O pessoal deu ótimas respostas já aqui, deixa eu ver se consigo colaborar um pouco mais.
Antes de mais nada, procure desconfiar de tudo o que você lê sobre flash na internet. Tem muita, muita, muuuita informação errada. O ideal é sempre você tentar testar pessoalmente e exaustivamente tudo o que lê e filtrar as coisas erradas.
1- Tenho lido em diversos lugares,que devemos esquecer o fotometro da camera quando usamos o flash em ttl
.Falam que voce pode deixar proximo do zero ou negativo mesmo,que o flash da conta de iluminar tudo.
Aqui o Rafa_Meira respondeu muito bem, são duas fotometrias independentes. Depende mais do seu objetivo final do que qualquer outra coisa. Pode-se deixar o ambiente mais claro ou mais escuro mexend-se na fotometria da câmera, pode-se deixar o sujeito mais claro ou mais escuro mexendo-se na compensação de exposição do TTL.
2-Falam que,para mantermos a luz ambiente,devemos fazer a fotometria para o ambiente...nesse caso,qd na situacao do modelo na sombra e o fundo claro??Quando na mesma luz(sol ou nublado)podemos fazer sempre na modelo??
A regra básica é: fotometria da câmera para a luz ambiente, flash para o sujeito. Quando o sujeito está na sombra e você não quer estourar o fundo, faça a fotometria para o ambiente pela câmera e ilumine o sujeito com o flash. Na hora parece meio complicado, mas é bem mais simples do que aparenta...
3- Flash rebatido,li um comentario,que o ttl praticamente "deixa de funcionar"....na teoria de outros,a luz que rebate na parede e teto,de qualquer forma entra na lente..por conta disso que o ttl eh inconsistente qd rebatido???
Como disse o vangelismm, flash rebatido não tem problema algum com o TTL, funciona normal.
Acho que aqui vale a pena gastar um tempo e entender como funciona o TTL, vai responder muitas de sua dúvidas. Basicamente é assim. O flash dispara um "pré-flash" milissegundos antes do disparo "real" do flash. Esse pré-flash tem potência pré-definida e, a partir do tanto de luz do flash que retorna para o sensor de fotometria através da lente ("trough the lens"), o flash calcula a potência que deve ser enviada no disparo "real". Por isso o TTL não depende de onde rebatemos, da abertura do diafragma, do ISO, etc. Se estiver dentro do limite de potência do flash, ele vai iluminar o sujeito com a potência "correta".
Normalmente nem notamos o disparo do pré-flash, pois ele é muito próximo do disparo "real". Mas faça um teste. Coloque o flash em segunda cortina, ajuste o obturador para 1s ou mais de exposição e faça um disparo. Vai ver que primeiro tem o pré-flash e, 1s depois, vem o disparo "real" do flash.
Importante sempre lembrar que o cálculo do TTL é feito pelo sensor de fotometria da câmera, ou seja, ele é baseado no cinza médio. Então precisa sempre ficar atento se vai precisar fazer compensação da potência do flash. Regre básica: cenas claras, compensar o flash pra cima; cenas escuras, compensar o flash pra baixo.
4- Quando em ensaio externo,fora da sapata por exemplo,em ttl,mesmo que eu nw esteja com o flash de frente,a medicao e confiavel ou melhor usar em manual??
Aqui é bem como disse o pablo.ebani. Com o flash na câmera, o TTL ajuda porque a distância em relação ao assunto vai estar sempre variando, dependendo da parede onde se rebate o flash. Com o flash fora da câmera, se o seu assistente conseguir manter sempre a mesma distância em relação ao assunto, melhor usar flash em modo manual, para ter mais consistência entre os disparos.
Em eventos, eu trabalho sempre com flash na câmera, rebatendo am alguma parede, em modo TTL. Em ensaios externos, eu trabalho sempre com flash fora da câmera em modo manual. Meu parceiro de workshops, o Mike Castro, trabalha sempre com flash fora da câmera em modo manual, tanto em eventos como em ensaios.
Espero que tenha ajudado e desculpe se o post ficou muito longo...
Abraços