Autor Tópico: Queria a opnião do pessoal.  (Lida 3274 vezes)

Carlo Luciano

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Online: 16 de Novembro de 2006, 23:30:24
Ontem a Canon trocou sua linha de lentes FD por EF. Hoje, a Nikon está fazendo o mesmo, colocando motores nas lentes e fazendo com que as lentes antigas não funcionem nas máquinas novas.

Hoje em dia, lentes manuais não são mais bem vistas (não vem com questão de nitidez porque eu já conheço essa história), qual o jornal/empresa/afins vai querer uma lente de 1970 manual ultra nítida se na hora os fotógrafos não podem fazer foco e tem que estar com ela perfeita para entregar ao chefe. Para sermos práticos, já notaram quantas cameras atrás de um gol que disparam "sozinhas" e o fotógrafo recebe elas no seu notebook fora do campo?

Hoje o mundo é autofoco e principalmente automático. Quase 99,9% dos fotógrafos amadores/profissionais têm camera com fotometro. Vai me dizer que o fotometro não é uma automação? Ele te diz o que é o certo, independente do valor que você escolha, alguém compraria camera sem fotometro hoje que fosse lançamento? Acho que não. Usar modo P, modo M, Sports, Portrait, "Quadrado Verde", é tudo a mesma coisa, o fotometro está te guiando. Ah, mas no manual eu escolho o que eu quero, tudo bem, mas se você escolher errado vai ter uma linda fotografia toda branca ou toda preta se não seguir o fotometro, ele é o seu guia querendo você ou não.

Afinal, não concordam por mais que o pessoal fale e reclame, até mesmo o modo manual está automatizado? Acho que muita gente está querendo passar por uma época que já passou. O grande formato, o tempo de exposição e o foco achados pela experiencia do fotógrafo já foi. Hoje é a época do compacto e automático. Ninguém quer ter trabalho. (Não quero dizer que o grande formato morreu, mas ele está em desuso pelo tamanho e pela falta de mobilidade, vai dizer que carregar uma camera 4x5 por aí e usá-la sem tripé é fácil?)

Quantos aqui já revelaram e ampliaram seus filmes? Poucos, a maioria abre o PS já com a foto "pronta" ajusta com o seu gosto e está pronto. Quando se revela um filme até a forma de se agitar o revelador altera o resultado final, você precisa sentir o líquido lá dentro passando por dentro do filme e não fazer que com fique sub ou super revelado. Na ampliação, é igual, se eu deixar passar um pouco mais de luz queimando mais o papel não é melhor para escurecer tal área? Deixei minha mão parada, ficou a marca dela. Se tivesse movimentado a mão um pouco ficaria suave, se movimentasse bastante talvez niguém percebesse. Hoje com o PS é igual, mas se eu errar algo, não é só apertar para voltar que está bem, como farei isso no ampliador? Não dá, é preciso ter experiência para lidar com a luz até chegar ao ponto que ela está pode ser analisada sem ser vista apenas pela forma de mexer seja no ampliador ou na máquina. Não podemos esquecer quando se invertia os processos dos filmes, o famoso processo cruzado. Ah, mas eu consigo fazer isso no Photoshop, certo, e sem ele? De vez em quando me pergunto, quem realmente conhece fotografia usando somente a luz e químico? Se deixar o revelador parado, podem se formar bolhas de ar no filme, será que via ser um efeito interessante? Acho que grande parte só sabe mesmo é ir no computador alterar sua foto com o último plugin lançado sem se preocupar, "eu sei usar a luz na fotografia?", ou eu apenas sei fazer o que um processo automático e que posso refazer a vontade quer que eu faça?


Queria a opnião da turma, mesmo que seja só para dizer que concorda ou não com o meu pensamento.

Desculpem o texto imenso.

