Autor Tópico: Fugindo das regras ou fotografando errado??  (Lida 10386 vezes)

angelo di candia

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Resposta #15 Online: 24 de Fevereiro de 2016, 14:12:09
tb acho inférteis alguns aspectos dessa discussão.

de td modo, e falando do exemplo citado, o desfoque é claramente proposital e feito na edição. a fotometria subexp, me parece, tb (e casa bem com o mood, com o discurso da foto, por assim dizer).

assim, não há erro nela - o erro está em nós.


Lizandro Júnior

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Resposta #16 Online: 24 de Fevereiro de 2016, 14:43:55
Também vejo muitas "modinhas" por ai. Querendo ou não, agente acaba copiando muita coisa automaticamente. Seu olhar vai sendo treinado e eu por exemplo acabo repetindo determinados efeitos que eu já havia visto.

Mas cabe a você saber quando isso tudo passa dos limites e se torna "seguidor de modinhas".

Pra mim na fotografia tudo pode, desde que você saiba o que está fazendo e faça sabendo.

Nikon Z6II | Nikon D750 | Flash SB5000| Godox V1 | Godox Ad200 PRO | Nikkor 28mm Z | Nikkor 24mm f/1.4G ED | Sigma 85mm f/1.4 EX DG HSM | Tokina AT-X 16-28mm f/2.8 Pro FX|   Yongnuo 565EX | Yongnuo 622N | Yongnuo TX | Godox XPRO

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wuerges

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Resposta #17 Online: 24 de Fevereiro de 2016, 15:05:26
Boa tarde!

Os teóricos costumam dividir a fotografia em dois grandes grupos: artística e vernacular. A fotografia artística é aquela em que o fotógrafo possui ambição artística, ou seja, ele deseja transmitir alguma mensagem usando a fotografia como uma linguagem. A fotografia vernacular é aquela em que não existe essa ambição. É uma foto da família reunida, uma imagem de satélite etc.     

Grande parte dessa discussão recorrente tem a ver com a mistura desses conceitos. No caso da fotografia vernacular, faz sentido falar em certo/errado. Ela possui um objetivo prático, que pode ser atingido ou não.

Mas no caso da arte utilizando fotografia... Vocês realmente acham que deve existir regras?


Brupikk

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Resposta #18 Online: 24 de Fevereiro de 2016, 15:16:19
http://www.almadefotografo.com.br/blog//fotografia-fotgrafos-criadores-x-fotgrafos-consumidores

"Vivemos em mundo de consumidores, e não há como fugir dessa regra. Consumimos para comer, viver e suprir as necessidades mais básicas e as supérfluas.

Atualmente esse consumo deixou de ser apenas o nosso modo de subsistência para se transformar no nosso modo de vida.  E aí entra a grande dicotomia entre o consumo responsável e o consumismo.

Zygmunt Bauman, célebre sociólogo polonês, diz que “numa sociedade consumista, todo comércio de produtos e serviços constitui, antes de mais nada, farmácias”, ou seja: o consumismo atua como um remédio para as nossas mazelas sentimentais, para nossa falta de autoconfiança e até mesmo para nossa falta de capacidade de autoconhecimento (por assim dizer o conhecimento das nossas verdadeiras necessidades).

Seria muito óbvio falar sobre o consumismo no campo da fotografia apenas citando a fome voraz que a maioria dos fotógrafos tem por equipamentos, acessórios e todo tipo de bugiganga. Mas o consumismo na fotografia vai muito além disso.

E para mostrar como esse consumismo afeta o processo criativo do fotógrafo (pra não dizer que afeta toda sua vida), resolvi trazer a distinção entre dois grupos de fotógrafos: os fotógrafos criadores e os fotógrafos consumidores.

Antes de iniciar para tais distinções cabe ressaltar que no campo prático, todos somos consumidores, não podendo escapar à regra nem mesmo os “fotógrafos criadores”, porém como vou mostrar a seguir há uma distinção entre consumir e assumir o consumismo como modo de vida e de trabalho.

