Autor Tópico: A Nova Geração da Sociedade  (Lida 4738 vezes)

Gabriel Arieira

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Online: 15 de Abril de 2016, 14:31:51
Pessoal,

Eu estava lendo o seguinte texto: http://www.hypeness.com.br/2015/11/a-geracao-que-esta-abandonando-os-trabalhos-que-odeia-para-viver-uma-vida-mais-plena/

E dentro desse texto tem um vídeo que me fez escrever esse post aqui agora:
Vídeo https://www.youtube.com/watch?time_continue=571&v=F12DAS-ZNDY

Eu não me vejo feliz no meu trabalho atual apesar de ganhar bem para minha idade. Estou naquele momento em que se vê incomodado com tudo: trabalho, cidade, país, profissão, estudo, etc calma gente esse post não é depressivo ok e acho que isso de malefício só traz a ansiedade por fazer o que gosto pra viver, e de benefício é tanta coisa que fica difícil de falar. Acredito que a profissão de fotógrafo (não sou fotógrafo ok) é uma das profissões que vão ter que se modificar para se adequar ao momento atual/futuro, pois a geração dos smartphones estão chegando cada vez mais perto em qualidade (isso se já não se igualou né) das câmeras. Não sei bem qual o propósito do post que estou fazendo, mas é só para admirar quem faz o que ama e se quiser dar seu relato, será bem vindo.

Se sintam no direito de discordar (sempre com respeito) e dar opiniões sobre essa temática de evolução mundial eu disse evolução, e não revolução em rs
« Última modificação: 15 de Abril de 2016, 14:32:54 por marqsgabriel »
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angus

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Resposta #1 Online: 15 de Abril de 2016, 14:40:13
eu adoraria ter uma profissão legal, como aqueles caras que testam iates e levam do estaleiro até a marina do comprador.

mas como não posso, me viro com o que tem disponível mesmo. assim como 99.9% da humanidade, imagino eu.


Diogenes

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Resposta #2 Online: 15 de Abril de 2016, 14:54:21
Pessoal,

Eu estava lendo o seguinte texto: http://www.hypeness.com.br/2015/11/a-geracao-que-esta-abandonando-os-trabalhos-que-odeia-para-viver-uma-vida-mais-plena/

E dentro desse texto tem um vídeo que me fez escrever esse post aqui agora:
Vídeo https://www.youtube.com/watch?time_continue=571&v=F12DAS-ZNDY

Eu não me vejo feliz no meu trabalho atual apesar de ganhar bem para minha idade. Estou naquele momento em que se vê incomodado com tudo: trabalho, cidade, país, profissão, estudo, etc calma gente esse post não é depressivo ok e acho que isso de malefício só traz a ansiedade por fazer o que gosto pra viver, e de benefício é tanta coisa que fica difícil de falar. Acredito que a profissão de fotógrafo (não sou fotógrafo ok) é uma das profissões que vão ter que se modificar para se adequar ao momento atual/futuro, pois a geração dos smartphones estão chegando cada vez mais perto em qualidade (isso se já não se igualou né) das câmeras. Não sei bem qual o propósito do post que estou fazendo, mas é só para admirar quem faz o que ama e se quiser dar seu relato, será bem vindo.

Se sintam no direito de discordar (sempre com respeito) e dar opiniões sobre essa temática de evolução mundial eu disse evolução, e não revolução em rs

Olha, aí está uma coisa difícil. Eu sempre eduquei meus filhos dizendo que um dos fatores mais importante, se não o mais importante, é você descobrir "qual é a sua". Se você descobrir cedo qual (is) são seus talentos, tiver chance de persegui-los e conseguir atingir o ponto que você possa trabalhar em algo que faça parte deste grupo de habilidades que são suas, você será feliz, trabalhará com prazer e sucesso e dinheiro serão consequências.

