Bom saber que por aqui tem quem aprecie esse tipo de viagem. Os registros tem q ser muito rápidos, infelizmente em situaçoes como dessa travessia, fotografar era totalmente secundário, sem chance de preparos, tripés, filtros, longas exposiçoes.. Era andar e chegar rapidinho no objetivo do dia, preservar a pele (e o resto) em primeiro lugar
. Normalmente qdo chegava no objetivo do dia tinha q aproveitar a luz para montar a barraca, protege-la do vento, cozinhar e por ai vai.. Mesmo assim consegui clicar, mesmo q precariamente.. O visual é maravilhoso, dos mais belos que já vi, mas tive muiita sorte de ter pego tempo bom nos primeiros 3 dias, a parte mais importante da travessia. Com mal tempo o paraíso vira o pior dos infernos, acreditem.. Vi pessoalmente em outra oportunidade qdo voltei para lá.
Agradeço ao
cfcsosa, Lee e Tarcisioal pelos comentários.
Só de ler seu relato e ver suas fotos minha alma se espraia. Como desejei ter saúde física para sair em aventuras pelo mundo. Só tive uma única chance aos 24 anos, foi no ano de 1996 e não consegui cumprir a meta que era fazer o circuito do bicho-grilo. Partir de São Paulo costear o Brasil até Belém, seguir de Belém até Manaus pelo rio Amazonas e de Manaus voltar para São Paulo de Avião. Iniciei indo ao extremo sul do Rio de Janeiro, lá contratei como escudeiro, um garotinho de traços indígena morador dos brejos de Parati, então partimos com minha carga de prata, palha, linhas, vendendo artesanato em diversas cidades pela costa brasileira, mirando Belém do Pará, fomos subindo lentamente. Porém, depois de oito meses de viajem nós ainda estávamos na Paraíba. Mas lá na Paraíba eu fiquei muito doente e precisamos iniciar retorno para São Paulo com urgência, levamos mais três meses para retornar para São Paulo. Depois disso encerei minha amada vida de caixeiro-viajante.
Obrigado por dividir conosco o registo de sua aventura, Angelone!
Rapaz, voce fez o que pouquissimos já fizeram e certamente foi uma experiencia que ficou marcada, positivamente, para sempre. Nao tem coisa melhor do que viajar, sair da rotina, enfrentar dificuldades e supera-las, conhecer pessoas e se desligar um pouco do artificialismo da vida urbana, que o contato com culturas mais tipicas e natureza mais selvagem proporciona. Não necessariamente a vida de "caixeiro-viajante", ou viajante profissional, nos trará a felicidade como imaginamos. Sempre poderemos dar nossas escapadas, mesmo se a saúde nao ajuda muito, pois ela faltará, inexoravelmente, pq o desgaste da "máquina" com o tempo é invevitável, mas o importante é aproveitarmos enquanto ela funciona, mesmo que nao plenamente
Cara: Animal!! Parabéns tanto pelas fotos quanto pela atividade!
Em muitos comentários teus à respeito do lugar percebi uma leve semelhança com os pontos altos aqui da serra, é claro, aqui tudo é bem menos complexo e perigoso, pois existem trilhas, estradas, moradores, e a própria geologia e clima não são tão extremos.
Ainda pretendo fazer uma travessia dessas, ou na Patagônia ou ( preferencialmente ) Yosemite.
Obrigado por compartilhar!
É um prazer poder compartilhar e saber que tem quem curta essas atividades e lugares. O clima no Brasil é infinitamente mais ameno que na patagonia, mas mal tempo por aqui pode virar inferno também. Além disso temos matas fechadas, espinhos, bambuzinhos, rios etc.. dificuldades que nao encontramos na Patagonia.. Menos mal que, normalmente, nao temos ventos animais, ufa! isso é tenebroso.. Lembro-me bem de uma travessia que fiz por dentro do canion de Itaimbezinho, faz temmmpo, foi fantástica: começamos no parque e terminamos em um povoado chamado Praia Grande de onde seguimos para Torres. Nossa preocupaçao na ocasião era pegar alguma "cabeça-d'agua" ou quebrar algum osso nas pedras lisas do rio. Já fiz também uma travessia na Serra do Quiri, muito interessante. As serras e canions do sul são paisagens únicas, temos valoriza-las e fotografa-las
Yosemite deve ser uma beleza, menos os ursos, que prefiro ver no zoológico