 
Fotógrafos Criadores x Fotógrafos Consumidores

Os fotógrafos consumidores vão às palestras, cursos, workshops, compram livros, veem cursos on-line e tutoriais na internet, numa tentativa de estar sempre conectados àquilo que é a tendência do momento. Sentem medo de não estarem atualizados para oferecer aquilo de mais moderno que há, e que supostamente o mercado está pedindo. Nas palavras de Bauman “é preciso diariamente renovar e confirmar a confiança de que você tem acompanhado o ritmo frenético das mudanças, e por isso está certo”, por isso o fotógrafo consumidor se alimenta de todas as informações possíveis e disponíveis na tentativa de não ficar pra trás. Mais do que isso, o fotógrafo consumidor está em busca de fórmulas prontas: quer repetir o sucesso de outros fotógrafos se utilizando das ferramentas que eles já utilizaram. Ou seja: “se deu certo para ele, vai dar certo pra mim também”.

Os fotógrafos criadores também vão a palestras, cursos, etc. Porém compreendem que nenhuma palestra, nenhum curso e nenhum outro fotógrafo irá mudar radicalmente a sua vida ou o seu modo de fotografar. Compreendem que o conhecimento é feito a partir de diversas fontes (e que essas às vezes se contradizem) e que todas essas fontes contribuem para parte da sua transformação pessoal.

 
Fotógrafos consumidores copiam. Embora não assumam, partem do pressuposto (novamente) de que os resultados que já deram certo podem ser repetidos,  então replicam aquilo que já foi feito por alguém que conquistou o “sucesso”, almejando conquistar o mesmo posto.

Fotógrafos criadores transformam. Eles também se apropriam de tudo aquilo que veem, que ouvem, que tocam, que sentem, mas não replicam de forma desonesta. Os fotógrafos criadores “roubam como um artista”, transformando tudo o que absorvem de diversas formas, sem, entretanto, copiar nada literalmente (sugiro livro “Roube como um artista”, de Austin Kleon).

Fotógrafos consumidores estão sempre ansiosos pelos novos equipamentos. Isso reflete a falta de confiança que possuem no próprio conhecimento e trabalho, “culpando” sempre o seu equipamento pelas falhas que cometem ou pelo resultado que não conseguem obter. Fotógrafos consumidores estão acostumados a dizer “mas também, com um equipamento desse até eu”.  Dessa forma, a compra de um novo equipamento é sempre a esperança de a sua fotografia realmente terá um ganho de qualidade.

Fotógrafos criadores compreendem que um bom equipamento pode fazer a diferença, mas que, o que realmente faz a diferença (me perdoem o clichê) é o que está por trás da câmera. Sabem que comprar aquela nova câmera que acabou de sair não vai fazer tanta diferença, a não ser no seu bolso, por pagar muito mais pela novidade. Conseguem esperar um pouco mais para pagar um preço justo, quando e se precisarem.

Fotógrafos consumidores querem ouvir, nos congressos de fotografia, as técnicas que levaram o fotógrafo a estar lá em cima do palco. Querem descobrir “o pulo do gato”, os macetes, os equipamentos e até mesmo o quanto cobram os fotógrafos palestrantes.

 
Fotógrafos criadores também estão interessados em técnicas, mas acima disso querem ouvir as histórias de como aqueles fotógrafos chegaram lá, de quais fontes beberam e o que foi imprescindível para a sua transformação. Acreditam que cada palestrante é peça fundamental para uma minúscula transformação, que faz toda diferença.

Fotógrafos consumidores estão preocupados com os resultados. E dessa forma consomem vorazmente as ferramentas que tendem a pular a etapa da criação. Se há um preset, uma action, que encurte o caminho entre uma foto “crua” e o seu resultado final, por que se preocupar com o conhecimento para chegar até aquele resultado?