Mas é difícil, muito difícil ter-se estas oportunidades. A vida quase sempre nos leva para outros caminhos e nos desviam de nossas reais potencialidades. Aí esbarramos no que você descreve.
« Última modificação: 15 de Abril de 2016, 14:56:12 por Diogenes »
Se você acha que pode, você tem razão. Se acha que não pode, também tem razão. Você é quem sabe!


efilho

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Resposta #3 Online: 15 de Abril de 2016, 15:05:06
Coisa dessa geração, Diogenes: lembro-me, qdo era pequeno, sempre sabia o que queria ser. Mudava quase todo dia, mas cada dia, se me perguntassem, sabia exatamente o que queria. Via um filme de guerra, queria ser militar, via um filme da natureza, queria ser biólogo, via passar um caminhão de bombeiros, queria ser bombeiro para "andar pendurado no caminhão"... E por aí vai, anos sessenta, com Palácio do Catete com Kubitscheck e acenando para ele no Parque Guinle... Para mim era "sobrevivência em 1o lugar", "boa remuneração garantida" em 2o lugar e, em 3o lugar, o que eu gostava mais... Não me tornei engenheiro aeronáutico nem entomologista (o primeiro era dificílimo pois só tinha no ITA e não haviam recursos da família para bancar o melhor curso de pré-vestibular, e qdo soube no Museu Nacional qto ganhava um entomologista joguei a toalha...). Eu sabia que "free enterprise" era coisa de 1o Mundo, aqui só os mais visionários tinham chance, e eu sabia que não era um deles...  :ok:


Gabriel Arieira

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Resposta #4 Online: 15 de Abril de 2016, 17:17:12
eu adoraria ter uma profissão legal, como aqueles caras que testam iates e levam do estaleiro até a marina do comprador.

mas como não posso, me viro com o que tem disponível mesmo. assim como 99.9% da humanidade, imagino eu.

Será que é 99,9% da sociedade mesmo ou será que é uma ilusão criada na sua cabeça pela sociedade ?
O que você pode fazer para chegar no seu sonho ?
Aliás, o que você esta fazendo para conseguir seus sonhos ?
Ou melhor, é este mesmo o seu sonho ?

São perguntas importantes....
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Gabriel Arieira

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Resposta #5 Online: 15 de Abril de 2016, 17:19:46
Olha, aí está uma coisa difícil. Eu sempre eduquei meus filhos dizendo que um dos fatores mais importante, se não o mais importante, é você descobrir "qual é a sua". Se você descobrir cedo qual (is) são seus talentos, tiver chance de persegui-los e conseguir atingir o ponto que você possa trabalhar em algo que faça parte deste grupo de habilidades que são suas, você será feliz, trabalhará com prazer e sucesso e dinheiro serão consequências.

Mas é difícil, muito difícil ter-se estas oportunidades. A vida quase sempre nos leva para outros caminhos e nos desviam de nossas reais potencialidades. Aí esbarramos no que você descreve.

Diogenes,

Será que não é falta de vontade ? São coisas tão complicada não é mesmo ? O que me dá medo é que a vida não é como um jogo de videogame que se pode resetar e tentar de novo, imagina se me arrisco e dá tudo errado. Na verdade acho que essa é uma das travas que fazem com que as pessoas não corram atrás dos sonhos, o famoso medo de dar errado.
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Gabriel Arieira

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Resposta #6 Online: 15 de Abril de 2016, 17:20:51
Coisa dessa geração, Diogenes: lembro-me, qdo era pequeno, sempre sabia o que queria ser. Mudava quase todo dia, mas cada dia, se me perguntassem, sabia exatamente o que queria. Via um filme de guerra, queria ser militar, via um filme da natureza, queria ser biólogo, via passar um caminhão de bombeiros, queria ser bombeiro para "andar pendurado no caminhão"... E por aí vai, anos sessenta, com Palácio do Catete com Kubitscheck e acenando para ele no Parque Guinle... Para mim era "sobrevivência em 1o lugar", "boa remuneração garantida" em 2o lugar e, em 3o lugar, o que eu gostava mais... Não me tornei engenheiro aeronáutico nem entomologista (o primeiro era dificílimo pois só tinha no ITA e não haviam recursos da família para bancar o melhor curso de pré-vestibular, e qdo soube no Museu Nacional qto ganhava um entomologista joguei a toalha...). Eu sabia que "free enterprise" era coisa de 1o Mundo, aqui só os mais visionários tinham chance, e eu sabia que não era um deles...  :ok:

Legal em... e o que você faz hoje ? É fotógrafo ? é uma pessoa realizada ?
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Diogenes

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Resposta #7 Online: 15 de Abril de 2016, 17:33:15
Diogenes,

Será que não é falta de vontade ? São coisas tão complicada não é mesmo ? O que me dá medo é que a vida não é como um jogo de videogame que se pode resetar e tentar de novo, imagina se me arrisco e dá tudo errado. Na verdade acho que essa é uma das travas que fazem com que as pessoas não corram atrás dos sonhos, o famoso medo de dar errado.

