Autor Tópico: Eu odeio Bresson  (Lida 23657 vezes)

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Resposta #180 Online: 02 de Novembro de 2016, 05:37:39
Há mais coisas envolvidas numa fotografia do que nós podemos imaginar com uma simples olhada.
Além de toda a análise técnica que estaria relacionada à qualidade, e além da análise composicional que estaria relacionada à estética, há o contexto da época que muitas vezes nos passa despercebido ou mesmo não temos condições de captar.

Questiono se o próprio HCB faria as mesmas fotos hoje. E mesmo se ele não seria crítico de suas próprias imagens. Temos que analisar o artista à luz de sua época.
Estamos numa posição privilegiada na medida em que olhamos para o passado carregados de informações, tecnicismos, chavões, etc.
Acho que quem admira a obra de Bresson ou mesmo de outros artistas é porque, de certa forma, consegue compreender o contexto em que a obra foi concebida.

Podemos pensar o mesmo da Monalisa de Da Vinci. Será que hoje não temos pintores capazes de pintar algo parecido ou melhor? Será que se hoje alguém pintasse uma Monalisa faria o mesmo sucesso? Há espaço para esse tipo de arte?

Na música a mesma coisa. Há espaço para a composição de peças barrocas?

Hoje temos uma visão mais equilibrada dessa questão da "evolução" artística no decorrer do tempo. Mas antes não era assim. Movimento novos sempre queriam aniquilar escolas e pensamentos antigos. Queriam revolucionar, mas não aceitavam coexistir com obras passadas. Tinham que jogá-las ao limbo e impor sua supremacia.

Não adianta pegarmos obras de artistas antigos e analisarmos à luz da nossa conjuntura atual. Há muito mais coisa em jogo. Por isso precisamos analisar o entorno da obra, seu contexto.

Onde foi concebida?
Quando?
Por que? ou Para que?
Foi um estudo? (os grandes mestres ensaiavam também, certo?)
Como era a sociedade da época? O que se podia fazer?

Enfim, uma série de questões que vão além da câmera, ISO, lentes, enquadramento, regras de composição, etc.
Ou seja, o que foi dito desde o comeco. Contexto.
Mas boa analise.


cfcsosa

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Resposta #181 Online: 02 de Novembro de 2016, 08:40:16
Há mais coisas envolvidas numa fotografia do que nós podemos imaginar com uma simples olhada.
Além de toda a análise técnica que estaria relacionada à qualidade, e além da análise composicional que estaria relacionada à estética, há o contexto da época que muitas vezes nos passa despercebido ou mesmo não temos condições de captar.

Questiono se o próprio HCB faria as mesmas fotos hoje. E mesmo se ele não seria crítico de suas próprias imagens. Temos que analisar o artista à luz de sua época.
Estamos numa posição privilegiada na medida em que olhamos para o passado carregados de informações, tecnicismos, chavões, etc.
Acho que quem admira a obra de Bresson ou mesmo de outros artistas é porque, de certa forma, consegue compreender o contexto em que a obra foi concebida.

Podemos pensar o mesmo da Monalisa de Da Vinci. Será que hoje não temos pintores capazes de pintar algo parecido ou melhor? Será que se hoje alguém pintasse uma Monalisa faria o mesmo sucesso? Há espaço para esse tipo de arte?

Na música a mesma coisa. Há espaço para a composição de peças barrocas?

Hoje temos uma visão mais equilibrada dessa questão da "evolução" artística no decorrer do tempo. Mas antes não era assim. Movimento novos sempre queriam aniquilar escolas e pensamentos antigos. Queriam revolucionar, mas não aceitavam coexistir com obras passadas. Tinham que jogá-las ao limbo e impor sua supremacia.

Não adianta pegarmos obras de artistas antigos e analisarmos à luz da nossa conjuntura atual. Há muito mais coisa em jogo. Por isso precisamos analisar o entorno da obra, seu contexto.

Onde foi concebida?
Quando?
Por que? ou Para que?
Foi um estudo? (os grandes mestres ensaiavam também, certo?)
Como era a sociedade da época? O que se podia fazer?

Enfim, uma série de questões que vão além da câmera, ISO, lentes, enquadramento, regras de composição, etc.

exato!


hribeiro

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Resposta #182 Online: 02 de Novembro de 2016, 15:19:59

BAITA RESPOSTA

não tinha lido mesmo... acabei passando e não sei como.
Tem um ponto que tu fala dele ter o seu ponto de vista sobre vários temas. Beleza!
Talvez seja isso... não posso exigir do cara mais do que ele tem a oferecer. E continuando, ele agrada ao seu público, oq de certa forma já havia concordado mais acima.