Fotógrafos criadores estão preocupados com o processo. O resultado final é apenas a soma de pequenas obras realizadas que se somam. Talvez os fotógrafos criadores também se utilizem de actions ou presets, mas eles sabem por que estão utilizando, não estão apenas tentando uma porção de opções para ver qual aquela que vai dar certo.

Fotógrafos consumidores estão sempre ansiosos. E essa ansiedade resulta da falta de autoconhecimento, da falta de compreensão daquilo que realmente necessitam, da falta de saber o que são, o que gostam de fotografar e os motivos que os levam a fazer.

Fotógrafos criadores procuram escutar a si próprios. Querem compreender o que se passa consigo mesmo, para então ter uma compreensão do que se passa em volta. Talvez se encontrem ansiosos, ou deprimidos também, mas por não conseguirem vencer a si próprios, e não aos outros.

Fotógrafos consumidores disputam. Fotógrafos criadores colaboram.

Ser um fotógrafo consumidor não é uma sentença, acredito que seja apenas uma etapa - embora nem todos os fotógrafos passem por ela, e outros muitos jamais saiam dessa esfera. É possível transformar-se de um fotógrafo consumidor para um fotógrafo criador, mas isso demanda um esforço muito maior do que apenas adquirir aquilo que já está pronto.

Transformar-se num fotógrafo criador implica em despir-se da arrogância (o acreditar saber tudo), do ego (o acreditar ser bom por que os outros dizem que eu sou), da soberba (acreditar ser melhor que os outros) e da superficialidade (não conhecer os processos, não conhecer as raízes). Transformar-se num fotógrafo criador implica em conhecer a humildade (saber que sabe muito pouco), a generosidade (compartilhar o pouco que sabe) e, principalmente, a si mesmo (a chave de todas as transformações).

Por uma fotografia mais criadora (e criativa) e menos consumista!"

Bruno Piccoli
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Guilherme Araújo

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Resposta #19 Online: 24 de Fevereiro de 2016, 15:17:20
Olhei esta foto por uns 10 minutos tentando ver algo de bom nela. Não consegui.

 :clap:


jefersonperrot

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Resposta #20 Online: 24 de Fevereiro de 2016, 15:28:51
Também não vejo sentido em tentar pontuar como certo ou errado... É aquela coisa, serão 3 ou 4 páginas de comentários sem chegar ao denominador comum tão desejado por alguns :D:D:D

EU (euzinho aqui) não quero que a minha fotografia fique presa à época na qual ela foi feita e por isso tento abstrair desses tipos de modas que vejo por aí. Até me deixei influenciar por alguns "padrões" quando estava começando a entender o que era fotografia, mas de um tempo para cá estou tentando me purificar disso :D

Lembro que via várias fotos inclinadas uma época e queria ter aquilo com meu nome em baixo porque era "super legalzão"... a galera curtia um monte no Orkut... Hoje quase choro qdo vejo uma foto minha daquele jeito. kkkk
Canon


RFP

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Resposta #21 Online: 24 de Fevereiro de 2016, 18:20:50
Seria interessante tentar entender qual o real sentido por trás desse tópico. Duas perguntas ajudariam, especialmente para o autor do primeiro post:

Qual a sua expectativa ao abrir esse tópico?

e

Por que a forma como outras pessoas fotografam está incomodando tanto?


angelo di candia

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Resposta #22 Online: 24 de Fevereiro de 2016, 18:38:42

amigos,

eu tentei evitar, mas preciso dizer.

e olha, não quero MESMO polemizar.. mas já vi essa foto umas 10 vezes.

e a cada vez ela me pede pra ser, de novo, admirada.

e peço já perdão aos que pensam em contrário. perdoem-me, mas jogaram tantas pedras, que preciso fazer o contraponto. dar algum sentimento bom ao autor desconhecido.

porque ele merece. porque ele fez uma foto única.

porque gostei MUITO dela.

de TUDO nela.

