Autor Tópico: Tratamento/Pós produção - Até que ponto é aceitável?  (Lida 9924 vezes)

cfcsosa

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Resposta #90 Online: 29 de Agosto de 2016, 11:12:50
Até hoje não entendo como as pessoas separam tanto assim o LR do PS.
Já falei alguma vezes aqui no fórum, mas vamos lá.
O LR, nada mais é que um organizador/visualizador de fotos como o Bridge com o plugin do PS Camera RAW (necessários para abrir os arquivos em RAW) embutido.
Ou seja, a Adobe apenas incorporou um software melhorado de visualização com o plugin já existente no PS.

Sinceramente não sei nada sobre PS, então posso afirmar que não necessito de nada que ele oferece que eu já não tenha com o LR. Não houve até hoje situação em que eu pensasse: Poxa, o LR não me atende nisso. Geralmente eu não sei fazer e quando busco a informação, alguém já sabe como implementar na ferramenta.


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ronaldom1

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Resposta #91 Online: 29 de Agosto de 2016, 11:19:10
Respondendo ao tópico:

Em minha opinião não há limite, o que está em jogo é se o nível de pós/tto atendeu ou não a demanda ou objetivo daquela foto... isso é pessoal e sem limite universal.
Se o objetivo for demonstrar uma cena surreal com gama dinâmica ampla o HDR pode fazer sentido, se o objetivo for evidenciar o sofrimento do sertanejo - o uso exagerado do clarity - pode fazer sentido; se o objetivo for chocar e causar reflexão a "montagem" da cena pode fazer sentido - e por aí vai.
Pessoalmente, não gosto de alguns estilos de tto ou manipulações, mas entendo que eles atendem a determinados objetivos, quando bem empregados.

Observar os detalhes da vida: o céu, o sol, as expressões e olhares... fotografar é viver intensamente !

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ronaldom1

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Resposta #92 Online: 29 de Agosto de 2016, 11:23:43
Em relação aos softwares, em minha cabeça por muito tempo Photoshop = manipulação, montagem, retirar objetos, inserir pessoas, emagrecer, criar maquiagem, etc... acho que a confusão foi tanta que até o verbo "photoshopar" foi criado.

Hoje percebo o engano que cometia, em verdade ele permite ajustes mais profundos e precisos, após a revelação do raw pelo ACR, melhor controle e variadas técnicas para sharpening, melhor controle das cores, uso do modo L.a.b etc...

Não uso muito por pura ignorância e pouca familiaridade com o mesmo... acho que o estudo mais aprofundado será importante, afinal melhor ter um número mais amplo de opções e saber quando utilizá-las.
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nandoespinosa

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Resposta #93 Online: 29 de Agosto de 2016, 13:08:57
Até hoje não entendo como as pessoas separam tanto assim o LR do PS.
São coisas bem distintas Rodrigo.. O ADOBE camera raw é um dos pontos em comum dos dois softwares..
Acho que, no geral, se atribui o Photoshop a um maior grau de interferência na imagem, o que nem sempre é verdade.
No meu caso, uso quase exclusivamente o LR por achar mais leve e por ter menor conhecimento no Photoshop. Pra mim, a única utilidade é para apagar objetos indesejados de forma mais precisa e com melhor resultado do que com o LR.


Lucas M. Dias

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Resposta #94 Online: 29 de Agosto de 2016, 13:13:31
Respondendo ao tópico:

Em minha opinião não há limite, o que está em jogo é se o nível de pós/tto atendeu ou não a demanda ou objetivo daquela foto... isso é pessoal e sem limite universal.
Se o objetivo for demonstrar uma cena surreal com gama dinâmica ampla o HDR pode fazer sentido, se o objetivo for evidenciar o sofrimento do sertanejo - o uso exagerado do clarity - pode fazer sentido; se o objetivo for chocar e causar reflexão a "montagem" da cena pode fazer sentido - e por aí vai.
Pessoalmente, não gosto de alguns estilos de tto ou manipulações, mas entendo que eles atendem a determinados objetivos, quando bem empregados.