Tinha a ilusão de que ele estivesse interessado em mostrar uma historia através de suas fotos, pela sua ligação com o fotojornalismo.


Que bom Scoppo!

É importante a gente ver o trabalho desses caras com a mente limpa. Limpa no sentido de absorver e tentar entender o que eles pretenderam transmitir.
Você sempre fala que o p&b dele lhe leva a tristeza, etc. Tente ver de outras formas.
Tente enxergar com outros olhos. Veja outros trabalhos.
Eu vejo muita beleza em algumas fotos, mesmo de pessoas fugindo de perseguição pelo deserto. É melhor ver que eles, embora na dificuldade, estão tendo a oportunidade de procurar um lugar melhor para viver. Estão caminhando para um recomeço.

Em outras comunidades que ele registrou, se não me engano no Peru, ele retratou comunidades no alto das montanhas. A forma de vida deles. Longe das grandes cidades. Estavam felizes em seu lugar, junto com os familiares e amigos.
Comunidades indígenas, tranquilos e sorridentes em seu habitat natural. Talvez nós achamos que uma tribo indígena não é feliz em sua aldeia, sem nada tecnológico, etc, mas eles estão perfeitamente integrados com a natureza e sua cultura!

Há coisas muito belas em fotos do SS. Também há muitas tristes, retratando pessoas em condições bastante difíceis em sua fuga, ignoradas, abandonadas ou repelidas pelos países, que não os acolhem. Semelhante ao que ocorre ainda hoje na Europa, após um bom tempo que suas fotos foram publicadas. Continua acontecendo agora!
Não acredito que ele registrou essa condição das pessoas apenas para mostrar um lado sombrio, para ser aquele a mostrar a maldade humana. Mostrou porque ele não concordava.
A maior prova disso é que ele ficou doente e até deixou de fotografar após ter presenciado tanta maldade, incoerência e perseguição entre os povos e entre etnias, muitas vezes dentro de um mesmo país.
Se você ainda não viu, é interessante assistir ao filme.

« Última modificação: 02 de Novembro de 2016, 15:21:52 por hribeiro »
Helvio

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banzai

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Resposta #183 Online: 03 de Novembro de 2016, 14:23:06
Assisti um doc do HCB ontem, o cara falar que as fotos do cara são feias e fora de foco é zuera né rs
Cara tinha uma técnica absurda, e um feeling igualmente absurdo pra momentos fotograficos.

Acho que fotógrafos com o mesmo nivel de tecnica dele existem sim, mas com a importância das fotos que ele fez, são poucos.


Mestaky

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Resposta #184 Online: 03 de Novembro de 2016, 15:38:03
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Resposta #185 Online: 04 de Novembro de 2016, 08:27:32
Assisti um doc do HCB ontem, o cara falar que as fotos do cara são feias e fora de foco é zuera né rs

Nem liga, é gente que não manja querendo pagar de diferenciado da tal manada  ;)


xande_mike

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Resposta #186 Online: 05 de Novembro de 2016, 06:43:28
Nem liga, é gente que não manja querendo pagar de diferenciado da tal manada  ;)
Eu realmante não manjo!! E não tenho vergonha de dizer isso  ;)
Gostaria de uma explicação do porquê as pessoas morrem de amores por essa foto, que na minha opinião é uma m....  :ponder:
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lee.

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Resposta #187 Online: 05 de Novembro de 2016, 09:02:11
eu particularmente acho essa foto bem legal. Isso não quer dizer que eu morra de amores nem nada.  :ponder:

Gosto dela em termos de composição e pelo "movimento" que a foto transmite (ciclista). Legal como o mesmo acompanha a curva da rua, que faz com que vc consiga entender de imediato de onde ele vem e pra onde ele está indo.

Acho bonito o desenho que a escada/corrimão faz até chegar bem em frente à figura humana. O detalhe dos dois corrimões se "abraçando" bem no centro da foto é interessante. É tudo bastante agradável visualmente. Pra mim são elementos bem bacanas que enriquecem visualmente esta fotografia.