Outro dia li algo que diz: Tentar e falhar é, pelo menos, aprender. Não chegar a tentar é sofrer a inestimável perda do que poderia ter sido.

O outro "ditado" que eu conhecia é: É melhor tentar e errar do que não tentar e nunca saber se daria certo. Nem sei bem se é exatamente como eu escrevi, mas ele diz o que você perguntou. Quando me formei na segunda faculdade eu tinha 41 anos! Nunca é tarde para tentar meu amigo.
Se você acha que pode, você tem razão. Se acha que não pode, também tem razão. Você é quem sabe!


Diogenes

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Resposta #8 Online: 15 de Abril de 2016, 17:46:55
Coisa dessa geração, Diogenes: lembro-me, qdo era pequeno, sempre sabia o que queria ser. Mudava quase todo dia, mas cada dia, se me perguntassem, sabia exatamente o que queria. Via um filme de guerra, queria ser militar, via um filme da natureza, queria ser biólogo, via passar um caminhão de bombeiros, queria ser bombeiro para "andar pendurado no caminhão"... E por aí vai, anos sessenta, com Palácio do Catete com Kubitscheck e acenando para ele no Parque Guinle... Para mim era "sobrevivência em 1o lugar", "boa remuneração garantida" em 2o lugar e, em 3o lugar, o que eu gostava mais... Não me tornei engenheiro aeronáutico nem entomologista (o primeiro era dificílimo pois só tinha no ITA e não haviam recursos da família para bancar o melhor curso de pré-vestibular, e qdo soube no Museu Nacional qto ganhava um entomologista joguei a toalha...). Eu sabia que "free enterprise" era coisa de 1o Mundo, aqui só os mais visionários tinham chance, e eu sabia que não era um deles...  :ok:

De fato.
Eu também não tive chance de escolher coisa alguma mas descobri que se você encontrar seu caminho, o sucesso é garantido.
Meu primeiro vestibular foi pra Medicina até que eu descobri que não tinha a menor condição de cursar medicina, fosse pelo preparo mediocre adquirido no ensino de base, nas escolas públicas, fosse pela condição financeira, já que entrar em uma Escola Paulista de Medicina era um sonho absolutamente impossível.
Aí então fiz uma análise crítica e percebi que "meu negócio" eram as exatas, até porque desde muito jovem me virava danda aulas particulares de matemática e física. Dei sorte. Era a minha.
Com meus filhos já fui direcionando para que quando chegassem na hora da decisão, eles estivessem bem preparados para fazê-lo. Parece que escolheram bem.
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Resposta #9 Online: 15 de Abril de 2016, 19:08:43
Ja pararam para pensar que as pessoas estao constantemente tentando fugir desse mundo!? Primeiro com entretenimento, para se destrair da realidade. Depois com dinheiro, que em nossa realidade passa a simbolizar liberdade. E por ultimo, "procurar algo que o realize" pq o mundo/sociedade em si eh negativo, ruim o nos faz mal de alguma maneira.

O interessante eh que querem fugir desse mundo com as ilusoes semeadoras desse mundo. O entretenimento, a procura do sucesso realizador com as conformidades sociais, o conforto material, o anceio consumista, etc.

As pessoas trabalham a maior parte de seus dias, para ter dinheiro que usam para compensar a vida perdida no trabalho, e embutida artificialmente no entretenimento, simbologia material, etc.

O que realmente queremos esta por tras de tudo isso. Queremos que o mundo nos deixe em paz. E queremos expressar nosso instinto social, mas o medo de sermos escluidos socialmente, nos torna escravos de tais anceios que cemeia tal sociedade.

A socializacao esta em torno do dinheiro. Na linguagem da sociedade que vivemos aos olhos dos demais, somos aquilo que temos, e aos nossos olhos somos aquilo que fazemos.

