Autor Tópico: Seis meses de governo Temer. Cade a crise?  (Lida 2883 vezes)

jbmaruyama

  • Trade Count: (0)
  • Conhecendo
  • *
  • Mensagens: 183
  • Sexo: Masculino
  • É esse botão que aperta pra tirar foto?
Resposta #15 Online: 16 de Novembro de 2016, 16:45:06
:shock:  :shock:  ;)

Acho que 6 meses não dá pra mudar muita coisa. Se havia crise, ainda há. Se não havia, continua não havendo.



Isso.

Também não acompanho política ferrenhamente, muito menos a mídia. Trabalho em concessionária, a crise ainda existe sim, mas aos poucos parece que está se restabelecendo a confiança do povo, nos últimos dois meses tivemos um aumento tímido nas vendas, e o grupo parou de demitir também.
Quanto ao dólar, como o colega citou, antes de o Trump vencer as eleições estava em torno de 3,25.


Rick99

  • Trade Count: (4)
  • Colaborador(a)
  • ****
  • Mensagens: 2.286
  • Sexo: Masculino
  • Amador
Resposta #16 Online: 16 de Novembro de 2016, 17:24:35
A crise ainda está ai, mas parece que parou de piorar. Pelo menos alguns setores (indústria e investimentos) já mostraram uma tímida recuperação no último mês. Já é alguma coisa.



C R O I X

  • Trade Count: (0)
  • Referência
  • *****
  • Mensagens: 5.428
  • Sexo: Masculino
  • Fotografo Multiformato
    • Marcio Faustino
Resposta #17 Online: 16 de Novembro de 2016, 18:17:49
Imprensa não é, nunca foi, nunca será e nem precisa ser isenta (desde que não minta dizendo que é).

Os grupos no poder SEMPRE usarão a imprensa a seu favor, isso vai de Veja até Carta Capital, dependendo do grupo no poder.

Conformem-se e lidem com isso para não se estressar desnecessariamente.

Concordo...
Acredito ser impossivel ser imparcial. Desde que nao finja ser imparcial ou sobre a posicao da publicacao, nao ha nada de errado.

No Jornalismo existem as 5 classicas perguntas. O que, onde, como, quando e pq... Mas onde eu estudei jornalismo eu aprendi que havia uma sexta pergunta, que era : "A quem interessa".


C R O I X

  • Trade Count: (0)
  • Referência
  • *****
  • Mensagens: 5.428
  • Sexo: Masculino
  • Fotografo Multiformato
    • Marcio Faustino
Resposta #18 Online: 16 de Novembro de 2016, 18:23:26
A crise ainda está ai, mas parece que parou de piorar. Pelo menos alguns setores (indústria e investimentos) já mostraram uma tímida recuperação no último mês. Já é alguma coisa.

O Temer fez algumas mudancas que influenciaram nessa melhora timida?

Ou eh apenas a populacao que se sente mais segura em consumir, investir e negociar, com a mudanca do governo independente de ter havido alguma mudanca politica ou nao?


felipemendes

  • Moderador(a) Global
  • Trade Count: (9)
  • Referência
  • *****
  • Mensagens: 8.496
  • Sexo: Masculino
    • Meu Flickr
Resposta #19 Online: 17 de Novembro de 2016, 12:15:27
O Temer fez algumas mudancas que influenciaram nessa melhora timida?

Ou eh apenas a populacao que se sente mais segura em consumir, investir e negociar, com a mudanca do governo independente de ter havido alguma mudanca politica ou nao?

