Autor Tópico: O Futuro Steve Jobs  (Lida 4231 vezes)

felipemendes

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Resposta #30 Online: 13 de Abril de 2016, 15:18:30
Quem curte carro de verdade, nem pensa em ter um carro elétrico dessas outras marcas, são carros fracos, pequeninhos, feios, não andam nada, a unica vantagem é realmente a economia e o fato de nao usar combustivel fossil pra quem é ecofriendly. Você pega um Tesla Model S e ele anda no mesmo nível que um Jaguar XFR-S, é outro nível de carro, é um carro que realmente muda a visão e consegue mostrar o que é um carro do futuro.

Dado o aparte do Croix, como eu havia dito, o Elon não inventou o carro elétrico, mas sim o carro elétrico bom!

Sobre esse dos anos 90, só vendo o documentário mesmo. Quando eu voltar de viagem, dou uma olhada.


André Luis Jacob

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Resposta #31 Online: 13 de Abril de 2016, 17:01:52
Me expressei mal, quem fez primeiro importa, mas fazer e nao saber vender não muda o mundo.

De que adianta ter feito o carro perfeito antes se não conseguiu fazer a grande maioria dos consumidores ficarem tentados a compra-lo?

É a mesma coisa na questão da Apple, a Xerox fez o mouse, e não implantou em nada, fez, criou, desenvolveu e só serviu pra vender pra alguém que saiba usar aquilo pra mudar a industria.

Quanto a IBM e derivadas, era um fator da industria tecnologica da época, ninguém produzia pro consumidor final, todos produziam pra empresas, tanto que após o sucesso do Apple II até a IBM vendia PC's com SO Windows
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Resposta #32 Online: 13 de Abril de 2016, 18:03:26
Me expressei mal, quem fez primeiro importa, mas fazer e nao saber vender não muda o mundo.

De que adianta ter feito o carro perfeito antes se não conseguiu fazer a grande maioria dos consumidores ficarem tentados a compra-lo?


Volto a sugeri o documentario que indiquei, antes de vc afirmar isso.


É a mesma coisa na questão da Apple, a Xerox fez o mouse, e não implantou em nada, fez, criou, desenvolveu e só serviu pra vender pra alguém que saiba usar aquilo pra mudar a industria.


A Xeros fez, implantou e desenvolveu para a industria, um nincho. Nao eh pq ela nao viabilisou para consimudores finais que significa que ninguem tirou proveito, ou que nao revolucionou a area em que atuou.

Veja que a maioria dos produtos com alta tecnologia ou mecanica, comecam sempre servindo uma industria, uma area cientifica ou belica, etc. Depois aparecem empresas como a Apple, pega o que ja existe na industria e viabiliza para o consumidor.


Quanto a IBM e derivadas, era um fator da industria tecnologica da época, ninguém produzia pro consumidor final, todos produziam pra empresas, tanto que após o sucesso do Apple II até a IBM vendia PC's com SO Windows

Eh como sempre aconteceu, igual como descrevi no paragrafo acima.

Antes de chegar no consumidor final, foi preciso pequenas empresas e escritorios comprarem, viabilizar sistemas operacionais mais amigavel para leigos em informatica e linguagem computacional, desenvolver impressoras menores, desenvolver discos de informacao caseira.

Sem todo esse processo, ninguem compraria um computador. Antes da Apple II era mais facil para o consumidor final usar uma maquina de escrever e uma calculadora de bolso.


André Luis Jacob

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Resposta #33 Online: 13 de Abril de 2016, 18:53:36
Errado na questao do Mouse, a Xerox nao implementou o mouse em nada, apenas o criou e era detentora da patente (assim como a Apple é detentora de milhoes de patentes). Tinha o produto e nao foi implementado em nada, assim como a Interface de Usuario, nao era usada na industria, muito menos no consumidor final.

Quanto ao carro do documentario, nao o vi ainda, mas sendo eu, uma pessoa que gosta de carros e não o conheço, provavelmente ele não atingiu o que o Tesla atingiu. Lembrando, 325 mil pessoas pagaram 1000 dolares para entrar numa fila de espera de um produto que nem foi lançado e apresentado ainda, NENHUM outro carro no mundo atingiu isso, nem carros de ediçoes limitadas de marcas de luxo como Ferrari e Lamborguini.

Isso tem o seu valor, e é ISSO que vai mudar a industria, e é isso que tendi a falar no começo do tópico, que o Elon Musk criou uma tendencia que provavelmente seguirá a partir de agora, pois antes nao existia :D
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felipemendes

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Resposta #34 Online: 13 de Abril de 2016, 20:55:43
Isso tem o seu valor, e é ISSO que vai mudar a industria, e é isso que tendi a falar no começo do tópico, que o Elon Musk criou uma tendencia que provavelmente seguirá a partir de agora, pois antes nao existia :D

Claro! Disso não há a menor dúvida. Mas já foi muito conversado aqui se o grande diferencial era por ser um carro elétrico de alta autonomia (nem tão alta assim, comparado à gasolina) ou por ser um dos carros mais avançados tecnologicamente.