Estava lendo umas discussões sem fundamento e ia comentar exatamente isso, obrigado por me poupar tempo! :D :ok:


C R O I X

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Resposta #95 Online: 29 de Agosto de 2016, 14:09:27
Respondendo ao tópico:

Em minha opinião não há limite, o que está em jogo é se o nível de pós/tto atendeu ou não a demanda ou objetivo daquela foto... isso é pessoal e sem limite universal.
Se o objetivo for demonstrar uma cena surreal com gama dinâmica ampla o HDR pode fazer sentido, se o objetivo for evidenciar o sofrimento do sertanejo - o uso exagerado do clarity - pode fazer sentido; se o objetivo for chocar e causar reflexão a "montagem" da cena pode fazer sentido - e por aí vai.
Pessoalmente, não gosto de alguns estilos de tto ou manipulações, mas entendo que eles atendem a determinados objetivos, quando bem empregados.
Ou seja, se cumprio o objetivo do trabalho. O que faz o objetivo do trabalho ser o limite, por mais que nao haja limite para objetivos. E espero que isso possa ser entendido para quem esta lendo.

Mas o que acontece com a maioria dos hobbistas e amadores, eh o fato de nao haver objetivo alem de "parar quando ficar eu conseguir fazer algo que me impressione" (o que eh diferente de parar quando ficar bom) o que frequentemente sugnifica um resultado funk.

Entao as pessoas podem falar que gosto eh pessoal e que resultado nao tem limite. E sim, gosto eh pessoal e nao tem limite. Mas isso esta longe de signinificar que o bom para fulalo seja bom. Pode ser bom para ele mas nao significa que seja bom.

E isso entra na questao do topico que abri antes, falando de gosto vs qualiade. E como eu havia dito. Gosto e qualidade sao coisas distintas. Eu posso gostar de algo sem qualidade e ver qualidade em algo que eu nao gosto.

Gosto nao eh algo que vem do nada. Gosto eh experiencia e educacao, e saber ver qualidade eh educacao.

E qualidade esta naquilo que cumpre seu papel efetivamente. Ao qual podemos ou nao gostar.



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Resposta #96 Online: 29 de Agosto de 2016, 15:39:49
Ou seja, se cumprio o objetivo do trabalho. O que faz o objetivo do trabalho ser o limite, por mais que nao haja limite para objetivos. E espero que isso possa ser entendido para quem esta lendo.

Mas o que acontece com a maioria dos hobbistas e amadores, eh o fato de nao haver objetivo alem de "parar quando ficar eu conseguir fazer algo que me impressione" (o que eh diferente de parar quando ficar bom) o que frequentemente sugnifica um resultado funk.

Entao as pessoas podem falar que gosto eh pessoal e que resultado nao tem limite. E sim, gosto eh pessoal e nao tem limite. Mas isso esta longe de signinificar que o bom para fulalo seja bom. Pode ser bom para ele mas nao significa que seja bom.

E isso entra na questao do topico que abri antes, falando de gosto vs qualiade. E como eu havia dito. Gosto e qualidade sao coisas distintas. Eu posso gostar de algo sem qualidade e ver qualidade em algo que eu nao gosto.

Gosto nao eh algo que vem do nada. Gosto eh experiencia e educacao, e saber ver qualidade eh educacao.

E qualidade esta naquilo que cumpre seu papel efetivamente. Ao qual podemos ou nao gostar.


Quase criei um tópico só pra falar disso uns tempos atrás. Sempre me pareceu que a palavra "gosto" foi usado de forma muito banal. Mais para se defender e encerrar uma discussão que continuar um debate.

Gosto x Qualidade... bem interessante.

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hribeiro

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Resposta #97 Online: 29 de Agosto de 2016, 19:23:47
Até hoje não entendo como as pessoas separam tanto assim o LR do PS.
Já falei alguma vezes aqui no fórum, mas vamos lá.
O LR, nada mais é que um organizador/visualizador de fotos como o Bridge com o plugin do PS Camera RAW (necessários para abrir os arquivos em RAW) embutido.
Ou seja, a Adobe apenas incorporou um software melhorado de visualização com o plugin já existente no PS.


