Autor Tópico: Lee Jeffries  (Lida 2286 vezes)

banzai

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Resposta #15 Online: 28 de Outubro de 2016, 17:14:11
Eu enxergo o tratamento como parte essencial no processo de criação da foto. Tratamento não é um plus. Não gosto muito desse argumento de "a foto sem tratamento ficaria legal?". Analogamente a isso, seria como perguntar se uma casa ficaria bonita sem o acabamento (piso, pintura, decoração).

Eu adorei as fotos. São retratos bem expressivos, não só pela luz e tratamento (que ressaltam características importantes nos retratos), como os próprios retratados são muito expressivos por si só. Ótima série!!!

É interessante a forma como ele retrata os sem tetos. Geralemente, a grande maiora os fotografa de longe, sem chamar atenção, transparecendo na fotografia um distanciamento já existente entre sem tetos e "nós". Fotografar tão perto (não só pelo close como por terem sido feitas com grande angular) nos aproxima dessas pessoas, devolvendo na foto a condição de humano deles.
Cara e da pra ver q ele não só chegou perto, mas como teve um contato muito próximo com a pessoa, ele os fotografa como se conhecesse esse pessoal.
É muito mais do que simplesmente parar na rua tirar a foto, e vazar. E muito mais do que só registrar as pessoas, é trata-las como pessoas.


Rafa_Meira

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Resposta #16 Online: 28 de Outubro de 2016, 17:15:03
Cara e da pra ver q ele não só chegou perto, mas como teve um contato muito próximo com a pessoa, ele os fotografa como se conhecesse esse pessoal.
É muito mais do que simplesmente parar na rua tirar a foto, e vazar. E muito mais do que só registrar as pessoas, é trata-las como pessoas.

Exatamente isso. Mas eu quero dizer que ele deixou isso transparecer nas fotos.
 :ok:
« Última modificação: 28 de Outubro de 2016, 17:15:33 por Rafa_Meira »


banzai

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Resposta #17 Online: 28 de Outubro de 2016, 17:26:19
Exatamente isso. Mas eu quero dizer que ele deixou isso transparecer nas fotos.
 :ok:
Sim, eu acho que é uma situação tão extrema dessas pessoas, que ele tirou a foto ja com o propósito de fazer a pós do mesmo jeito extremo tambem, pra criar um impacto a mais pra quem vê.


Bucephalus

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Resposta #18 Online: 28 de Outubro de 2016, 18:25:04
Eu enxergo o tratamento como parte essencial no processo de criação da foto. Tratamento não é um plus. Não gosto muito desse argumento de "a foto sem tratamento ficaria legal?". Analogamente a isso, seria como perguntar se uma casa ficaria bonita sem o acabamento (piso, pintura, decoração).

Entendo a sua opinião, mas não sei como ela invalida o que eu disse. Eu disse que as fotos dele parecem ter como assunto principal o tratamento, e não as pessoas. Usando a sua analogia arquitetônica, você poderia dizer que as fotos dele são como uma casa que tem um projeto de engenharia e arquitetura abaixo do ideal, e que muito mais esforço e dinheiro foram usados pra criar o acabamento da casa.

Fotografar moradores de rua é o famoso low hanging fruit (uso inglês porque não sei de um equivalente em português); é o assunto apelativo e fácil se a pessoa quer criar ARTE ou fotografias SÉRIAS que fazem as pessoas PENSAREM, #emoções, #reflitam. É fácil para o fotógrafo captar a imagem e é fácil pro observador compreender, pois não existe nenhuma nuance ou subjetividade, são literalmente pessoas pobres e cujos efeitos da pobreza podem ser vistos nos rostos deles, que foram ainda mais reforçados pelo tratamento exagerado. Tipo, mais direto e óbvio que isso só se ele fotografasse uma placa dizendo "pobreza é horrível".


Rafa_Meira

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Resposta #19 Online: 28 de Outubro de 2016, 18:45:00
Entendo a sua opinião, mas não sei como ela invalida o que eu disse. Eu disse que as fotos dele parecem ter como assunto principal o tratamento, e não as pessoas. Usando a sua analogia arquitetônica, você poderia dizer que as fotos dele são como uma casa que tem um projeto de engenharia e arquitetura abaixo do ideal, e que muito mais esforço e dinheiro foram usados pra criar o acabamento da casa.

Fotografar moradores de rua é o famoso low hanging fruit (uso inglês porque não sei de um equivalente em português); é o assunto apelativo e fácil se a pessoa quer criar ARTE ou fotografias SÉRIAS que fazem as pessoas PENSAREM, #emoções, #reflitam. É fácil para o fotógrafo captar a imagem e é fácil pro observador compreender, pois não existe nenhuma nuance ou subjetividade, são literalmente pessoas pobres e cujos efeitos da pobreza podem ser vistos nos rostos deles, que foram ainda mais reforçados pelo tratamento exagerado. Tipo, mais direto e óbvio que isso só se ele fotografasse uma placa dizendo "pobreza é horrível".

Entendo seu ponto de vista tb, e faz sentido sim.

Ai já entra no gosto pessoal. Eu gostei do assunto da foto, que já não lhe agradou.

 :) :) :)


Bucephalus

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Resposta #20 Online: 28 de Outubro de 2016, 19:04:21
Sim, concordo que é uma questão que se reduz ao gosto pessoal. Cada pessoa tem uma sensibilidade (odeio essa palavra), valores e experiências distintas que impactam o que é visto e o que se escolhe apreciar.


C R O I X

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Resposta #21 Online: 28 de Outubro de 2016, 19:38:59
Esse trabalho dele nao eh minha praia pq eu nao sou interessado no tema e nem gosto do "hiper realismo" na pos producao.

Se ele eh o unico ou apenas mais um, por mim tanto faz.