PS.: Sobre correção de efeitos que se fazia a nanquim, não concorda que era preciso saber lidar com ele? Já que se molhar demais da ponta vai cair uma gota e estragar aquele fotograma? Já no PS, se eu errar é só voltar e tentar de novo. Hoje, na nova forma de escrever com a luz, eu consigo fazer tudo o que precisar sem me preocupar se o resultado dará certo, já que posso voltar facilmente atrás.
30D + 3000N + 24mm 1.4L + 50mm 1.4 + 135mm 2.0L + 15mm 2.8 FE + 12-24mm 4.5-5.6 + 150mm 2.8 Macro + 550ex
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Thiago Sigrist

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Resposta #1 Online: 17 de Novembro de 2006, 00:49:29
Oi, Carlo!

Rapaz, legal saber que você se preocupa com o mesmo tipo de coisa que eu, isto é, qual o impacto que a evolução do equipamento fotográfico tem sobre o ato de fotografar.

Mas acho que você mistura um pouco as coisas no seu texto. Confunde automatismo com facilidade, com tecnologia.

Olha, a tecnologia facilita muita coisa. Hoje temos facilidades, auxílios tecnológicos que nos permitem obter uma fotografia com um esforço muito menor do que, por exemplo, usando uma câmera de filme 100% mecânica sem fotômetro e revelando e retocando o filme manualmente. Isso pra mim é claro.

Mas note, nem todas essas facilidades são automatismos. Por exemplo, o caso da fotometria. As regras da exposição (salvo, é claro, considerações sobre a latitude e relação sinal/ruído dos sensores) não mudou desde a época do filme. O que muda é que hoje temos um fotômetro extremamente conveniente, que mede através da própria lente da câmera. O automatismo existe apenas nesses modos de fotometria 'matricial', que avaliam a cena como um todo e te dão uma exposição. Inclusive podemos deixar toda a nossa fotometria a cargo dele, usando o modo P ou o quadrado verde. Mas enfim, o que importa nesse caso em particular é que não é apenas o automatismo que facilita sua vida.

O mesmo vale pra capacidade de visualização instantânea da foto, possibilitada pelas câmeras digitais: nada há aí de automático, é apenas uma facilidade extra.

O Photoshop, o conversor RAW, idem: não são em si automáticos, são apenas automatizáveis. O bom tratamento de uma imagem é um processo manual, pois é totalmente dependente das escolhas que você faz, da sua habilidade em dodge&burn etc. Claro que você tem a facilidade do undo, de desfazer ou refazer o que já fez quantas vezes quiser, dentre outras, mas isso em si não é uma coisa automática, é apenas uma facilidade que a ferramenta te oferece.

Enfim, onde quero chegar? Simples: é possível fazer uma foto digital, com equipamento de ponta, com um processo totalmente manual, usando foco manual, fotometria spot, depois ajustá-la manualmente no conversor RAW e no Photoshop. Fazendo isso, você terá contado com uma série de facilidades modernas, que não existiam 40 anos atrás, mas mesmo assim, terá participado de todo o processo fotográfico, sem relegar qualquer parte dele a automatismos. E isso é perfeitamente plausível, pois certamente muita fotografia é feita assim atualmente.

A minha opinião é que toda facilidade que não é um automatismo é totalmente válida, inclusive e principalmente para trabalhos mais refinados e autorais, nos quais se quer ter controle sobre todas as etapas da criação.

Quanto aos automatismos, já sou mais purista, não gosto muito de usá-los, uso no máximo o autofoco simples com 1 único ponto de foco. Mas não gosto deles porque eles não se encaixam no tipo de fotografia que eu gosto de fazer. Para os profissionais, acho plenamente válido usar métodos como o que você mencionou, de controlar dezenas de câmeras remotamente. O profissional precisa fazer a foto, não importa como, então tudo bem.

Resumindo: hoje em dia é sim mais fácil fazer uma foto, mas não necessariamente TODAS as facilidades modernas excluem o fotógrafo do processo criativo, pois apenas algumas dessas facilidades (os automatismos) permitem isso, e seu uso está puramente a critério do fotógrafo.

Abraços!

 -- thiago

PS: Eu é que peço desculpas pelo texto longo (e um tanto confuso).
Thiago Massariolli Sigrist
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Ivan de Almeida

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Resposta #2 Online: 17 de Novembro de 2006, 07:53:03
Há uma diferença enorme entre medir a luz e obedecer ao fotômetro.