Gosto simplesmente por esses motivos. Não porque tem algum contexto escondido, extremamente poético, uma composição badalada com cálculos que assustariam os mais renomados matemáticos ou porque trás uma mensagem subliminar dos illuminatis  :hysterical:

Você enxerga como um erro/defeito/falha a pessoa borrada, por exemplo, e por essas e outras você acha "uma merda". Talvez por falta de experiência na área, como falei anteriormente (meu primeiro post que nem sei se vc chegou a ler por não ter respondido).

O seu trabalho é focado em retratos, principalmente retratos de estúdio. Não tem uma bagagem forte em outras áreas de fotografia, principalmente street... então fica difícil assim. Se vc visitar mais exposições (pinturas, esculturas, fotografia, cinema, etc), experimentar fotografia de rua (entre outros) talvez mude a sua percepção sobre algumas fotos.

Parece aquele cara que cresceu comendo arroz, feijão, bife bem passado e ao se deparar com um sushi aos 40 anos de idade, acabou achando uma merda pq o peixe é cru, sem gosto algum e gelado na boca  :ponder: Lhe falta experimentar mais o que mundo tem a oferecer. Viajar e fazer coisas novas pra expandir a mente, gostos, visão sobre as coisas
« Última modificação: 05 de Novembro de 2016, 09:06:19 por lee. »
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Rinaldo

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Resposta #188 Online: 05 de Novembro de 2016, 12:04:20
Matou a pau, Lee. Bons comentários também do Karl, Croix, Cássio e Fernando.

Todo mundo tá cansado de saber que gosto não se discute. O que não quer dizer que um dia alguém possa gostar de uma coisa que não gosta hoje.

Mas interessante como esse tópico progrediu. Endeusar alguém nunca é bom, mas odiar também não me parece saudável, mesmo que apenas em figura de linguagem. Talvez tentar entender os motivos seja o caminho, nunca se esquecendo do contexto.

Dito isso, gosto bastante das imagens do Bresson.
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banzai

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Resposta #189 Online: 05 de Novembro de 2016, 16:39:33
Pra mim essa foto mostra simplesmente que tudo está sincronizado, o formato da escadaria,do corrimão,da rua e do ciclista estão em perfeita combinação.
Ai entra aquela coisa do momento do Bresson..

Quando eu vi pela primeira vez não achei nada demais a foto tbm, mas com o tempo passei a gostar e a entender ela.
Não quer dizer que eu 'morra de amores' pela foto, mas eu acho de uma simplicidade e beleza extremas. Que as vezes só alguem que tenha essa sensibilidade, e esse olhar de street consiga enxergar.


Mestaky

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Resposta #190 Online: 06 de Novembro de 2016, 21:28:17
Gostaria de uma explicação do porquê as pessoas morrem de amores por essa foto...

Ela personifica em imagem a sequência de Fibonacci. Hoje pode parecer óbvio, mas talvez não fosse em sua época:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sequ%C3%AAncia_de_Fibonacci

Aqui uma explicação mais simples e objetiva:
http://mundoestranho.abril.com.br/ciencia/o-que-e-a-sequencia-de-fibonacci/

Assim como Ansel Adams sistematizou um método de prever e repetir resultados durante o processo de fotografar, revelar e ampliar, HCB sistematizou a maior parte dos conceitos de composição, aplicação do movimento e do momento na fotografia.
« Última modificação: 06 de Novembro de 2016, 21:38:55 por Mestaky »
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Karl Junior

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Resposta #191 Online: 10 de Novembro de 2016, 18:01:12
Gosto muito dessa foto.

Ela sem o homem na bicicleta já funcionaria muito bem, pois quase todos os elementos presentes (meio fio, corremão e escada) dialogam entre si de forma a dar uma ideia de giro.

A presença do homem de bicicleta vem dialogar com esses elementos na medida em que, além de reforçar o giro, define o sentido como anti-horário.

Na minha humilde opinião, o valor de fotos assim, está na dificuldade de se identificar padrões e elementos que conversam entre si de forma a transmitir uma ideia, um efeito, uma mensagem. Aliado a isso temos que considerar que muitas vezes essa interação entre elementos ocorre em frações de segundo, e nunca mais vão se repetir. Isso é muito diferente de fotografar num ambiente controlado onde podemos tirar fotos repetidamente até conseguirmos o resultado que desejamos.

Há dificuldade nos dois tipos de fotografia, digamos, street e estúdio. Mas são dificuldades bem diferentes.