Não entendi o uso da palavra separação, embora seja dois programas "diferentes" de uma mesma empresa.
Na verdade o LR e o PS são complementares, quando se está no LR pode-se usar o PS clicando em um atalho desde que ambos os programas estejam instalados.
Mas o meu caso não chegou nesse ponto porque (acho que) ainda tenho um bocado a aprender no LR.
Quando eu acreditar que ele não mais me atende vou buscar recursos no PS ou em outro qualquer que me possa resolver minha demanda.
Será questão de tempo e necessidade. Hoje não preciso ainda da força do PS.
Helvio

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hribeiro

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Resposta #98 Online: 29 de Agosto de 2016, 19:48:21

Mas o que acontece com a maioria dos hobbistas e amadores, eh o fato de nao haver objetivo alem de "parar quando ficar eu conseguir fazer algo que me impressione" (o que eh diferente de parar quando ficar bom) o que frequentemente sugnifica um resultado funk.

Essa afirmação está baseada em seu gosto pessoal.

Entao as pessoas podem falar que gosto eh pessoal e que resultado nao tem limite. E sim, gosto eh pessoal e nao tem limite. Mas isso esta longe de signinificar que o bom para fulalo seja bom. Pode ser bom para ele mas nao significa que seja bom.

E isso entra na questao do topico que abri antes, falando de gosto vs qualiade. E como eu havia dito. Gosto e qualidade sao coisas distintas. Eu posso gostar de algo sem qualidade e ver qualidade em algo que eu nao gosto.

Isso eu concordo em parte. Como comprovar que uma coisa subjetiva tem mais ou menos qualidade?

Gosto nao eh algo que vem do nada. Gosto eh experiencia e educacao, e saber ver qualidade eh educacao.

E qualidade esta naquilo que cumpre seu papel efetivamente. Ao qual podemos ou nao gostar.

Aí está o problema. Definir qualidade nem sempre é fácil.
O que tem qualidade para um pode não ter para outro.

Eu detesto funk e musica do tipo da banda Calypso, por exemplo. Acho que não tem qualidade.
Mas qualidade para minha educação musical, para meu gosto pessoal. Para outras pessoas ela tem...
E fica complicado discutir se tem ou não. Definir esse tipo de qualidade de forma absoluta.
No caso eu prefiro dizer que a qualidade da banda Calypso não me atende.

Quando é possível testar algo com os mesmos padrões e objetivos é facil definir a qualidade. A coisa vai atender melhor ou pior os padrões. Quando isso é subjetivo fica cientificamente difícil essa comprovação.
Helvio

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robertostrabelli

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Resposta #99 Online: 29 de Agosto de 2016, 20:07:49
Muito bacana esse tópico :ponder:

Fazendo analogia com música, que é algo que entendo mais que fotografia.

Hoje qualquer um grava um disco em casa, usando equipamento mínimo e barato junto com softwares poderosos. Então você consegue corrigir erros diversos, inclusive afinação dos instrumentos e da voz. Consegue posicionar um instrumento para que ele soe como se estivesse sendo tocado num determinado ambiente, usando um determinado amplificador e efeito. Em suma, consegue alterar drasticamente qualquer som captado e criar sons novos. Se você for bom nos cliques, pode inclusive criar música sem saber tocar nenhum instrumento. Muita gente vê isso como jogo sujo, não é músico de verdade etc.

Então entre os músicos de jazz que gravavam discos inteiros num take só usando simplesmente um microfone e um gravador e o meu amigo Luan Santana que sozinho mal sabe tocar um violão existe um oceano de diferença. Todos fazem música, ninguém vai negar, né?

Acho que fotografia é parecido. Se você não tem imaginação, domínio do seu equipamento e/ou técnicas boas o suficiente pra captar a foto do jeito que você quer, você pode construí-la depois no mundo mágico do processamento digital.

Acho válido usar todas as ferramentas disponíveis para criar coisas bonitas, mesmo que fiquem muito diferentes da fonte original, porém acho que tem que ficar bem claro que uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.

Em fotografia, com raras exceções, pra mim saiu do camera raw tá pronto, só vale um recorte e redimensionamento no photoshop e olhe lá. Se alterar muito vira ilustração, desenho, sei lá. Não que não tenha valor, mas não pode ser chamado de fotografia.