A foto abaixo é um exemplo. Não há fotômetro em câmera que a faça, mas você pode fazê-la medindo a luz com um fotômetro na câmera ou fora dela.



Agora, modos P, A, S, Auto, Noturno, Esportes, etc, autofoco que a própria câmera escolhe o que focar, isso é de fato automatismo. O autofoco em si é apenas um meio auxiliar, desde que foquemos o que desejamos e não o que a câmera resolve.
« Última modificação: 17 de Novembro de 2006, 07:55:15 por Ivan de Almeida »


Zyk

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Resposta #3 Online: 18 de Novembro de 2006, 06:06:37
Off topic: que foto!!

 


RFP

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Resposta #4 Online: 18 de Novembro de 2006, 08:49:44
Eu tendo a ver essa relação entre processo e resultado de uma forma meio dicotômica. Para mim, o resultado é voltado para o observador, o outro (ainda que o outro seja o próprio autor vendo sua foto) enquanto o processo diz muito mais respeito a si mesmo.

O processo criativo, que envolve a escolha do que fotografamos, o material que usamos, como tratamos nossas imagens ou negativos, diz muito sobre como vemos as coisas, como concebemos nossa própria produção. Essas escolhas são cheias de paixões, mitos ou símbolos. Lembro de uma artista plástica que dizia que na confecção das tintas que usava para pintar, ela incluía na mistura elementos que sentia refletir um pouco daquilo que queria retratar. Por ser algo tão pessoal, levanta tantas discussões e fica difícil se chegar a algum consenso.

Já o resultado é um produto, e como produto (no sentido de finalização de uma produção, não produto de marketing) tem uma função e, mesmo que essa função seja excluvisa do autor para o autor, é o cumprimento dessa função que ditará seu valor. Portanto, acredito que "vale tudo" no sentido de atingir aquilo que se quer.

Não sei se me fiz claro. O que estou tentando dizer é que as escolhas do autor dizem muito mais respeito a ele e não podem ser consideradas mais ou menos válidas sem que se estabeleça uma referência que geralmente não leva em conta justamente essa subjetividade.


Ivan de Almeida

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Resposta #5 Online: 18 de Novembro de 2006, 09:09:35
Rodrigo:

No caso das escolhas não superticiosas, digamos assim, elas têm como conseqüência um resultado definido. Assim, modo de fotograr e resultado são imbricados. Poste a foto acima exatamente por isso, pois ela não seria feita por sistema automático nenhum. É uma foto feita em GA (20mm) na qual eu foquei pela escala da lente e fotometrei sem considerar o quadro e sim o tom (zona) desejado para o exterior. Ela é em tudo uma escolha técnica.


Ivan de Almeida

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Resposta #6 Online: 18 de Novembro de 2006, 09:10:56
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Off topic: que foto!!
Obrigado, ZyK. É a sala da minha casa na Serra (projeto meu -risos)


Alex Biologo

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Resposta #7 Online: 18 de Novembro de 2006, 13:20:05
Sobre os tais automatismos, tirando os modos P e verdinho, os demais na verdade são sim o uso criativo da câmera.

Medir a luz é obrigação pra se fazer uma boa foto, medir a luz não quer dizer exatamente deixar tudo "maravilhosamente exposto", mas saber a margem de manobra que vc tem pra trabalhar com a luz diponível (que no olhômetro dificilmente vc saberá). A forma como se usa a luz disponível vai do fotógrafo, não da câmera.

os modos de prioridade revelam  uma escolha anterior ao se fazer a imagem, onde o fotógrafo quer forçar determinada velocidade ou abertura para se obeter determinado efeito (nunca uso esses modos, mas são funcionais).

Sobre lentes manuais, bom, posso indicar algumas câmera que permitem um bom foco manual (10/20/30 D), (D80/D200), (as Pentax) e por ai vai.