O fato de ser elétrico traz algumas inovações interessantes. O Model S, por exemplo, é um sedan que pode vir a acomodar 7 pessoas. Isso porque a posição da primeira fileira é avançada (no sentido de ser pra frente) em relação a outros carros. E isso só é possível porque o motor elétrico do Tesla é muito menor que o motor de um carro à combustão interna de mesma potência. Mas, se um carro a gasolina tivesse o mesmo apelo tecnológico, seria quase igualmente interessante.


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Resposta #35 Online: 14 de Abril de 2016, 03:33:01

Quanto ao carro do documentario, nao o vi ainda, mas sendo eu, uma pessoa que gosta de carros e não o conheço, provavelmente ele não atingiu o que o Tesla atingiu. Lembrando, 325 mil pessoas pagaram 1000 dolares para entrar numa fila de espera de um produto que nem foi lançado e apresentado ainda, NENHUM outro carro no mundo atingiu isso, nem carros de ediçoes limitadas de marcas de luxo como Ferrari e Lamborguini.

Isso tem o seu valor, e é ISSO que vai mudar a industria, e é isso que tendi a falar no começo do tópico, que o Elon Musk criou uma tendencia que provavelmente seguirá a partir de agora, pois antes nao existia :D

Para vc enternder o motivo, vc tem que ver o comentario.


Renato Cavalcante

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Resposta #36 Online: 15 de Abril de 2016, 23:38:31
Peguei o assunto depois de evoluído, mas vou comentar sobre o assunto original do tópico.
Levando em consideração o que o Musk realizou no tempo que realizou, eu não acho que ele será o futuro Steve Jobs. Acho que ele já é. E digo mais: acho ele muito mais fantástico que o Steve Jobs.
A diferença é que o Steve Jobs produziu algo muito popular, que qualquer zé ruela conhece e entende do que se trata. Já o que o Musk realizou, é pra poucos. Isso explica a popularidade de um e de outro.
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Resposta #37 Online: 18 de Abril de 2016, 01:11:55
Ronald Wayne teria direito a 10% da empresa se não tivesse desistido da parceria com Jobs e Wozniak.


A Apple acabou de completar 40 anos de idade, um bom motivo para encontrar o homem que ajudou na fundação da companhia e dias depois se afastou de tudo.

Ronald G Wayne, de 81 anos, mora em uma casa simples em Pahrump, no deserto de Nevada, a uma hora de carro de Las Vegas.
Quando estava com 41 anos Wayne trabalhava para a fabricante de videogames Atari e foi ali que ele conheceu um jovem chamado Steve Jobs que sempre pedia conselhos a ele.

Entre os conselhos que Jobs pediu estava se ele deveria começar um negócio fabricando máquinas caça-níqueis, Wayne respondeu que não. Ele também perguntou se deveria ir até a Índia para se encontrar, Wayne respondeu que, se ele precisasse, deveria. Mas pediu que o jovem tomasse cuidado.

Mas a pergunta que colocou Wayne na história da Apple foi outra: "Você poderia me ajudar a colocar algum juízo na cabeça do Steve Wozniak?"

"Leve ele lá em casa. Vamos sentar e bater um papo", respondeu.


Remontando computadores


O carismático e amável Wozniak - também conhecido como Woz - trabalhava com Jobs na desmontagem de computadores feitos para empresas e os remontava, transformando-os em algo mais pessoal.

Os dois frequentavam o Homebrew Computer Club, um local que reunia entusiastas que desmontavam circuitos e reconstruiam tudo de um jeito novo, como crianças brincando com Lego.


Woz era o melhor do clube. Uma placa de circuito que ele construiu foi a base do Apple 1, o primeiro computador da empresa. Este computador foi vendido em um leilão em 2015 por US$ 365 mil.

Jobs queria que Woz trabalhasse exclusivamente para a Apple mas Woz não concordava.

Então Jobs e Woz se reuniram no apartamento de Wayne em Mountain View, na Califórnia, para tentar se acertar.

"Jobs achava que eu era, de alguma forma, mais diplomático que ele", disse.

"Ele estava muito ansioso para continuar com Steve Wozniak, para produzir isto (o computador). Mas Wozniak era um sujeito caprichoso, tudo o que ele fazia era pela diversão. Woz não tinha o conceito de negócios nem das regras do jogo."

Com 45 minutos de conversa, Wayne mudou tudo.

"Ele comprou a ideia. Ele entendeu", disse.

Wayne datilografou os documentos ali mesmo, em uma máquina de escrever da IBM. Woz não conseguia acreditar no talento de Wayne para escrever quatro páginas de jargão jurídico apenas confiando na própria memória.