gostei demais do tratamento, daquilo que falei da intenção, do mood, do clima, da narrativa.

gostei demais do rosto, desviando-se, negando o olhar.

negando a nós, que a observamos.

negando a nós, que a queremos observar.

gostei demais da expressão facial, ao mesmo tempo clara e obtusa, insinuando-se através dos cabelos.

gostei demais da linguagem corporal; do braço fechando, do braço protegendo o corpo esguio.

gostei do corpo, do corpo esguio, esquálido.

gostei da fragilidade.

gostei do branco. do vestido branco.

gostei da sombra, da sombra tão sombra.

gostei de tudo. tudo.

perfeita.

não sei se o guiza se deu conta: mas ao expô-la aqui, ela já deu, a si mesmo, todas as respostas.

obrigado por ilustrar o tópico com ela, guisa.



Guilherme Araújo

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Resposta #23 Online: 24 de Fevereiro de 2016, 18:42:02
Afetou a raça.  :hysterical:


angelo di candia

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Resposta #24 Online: 24 de Fevereiro de 2016, 18:46:44

haha mas é sério! ;)

e claro, insisto, respeito a opinião da turma que achou uma porcaria.

abs,


pkawazoe

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Resposta #25 Online: 24 de Fevereiro de 2016, 19:12:21
interessante ponto de vista de vista Brupikk....
e Angelo eu tbm gostei da foto....rsrs

em 1978 John Szarkowski (curador do MOMA de 58 a 88)
organizou um exposição chamada "Mirrors and Windows: American Photography since 1960"
e foi uma marco, pq justamente separava a fotografia de em dois tipos....
janelas e espelhos......
os tipo "janelas" eram como Bresson, olhavam o mundo como se fosse por uma janela,
e não interferiam sobre o assunto, um tipo de fotografia de realidade social,
os tipo "espelho" são um reflexo da própria alma, como se vc estivesse fotografando um sentimento ou um estado de espirito....e essa foto na minha opinião, se enquadra no grupo espelho...
é claro que não uma super foto, fine-art, etc, mas é interessante, e levanta certos questionamentos estéticos e conceituais.....
por ex....quando vc fotografa uma criança vendo ela apenas como uma uma criança
ou uma noiva como apenas uma noiva.....
isso de certa forma limita muito o seu olhar....
mas se vc pensar de forma abstrata,
por ex, uma cadeira antes de ser cadeira, é forma, volume, cor, sombra, linhas, etc
ou uma criança, como se fosse um sentimento..alegria, inocência, ou a forma, a sombra
o mesmo vale para uma noiva ou qualquer outro assunto, em qualquer contexto
então se abre uma infinidade de possibilidades fotográficas, o seu olhar se torna mais rico, pq já não
é mais uma questão de ver, mas de perceber.....
« Última modificação: 24 de Fevereiro de 2016, 19:13:32 por pkawazoe »


Guilherme Araújo

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Resposta #26 Online: 24 de Fevereiro de 2016, 19:27:12
interessante ponto de vista de vista Brupikk....
e Angelo eu tbm gostei da foto....rsrs

em 1978 John Szarkowski (curador do MOMA de 58 a 88)
organizou um exposição chamada "Mirrors and Windows: American Photography since 1960"
e foi uma marco, pq justamente separava a fotografia de em dois tipos....
janelas e espelhos......
os tipo "janelas" eram como Bresson, olhavam o mundo como se fosse por uma janela,
e não interferiam sobre o assunto, um tipo de fotografia de realidade social,
os tipo "espelho" são um reflexo da própria alma, como se vc estivesse fotografando um sentimento ou um estado de espirito....e essa foto na minha opinião, se enquadra no grupo espelho...
é claro que não uma super foto, fine-art, etc, mas é interessante, e levanta certos questionamentos estéticos e conceituais.....
por ex....quando vc fotografa uma criança vendo ela apenas como uma uma criança
ou uma noiva como apenas uma noiva.....
isso de certa forma limita muito o seu olhar....
mas se vc pensar de forma abstrata,
por ex, uma cadeira antes de ser cadeira, é forma, volume, cor, sombra, linhas, etc
ou uma criança, como se fosse um sentimento..alegria, inocência, ou a forma, a sombra
o mesmo vale para uma noiva ou qualquer outro assunto, em qualquer contexto
então se abre uma infinidade de possibilidades fotográficas, o seu olhar se torna mais rico, pq já não
é mais uma questão de ver, mas de perceber.....