Na verdade é preciso diferenciar dois tipos de fotógrafos, o que fotografa pra sobreviver (e por tanto precisa ter o melhor resultado no menor tempo possível) e o que fotografa pq se diverte com isso (onde a relação com o tempo se dá de forma extremamente pessoal, tampo pode-se gostar de ficar minutos focando e ajustando a luz, quanto se odiar esse processo todo e gostar apenas de dar um click).
Alex Martins dos Santos - São Paulo/SP
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Ivan de Almeida

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Resposta #8 Online: 18 de Novembro de 2006, 14:06:20
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os demais na verdade são sim o uso criativo da câmera.

Por favor, Alex... Uso ciativo se pode dar até em Auto. Me dê uma Sony só com Auto e eu farei dela uso criativo, mas isso não quer dizer que ela seja uma boa plataforma para fazer o que se deseja.

Quem está acostumado a usar manualmente a câmera simplesmente não a passa para esses modos pois nada ganhará com isso. Para mim é rápido ajustar a cãmera em modo M, pois já sei o que quero, o que quero medir, a zona do que quero medir, onde quero focar, etc. Seria perda de tempo passar para um desses modos, e seria perda de recuroso porque ele escolheria algumas coisas por mim.

Eu fico muito cismado com esse discurso de ser a mesma coisa, porque na verdade não é, é bem diferente, mas o discurso encobre essa diferença.


Ricardo Smania

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Resposta #9 Online: 18 de Novembro de 2006, 14:23:08
Eu concordo com o Rodrigo.

Para o fotógrafo, pode até ser que usar o modo manual seja puramente satisfação pessoal, pois quem está vendo a foto quer que ela seja boa, não importa se foi tirada em modo automático ou manual.

Isso se aplica a qualquer área. A minha por exemplo, tem gente que gosta de gastar dezenas de horas escrevendo centenas de linhas de código em uma linguagem de baixo nível para mostrar uma janela na tela.

Outros preferem fazer isso em 5 minutos com uma linguagem de alto nível.

Para o usuário, os dois programas vão mostrar uma tela em branco, para ele não importa quanto trabalho deu para fazer, o que importa é o resultado.
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helder84

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Resposta #10 Online: 18 de Novembro de 2006, 14:43:13
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Isso se aplica a qualquer área. A minha por exemplo, tem gente que gosta de gastar dezenas de horas escrevendo centenas de linhas de código em uma linguagem de baixo nível para mostrar uma janela na tela.

Outros preferem fazer isso em 5 minutos com uma linguagem de alto nível.

Para o usuário, os dois programas vão mostrar uma tela em branco, para ele não importa quanto trabalho deu para fazer, o que importa é o resultado.
Verdade !!!
Cansei de ver pessoas da nossa area falando: "O delphi não é bom. Ele faz quase tudo pra ti. Que graça tem?"
Aí eu respondia: "Vc procura trabalho ou resultado?"

 :thmbup:
« Última modificação: 18 de Novembro de 2006, 14:44:17 por helder84 »


Ivan de Almeida

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Resposta #11 Online: 18 de Novembro de 2006, 14:45:36
Bem, desejo que um dia vocês percebam que não são iguais as fotos feitas com os automatismos e com a escolha e julgamento dos parâmetros...


Alex Biologo

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Resposta #12 Online: 18 de Novembro de 2006, 15:10:19
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os demais na verdade são sim o uso criativo da câmera.

Por favor, Alex... Uso ciativo se pode dar até em Auto. Me dê uma Sony só com Auto e eu farei dela uso criativo, mas isso não quer dizer que ela seja uma boa plataforma para fazer o que se deseja.

Quem está acostumado a usar manualmente a câmera simplesmente não a passa para esses modos pois nada ganhará com isso. Para mim é rápido ajustar a cãmera em modo M, pois já sei o que quero, o que quero medir, a zona do que quero medir, onde quero focar, etc. Seria perda de tempo passar para um desses modos, e seria perda de recuroso porque ele escolheria algumas coisas por mim.

Eu fico muito cismado com esse discurso de ser a mesma coisa, porque na verdade não é, é bem diferente, mas o discurso encobre essa diferença.
Ivan, mas vc deve concordar comigo que para que os modos de prioridade tenham alguma utilizade é preciso saber o que se estpá fazendo, ou não?

