Autor Tópico: Minha experiência com equipamentos Nikon  (Lida 26032 vezes)

Pistigrilo

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Online: 29 de Agosto de 2016, 21:47:25
Introdução

Olá, pessoal. Com esse tópico tenho a intenção de compartilhar com quem interessar as minhas experiências com os equipamentos Nikon e Nikkor que eu já testei nesses meus dois anos e meio de experiência com DSLR. Antes de qualquer coisa, até mesmo para não gerar críticas desnecessárias, quero deixar claro quem sou e quais são minhas pretensões com a fotografia. Por isso, vou tomar a liberdade de falar um pouco sobre mim antes de partir para o que realmente interessa (quem preferir pular, fique à vontade):

Eu fotografo desde 2005 com câmeras compactas (comecei com uma Olympus Camedia D-395, que eu pegava emprestado com uma prima de vez em quando), mas naquela época eu não sabia absolutamente nada sobre fotografia e tinha uma pretensão bem superficial de apenas eternizar momentos. Contudo, com o tempo e a experiência que adquiri, especialmente ao aprimorar um pouco o olhar e brincar com as composições eu comecei a pegar gosto pela fotografia e a levar a coisa um pouco mais a sério. No comecinho de 2013 minha fotografia deu um salto quando eu peguei uma superzoom Canon PowerShot SX50 HS para substituir a minha antiga e cansada Kodak EasyShare M863. Naquele tempo (nem é tanto tempo assim, mas tudo bem) eu ainda fotografava em modo automático, mas devido à flexibilidade da lente de se poder usar desde o grande angular até o super telefoto sem nem precisar trocar de lentes, fora o ganho substancial na qualidade de imagem frente ao que eu usava antes, comecei a perceber que eu poderia fazer mais do que apenas meras imagens de registro familiar comuns. Daí comecei a estudar fotografia, mas logo percebi que muito do que eu gostaria de fazer era limitado pelas características técnicas da câmera, que apesar de flexível, era lenta, tinha lente escura e sensor pequeno, e que só funcionando bem debaixo de muita luz natural (e para quem tem conhecimentos mais avançados, artificial também, mas eu ainda não estava nesse nível). Com isso meu primeiro passo rumo à fotografia no modo manual foi a câmera Canon PowerShot S110, que eu adquiri um ano após a SX50 HS, e que apesar de perder em bateria e em flexibilidade de zoom, já dava um banho na superzoom em matéria de qualidade de imagem e recursos. Porém, eu já cogitava a aquisição de uma DSLR. Meu tio, vendo que eu estava cada vez mais interessado no assunto, resolveu fazer uma aposta em mim: ele me emprestou por dois meses a Nikon D5100 dele junto de uma AF-S Nikkor 50mm F/1.8G (ele não me emprestou a 18-55mm, pois ela estava guardada), achando que eu poderia vir a usar isso como segunda renda em algum momento. Ao começar a usar a câmera tive inicialmente muita dificuldade, o que considero normal, pois era algo totalmente diferente do que eu havia testado antes, mas insisti para aprender e me apaixonei pelas possibilidades que aquilo me trazia. Com isso eu passei por todas aquelas fases que um iniciante passa, como querer usar F/1.8 o tempo todo, querer manter o ISO perto de 100 a maior parte do tempo, etc, limitações que infelizmente nos fazem perder muitos bons registros (mas ganhar outros na sorte) quando não sabemos exatamente o que estamos fazendo, mas que são experiências que se usadas ao nosso favor nos trazem muito aprendizado, o que eu realmente procurei fazer com o tempo. Com isso ficou claro que eu precisava de uma DSLR, então eu comprei a minha atual Nikon D5300. Hoje eu já superei várias dessas questões que citei: não tenho mais neuras com ruídos; costumo fechar o diafragma com muita frequência, até mesmo porque fotografo cenas em movimento a maior parte do tempo; detesto fotos tremidas (de vez em quando ainda acontece, mas cada vez menos) e detesto foco errado (que é algo que venho trabalhando para melhorar há algum tempo, especialmente esse ano). Eu fotografo um pouco de tudo, mas meu grande foco são retratos de crianças. Não tenho nenhuma pretensão profissional com a fotografia e costumo usar parentes e amigos como meus modelos. Meu estilo é baseado na espontaneidade. Eu tento fazer algo diferente, não ficando preso ao que o mercado pede e procuro evitar modinhas, especialmente na edição. Adoro capturar expressões diferentes e cenas inesperadas. Muito longe de ensaios, eu chamo a meu trabalho como "fotografia do improviso". A surpresa faz parte da magia e da diversão. Ainda mais por lidar com crianças eu procuro transformar as fotos em momentos divertidos, numa brincadeira interessante para a criança. O meu lema é "quanto mais divertido for o momento, melhores as fotos ficarão". E continuo procurando aprimorar e corrigir os pontos em que ainda erro com certa frequência, algo que vem dando resultados gradativos cada vez mais satisfatórios.

Com tudo isso em vista, pretendo compartilhar minhas experiências de amador entusiasta com vocês. Inicialmente falarei dos equipamentos que já testei (que até o momento são a Nikon D5300, a AF-S DX Nikkor 18-55mm F/3.5-5.6G VR II, a AF-S DX Nikkor 35mm F/1.8G, a AF-S Nikkor 50mm F/1.8G, a AF-S Nikkor 85mm F/1.8G, a AF-S DX Nikkor 18-300mm F/3.5-6.3G ED VR e a AF-S Nikkor 70-200mm F/4G ED VR - a Nikon D5100 provavelmente não entrará na lista, por ser relativamente antiga e por eu ter testado numa época em que ainda não bagagem suficiente para formar uma opinião convicta), mas assim que eu testar outros eu pretendo atualizar o tópico. Lembrando pela última vez que o que eu falar não representa verdades absolutas, mas sim a minha visão e experiência como fotógrafo amador entusiasta sobre esses equipamentos.

Espero que esse tópico seja útil para vocês e que vocês curtam seu conteúdo.
Nikon D7200 | Canon PowerShot G7X Mark II

AF-S DX Nikkor 35mm F/1.8G | AF-S Nikkor 50mm F/1.8G | AF-S Nikkor 85mm F/1.8G | AF-S Nikkor 24-70mm F/2.8G ED | AF-S Nikkor 70-200mm F/4G ED VR | Nikon Speedlight SB-700

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PMVG

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Resposta #1 Online: 29 de Agosto de 2016, 22:17:13
Legal.
Uso mais ou menos da mesma maneira. Porém com foco em paisagens ao invés de fotografia de pessoas. Porém meu equipamento é mais simples. Uma D3200 com a lente do kit e mais uma 55-200mm. Também tenho uma Sx50HS que uso para fotografar animais silvestres e uma NX 30 com a lente do Kit e uma 45mm.
Interessante seu relato. Provavelmente parecido com outros tantos aqui.
Continuo aprendendo também. Mas me incomoda o ruído quando em condições de pouca luz. O ISO 3200 é sofrível neste quesito.
Também acho que o azul do céu puxa muito para o turquesa nas Nikons, mas as acho superiores as canons, para fotografia. Deixo claro que isto é uma opinião pessoal, sem demérito  a nenhuma marca ou modelo.
Creio que e se for trocar de equipamento algum dia, a série d5xxx será o up natural para meu nível amador de uso.
Valeu pelo seu registro. Aguardaremos as opiniões de uso agora
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Pistigrilo

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Resposta #2 Online: 29 de Agosto de 2016, 23:12:09
Nikon D5300

Quando a Nikon lançou essa câmera no final de 2013 eu decidi que seria a minha primeira DSLR. Por questões de preço cheguei a cogitar sua antecessora, a D5200, mas especialmente a nitidez que o novo sensor CMOS DX de 24MP sem o filtro "low pass" trazia me chamou a atenção nesse modelo. Em maio de 2014 eu finalmente realizei esse sonho e estou até hoje com essa câmera.

Como toda câmera de entrada da Nikon esse modelo possui as limitações típicas dessa linha, como ter apenas uma entrada para cartão de memória, apenas um dial para controle de exposição, dependência maior de interação com menus e ausência do motor de foco embutido no corpo (limitando o uso de lentes AF sem "S"), mas que já possui alguns atrativos bastante interessantes como o já citado novo sensor CMOS DX de 24MP sem filtro "low pass", sistema de foco de 39 pontos com 9 do tipo cruz (um salto de possibilidades frente às linhas D3000 e da antiga D5100, com seus 11 pontos e apenas 1 do tipo cruz), a possibilidade de se usar valores de ISO "quebrados" em modos manuais (coisa que as D3000 não fazem - mas com a ressalva de que valores muito irregulares só são possíveis ao se ativar a sensibilidade automática de ISO), tela retrátil de boa qualidade sem touchscreen (pouco útil debaixo de sol forte) e algumas firulas que não fazem diferença no meu uso, como o Wifi e o GPS integrados.

Sobre qualidade de imagem, o sensor da D5300 é simplesmente fantástico para uma câmera dessa faixa de preço. A nitidez, especialmente com lentes melhores (a exemplo da AF-S Nikkor 85mm F/1.8G e da AF-S Nikkor 70-200mm F/4G ED VR), simplesmente surpreende, principalmente em ISO baixo. Comparando com a D5100 que eu testei antes, a D5300 a faz parecer míope de tão nítida que é e os arquivos de 24MP são grandes e ricos de detalhes, permitindo inclusive crops em composições erradas, especialmente nos valores de ISO mais baixos. São fotos dentro de fotos, literalmente. O desempenho de ISO também não decepciona. Claro que não chega perto do que uma full frame ou uma caríssima D500 entregam, mas já atende muito bem quem está saindo de sistemas com sensores menores ou mesmo DSLR antigas. Para quem não tem neura com ruídos nas fotos, eu classificaria o ISO 1000 dela como ótimo e o ISO 2000 como bom. À partir de ISO 2500 as cores começam a ficar visivelmente estranhas e os ruídos um pouco mais visíveis, mas é usável até valores mais altos. Inclusive eu mesmo fiz uma foto com ISO 12800 que gostei bastante. Não é nenhum registro que ganhará prêmios de riqueza de detalhes ou fidelidade de cores, mas que não me decepcionou e me mostrou que fotografia vai muito além de preciosismos técnicos. Vejo muita gente perdendo ótimas fotos por achar que só pode usar ISO baixo, mas isso vai muito do gosto e da visão de cada um. Contudo, os valores expandidos de ISO, a exemplo do ISO máximo de 25600, eu já não considero usáveis em fotos coloridas, devido à presença clara de artefatos coloridos e nitidez inaceitáveis, mas que pode vir a ser usado em preto e branco na hora do desespero. Entretanto, eu não sou adepto desse recurso (ISO expandido), que enxergo como forçação de barra. Fala-se muito no fato de que a retirada do filtro "low pass" acarreta na aparição de moiré nas imagens, mas francamente com mais de dezessete mil cliques com minha câmera se eu tiver sofrido com essa aberração em algumas dezenas de fotos é muito. Até hoje foram pouquíssimas as fotos que o moiré ficou realmente visível, então sou um grande defensor da retirada do filtro nos sensores atuais, pois ganha-se um tanto considerável em nitidez e essa questão do moiré considero como praticamente irrelevante, principalmente para o meu uso.

Outro destaque importante do sensor da D5300, que salvo engano é fabricado pela Sony, é o "dynamic range" ou latitude de exposição. Dá para se recuperar muitos detalhes de áreas superexpostas e principalmente de áreas subexpostas das fotos tratando os arquivos RAW corretamente, algo que já me salvou várias vezes, mas claro que não se pode abusar demais desse recurso, pois em situações extremas não existem milagres. Ainda não testei uma full frame para sentir a diferença, mas considero essa possibilidade na D5300 já muito boa, especialmente levando em consideração o fato de ser uma câmera de entrada. É realmente algo muito útil, que funciona bem e que eu adoro. As áreas com sombras fortes ganham ruídos ao se recuperar detalhes, mas é algo bem administrável. A única coisa que me irrita é nas áreas superexpostas, onde o tom de pele tende a puxar para um verde amarelado em situações de sol forte, algo que eu acho muito feio e que é muito difícil de corrigir, mas isso não tira o mérito do sensor na minha opinião.

Abaixo coloco algumas fotos para exemplificar a qualidade de imagem que o sensor da D5300 entrega:

Nikon D5300 | AF-S DX Nikkor 18-55mm F/3.5-5.6G VR II
55mm | F/5.6 | 1/160s | ISO 100



Nikon D5300 | AF-S DX Nikkor 35mm F/1.8G
35mm | F/2.8 | 1/160s | ISO 900



Nikon D5300 | AF-S Nikkor 50mm F/1.8G
50mm | F/4.0 | 1/320s | ISO 1000



Nikon D5300 | AF-S Nikkor 50mm F/1.8G
50mm | F/2.8 | 1/160s | ISO 2000



Nikon D5300 | AF-S DX Nikkor 18-55mm F/3.5-5.6G VR II
55mm | F/5.6 | 1/1600s | ISO 220



Nikon D5300 | AF-S Nikkor 50mm F/1.8G
50mm | F/4.0 | 1/800s | ISO 200



Nikon D5300 | AF-S Nikkor 85mm F/1.8G
85mm | F/2.8 | 1/320s | ISO 100



Nikon D5300 | AF-S DX Nikkor 18-55mm F/3.5-5.6G VR II
18mm | F/3.5 | 1/60s | ISO 12800



O sistema de foco da D5300, que consiste em 39 pontos, sendo apenas 9 deles do tipo cruz, com sensibilidade entre -1EV até 19EV de acordo com a Nikon, funciona bem, mas não é merecedor de prêmios na minha opinião. Eu já enxergo essa característica como algo positivo ao se comparar com o que a Canon EOS T5i, sua grande concorrente no mercado, entrega. Mas não é o sistema de foco ideal para quem quer precisão em situações desafiadoras. Há muitos recursos interessantes e que funcionam relativamente bem, especialmente no AF-C, desde o 3D Tracking ou mesmo os sistemas com pontos auxiliares, mas quase sempre vai ter algum registro fora de foco ao se usar o disparo contínuo. Importante ressaltar que o desempenho da objetiva usada influencia bastante também. Com objetivas melhores a tendência é o recurso funcionar nitidamente melhor, mas ainda assim corpos mais caros com sistema de foco mais elaborados trarão maior confiabilidade. Contudo, para uso amador ou para situações menos desafiadoras, o sistema atende e inclusive cobre boa parte do quadro, facilitando as composições e limitando apenas quando se quer usar pontos de foco muito nas extremidades do quadro. Quem usa a técnica de focar e recompor será um feliz usuário com essa câmera, pois além do ponto de foco central funcionar muito bem, a câmera tem o clássico recurso de luz auxiliar para foco, que é uma mão na roda especialmente nas situações de pouca luz. Concluindo o raciocínio, para fotos ensaiadas ou posadas a câmera atende muito bem nesse ponto, mas ela peca um pouco para situações extremas, como esportes e cenas em movimento, algo que inclusive não é tanto o foco desse modelo, embora seja possível sim de se fazer.

A construção da câmera é basicamente em plástico, típico das câmeras DSLR de entrada, algo que é positivo levando em consideração a leveza e que é sim bem construída, mas que não é ideal para o uso em situações desafiadoras, por não ter selamento climático nem ser feita de metal. Contudo, isso nem é a proposta de uma câmera de entrada, então não é um problema, apenas uma característica. Inclusive devo citar que o fato de que ela é um pouco menor e mais leve que a D5100 que eu usei antes dela, o que pode ser algo positivo para muitos usuários. O flash pop-up não serve para acionar flashes externos da Nikon como as D7000 já fazem, servindo apenas como quebra galho na hora do desespero. A bateria é um destaque à parte, pois dependendo do uso pode variar entre 500 a 600 cliques, com a ressalva do uso do Wifi (e talvez do GPS, que não testei), que faz com que a câmera faça pouco mais de 100 cliques. O desempenho de vídeo é muito bom, mas não tem tanto controle quanto outras câmeras possuem (não ajusta abertura enquanto está filmando, por exemplo). Contudo, para essa finalidade a compra de um microfone avulso é obrigatória, pois o microfone sterio integrado tem desempenho vergonhoso, muito inferior ao que eu já tinha testado nas minhas antigas Canon PowerShot SX50 HS e Canon PowerShot S110, algo que considero lamentável.

O view finder da D5300 é típico das câmeras de entrada: pequeno, mas funcional. Não chega perto dos de câmeras de segmentos mais altos, mesmo as D7000 logo acima dela, mas "funciona". Sobre o Wifi o que posso dizer é que infelizmente é de pouca utilidade, pois em modo de disparo ele não permite controlar a exposição da câmera à distância, fora que ele simplesmente detona a bateria em poucos minutos, fazendo a D5300 parecer uma compacta em matéria de autonomia. Cheguei a testar esse recurso em 2014, quando eu tinha um Galaxy SIII, mas depois de ver o estrago que isso faz com a bateria eu simplesmente não usei mais. Junte isso ao fato de ser um recurso pouco intuitivo, que exige o uso de aplicativo específico (disponível apenas para Android e iOS) e que não é tão simples num primeiro momento de parear com a câmera, então é realmente um recurso mais marketeiro do que prático, algo simplesmente broxante na minha opinião. Nunca nem tive curiosidade de testar o GPS. Enxergo isso mais como uma besteira que gasta bateria a toa e que não tem nada a ver com tirar fotos, mas muita gente vai gostar desse recurso e é bom ele estar presente (inclusive foi ridículo terem retirado esse recurso da D5500).

Concluindo, se alguém me perguntar se eu recomendo a Nikon D5300, a resposta é um sonoro "sim", desde que a pessoa tenha consciência de suas limitações e se identifique com sua proposta.
« Última modificação: 29 de Agosto de 2016, 23:28:54 por Pistigrilo »
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Pistigrilo

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Resposta #3 Online: 29 de Agosto de 2016, 23:15:49
Legal.
Uso mais ou menos da mesma maneira. Porém com foco em paisagens ao invés de fotografia de pessoas. Porém meu equipamento é mais simples. Uma D3200 com a lente do kit e mais uma 55-200mm. Também tenho uma Sx50HS que uso para fotografar animais silvestres e uma NX 30 com a lente do Kit e uma 45mm.
Interessante seu relato. Provavelmente parecido com outros tantos aqui.
Continuo aprendendo também. Mas me incomoda o ruído quando em condições de pouca luz. O ISO 3200 é sofrível neste quesito.
Também acho que o azul do céu puxa muito para o turquesa nas Nikons, mas as acho superiores as canons, para fotografia. Deixo claro que isto é uma opinião pessoal, sem demérito  a nenhuma marca ou modelo.
Creio que e se for trocar de equipamento algum dia, a série d5xxx será o up natural para meu nível amador de uso.
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Fico satisfeito por você ter se identificado com a proposta do meu tópico. Espero realmente ser útil. Com relação a essa questão do ruído, eu já não esquento mais a cabeça com isso, pois ele é algo inerente à fotografia. Na época do filme ninguém se preocupava com isso e ótimas fotos já existiam mesmo com as limitações técnicas. Atualmente criou-se uma cultura de aversão ao ruído, o que eu acho besteira. E tem muita gente estragando foto com excesso de luminância por aí, fazendo a pele das pessoas parecer um sabonete. Claro que há situações em que queremos o máximo de qualidade que o nosso sensor entrega e é inegável que ISO alto em câmeras com sensor pequeno é algo realmente sofrível. Mas minha dica é, ao se usar câmeras com sensor grande, não deixe a fobia de ruído te limitar. Abrindo a cabeça para isso você vai expandir bastante as suas possibilidades. Pelo menos comigo foi assim. Claro que essa é a minha opinião e o meu gosto. Eu também prefiro fotos "limpas", mas quando precisa eu subo o ISO sem dó.
« Última modificação: 29 de Agosto de 2016, 23:18:17 por Pistigrilo »
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Resposta #4 Online: 29 de Agosto de 2016, 23:38:49
Muito bacana esse review e as fotos dão o tom do que essa pequena notável representa, uma câmera leve, compacta, portátil mas com alto poder de fogo.

Só não concordo com a crítica ao Wi-Fi, aqui uso bastante, inclusive como disparador automático já me quebrou galho várias vezes, eu uso, faço o que quero e depois desligo, geralmente me rendem umas 500 fotos, mas aqui é a D5500, podem ter melhorado algo.









Dá pra fazer algumas coisas, como selftimer e selecionar o foco.

Acho bacana às vezes estou numa viagem e quero compartilhar com alguém uma foto e já fiz várias vezes, depois é editar no Lightroom mobile ou no Enlight.

Muitas vezes você está em lugares fotografando com a câmera e nem pensa em sacar o celular pra fazer mais uma foto...

Para telefones Android já tem o "SnapBridge" que faz coisas a mais e parece que virá um dia pra iOS.

Meus parabéns pelo belo review, bastante completo!


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« Última modificação: 29 de Agosto de 2016, 23:40:24 por cfcsosa »


Pistigrilo

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Resposta #5 Online: 30 de Agosto de 2016, 00:03:53
Muito bacana esse review e as fotos dão o tom do que essa pequena notável representa, uma câmera leve, compacta, portátil mas com alto poder de fogo.

Só não concordo com a crítica ao Wi-Fi, aqui uso bastante, inclusive como disparador automático já me quebrou galho várias vezes, eu uso, faço o que quero e depois desligo, geralmente me rendem umas 500 fotos, mas aqui é a D5500, podem ter melhorado algo.

[...]

Dá pra fazer algumas coisas, como selftimer e selecionar o foco.

Acho bacana às vezes estou numa viagem e quero compartilhar com alguém uma foto e já fiz várias vezes, depois é editar no Lightroom mobile ou no Enlight.

Muitas vezes você está em lugares fotografando com a câmera e nem pensa em sacar o celular pra fazer mais uma foto...

Para telefones Android já tem o "SnapBridge" que faz coisas a mais e parece que virá um dia pra iOS.

Meus parabéns pelo belo review, bastante completo!

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Que bom que curtiu o meu humilde review. A última vez que usei o wifi foi em 2014, fora que nunca atualizei o firmware da câmera. Pode ser que já tenham melhorado essa questão da autonomia da bateria, mas quando usei eu achei broxante isso. O wifi com certeza quebra um galho, mas não poder configurar a exposição da câmera acho que limita muito o potencial do recurso. Contudo, isso para mim não representou um grande problema. Para fazer essas fotos que postei eu praticamente participei da cena, então estou sempre com a câmera na mão nessas horas. Obrigado pelos elogios. Em breve vou falar sobre minhas objetivas.

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Resposta #6 Online: 30 de Agosto de 2016, 00:29:08
Ainda sobre a Nikon D5300, eu me esqueci de mencionar um detalhe super importante, que inclusive é a maior limitação que tem me incomodado nesse modelo: o disparo contínuo. A Nikon promete cinco fotos por segundo com esse modelo, mas a realidade é que isso só funciona em JPG. Usando RAW ou JPG + RAW a câmera "engasga" após a terceira ou quarta foto, mesmo usando um cartão de memória Sandisk Extreme PRO de 16GB com velocidade de 95MB/s. Por isso reforço o raciocínio que iniciei ao falar do foco que essa câmera não é o modelo ideal para fotografar ação, mas eu tenho me virado mesmo com essas limitações (infelizmente às custas de alguns bons cliques perdidos, mas é o que tenho para hoje). Ao se diminuir a resolução das fotos o desempenho desse recurso tende a melhorar, mas eu sou do tipo que só aceita fotografar com qualidade máxima. Nesse ponto sou teimoso, então por essa razão devo subir para algum modelo mais potente daqui uns meses. Fora isso estou muito satisfeito com a Nikon D5300, especialmente com o desempenho de seu excelente sensor.
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Resposta #7 Online: 30 de Agosto de 2016, 11:23:47
AF-S DX Nikkor 18-55mm F/3.5-5.6G VR II

Subestimada por muitos, mas bastante usada por outros, a lente de kit que a Nikon lançou em 2014 para acompanhar a D3300 e a D5300 entrega construção leve (195g, segundo a Nikon), tamanho compacto e qualidade de imagem honesta. Relativamente discreta, esta objetiva é aquele tipo de equipamento relativamente versátil com seu zoom de três vezes e que não enche o saco de se carregar na bolsa, especialmente quando se quer usar uma lente só. A construção dela não vai ganhar nenhum prêmio de resistência e durabilidade, por praticamente lembrar um brinquedo. Os elementos internos balançam com relativa facilidade e aquele botão novo para se destravar o zoom, que veio para diminuir o tamanho da objetiva, é mais uma peça para quebrar na minha opinião e que atrasa a operação da lente em momentos de pressa. Tanto que só objetivas de bem baixo custo utilizam tal artifício, a exemplo da nova AF-S DX Nikkor 55-200mm F/4-5.6G ED VR II.  A minha cópia com dois anos e meio de uso moderado (não é a minha objetiva preferida para uso, mas que nunca fica muito tempo esquecida na mochila) recentemente começou a apresentar uma certa resistência ao se usar o anel de zoom (um pouco antes da parte "funcional" da lente), algo que mostra o projeto barato da lente. Ao se usar a objetiva durante um dia inteiro essa resistência diminuiu, mas já me deixou um pouco preocupado com relação à durabilidade. Isso não afetou o resultado das fotos ou mesmo o funcionamento da objetiva, mas já serve como alerta, pois nunca fiz uso intenso com ela.

Sobre a qualidade de imagem, o que posso dizer é que considero justa para a proposta e preço da objetiva. Ela tem uma nitidez que considero de boa a muito boa, especialmente se fecharmos o diafragma em um ou dois stops de luz, mas mesmo em abertura máxima ela já entrega resultados agradáveis, embora bem longe do que objetivas melhores entregam, principalmente ao se usar um sensor com tantos pixels como é o caso da Nikon D5300. Em geral essa objetiva entrega cores mortas e sem graças, mas de vez em quando ela apresenta alguns momentos de brilhantismo, especialmente com o auxílio do flash externo ou quando a luz natural for bastante favorável. Os arquivos RAW que essa objetiva entrega são relativamente flexíveis, dando boa margem para se trabalhar com eles, algo que não observei na AF-S DX Nikkor 18-300mm F/3.5-6.3G ED VR, que é um modelo bem mais caro. É só dar um "boost" de saturação e de contraste que os arquivos dessa objetiva já ficam com outra cara, embora em situações de luz sem graça não existam milagres aqui (nesse caso as fotos ficam com aquela carinha de lente do kit, mas são usáveis). A vinheta dessa objetiva não é das mais bonitas, mas de novo é mais agradável e fácil de se trabalhar do que a da AF-S DX Nikkor 18-300mm F/3.5-6.3G ED VR. Fechando o diafragma a vinheta tende a diminuir, então quem não curte esse look pode se utilizar dessa técnica. Distorção geométrica é acentuada no grande angular, mas pode ser corrigida facilmente via software no tratamento da imagem. Inclusive pode ficar bonito dependendo da composição. No standard eu francamente não enxergo distorção geométrica com essa objetiva.

Eu já tive oportunidade de testar rapidamente e inclusive tratar arquivos RAW da antecessora dessa objetiva, a AF-S DX Nikkor 18-55mm F/3.5-5.6G VR de 2007, na Nikon D3100 do meu amigo. O que eu percebi foi uma evolução interessante tanto em qualidade de imagem como de foco. A vinheta da versão mais nova é menos acentuada e mais agradável, as cores são um pouco mais vivas (na versão antiga os tons cinzentos predominavam, enquanto nesse novo modelo isso ocorre de forma bem menos acentuada) e os arquivos RAW são ligeiramente mais flexíveis. O foco é mais rápido e eficiente e ao se filmar a lente não faz aquele barulhinho irritante do anel de zoom que a versão de 2007 faz. A Nikon pelo visto se lembrou do pessoal que grava vídeos com DSLR nesse kit de 2014 e isso é muito positivo. Arquivos em preto e branco com essa objetiva não possuem muita personalidade, mas podem ser agradáveis dependendo do gosto e da exigência do usuário. O bokeh não é dos mais bonitos, mas pode trazer resultados agradáveis dependendo da composição. Para tal o ideal é estar próximo do assunto da foto e longe do fundo.

Um dos maiores destaques dessa objetiva é o VR presente. A Nikon promete até quatro stops de compensação e francamente eu acredito. Eu já consegui fazer na mão foto em 1/10s sem tremer com essa objetiva, embora os resultados sejam mais consistentes à partir de 1/15s (valores impensáveis de eu usar com as minhas objetivas prime, pois não tenho mãos muito firmes). Realmente me surpreendeu e é uma mão na roda para se usar velocidades menores, especialmente por esta objetiva possuir um diafragma com abertura mais conservadora. O fato de ser pequena e leve auxiliam para que não tremamos com ela nas mãos, algo complicado de se fazer com objetivas maiores sem o auxílio de um tripé ou monopé. É realmente uma mão na roda para se conseguir registros em situações de luz menos favoráveis.

Aberrações cromáticas estão presentes nos arquivos dessa objetiva, mas francamente são discretos e não me incomodam muito. Inclusive eu sofro mais com isso nas minhas lentes prime, onde algumas aberrações aparecem de forma acentuada (especialmente em itens cromados), dando um pouco mais de trabalho na edição. Levado em consideração o fato de ser uma lente de kit barata, não acho que podemos exigir demais desse modelo nesse sentido, então o que ela entrega é bem aceitável.

Finalizando, seguem alguns arquivos que fiz com essa objetiva para exemplificar o que falei:

Nikon D5300 | AF-S DX Nikkor 18-55mm F/3.5-5.6G VR II
55mm | F/5.6 | 1/160s | ISO 125



Nikon D5300 | AF-S DX Nikkor 18-55mm F/3.5-5.6G VR II
55mm | F/5.6 | 1/125s | ISO 100



Nikon D5300 | AF-S DX Nikkor 18-55mm F/3.5-5.6G VR II
26mm | F/4.0 | 1/15s | ISO 800



Nikon D5300 | AF-S DX Nikkor 18-55mm F/3.5-5.6G VR II
55mm | F/5.6 | 1/40s | ISO 320



Nikon D5300 | AF-S DX Nikkor 18-55mm F/3.5-5.6G VR II
55mm | F/13.0 | 1/60s | ISO 100



Nikon D5300 | AF-S DX Nikkor 18-55mm F/3.5-5.6G VR II
18mm | F/3.5 | 1/100s | ISO 400



Nikon D5300 | AF-S DX Nikkor 18-55mm F/3.5-5.6G VR II
34mm | F/7.1 | 1/320s | ISO 160



Nikon D5300 | AF-S DX Nikkor 18-55mm F/3.5-5.6G VR II
55mm | F/5.6 | 1/320s | ISO 200



Nikon D5300 | AF-S DX Nikkor 18-55mm F/3.5-5.6G VR II
55mm | F/7.1 | 1/400s | ISO 100



Nikon D5300 | AF-S DX Nikkor 18-55mm F/3.5-5.6G VR II
55mm | F/6.3 | 1/200s | ISO 200



Nikon D5300 | AF-S DX Nikkor 18-55mm F/3.5-5.6G VR II
52mm | F/5.6 | 1/640s | ISO 100



Nikon D5300 | AF-S DX Nikkor 18-55mm F/3.5-5.6G VR II | Nikon Speedlight SB-700
48mm | F/5.3 | 1/160s | ISO 500

« Última modificação: 30 de Agosto de 2016, 11:30:38 por Pistigrilo »
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lasg

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Resposta #8 Online: 30 de Agosto de 2016, 19:51:36
Olá Pistigrilo.
Parabéns pelas fotos. E obrigado pela análise. Eu tenho quase o mesmo equipamento, e também gosto muito da minha D5300.
Luis
LASG
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Pistigrilo

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Resposta #9 Online: 30 de Agosto de 2016, 20:12:18
Olá Pistigrilo.
Parabéns pelas fotos. E obrigado pela análise. Eu tenho quase o mesmo equipamento, e também gosto muito da minha D5300.
Luis

Obrigado, Luis! Em breve falarei das minhas outras objetivas. Continue acompanhando.
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jbmaruyama

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Resposta #10 Online: 31 de Agosto de 2016, 09:43:28
Poxa Pistigrilo

Muito bem colocado, ótima análise, acompanhando para as próximas objetivas. Tenho uma curiosidade enorme sobre a  70-200 F4.

Abs.


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Resposta #11 Online: 31 de Agosto de 2016, 10:42:04
Poxa Pistigrilo

Muito bem colocado, ótima análise, acompanhando para as próximas objetivas. Tenho uma curiosidade enorme sobre a  70-200 F4.

Abs.

Muito obrigado! A 70-200mm F/4 provavelmente será a última, pois ainda não a usei o tanto que gostaria ao ponto de fazer um review. Eu já tenho algumas opiniões sendo formadas sobre esta objetiva, mas eu gostaria de testá-la primeiro com fotos esportivas, que foi a principal razão de eu colocá-la no meu kit. Assim que essa oportunidade surgir e eu fazer as fotos, pretendo falar sobre ela, ainda mais que praticamente não tem material por aí falando sobre este modelo específico. Eu tive que ler material em inglês para ter uma ideia do que a objetiva oferecia antes de comprar.
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Resposta #12 Online: 31 de Agosto de 2016, 11:47:39
AF-S DX Nikkor 18-300mm F/3.5-6.3G ED VR

Super flexível e versátil, esta lente oferece um zoom de incríveis 16,7 vezes. Sua construção eu classificaria como muito boa, exceto por um pequeno contratempo: ela é praticamente um aspirador de pó. Eu usei duas cópias dessa objetiva (uma era do meu tio e depois eu comprei a minha). Com um dia de uso com a minha cópia já dava para ver alguns poucos grãozinhos de poeira dentro da objetiva, o que eu considero uma lástima. Contudo, tanto nas fotos que fiz com a cópia do meu tio como com a minha cópia não era visível nenhum pontinho estranho nas fotos. Fora esse detalhe, como eu dizia, a construção é muito boa. A lente não expande por ação da gravidade, o anel de zoom não é dos mais suaves, mas não chega a ser muito duro e ela passa uma sensação de robustez ao se segurar, mesmo sendo quase toda feita de plástico. Não testei o anel de foco manual com este modelo, então não vou opinar à respeito, mas já adianto que ela não possui janela de distância, assim como a AF-S DX Nikkor 18-55mm F/3.5.5.6G VR II de kit. Esta objetiva não vem acompanhada de um para-sol, algo que acho bem tosco. O VR funcionou bem no meu uso.

Sobre qualidade de imagem, eu cheguei à conclusão de que em fotografia para se ter uma coisa abre-se mão de outra. Quando você compra uma lente prime, você ganha muita qualidade de imagem, personalidade forte para as fotos com cores incríveis e vinheta charmosa, possibilidade de se usar grandes aberturas e ter lindos desfoques, mas em compensação você perde em versatilidade. Para usar lentes prime o "zoom" é você: você tem que andar para frente, andar para trás, pensar duas vezes antes de fazer a composição. Muitas vezes abre-se mão da estabilização de imagem também, que está presente em apenas alguns poucos modelos (a exemplo da AF-S Nikkor 105mm F/2.8G ED VR Micro). Na situação completamente oposta a essa estão as lentes superzoom como esta AF-S DX Nikkor 18-300mm F/3.5-6.3G ED VR em análise: lentes super completas, com um range que vai desde o ultra grande angular até o supertelefoto, presença do VR, mas que possui uma qualidade de imagem simplesmente porca. A vinheta é extremamente acentuada no grande angular, chegando a ser bem feia (e olha que eu adoro vinheta); as cores são até ok em situações de iluminação favorável (em algumas fotos as cores saem vivas e agradáveis), mas em situações um pouquinho mais desafiadoras ela apresenta tons fluorescentes completamente inaceitáveis e dificílimos de se arrumar na edição (em algumas fotos você simplesmente desiste e apela para preto e branco para não perder a foto), fora sombras bem duras e contrastadas. Falando nisso, os arquivos RAW produzidos por essa objetiva possuem um "dynamic range" horrível: em algumas fotos você simplesmente não consegue "puxar" os arquivos nem a pau, fazendo com que gastemos mais tempo mexendo nesses arquivos para entregar resultados no mínimo aceitáveis. Francamente parece que a Nikon pensou só no pessoal que quer fotografar em JPG e que quer uma opção frente às câmeras bridge, sem grandes compromissos com a qualidade. Com esta objetiva simplesmente o que temos é uma bridge com sensor grande e lente intercambiável, mas não conseguimos uma fração da qualidade que nosso sensor pode extrair.

A distorção geométrica dessa objetiva é bizarra: além de ser extremamente acentuada no grande angular (e não tanto no supertelefoto), você só consegue corrigir com um clique nos extremos da lente (18mm e 300mm). Em qualquer outra distância intermediária há a necessidade de se corrigir manualmente (e dá muito trabalho - esqueça linhas completamente retas com essa lente), pois o perfil da lente do Adobe Camera RAW simplesmente faz a imagem distorcer ainda mais. Outra característica estranha que só enxerguei nessa objetiva é que muitas vezes para a foto ficar com um aspecto agradável ela deve ficar ligeiramente subexposta. Em exposição normal ou ligeiramente superexposta as fotos muitas vezes (não sempre) ficam com um aspecto estranho, que não agradam ao meu olhar. Trágico, para não dizer bizarro. O bokeh dessa lente é agradável para um zoom desse porte, não sendo motivo para não comprá-la. A nitidez das fotos é ok, mas está longe de ser brilhante. Não acho que seja motivo para deixar de comprá-la, mas dependendo do que for fotografado pode ser um pequeno contratempo (embora muito menor que os outros problemas de qualidade de imagem que citei). Aberrações cromáticas estão presentes nos arquivos dessa objetiva, mas geralmente não são muito acentuadas. Apesar de tudo isso que falei, é possível sim fazer boas fotos com esta objetiva, embora isso dê muito mais trabalho que com objetivas melhores e não dê menos margens para erros.

O desempenho do foco nesta objetiva é o seguinte: ele é lento, mas é preciso. Não sofri muito com foco errado com esta objetiva. Mesmo em situações de ação, com uso de disparo contínuo, o foco funcionou. Exceto para situações extremas de alta velocidade, imagino que essa objetiva atenda sim muito bem.

Abaixo deixo algumas imagens produzidas com essa objetiva, inclusive a primeira é uma das que sofri com os tons fluorescentes que citei (e que eu não consegui arrumar direito, apesar de ter mexido muito na edição e ficado um bom tempo tentando chegar no melhor ajuste - o arquivo original sem tratamento está muito pior, inclusive, com um tom de pele rosa fluorescente ridiculamente tosco e artificial):

Nikon D5300 | AF-S DX Nikkor 18-300mm F/3.5-6.3G ED VR
300mm | F/6.3 | 1/400s | ISO 250



Nikon D5100 | AF-S DX Nikkor 18-300mm F/3.5-6.3G ED VR
26mm | F/3.8 | 1/1000s | ISO 320



Nikon D5100 | AF-S DX Nikkor 18-300mm F/3.5-6.3G ED VR
300mm | F/6.3 | 1/400s | ISO 500



Nikon D5100 | AF-S DX Nikkor 18-300mm F/3.5-6.3G ED VR
40mm | F/4.2 | 1/320s | ISO 160



Nikon D5100 | AF-S DX Nikkor 18-300mm F/3.5-6.3G ED VR
32mm | F/4.0 | 1/250s | ISO 180



Nikon D5100 | AF-S DX Nikkor 18-300mm F/3.5-6.3G ED VR
145mm | F/6.0 | 1/400s | ISO 720



Nikon D5300 | AF-S DX Nikkor 18-300mm F/3.5-6.3G ED VR
65mm | F/5.0 | 1/250s | ISO 320



Nikon D5300 | AF-S DX NIkkor 18-300mm F/3.5-6.3G ED VR
48mm | F/4.5 | 1/250s | ISO 500



Nikon D5300 | AF-S DX Nikkor 18-300mm F/3.5-6.3G ED VR
18mm | F/3.5 | 1/800s | ISO 100



Nikon D5300 | AF-S DX Nikkor 18-300mm F/3.5-6.3G ED VR
18mm | F/8.0 | 1/800s | ISO 100



Nikon D5300 | AF-S DX Nikkor 18-300mm F/3.5-6.3G ED VR
32mm | F/4.0 | 1/160s | ISO 800



Bem, após lidar com todos os contratempos que citei, francamente não tenho como recomendar tal objetiva, exceto se a flexibilidade for extremamente essencial para o usuário e a qualidade de imagem não for uma prioridade. Eu imagino que a versão mais cara dessa objetiva seja um pouco melhor (a AF-S DX NIKKOR 18-300mm f/3.5-5.6G ED VR). Mas como nunca usei essa modelo, não posso falar com certeza. Se o supertelefoto não for extremamente necessário no seu uso, provavelmente a bem mais barata e elogiada AF-S DX Nikkor 18-140mm F/3.5-5.6G ED VR (que inclusive faz kit com algumas câmeras, ficando ainda mais barata) será um melhor negócio que essas duas superzoom, mas também não tive oportunidade de testar esse modelo para afirmar com absoluta certeza.
« Última modificação: 31 de Agosto de 2016, 12:03:05 por Pistigrilo »
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Resposta #13 Online: 02 de Setembro de 2016, 13:01:38
AF-S DX Nikkor 35mm F/1.8G

Com a proposta de ser a primeira lente prime do kit de quem está entrando no mundo das DSLR Nikon, a AF-S DX Nikkor 35mm F/1.8G entrega construção leve, pequena e qualidade de imagem respeitável para o preço proposto. Dentro da faixa de preço que custa, a objetiva entrega uma construção decente, relativamente robusta, apesar de ser de plástico (mas com mount de metal) e de ter um anel de foco manual ruinzinho (e sem janelinha de distância). Ao usar o anel de foco manual você sente o atrito de plástico contra plástico e faz-se um barulhinho característico, fora que ele não é dos mais precisos. Ainda falando sobre construção, a minha cópia com dois anos e meio de uso só balança um pouco os elementos internos se você chacoalhar a lente (claro que não fico fazendo isso), então com bom cuidado imagino que esta lente dure alguns anos sem grandes transtornos. Nenhum elemento expande para fora da lente e ela vem com para-sol mais uma bolsinha, o que é um diferencial ao se lembrar que a Canon geralmente só faz isso com a caríssima série "L".

Em matéria de qualidade de imagem eu classificaria essa lente como muito boa para a faixa de preço dela, mas que não se compara à outras lentes prime da própria Nikon. Em F/1.8 e F/2.0 as fotos costumam ter um aspecto de sonho, que pode até ficar bonito se o fotógrafo souber trabalhar com esse look. A nitidez nessas aberturas são muito boas, mas não são louváveis. A vinheta é acentuada, não sendo tão bonita quanto em outras lentes prime, mas já um mundo de diferença perto das zoom que testei. Em F/2.2 o look já fica um tanto mais agradável (eu prefiro usar esta abertura com esta objetiva que F/1.8) e a nitidez já melhora perceptivelmente, mas a lente só começa a alcançar o brilhantismo nesse sentido à partir do F/2.8. As cores muitas vezes saem sem graças direto da câmera, mas os arquivos dessa lente são flexíveis o suficientes para darmos aquele "boost" no tratamento. Trabalhar com RAW faz toda a diferença com essa objetiva, especialmente por essa razão. O bokeh é bem mais bonito que de lentes zoom de baixo custo, mas está um tanto atrás de outras primes. É possível ver linhas repetitivas e as aberrações esféricas não são das mais bonitas. Entretanto, já é um excelente começo para quem está iniciando os trabalhos com profundidade de campo curta, fora que os 35mm nas câmeras DX é bem mais flexível de se trabalhar que os 50mm, especialmente em ambientes fechados. Aberrações cromáticas são muito acentuadas com esta objetiva, sendo possível ver linhas de luz roxas em itens cromados ou mesmo linhas verdes em áreas de alto contraste. Distorção geométrica está presente nessa objetiva, facilmente corrigível via software. Dependendo da composição dá para se fazer até alguns retratos divertidos e bonitos com a distorção dos 35mm, que fica bonita e não dá aquele aspecto bizarro que o ultra grande angular dá para esse fim.

O principal ponto fraco dessa objetiva na minha opinião é o desempenho do foco. O foco da AF-S DX Nikkor 35mm F/1.8G funciona bem para cenas com menos movimentos, retratos posados, objetos imóveis ou mesmo paisagem, mas simplesmente não funciona para ação e disparo contínuo, pelo menos em conjunto com a Nikon D5300. Sempre terá alguma foto fora de foco, especialmente em grandes aberturas. Fechar o diafragma é um excelente artifício para amenizar essa deficiência, mas fica o alerta para quem pretende registrar cenas dinâmicas em F/1.8 com profundidade de campo curta. Não considero o foco dessa objetiva dos mais confiáveis, mas não podemos exigir demais de uma lente barata como essa.

Abaixo, algumas imagens para ilustrar o que eu falei acerca da qualidade de imagem:

Nikon D5300 | AF-S DX Nikkor 35mm F/1.8G
35mm | F/5.0 | 1/400s | ISO 640



Nikon D5300 | AF-S DX Nikkor 35mm F/1.8G
35mm | F/1.8 | 1/400s | ISO 100



Nikon D5300 | AF-S DX Nikkor 35mm F/1.8G
35mm | F/2.8 | 1/800s | ISO 100



Nikon D5300 | AF-S DX Nikkor 35mm F/1.8G
35mm | F/1.8 | 1/250s | ISO 100



Nikon D5300 | AF-S DX Nikkor 35mm F/1.8G
35mm | F/2.2 | 1/400s | ISO 100



Nikon D5300 | AF-S DX Nikkor 35mm F/1.8G
35mm | F/1.8 | 1/320s | ISO 100



Nikon D5300 | AF-S DX Nikkor 35mm F/1.8G
35mm | F/2.8 | 1/200s | ISO 400



Nikon D5300 | AF-S DX Nikkor 35mm F/1.8G
35mm | F/2.2 | 1/30s | ISO 180



Nikon D5300 | AF-S DX Nikkor 35mm F/1.8G
35mm | F/2.8 | 1/640s | ISO 360



Nikon D5300 | AF-S DX Nikkor 35mm F/1.8G
35mm | F/4.5 | 1/60s | ISO 720



Nikon D5300 | AF-S DX Nikkor 35mm F/1.8G
35mm | F/3.5 | 1/400s | ISO 400



Nikon D5300 | AF-S DX Nikkor 35mm F/1.8G
35mm | F/1.8 | 1/125s | ISO 100



Nikon D5300 | AF-S DX Nikkor 35mm F/1.8G
35mm | F/2.8 | 1/160s | ISO 500



Nikon D5300 | AF-S DX Nikkor 35mm F/1.8G
35mm | F/3.5 | 1/400s | ISO 400



Nikon D5300 | AF-S DX Nikkor 35mm F/1.8G
35mm | F/3.2 | 1/1250s | ISO 320



Nikon D5300 | AF-S DX Nikkor 35mm F/1.8G
35mm | F/2.8 | 1/200s | ISO 400



Enfim, concluindo o raciocínio, eu recomendo bastante essa lente, pois ela é uma objetiva de custo acessível, oferece uma qualidade de imagem acima da média para essa faixa de preço e que já é sim uma excelente opção principalmente para quem procura a primeira lente prime de grande abertura para usar em conjunto com os sensores DX da Nikon. Eu não recomendaria essa lente para quem fotografa ação ou mesmo que vai trabalhar arduamente com a mesma, pois apesar de ter sim uma construção decente para a faixa de preço que ela se encaixa, eu não acho que ela aguentaria o tranco com trabalhos muito pesados. Para uso amador ou mesmo trabalhos mais tranquilos a lente funciona e já dá para brincar com a profundidade de campo curta, mesmo em ambientes com pouco espaço.
« Última modificação: 02 de Setembro de 2016, 13:25:23 por Pistigrilo »
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posilvano

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Resposta #14 Online: 02 de Setembro de 2016, 23:34:21
Cara um dos melhores reviews que já li aqui no fórum!!! Já te falei outras vezes no particular e falo aqui Tb: faça seu canal no YouTube meu camarada! Parabéns pela iniciativa, pra mim isso aqui vira tópico fixo!


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Um novato que curte Fotografia.
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