Seu raciocínio lembra a "Teoria das Formas" do Aristóteles, vale a pena consultar.

E sobre a questão da abstração eu gostei muito do seu comentário, pq acho mesmo que o fazer fotográfico está no nível do abstrato, ante e depois da foto concebida. A técnica e a tecnologia são só ferramentas.

Muito filho de 3 anos ganhou de mim uma Kodak Instamatik com um flash freta (que funciona), a câmera não tem filme, e mesmo assim ele fotografa. Ele não está interessado no equipamento, ele registra na cabeça o mundo (abstrato) dele. Ou seja, ele tira fotos mas sem filme ou sensor para guardá-las.
« Última modificação: 24 de Fevereiro de 2016, 19:28:49 por Guilherme Araújo »


guizaunzin

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Resposta #27 Online: 24 de Fevereiro de 2016, 21:28:34
Seria interessante tentar entender qual o real sentido por trás desse tópico. Duas perguntas ajudariam, especialmente para o autor do primeiro post:

Qual a sua expectativa ao abrir esse tópico?

e

Por que a forma como outras pessoas fotografam está incomodando tanto?

Gerar uma discussão com os colegas do fórum, exatamente da foma como está sendo discutido
Ver o ponto de vista dos colegas, às vezes opiniões bem parecidas ou bem diferentes das minhas

Inclusive achei muito interessante a análise do amigo angelo di candia, achei bem profunda e interessante a análise que ele fez sobre a foto, que agradou ao olhar dele.
Por ter um perfil completamente diferente do dele, e ser extremamente objetivo do tipo "se ao bater o olho a foto não me fisgar, eu nem fico reparando muito", eu gostei de alguns elementos que ele comentou, mas só o fato de estar completamente desfocada já pesou muito mais do que todo o resto, me fazendo não gostar dela de forma geral.
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Rodrigo Eduardo

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Resposta #28 Online: 24 de Fevereiro de 2016, 22:29:28
Fórum de filosofia ?  :ponder:


Bucephalus

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Resposta #29 Online: 24 de Fevereiro de 2016, 22:47:25
Acho que o maior problema das modinhas é o meio onde elas se propagam, como fotografia de estúdio ou outras modalidades com modelos onde o fotógrafo pode perder vários minutos pensando a cena.

Quero ver ficar inventando moda com fotografia de rua, ou foto jornalismo, quando o momento tem que ser capturado na hora, sem perda de tempo. Tem que ser muito mal caráter pra tirar foto tremida, sem foco, com horizonte torto ou mal exposta de propósito.





















Porque ficam dando tanto valor pra fotógrafo de casamento ou eventos? Dêem mais valor pro fotojornalismo. Modinha de fotógrafo de casamento nem merece ser discutida; os caras vivem de fotografar emoções artificiais, fazendo parte do complexo matrimonial-industrial que extorque dezenas de milhares de reais de noivas. É tipo tentar achar o valor artístico do cinema em Transformers, ou filme de super herói.

Fotografia pra mim é igual desenho industrial: o formato segue a função. Fotojornalistas não tem muita liberdade, então o que você vê na foto final e enxerga como "estilo" foi só um efeito colateral da situação em que o clique foi feito. Ao contrário de outros fotógrafos que ficam inventando um monte de afetação visual desnecessária simplesmente porque podem.
« Última modificação: 24 de Fevereiro de 2016, 22:52:33 por Bucephalus »