É nesse ponto que eu falo de uso criativo.

Eu só uso o modo manual, pq pra mim acaba sendo mais prática ao fazer as minhas escolhas e não obrigatoriamente a minha fotometria vai ser a que a máquina fornece como correta.

A questão não é dizer que é igual, até pq sabemos que não é a mesma coisa, mas no fundo, pro amador o que vai valer é o prazer proporcionado pelo ato de fotografar e isso pode se obter de diversas formas, ou tudo no manual (do foco a fotometria) ou tudo automático, só tendo o trabalho de enquadrar, passando nisso por um grande gradiente de opções.

As fotos feitas podem chegar a um resultado igual ou parecido, independente da forma como forem feitas, e isso não vai tirar ou colocar valor nela, se vc pega uma foto, cropa e corrigve tudo no ps, isso não vai fazer a imagem melhor ou pior, é uma questão de gosto.

Eu acho que quanto mais pronto sai da máquina melhor, mas pq meu prazer está no ato de clicar e compor (até já sabendo que crop eu vou fazer na hora em que estou enquadrando quando tiver que fazer o crop), mas tem gente que prefere o uso do computador, isso é normal, vale o mesmo pros modos oferecidos pelas câmeras.
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Ivan de Almeida

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Resposta #13 Online: 18 de Novembro de 2006, 15:23:08
Alex:

Em todas as atividades humanas ou nos aperfeiçoamos, e para isso é preciso chamar dos nomes certos as coisas, ou estacionamos e até regredimos. Dizer que fotografar em prioridades e modo nouturno, esportes etc dá no mesmo que fotografar escolhendo de verdade as configurações é incentivar ao estacionamento. Não é verdade, não é a mesma coisa, e para exemplificar eu postei uma foto que NENHUM SISTEMA AUTOMÁTICO FAZ, nem prioridades, nem autofoco, nenhum.

Algumas situações são tão correspondentes ao projeto de fábrica que nelas o modo auto fará o mesmo que faríamos. Mas são poucas situações e não é racional a pessoa estruturar seu modelo de fotografia por elas.

COMPOSIÇÃO  é uma palavra que inclui o balanço de luzes, que inclui fotometria e não somente o arranjo dos objetos em cena (isso chama-se enquadramento, aliás). Composição não existe sem fotometria.

O que eu acho é o seguinte... A pessoa quer fotografar nesses modos porque ainda não tem maior domínio das opções? Ótimoa, não a condeno e ela pode produzir coisas interessantes. Mas, a pessoa vai dizer que tanto faz? Bem, aí já não posso concordar, pois não é verdade, e não é verdade só quanto ao prazer de fotografar mas sobretudo pelo controle dos resultados.


RFP

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Resposta #14 Online: 18 de Novembro de 2006, 17:19:51
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Bem, desejo que um dia vocês percebam que não são iguais as fotos feitas com os automatismos e com a escolha e julgamento dos parâmetros...
Bom, em nenhum momento eu falei que um resultado é igual ao outro, e nem entrei na questão dos automatismos. É claro que as escolhas que fazemos produzem diferentes resultados. O que eu quis dizer é que o autor vê o processo todo mais o resultado, enquanto o observador vê apenas o resultado. Por isso, para o autor, diversos elementos do processo (superstições, crenças, opiniões, símbolos, referências) são importantes e fazem parte da sua obra.

Ivan, você por exemplo usa as suas lentes russas. Você faz isso pelo resultado (nitidez, cores, bokeh etc.), mas também o faz porque elas condizem com a sua maneira de fotografar, usando foco manual e sem automatismos (o que por usa vez pode estar ligados a outros elementos da sua maneira de viver e criar). Ou seja, essa escolha está tanto relacionada ao processo quanto ao fim. Agora, se alguém disser a você que não usaria essas lentes porque não têm foco automático, como poderia se argumentar, uma vez que cada um partiria de uma noção particular quanto ao processo?