Álvaro. O 16:9 é mais inclusivo porque ele completa mais o campo de visão do observador. Usado em GAs, por exemplo, voc~e tem forte tridimensionalidade, com objetos em planos diferentes, e essa tridimensionalidade o coloca dentro da cena. Em oposição, um formato como o 3:4 é muito difícil de usar de forma inclusiva (estou aprendendo ser possível, contudo). Ele reuzindo a largura da foto a torna na contemplação menor do que a abrangência do olhar, voc~e não entra no ambiente, você o vê de fora.
Mais grave ainda é se usar tele, pois essa planifica a fotografia, diminui a separação de planos, e aí a foto fica "vista da janela" e não de dentro do ambiente.
No formato 16:9 você pode ter uma cena começando do lado esquerdo e desenvolvendo-se para o direito existindo a possibilidade de lê-la aos poncos, como se voc~e estivesse lá. A leitura do espaço fica quase como se estivesse no ambiente real e fosse virando a vista para examiná-lo.
Há um artista plástico do movimento pop inglês chamado Alvin Allen. Eu vi uma exposição dele aqui no MAM do Rio e uma das obras era uma gravura na qual narrava uma cena de teatro. A gravura começava do lado esquerdo com uma cena do corredor fora do camarote, mostrava o camarote, mostrava a platéia, mostrava o palco, à medida em que ia chegando para a direita. Ele assim narrava um ambiente completamente, e com as facilidades do desenho ele desenvolia dentro da gravura uma história, com pessoas, as mesmas, aparecendo no corredor, depois desenhadas no camarote, etc. Ao ver a gravura entrávamos na história, entrávamos na narrativa. Assim funciona o formato largo.
Depois vou achar umas fotos feitas com essa lumix onde essa característica fica bem evidente e posto aqui para lhe mostrar.