Segundo os documentos a Apple ficava dividida assim: Jobs e Wozniak ficavam com 45% da empresa cada um e Wayne com 10%. Ficava determinado também que Wayne seria a voz da razão em caso de disputas.


Fora do negócio


Doze dias depois Wayne se retirou do contrato, se desligando do que hoje é uma das empresas mais valiosas do planeta e perdendo a sua fatia no valor da Apple, que chega a US$ 600 bilhões.

"Por razões excelentes que são adequadas para mim ainda hoje", afirmou Wayne 40 anos depois da reunião histórica.

Naquela época Jobs tinha conseguido o primeiro acordo da Apple: uma pequena rede de lojas de computação, a Byte Shop, queria 50 máquinas. A Apple teria que pegar emprestado US$ 15 mil.

Mas Wayne ficou sabendo - de uma fonte que hoje ele não se lembra - que a Byte Shop não tinha uma reputação muito boa em termos de quitar suas dívidas.

"Se a empresa falir, somos individualmente responsáveis pelas dívidas. Jobs e Wozniak não tinham um tostão. Eu tinha uma casa, uma conta bancária e um carro... eu poderia ser alcançado!"

Wayne disse aos dois que ajudaria onde pudesse, mas não poderia mais ser parte da Apple oficialmente.

A última contribuição de Wayne foi desenhar o primeiro logotipo da empresa - um desenho de Isaac Newton sentado embaixo de uma árvore, com uma maçã prestes a cair em sua cabeça. Wayne assinou a imagem mas Jobs pediu que ele retirasse a assinatura.

Meses depois de cortar sua relação formal com a Apple, Wayne recebeu uma carta.

"A carta dizia que tudo o que eu tinha que fazer era abdicar de todo e qualquer interesse que eu pudesse ter em relação à Apple Computer Company e o cheque seria meu. Até onde eu podia ver, era 'dinheiro encontrado'. Então fui em frente, assinei", disse.

Wayne ganhou US$ 1,5 mil (cerca de R$ 5,3 mil).


Simples


Pahrump, onde Wayne mora, fica a 800 quilômetros de Cupertino, sede da Apple.

A casa de Wayne é simples e é onde ele gosta de ficar. É possível ver enfeites que lembram a vida de um engenheiro e colecionador.

Na porta, uma máquina caça-níqueis antiga, contra uma parece há um rádio da década de 1930 que ainda funciona.

Wayne parece não se arrepender com a decisão de abrir mão de seus 10% da Apple, que hoje valeriam quase US$ 60 bilhões.

"Eu teria acabado liderando um departamento muito grande de documentação nos fundos do prédio, remexendo documentos durante 20 anos da minha vida. Não era esse o futuro que eu queria para mim."

"Se dinheiro fosse a única coisa que eu quisesse, existem muitas formas de conseguir. Mas era muito mais importante fazer algo que eu gostasse. Meu conselho para jovens é sempre este - descubra algo que você gosta tanto de fazer que você vai querer fazer de graça... e você nunca mais vai trabalhar na sua vida."


Fãs


Wayne recebe cartas de fãs, pedidos de autógrafos e de conselhos. Uma destas cartas, de um fã chamado Jason, faz piada com a ideia de que Steve Jobs, famoso por sua personalidade forte, aceitaria as críticas construtivas de Wayne.

"Ele era um homem fascinante. Quem transformou a Apple no que ela é? Obviamente foi Jobs. Jobs era um cara legal? De muitas maneiras, não. Mas isto não importa."

Wayne se considerava o responsável pela "supervisão de um adulto" para o sonho de Jobs, até oferecendo um apoio decisivo logo no começo.

"Jobs disse: 'Sabe, estou pensando melhor a respeito disso. Tem outras coisas que quero fazer'."

"Eu disse: 'Steve, o que quer que você queira fazer, você pode fazer mais facilmente com dinheiro no bolso. Vá em frente, ganhe dinheiro e faça o que você quiser. Só não esqueça porque você queria o dinheiro'."

"Ele esqueceu. Acho que ficou tão envolvido com a mecânica de liderar a Apple, ele foi pego de uma tal maneira, que nada mais importava."


O original


Wayne não se arrepende de ter se afastado da Apple mas lamenta ter vendido sua cópia do contrato original, assinado pelos três, por US$ 500 (cerca de R$ 1,7 mil).
Em 2011 o mesmo documento foi leiloado por US$ 1,6 milhão (R$ 5,7 milhões).

Ao examinar a casa de Wayne mais atentamente é possível notar que não há nenhum produto da Apple. Ele prefere construir e customizar seu próprio equipamento e afirma que é mais divertido assim.

Ele até chegou a ganhar um iPad 2 em 2011. Mas, como tantas outras coisas em sua vida, ele deu o aparelho.


http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2016/04/o-cofundador-esquecido-da-apple-que-desistiu-apos-12-dias-e-deixou-de-ganhar-us-60-bilhoes.html