Eu concordo com essa dualidade de fotógrafo comercial e fotógrafo "de arte".
Quanto ao aspecto financeiro de viver da sua arte, isso é o mesmo pra qualquer outro artista, não só o fotógrafo. Você pode fazer algo mais comercial e sobreviver, ou fazer algo mais pessoal e ser o eterno artista da fome.
Ou você pode balancear os dois. O
Mark Cohen faz um trabalho tão extremo, que até como artista celebrado ele tinha dificuldade de vender as fotografias que fazia, e pelo menos no início da carreira ele era fotógrafo de estúdio e fotógrafo de arte em paralelo, provavelmente para poder sobreviver. Fotojornalistas bons conseguem fazer os dois;
James Nachtwey tem fotografias em museus e galerias de arte, mas é essencialmente um jornalista.
Foda é querer ser artista e fotógrafo de eventos ao mesmo tempo. Esse tipo de fotografia deve ser a mais travada de todas. Ninguém quer que você faça fotos sombrias sobre a condição e miséria humana num casamento... eles querem fotos fofinhas e bonitas e super bem iluminadas onde tudo é lindo. Não tem espaço pra subjetividade ali.