Já na música vale tudo, belê? :assobi:


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Resposta #100 Online: 30 de Agosto de 2016, 02:26:07

Essa afirmação está baseada em seu gosto pessoal.
Nao eh. Resultado funk eh resultado funk assim como resultado leve eh resultado leve. Meu gosto pessoal nao tem haver com o resultado mas somente se gosto ou nao do resultado.
Meu gosto nao foi demonstrado na minha afirmacao.

Isso eu concordo em parte. Como comprovar que uma coisa subjetiva tem mais ou menos qualidade?
qualidade nao eh subjetivo. Resultados atendem ou nao suas propostas. Tem ou nao sucesso em suas propostas.

Gosto eh subjetivo e isso as pessoas confundem com qualidade, pq nao olham para os resultados avaliando suas finalidades e funcoes, mas somente se gostam do resultado.

Aí está o problema. Definir qualidade nem sempre é fácil.
O que tem qualidade para um pode não ter para outro.
De fato definir qualidade nem sempre eh facil. Que em outras palavras signidica que entender se algo atinge seu objetivo com sucessso nem sempre eh facil.

Quanto mais experiencia, estudo e dominio de uma area, mais facil para a pessoa definir qualidade. E vice-versa.

O que pode ser entendido por um e nao por outro nao eh problema na ambito de definir qualidade mas na disparidade de informacao sobre a obra, conhecimento na area e experiencia, entre uma pessoa e outra.


Eu detesto funk e musica do tipo da banda Calypso, por exemplo. Acho que não tem qualidade.
Mas qualidade para minha educação musical, para meu gosto pessoal. Para outras pessoas ela tem...
E fica complicado discutir se tem ou não. Definir esse tipo de qualidade de forma absoluta.
No caso eu prefiro dizer que a qualidade da banda Calypso não me atende.

Apenas o ultimo paragrafo eu concordo. Vc pode dizer que a qualidade de algo nao te atende. Nao por ter ou nao qualidade mas pq vc nao gosta ou nao faz parte do resultado que te atende.

Eu nao gosto de musica funk, pq eu nao vivo a realidade, mentalidade e situacao ao qual a musica funk atende e se propoem. Mas musicas funk que executam bem aquilo que se propoem tem qualidade, eu gostando ou nao.



Quando é possível testar algo com os mesmos padrões e objetivos é facil definir a qualidade. A coisa vai atender melhor ou pior os padrões. Quando isso é subjetivo fica cientificamente difícil essa comprovação.

Obvio. Eh mais dificil comparar as qualidades entre coisa distintas.

Comparar qualidade entre o que fazem parte da mesma coisa eh mais facil.

Mas comparar qualidade entre duas coisas, nao diz nada se uma ou outra eh boa ou ruim, apanas diz qual a melhor e pior.

O que eh melhor?  Impressionismo ou arte medieval?  A resposta depende da pergunta: Melhor para que? Ambos sao bons para o que se propoem e a proposta de ambas as artes eh distinta.


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Resposta #101 Online: 30 de Agosto de 2016, 02:39:50
Muito bacana esse tópico :ponder:

Fazendo analogia com música, que é algo que entendo mais que fotografia.

Hoje qualquer um grava um disco em casa, usando equipamento mínimo e barato junto com softwares poderosos. Então você consegue corrigir erros diversos, inclusive afinação dos instrumentos e da voz. Consegue posicionar um instrumento para que ele soe como se estivesse sendo tocado num determinado ambiente, usando um determinado amplificador e efeito. Em suma, consegue alterar drasticamente qualquer som captado e criar sons novos. Se você for bom nos cliques, pode inclusive criar música sem saber tocar nenhum instrumento. Muita gente vê isso como jogo sujo, não é músico de verdade etc.

Então entre os músicos de jazz que gravavam discos inteiros num take só usando simplesmente um microfone e um gravador e o meu amigo Luan Santana que sozinho mal sabe tocar um violão existe um oceano de diferença. Todos fazem música, ninguém vai negar, né?

