Olá, Rodrigo!
Acho bacana você ter se interessado pelo texto.
Concordo com você que ele é simplista em vários pontos, mas acho que não seria interessante se aprofundar muito em certas questões. Acho que essa simplicidade é útil ao texto à medida que lhe dá foco na questão principal, que são as críticas.
O texto serviu muito bem, na minha opinião, pra isso mesmo que você mencionou: é um alerta para aqueles que atribuem valor demais às críticas.
Eu digo isso porque tem muita gente que se guia demais, quase que cegamente, por crítica de fórum, e isso é um absurdo. Muitos fotógrafos renomados fazem coisas que qualquer forista de meia-tigela apontaria como erradas sequer considerando que o artista está tirando proveito desses 'erros' para desenvolver uma estética toda particular.
Dessa maneira, os críticos de fórum muitas acabam matando prematuramente qualquer intenção de experimentalismo, envolvendo esse tipo de 'erros', que o forista possa ter, minando o desenvolvimento dele como artista.
Trocando em miúdos, quem norteia seu desenvolvimento artístico por críticas acaba bloqueando a sua expressão individual, a qual se torna cerceada demais por padrões estéticos muitas vezes duvidosos, os quais, sobretudo no caso da fotografia, vêm sobretudo das imagens publicitárias, como já foi dito aqui. São as tais das referências coletivas que você menciona, Rodrigo, e não ouso dizer que a foto publicitária é a origem de todas, mas de uma parte pelo menos considerável.
Justamente por isso é que critico muito pouco. Tento fazê-lo apenas quando me identifico com o trabalho. Mas também não critico tudo com que me identifico (aliás, não critico quase nada) porque dá um trabalhão danado escrever uma crítica e eu sou preguiçoso.
As críticas, claro, têm a sua validade, mas às vezes é preciso um alerta desse tipo pra lembrar que fazer arte não significa necessariamente agradar a alguém, quem quer que seja.
Abraços!
-- thiago