amigos, perdoem-me voltar ao tema.
parece-me que as opiniões de todos aqui são relevantes e até posso ver pontos de convergência em discursos contrários. assim é o debate.
todavia, preciso reforçar um ponto, e é esse: eu entendo que toda e qualquer abstração criativa que gere conteúdo estético é, por definição, uma expressão artística. toda e qualquer: ponto. se é boa ou ruim, é do entendimento de cada um.
entretanto, parece-me também claro que há um cuidado excessivo nas definições. ou por outra, o povo aqui anda sisudo demais.
o que, convenhamos, é um retrocesso...
o grafiteiro que picha os muros de NY e são paulo faz arte; o moleque da quebrada que compõs um rap ontem fez arte; o sambista do alemão, mesmo iletrado, faz arte; o pivete que sambou com a bola no pé no campinho de terra fez arte; os pintores com pés e mãos fazem arte; a dança dos pigmeus do gabão é arte pura; o blogueiro que gestou um conto fez arte; a fotógrafa que guardou pra si sua visão do mundo em milhares de negativos, qdo surgiram pro mundo, fez arte; o índio que pintou o corpo de urucum fez arte; o monge enclausurado que entoa sons barrocos faz arte; o homem das cavernas que rabiscou um tigre fez arte; o skatista que criou uma manobra nova na rampa do parque madureira faz arte..
a academia há muito enxerga arte em absolutamente TODAS essas representações.
porque nós não?