Nao somos livres para simplesmente... Ser. Pq isso passaria a significar ser livre.


felipemendes

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Resposta #10 Online: 15 de Abril de 2016, 19:25:27
[...] mas descobri que se você encontrar seu caminho, o sucesso é garantido.

Não. Não é porque aquele menino leva jeito com computadores que ele vai ser o novo Mark Zuckerberg. Aliás, esse foi um caso em um milhão (ou mais). Mas mesmo ele, que teve um V0 (velocidade inicial) altíssimo, se não tivesse muito trabalho e muito aconselhamento, teria morrido na praia.

A única coisa garantida ao encontrar o caminho é que se aumenta a chance de ser bom naquilo. O que não quer dizer que o mundo ache que aquilo valha a pena pagar. Mas sendo bom em alguma coisa que o mundo ache útil, o sucesso é mais fácil. Ainda assim, depende de vários fatores menos tangíveis: habilidade de relacionamento, senso de oportunidade, etc. Não esquecendo de trabalho, muito trabalho.

Eu hoje penso neste ser mitológico aqui:


Ele tem um corpo de cavalo, que serve basicamente pra carregar peso. Trabalho pesado e repetitivo. Aquilo que gente sonhadora normalmente não gosta de fazer.

E tem uma cabeça humana, pra pensar, imaginar, sonhar, etc. E principalmente pra decidir onde a parte-cavalo vai. Se a parte-humana não decide pra onde vai, quem assume é a parte-cavalo. E essa não escolhe muito pra onde vai. Como também não existe sucesso com uma parte-humana hiper desenvolvida, mas que não consegue carregar carga alguma.

Acho que não há sucesso sem equilíbrio entre a parte-cavalo e a parte-humana.
« Última modificação: 15 de Abril de 2016, 19:26:37 por felipemendes »


efilho

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Resposta #11 Online: 15 de Abril de 2016, 19:32:05
Legal em... e o que você faz hoje ? É fotógrafo ? é uma pessoa realizada ?

Fiz engenharia mecânica, já me aposentei dela e trabalho como consultor de uma firma americana na área de petróleo. Estou bem, filharada formada e independente...  :)


Bucephalus

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Resposta #12 Online: 15 de Abril de 2016, 20:20:38
Acho que existe uma diferença óbvia entre gerações e o ambiente em que cada uma amadureceu.

Gerações passadas passaram por mais dificuldades, e valorizam mais o ganho de capital, o status, a estabilidade, o conservadorismo. Paradoxicalmente, os filhos dessa geração anterior, que cresceram com mais conforto, prezam menos por isso.

E também tem uma questão de sociedade. Você viver um estilo de vida menos conservador parece ser mais difícil no Brasil do que no primeiro mundo, pois certas idéias estão mais enraizadas. Lembro que uma vez, no Brasil, eu sugeri algumas idéias bem simples: diminuir o micromanagement (dar mais liberdades para subordinados fazerem o que quiserem sem o superior ficar coordenando tudo), e remover algumas barreiras do trabalho em escritório, tipo permitindo que pessoas trabalhem de casa, ou não cumpram um horário regimentado no escritório (desde que continuem produzindo resultados), sem horários certos para chegarem ou saírem. Quando sugeri isso, me olharam com uma cara de como se eu fosse um alien que veio ao planeta Terra pra devorar todos os humanos. Até falaram "isso funciona lá no escritório do Google, não aqui". É um medo gigante de sair dos padrões, incrível.

Então acho que no Brasil um monte de gente cai na mesmisse, não sonha alto, aposta no conservdorismo e na estabilidade, segue o resto da manada e vive anestesiado feito um zumbi que só segue ordem e vai sendo empurrado pela maré. Só ver o número de pessoas que querem ser funcionários públicos. Ou o monte de gente que não quer nem ao menos mudar da cidade onde vive, e ainda menos do país. É uma placidez gigante, que acredito ter uma raiz cultural, e que é ainda pior na geração anterior.
« Última modificação: 15 de Abril de 2016, 20:24:42 por Bucephalus »


felipemendes

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Resposta #13 Online: 15 de Abril de 2016, 22:37:51
Gerações passadas passaram por mais dificuldades, e valorizam mais o ganho de capital, o status, a estabilidade, o conservadorismo. Paradoxicalmente, os filhos dessa geração anterior, que cresceram com mais conforto, prezam menos por isso.

