Autor Tópico: Fotografia é tudo sobre o tempo  (Lida 2479 vezes)

Lindsay

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Resposta #15 Online: 18 de Outubro de 2016, 14:32:51

Legal Marcio, ainda vou assistir as outras partes do vídeo.
Conhecimento importa mais que equipamento.


Lindsay

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Resposta #16 Online: 18 de Outubro de 2016, 14:33:45
E os colegas estão convidados a colocar aqui mais referencias sobre esta questão dos "tempos" envolvidos na fotografia.
 
Conhecimento importa mais que equipamento.


Lindsay

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Resposta #17 Online: 18 de Outubro de 2016, 16:23:21
Trechos extraídos do artigo de Georgia Quintas: "A fotografia é a arte necessária para o tempo"

http://olhave.com.br/site/2011/10/a-fotografia-e-a-arte-necessaria-para-o-tempo/



“pela força da interpretação, da leitura, da imersão sensorial e subjetiva que se habilitam a partir da imagem fotográfica. O tempo cronológico (em sua concretude indefectível) reside na imagem, mas – apesar dele – outros tempos se desencadeiam e se emaranham.”


“A imensidão rege o tempo fotográfico. Os significados do tempo no campo teórico foram e vão se categorizando. Portanto, vem a busca de reconhecer o tempo mas, no entanto, transpondo-o para o território da criação, da percepção e da memória. A fotografia, quando posta enquanto paradigma de um tempo e espaço, reconstrói em nós narrativas indomáveis. ”


“Tempo anônimo: aquele que não me pertence, que desconheço. O tipo de tempo que não cabe em mim e que, tampouco, está em nós. O outro retratado – autorrepresentação, personagem contido na pose – guia a problemática do tempo. Entrever a dinâmica de possíveis narrativas numa imagem fotográfica é estabelecer com ela uma conexão com o tempo sugerido através da plástica visível. Após esta aproximação primária, pois se trata de uma relação de encantamento com o retrato fotográfico, é preciso cair no terreno abstrato que constitui e desenvolve a imbricação que passamos ao perceber essa imagem. ”


O tempo, portanto, parece ser o código que converge para territorialidades da memória, de um instante pontual, mas que sempre estará imerso no fluxo da alteridade. Aqui, entendemos que a fotografia é um campo imagético amalgamado entre representação e criação. Portanto, o mundo do outro traz a carga validada pela atmosfera indiciária, mas, sobretudo, pela complexidade de atmosferas simbólicas que irão corresponder à percepção de cada olhar. Emergem, então, as metáforas.
Conhecimento importa mais que equipamento.