Autor Tópico: A luz dos grandes artistas  (Lida 3396 vezes)

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Resposta #15 Online: 26 de Julho de 2016, 18:28:03
Veja os quadros do Dega, como tem influencia da fotografia em seu enquadramento. Tambem vejam a luz e sombra nas bailariras em direcao contraria a janela.



Veja essa luz, que na fotografia muitos cairiam matando na critica (tambem do Dega):










Agora vamos ver umas de Rembrandt, que apesar de ser aclamado pelo um metodo de angulo de luz em relacao ao angulo do rosto, que inspiraram tantos artistas e fotografos ate hoje, muitas de suas pinturas tambem tiveram luzes que na fotografia muitos nao aceitariam:





Vamos agora ver Caravaggio e os olhos de panda:









Se entrarmos na questao dos retratos subexpostos entao, vishhhh sao tantos:






Obviamente, existem muitas pinturas com luzes super inspiradoras de dar orgulho aos fotografos criticos na internet. Mas em geral fotografos nao muito sensiveis a tais regras de luz em retratos. O que na pintura eh atraente por lembrar ou assemelhar uma luz realista e precisa, na fotografia eh considerado uma luz desatenta e mal iluminada.


Eu nao quero dizer com isso que tais fotografos criticos tem razao. As vezes sim e as vezes nao, tudo depende do contexto, mensagem ,etc.

Eu mesmo fotofrafo com luzes que desagradam muitos fotografos, mas para quem se limita a seguir regras incondicionais, tudo eh valido:







Obviamente nao eh preciso se limitar a buscar inspiracoes somente em artistas com influencias barrocas, onde contraste de luz e formas sao exaltados, ou nos modernistas.

Pinturas Quattrocentos, que a grosso modo foi um mix da arte bizantina com influencia da arte greco-romana, eh a epoca que comecam a explorar as possibilidades do contraste de luz e sombra, para um resultado mais dimencional. Apesar de nao serem luzes baseadas na luz natural em geral ou em grande parte, principalmente quando se trata de retrato externo, ja que ninguem saia para pintar la fora ou na janela:





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Resposta #16 Online: 27 de Julho de 2016, 06:45:30
Acho que falei demais e nao deixei claro o que realmente quis dizer:

Se for ficar procurando inspiracoes em pinturas baseados no padrao e aceitacao popular fotografica, acho desnecessario ficar querendo ver em outra midia e epoca o que ja se tanto ve na fotografia atualmente.

Mas se for buscar indpiracoes para executar e exercitar algo novo, nesse caso a busca por inspiracao nao tem limite, quanto mais abeto as diferentes possibilidades de diferentes epocas e midias, melhor.


hribeiro

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Resposta #17 Online: 28 de Julho de 2016, 08:10:07

Eu nao quero dizer com isso que tais fotografos criticos tem razao. As vezes sim e as vezes nao, tudo depende do contexto, mensagem ,etc.



Concordo plenamente.
Helvio

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Resposta #18 Online: 28 de Julho de 2016, 19:49:16

Concordo plenamente.


No entanto eu devo falar muita merda... A galera ficou calada apos meu post... No outro topico a mesma coisa...

 :D


bruno_sfc

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Resposta #19 Online: 28 de Julho de 2016, 20:39:38

No entanto eu devo falar muita merda... A galera ficou calada apos meu post... No outro topico a mesma coisa...

 :D

Seu raciocínio não é errado.

Dito isto, eu prefiro pensar em ver a fotografia como forma de comunicação. E a melhor maneira de comunicar, antes de mais nada, é fazer algo ter sentido. De certa maneira, fazendo uma analogia meio grosseira, é como se além do contexto, a forma (estética) seguisse uma função (conteúdo). O que a arte nos ensina é que nenhuma escola veio apenas para contestar/inovar esteticamente. Penso mais na arte como uma fonte de questionamento do que uma fonte de "inspiração" pictórica. Os (poucos) quadros do Vermeer me prendem não só pela beleza de composição, cores, expressões — e claro, jogo entre luz e sombra; o que me prende é o que quase não se explica: sua fascinação pelo cotidiano, as belezas captadas pelo inusitado/comum, o que ele trouxe no questionamento (subversivo?) da arte holandesa da época. O que deve nos estimular sempre é a busca por um significado e equilíbrio entre o desenvolvimento imagético e sua colocação conceitual dentro de uma busca intrapessoal.


lee.

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Resposta #20 Online: 28 de Julho de 2016, 20:41:42

No entanto eu devo falar muita merda... A galera ficou calada apos meu post... No outro topico a mesma coisa...

 :D

injeta uma carga de polêmica que funciona. Experiência própria  :assobi:
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Resposta #21 Online: 29 de Julho de 2016, 02:16:54
Seu raciocínio não é errado.

Dito isto, eu prefiro pensar em ver a fotografia como forma de comunicação. E a melhor maneira de comunicar, antes de mais nada, é fazer algo ter sentido. De certa maneira, fazendo uma analogia meio grosseira, é como se além do contexto, a forma (estética) seguisse uma função (conteúdo). O que a arte nos ensina é que nenhuma escola veio apenas para contestar/inovar esteticamente. Penso mais na arte como uma fonte de questionamento do que uma fonte de "inspiração" pictórica. Os (poucos) quadros do Vermeer me prendem não só pela beleza de composição, cores, expressões — e claro, jogo entre luz e sombra; o que me prende é o que quase não se explica: sua fascinação pelo cotidiano, as belezas captadas pelo inusitado/comum, o que ele trouxe no questionamento (subversivo?) da arte holandesa da época. O que deve nos estimular sempre é a busca por um significado e equilíbrio entre o desenvolvimento imagético e sua colocação conceitual dentro de uma busca intrapessoal.
Sem duvida fotografia eh comunicacao visual.


Claudio Barros

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Resposta #22 Online: 02 de Agosto de 2016, 15:47:42
Esse tipo de conversa, debate, só enriquece o aprendizado.
Deveriam ter mais por aqui