publicitária se parar agora complica mais que ajuda e assim por diante, acho que o real consumidor vai sair da zona de conforto e procurar outros fornecedores, campanhas baratas, tipo google, FB serão meu foco

 
Exatamente. Foi o que citei acima.
Quem trabalha com produtos fotográficos sentiu a crise.
Quem trabalha com serviços fotográficos não sentiu, ou foi pouco afetado. No máximo irá desembolsar mais com combustível, energia elétrica e impressão das fotos. Pelo menos a curto prazo continuará assim.

[Diogenes]

Acabo de ler esta notícia:

País fecha 157.905 vagas com carteira assinada; é o pior julho desde 1992.

http://economia.uol.com.br/empregos-e-carreiras/noticias/redacao/2015/08/21/caged.htm

Dureza é ver neguinho dizendo que não há crise alguma! Querem enganar a quem? A si mesmos?

[angelo di candia]

entendo que nós sofremos pouco com a "crise". há os que sofrem, de verdade.

vejam esse link do facebook do marcelo freixo. mesmo os que não possuem facebook poderão abrí-lo - tanto link do freixo qto reportagem do extra são abertos.

https://www.facebook.com/MarceloFreixoPsol/posts/1014079715298951

esses jovens pretos, da favela. esses sofrem com a crise. sofrem na carne, humilhação atrás de humilhação.

e sabem, na minha opinião, a quem EFETIVAMENTE interessa perpetuar a crise?

peço uma gentileza aos senhores, e façam comigo um rápido exercício: detenham-se tb sobre os comentários no post do marcelo.

notem a repugnância, a torpeza da (cada vez menos velada) "ku-klux-klan que bate panela na paulista" (ou na praia de copacabana). percebam como já não lhes basta vociferar, zurrar "bolsomito", "deviam morrer todos na ditadura", "bandido bom é bandido morto", "lugar de preto é na favela".

sim, vão além: já assumem, de peito aberto, a excrescência de que são feitos.

não bastasse a vileza, vociferam o paradoxo do golpismo, pra dps chorar a "crise" que não acaba. desejam a crise que denunciam. esse comportamento é o viés maior. é o "qto pior, melhor". essas pessoas exibem a patológica reação de, afetadas pela crise, quererem mais ver o circo pegar fogo. interessa-lhes mais perpetuar o abismo político, econômico, moral.

estão abaladíssimos. profundamente incomodados. sofrem, e verdadeiramente. sim, sofrem com a crise: pois não podem mais ir a orlando, gastar umas doletas. que triste sina, não?


 

[@erissonazevedo]

Quem trabalha com produtos fotográficos sentiu a crise.
Quem trabalha com serviços fotográficos não sentiu, ou foi pouco afetado. No máximo irá desembolsar mais com combustível, energia elétrica e impressão das fotos. Pelo menos a curto prazo continuará assim.

2x

loja-de-fotografia-fecha-no-centro-apos-43-anos

como hobbista tenho protelado mais em compra de equipamento, revelação e impressão... estas últimas mais pela baixa qualidade dos serviços locais e aumento do custo pra fazer fora .... nem o mercado de usados está tão atrativo.... fico na expectativa se vale esperar a baixa do dolar ou satisfazer minha GAS de uma vez .... sinceramente não vejo que a economia vá mudar a curto prazo....

[efilho]

loja-de-fotografia-fecha-no-centro-apos-43-anos...

A impressão que tive ao ler a reportagem foi que essa lojinha já estava em crise antes da crise... 

[@erissonazevedo]

concordo plenamente, já tem um bom tempo que muitas lojas de serviço e equipamentos não apenas em fotografia tem apostado só no básico...  tive a chance de ir nesta loja em específico e em diversas outras bem próximas, são muito similares, sem um diferencial... algumas até tem bom atendimento, mas quem fica no balcão tem pouco ou nenhum conhecimento... basta perguntar algo diferente do preço que precisam chamar alguém ou dispensar o cliente....  quando estive lá procurava revelação de filme PB... ng fazia... e a loja q dizia fazer, na hora marcada da entrega fez a devolução do dinheiro... não tinham o material pra revelação de filme PB e qnd deixei os rolos mais cedo pedi pra chamar até o laboratorista pra confirmar que faziam o serviço....

[efilho]

Eu vou esperar definir essa situação político-econômica para voltar a gastar em hobby, especialmente foto, exceto se aparecer alguma oferta muito boa... Curtir o que já se tem é a medida certa a tomar, em minha opinião... 

[Diogenes]

Interessante perceber que a turma que vocifera contra o que eles resolveram batizar de "elite branca" ou tentam ridicularizar o que alguns bobos resolveram chamar de "panelaço das varandas gourmet" são incapazes de fazer uma análise crítica de fato. Continuam apregoando a imundice desenvolvida pela bandido mor que é o abominável "nós contra eles" e não enxergam a importância das manifestações ocorridas. Importância para o país e não apenas para aqueles que vão às ruas. E que piorar, será ruim pra todos, mas principalmente para aqueles que mais precisam.

Não conseguem, nem por um minuto, enxergar que somos todos "nós". Que moramos no mesmo país, mesmo com grandes diferenças regionais que não se limitam ao linguajar. Que somos todos vítimas da mesma incompetência administrativa geral e que o que mais precisaríamos neste momento seria união. Mas não. Preferem continuar na mesma retórica que a estas alturas do campeonato, com a roubalheira escancarada nas nossas fuças, chega a ser infantil.

Defender o indefensável tem se tornado algo cada vez mais difícil de se fazer, até por ter cada vez menos pessoas se aventurando nesta tarefa, que seria hercúlea não fosse absolutamente ridícula.

Parece que preferem que cheguemos às vias de fato como as guerras civis que vimos em tantos países da Africa a tentar fazer um "mea culpa" e reconhecer que erramos. Erramos muito.

A própria presidente timidamente já está mudando seu discurso e parou de dizer que está tudo bem, que o país está uma beleza e que com o pré-sal o Brasil se tornará membro da OPEP. Já tem dito que 2016 também pode não ser tão bom.