Fotografar em estúdio exige muito conhecimento técnico, e isso pode ser aprendido. Mas exige também a capacidade de extrair das pessoas o que elas tem de melhor, suas emoções.

Na fotografia street, não há tanta preocupação com a técnica, mas com a mensagem, tal qual no fotojornalismo. Se der pra fazer bem feito, melhor.

Nesse ponto, poderíamos começar a discutir qual dessas duas áreas aproxima-se mais da fotografia como arte, mas aí já seria assunto para um outro tópico.


« Última modificação: 10 de Novembro de 2016, 18:01:51 por Karl Junior »
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fuca66

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Resposta #192 Online: 16 de Novembro de 2016, 20:03:11
Interessante d+++, qdo comecei a fotografar, essas fotos não faziam sentido para mim.

... qto mais bagagem vc adquire, qto mais vc é desafiado a fazer fotos interessantes com menos, mais vc acaba gostando dessas fotos.

Fazia tempo que eu não parava para olhar.... estou muito feliz de conseguir admirar sem me esforçar...

Inclusive é um bom momento para repassar por todos eles e aprender alguma coisa.

Me lembra a primeira vez que li Macunaima na escola, e a professora tentando explicar. Anos depois resolvi ler de novo.. uau... e provavelmente daqui 20 anos, qdo ler novamente terei outro encantamento. 
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Resposta #193 Online: 17 de Novembro de 2016, 06:49:11
Interessante d+++, qdo comecei a fotografar, essas fotos não faziam sentido para mim.

... qto mais bagagem vc adquire, qto mais vc é desafiado a fazer fotos interessantes com menos, mais vc acaba gostando dessas fotos.

Fazia tempo que eu não parava para olhar.... estou muito feliz de conseguir admirar sem me esforçar...

Inclusive é um bom momento para repassar por todos eles e aprender alguma coisa.

Me lembra a primeira vez que li Macunaima na escola, e a professora tentando explicar. Anos depois resolvi ler de novo.. uau... e provavelmente daqui 20 anos, qdo ler novamente terei outro encantamento.

Para mim eh o oposto.
A primeira vez que vi muitas das fotos do Bresson, la na minha adolescencia, eu fiquei encantado. Mesmo sem saber pq, eu sentia a beleza, harmonia, momento e viajava no tempo.

Hoje em dias tais fotos ja nao causam mais apelo em mim, provavelmente por ja esta muito acostumado a elas. Eu gosto de ver trabalhos antigos que conheco, para relembrar, mas minha mente esta sempre anciando por novidades e descobertas.

Minha percepcao visual tambem mudou tremendamente nos ultimos 5 anos... Eu costumava ser muito mais sensivel e afinado visualmente, hoje eu sinto que pordi tal percepcao. Por outro lado eu costumava ser muito calado e introvertido. Hoje eu sou mais extrovertido e falador. Tenho cada vez mais apreciado o prazer de narrar, escrever, ... Estou pensando ate em experimentar ser um escritor fantasma (ou escritor anonimo?).


banzai

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Resposta #194 Online: 17 de Novembro de 2016, 12:18:44
Interessante d+++, qdo comecei a fotografar, essas fotos não faziam sentido para mim.

... qto mais bagagem vc adquire, qto mais vc é desafiado a fazer fotos interessantes com menos, mais vc acaba gostando dessas fotos.

Fazia tempo que eu não parava para olhar.... estou muito feliz de conseguir admirar sem me esforçar...

Inclusive é um bom momento para repassar por todos eles e aprender alguma coisa.

Me lembra a primeira vez que li Macunaima na escola, e a professora tentando explicar. Anos depois resolvi ler de novo.. uau... e provavelmente daqui 20 anos, qdo ler novamente terei outro encantamento.
Comigo é assim pra qualquer coisa, com filmes por exemplo a primeira vez q eu assisti The godfather eu não achei nada demais, na segunda vez ja teve um grande impacto em mim, desde lá ja assisti umas 4,5 vezes e cada vez eu gosto mais, e fica pra mim sendo o melhor filme q eu ja vi.
A diferença foi a bagagem e o conhecimento de cinema que eu fui tendo ao assistir e acompanhar mais do cinema, lendo críticas e fazendo tbm, a mesma coisa com a fotografia, por isso é bom sempre se manter flexivel aos gostos, pq seu gosto pode sempre mudar e sua percepção tbm!