Eu particularmente fiquei impressionado.
Não só as imagens mas também os diálogos são tensos.
Abre aspas ...
“Havia um atirador tentando me matar. Ele acertou minha câmera, na altura do meu rosto. Eu ainda tenho aquela Nikon com um furo de bala”.
“A maior parte dos últimos 50 anos da minha vida foi desperdiçada fotografando guerras. Que bem eu fiz compartilhando essas imagens de sofrimento? Quando alguém está morrendo ou gravemente ferido e em choque, ele precisa de alguém olhando para ele através de uma câmera? Você é a última pessoa que ele quer ver! Ele quer ver médicos correndo para ele, não eu.”
“A guerra é algo completamente fora de controle”. “Todos os valores errados saíam de mim e eu tinha de lidar com eles. Não há como mudar o cenário. Você não pode evitar que pessoas sejam mortas na sua frente.”
“Não precisa ser à noite. Eu tenhos esses pensamentos num táxi ou trem a caminho do interior. (…) São tantas memórias apavorantes. Você não pode… Você não terá uma vida depois de 50 anos fazendo o que eu fiz… Você pode ter um dia bom e empurrar para longe esses pensamentos, mas eles voltam sem ser convidados, inesperados…”
“Eu tenho filhos para tomar conta, tenho uma família e isso mantinha meu equilíbrio. Mas era difícil. Era difícil voltar a Londres depois de testemunhar crianças morrendo famintas e ver meus filhos recusando o almoço de domingo. Eu precisava manter o foco para não sair gritando com eles. Era tão difícil…”
“Quando meu tempo acabar, eu quero deixar para trás um legado de paisagens belas como Somerset. Não quero ser lembrado como um fotógrafo de guerra. Eu odeio esse título."
“Mas não é mesmo difícil ser um ser humano?”
... fecha aspas.