Acho que papo de fotografia tá ficando igual a papo de enólogo. Vinho é difícil de medir empiricamente, então começam as análises subjetivas que não tem base na realidade e só existem na cabeça da pessoa escrevendo a respeito. Incrível como fotografia, tanto em discussões de equipamentos como em discussões de imagens, tá seguindo o mesmo nível de "as roupas novas do rei". O que foram aqueles exemplos de "nariz e cabeça 3D"? Pelo amor de deus.
Até achei que o cara estava fazendo algum sentido quando ele falou sobre como não devemos adquirir lentes somente por conta da nitidez, e como usar análise de crops em 100% foi o que distorceu a percepção do que é uma boa ou uma má lente. Beleza, concordo 100% nessa parte.
Quando ele tratou de algo objetivo, como o número de elementos nas lentes modernas, eu ainda continuei lendo pra ver qual era o propósito dessa análise, afinal estava baseado em algo mensurável. Mas aí o bagulho desandou completamente. "Olhe como a imagem de uma lente moderna é achatada e sem vida, e como essa lente antiga produz uma imagem rica e dimensional!". Uhm, não... especialmente quando as imagens foram tiradas sob luzes completamente diferentes, em ambientes diferentes, provavelmente com aberturas diferentes. E mesmo que elas tivessem sido controladas, a qualidade medida é puro vapor: a sensação de "vida real" da imagem.
Ah mano, fala sério. Parece papo de hippie que tomou ácido pela primeira vez e tá vendo significado religioso em tudo que passa pela frente.