Acho que fotografia é parecido. Se você não tem imaginação, domínio do seu equipamento e/ou técnicas boas o suficiente pra captar a foto do jeito que você quer, você pode construí-la depois no mundo mágico do processamento digital.

Acho válido usar todas as ferramentas disponíveis para criar coisas bonitas, mesmo que fiquem muito diferentes da fonte original, porém acho que tem que ficar bem claro que uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.

Em fotografia, com raras exceções, pra mim saiu do camera raw tá pronto, só vale um recorte e redimensionamento no photoshop e olhe lá. Se alterar muito vira ilustração, desenho, sei lá. Não que não tenha valor, mas não pode ser chamado de fotografia.

Já na música vale tudo, belê? :assobi:
Acho que qualquer discussao para ficar clara e sorbia, precisa comecar pensando sobre definissoes.

O que eh musica?
Basicamente eh um movimento sonoro ritmico, nao importa como eh feito. Ate maquina de lavar faz isso. Eu ja dancei com o som da maquina de lavar.

No mundo da musica, existem pessoas que criam sons com instrumentos e pessoas que nao criam sons, mas somente pegam sons prontos e fazem musicas com tais sons.

E tem pessoas que criam sons com instrumentos sem saber tocar tais instrumentos.

Mas uma coisa eh certa. Saber tocar bem um instrumento so mostra a habilidade motora e teorica de quem toca o instrumento. Vc pode ter habilidade composicional e criativa sem saber usar as ferramentas, fazendo por si so se o que vc sabe te atender ou contratando quem saiba como faz. Mas isso tambem eh outro assunto.


Ja qual eh a definicao de fotografia?
Eh imagem feita com ondas fisicas de luz. Se a imagem foi feita com outro principio que nao fotografico. Logo nao eh fotografia, eh outra arte. Eu diria.


agalons

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Resposta #102 Online: 31 de Agosto de 2016, 08:34:35
Muito bacana esse tópico :ponder:

Fazendo analogia com música, que é algo que entendo mais que fotografia.

Hoje qualquer um grava um disco em casa, usando equipamento mínimo e barato junto com softwares poderosos. Então você consegue corrigir erros diversos, inclusive afinação dos instrumentos e da voz. Consegue posicionar um instrumento para que ele soe como se estivesse sendo tocado num determinado ambiente, usando um determinado amplificador e efeito. Em suma, consegue alterar drasticamente qualquer som captado e criar sons novos. Se você for bom nos cliques, pode inclusive criar música sem saber tocar nenhum instrumento. Muita gente vê isso como jogo sujo, não é músico de verdade etc.

Então entre os músicos de jazz que gravavam discos inteiros num take só usando simplesmente um microfone e um gravador e o meu amigo Luan Santana que sozinho mal sabe tocar um violão existe um oceano de diferença. Todos fazem música, ninguém vai negar, né?

Acho que fotografia é parecido. Se você não tem imaginação, domínio do seu equipamento e/ou técnicas boas o suficiente pra captar a foto do jeito que você quer, você pode construí-la depois no mundo mágico do processamento digital.

Acho válido usar todas as ferramentas disponíveis para criar coisas bonitas, mesmo que fiquem muito diferentes da fonte original, porém acho que tem que ficar bem claro que uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.

Em fotografia, com raras exceções, pra mim saiu do camera raw tá pronto, só vale um recorte e redimensionamento no photoshop e olhe lá. Se alterar muito vira ilustração, desenho, sei lá. Não que não tenha valor, mas não pode ser chamado de fotografia.

Já na música vale tudo, belê? :assobi:
Uma vez meu irmao que e musico PRO, me levou a uma gravaçao deles no estudio,me mostrou os "photoshop e ligthroom", da musica, ate eu que nao sei nem tocar a campainha ,posso fazer alguma coisa,inacreditavel,bem interessante.
Em fotografia faziamos E-6 (Slide ), e saia pronto ou era lixo, ja Nada digital sai pronto, mas ha muita ferramenta para aprimorar o bom,melhorar o mediano, e resucitar belos cadaveres fedorentos, :hysterical: :hysterical:
Muito boa tua colocaçao!!!!! :clap: :clap: :clap: