De fato, diante de séculos de artistas com suas produções e questionamentos acumulados, a busca ainda é a mesma de sempre, um novo paradigma, fazer algo que ainda não foi apresentado.
De imediato vem a pergunta: Como fazer para chegar à novas inspirações??? Ou então: Cadê a minha (ou sua) genialidade???
Bom, pode ser feito com base em um pensamento, um questionamento, ou ainda de maneira aleatória, empírica. E o resultado disso pode ser algo completamente inútil ou algo realmente relevante. Mas é importante lembrar que o “fazer” sempre incorpora contribuições de outras áreas.
Se formos resgatar o que aconteceu na história, os movimentos que se sucederam sempre foram questionamentos sobre aquilo que estava posto, sobre o que já existia. Alguns exemplos, colocados sem ordem cronológica:
O “Expressionismo” era oposição ao impressionismo francês, a arte acontecia de maneira emocional, cores e formas não correspondiam à realidade direta.
A “Arte Moderna” incorporou novas técnicas como a fotografia. Aquilo que estava posto pelo romantismo e pelo realismo era ultrapassado, o importante era novas formas e visões, época da efemeridade e uma sensação de fragmentação da realidade.
O “Dadaísmo” queira romper o estilo clássico/tradicional, queria ser anárquico e irracional.
O “Surrealismo” era o pensamento espontâneo, automático, regrado pelos impulsos do subconsciente.
O “Cubismo” usava as formas geométricas para retratar a natureza.
Etc... etc...
Pois é, mas, e hoje??? Se tem um monte de coisas vagando por ai, o conhecimento técnico, científico, social, cultural, etc... e então??? Diante de tudo o que está feito e posto por aí, o que realmente importa??? O que é que pode ter alguma utilidade??? O que é que eu (ou vc) vou questionar??? Qual é a minha (ou sua) reflexão??? E mais ainda, como é que vamos produzir algo realmente novo, algo que nos permita distinguir daquilo que já está estabelecido??? Lembrando que questionar não significa dar um veredicto, apesar que vc já sai dando uma opinião.
Estamos no meio da revolução digital, tem que juntar um monte de coisas, é preciso perceber o mundo à nossa volta. A gente sobrevive, trabalha, tem parentes, come bebe e fica doente, estamos inseridos em uma sociedade supostamente “organizada”. Apreciamos arte. Nos submetemos à códigos e padrões estabelecidos pelo conhecimento, fazemos escolhas, vivemos na época da velocidade das informações e da efemeridade dos pensamentos.
Mas e então, qual é a sua questão??? Penso que se for para acontecer, o caminho é por ai...