Acho que quem não preza por isso é porque não consegue conceber um mundo sem estas coisas. Na minha opinião, é o garoto que acha que o trabalho tem que ser uma extensão de casa, e que em casa não lava um prato ou uma roupa.

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Quando sugeri isso, me olharam com uma cara de como se eu fosse um alien que veio ao planeta Terra pra devorar todos os humanos. Até falaram "isso funciona lá no escritório do Google, não aqui". É um medo gigante de sair dos padrões, incrível.

A empresa onde eu trabalhava no Brasil é bastante moderna. Queriam implementar estas ideias. Na verdade, várias delas estão implementadas: horário flexível, academia, lanchonete, lounge. Mas sabe o que acontece? As leis trabalhistas acontecem. Não dá pra fazer banco de horas. Não dá pra liberar mais cedo na sexta-feira. Não dá pra trabalhar de casa, porque o sindicato não permite.

Citar
Então acho que no Brasil um monte de gente cai na mesmisse, não sonha alto, aposta no conservdorismo e na estabilidade, segue o resto da manada e vive anestesiado feito um zumbi que só segue ordem e vai sendo empurrado pela maré. Só ver o número de pessoas que querem ser funcionários públicos. Ou o monte de gente que não quer nem ao menos mudar da cidade onde vive, e ainda menos do país. É uma placidez gigante, que acredito ter uma raiz cultural, e que é ainda pior na geração anterior.

Concordo em parte. Ultimamente vejo muita gente querendo sair do país. O problema é só querer ir pros EUA e Europa, quando tem oportunidades na África e Canadá. Só que não é em Toronto, mas lá em Yukon.


Renato Cavalcante

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Resposta #14 Online: 15 de Abril de 2016, 23:27:37
Galera, como dizia minha vó: "cada um é cada um".
- Tem gente que é feliz num emprego estável e ponto final. Mesmo sabendo que o sonho era ser astronauta, ou fotógrafo, músico, ou o que for. Estando com rotina estável e ok financeiramente, tá tudo certo. Conheço vários assim.
- Tem gente que mesmo ganhando rios de dinheiro, se não estiver gastando seu dia-a-dia com sua paixão, é infeliz. É meu caso. Prefiro viver uma vida mais simples passando meus dias fazendo o que eu curto, do que ganhar mais grana e ficar 8hs por dia dentro de um escritório.

Outro dia eu estava conversando sobre isso com um amigo meu que é um excelente videomaker. Ele é cadastrado aqui no forum mas acho que entra pouco (né Henrique haehaheahhehe). Ele já fez alguns eventos comigo. Eu sei que ele gosta. Mas tem lá seu emprego estável na área de TI e não investe tanto assim na filmagem. Pra ele está bem assim.
Já eu, sofro profundamente quando tenho que fazer algo que não é relacionado à fotografia. E quando estou trabalhando com fotografia às vezes trabalho 18 horas seguidas e vou dormir com um sorriso no rosto sem nem pensar em dinheiro.
"cada um é cada um".
Mas uma coisa é fato: a geração que cresceu depois do início da internet tem uma visão mais ampla do mundo e das possibilidades e isso faz com que sejam menos "conformados" com certas circunstancias da vida. Não acho que é ilusão como alguns falaram.
Não é preciso ser Sebastião Salgado para viver de fotografia.
Não é preciso ser o Rolling Stones pra viver de música.
Não é preciso ser o Zuckerberg pra criar algo relevante no mundo da informática.
Tem muita, mas muita gente bem sucedida fazendo aquilo que você gostaria de estar fazendo, mesmo sem ser uma pessoa famosa. Pense nisso.
Muita gente pensa que se é muito difícil ser o melhor do mundo na área que gosta, é melhor ir fazer outra coisa só pra pagar as contas.. E esse é um pensamento muito conformista. É desistir sem tentar. É ser medíocre. É se conformar em levar uma vida morna.
« Última modificação: 15 de Abril de 2016, 23:29:15 por Renato Cavalcante »
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