Com certeza não é simplesmente porque o poder mudou de mãos. Acho que ele ainda não fez nada relevante, mas a disposição em fazer conta alguma coisa. Há muita gente contra a PEC 241 que limita os gastos públicos, mas que pra mim é uma medida boa. Porém, assim como o bolsa-família, quando aplicado sozinho, não traz resultado. Estas medidas precisam de uma série de outras medidas pra serem eficazes. Por exemplo, o limite dos gastos públicos tem que vir junto com uma desburocratização de processos, de forma que eles fiquem mais baratos e/ou transparentes. Assim todo mundo vê o quanto é gasto em cada processo.


pablo.ebani

  • Trade Count: (5)
  • Colaborador(a)
  • ****
  • Mensagens: 2.618
  • Sexo: Masculino
Resposta #20 Online: 18 de Novembro de 2016, 09:27:18
 :shock: Tá certo um deputado ganhar mais de 30 salários mínimos fora auxílio moradia, alimentação, combustível e outras regalias, somadas a mais de 500 membros ganhando a mesma coisa, sem falar no Senado que deve ser no mesmo esquema só que em proporção maior. Ai limita-se os gastos com investimentos em áreas de suma importância pro desenvolvimento do país, mal vai sei conseguir manter em funcionamento (a longo prazo) alguns setores e na contramão há reajustes de salários do pessoal la de cima, que estranho esse reajuste das contas, corta de muitos para dar para poucos a quem "lhe" interessam.

Aprovação de uma medida extrema sem nenhum estudo a não ser a vontade de "economizar" é burrice. A população vai continuar crescendo, envelhecendo, e consumindo recursos públicos acima da inflação. Claro que seria uma medida válida se partisse de todos os setores do governo, sozinha ela só vai atrasar o país, sem faculdades (a não ser para os ricos), sem formação de especialidades (o que já não temos). Tá todo mundo olhando pra saída da crise não importa o custo, mas no futuro vai ser bem pior, um país sem investimento em tecnologia, saúde, segurança e educação. Imagine se arrecadando a fortuna que arrecadamos com impostos e podendo gastar o governo roubou, fez muito pouco e mal feito, com um limite de gastos e o dinheiro diminuindo a cada ano vai sobrar o que?
Tira a economia da crise e coloca a população no atoleiro! Difícil decidir.
Fuji X-T2 (x2)
XF 23mm f/2 - XF 35mm f/1.4 (um tesão nessa lente)
7Artisans 50mm f/0.95
https://500px.com/PabloEbani
http://instagram.com/pabloebani_fotografia


cfcsosa

  • Trade Count: (3)
  • Referência
  • *****
  • Mensagens: 9.854
  • Sexo: Masculino
Resposta #21 Online: 18 de Novembro de 2016, 11:03:31
:shock: Tá certo um deputado ganhar mais de 30 salários mínimos fora auxílio moradia, alimentação, combustível e outras regalias, somadas a mais de 500 membros ganhando a mesma coisa, sem falar no Senado que deve ser no mesmo esquema só que em proporção maior. Ai limita-se os gastos com investimentos em áreas de suma importância pro desenvolvimento do país, mal vai sei conseguir manter em funcionamento (a longo prazo) alguns setores e na contramão há reajustes de salários do pessoal la de cima, que estranho esse reajuste das contas, corta de muitos para dar para poucos a quem "lhe" interessam.

Aprovação de uma medida extrema sem nenhum estudo a não ser a vontade de "economizar" é burrice. A população vai continuar crescendo, envelhecendo, e consumindo recursos públicos acima da inflação. Claro que seria uma medida válida se partisse de todos os setores do governo, sozinha ela só vai atrasar o país, sem faculdades (a não ser para os ricos), sem formação de especialidades (o que já não temos). Tá todo mundo olhando pra saída da crise não importa o custo, mas no futuro vai ser bem pior, um país sem investimento em tecnologia, saúde, segurança e educação. Imagine se arrecadando a fortuna que arrecadamos com impostos e podendo gastar o governo roubou, fez muito pouco e mal feito, com um limite de gastos e o dinheiro diminuindo a cada ano vai sobrar o que?
Tira a economia da crise e coloca a população no atoleiro! Difícil decidir.

acho que você como muitos não entenderam corretamente a PEC 241. Ela não limita gastos em nada, ela limita que se gaste mais que a inflação, sem resolver a dívida pública seremos engolidos por ela e aí  sim não haverá dinheiro para saúde e educação.


Rick99

  • Trade Count: (4)
  • Colaborador(a)
  • ****
  • Mensagens: 2.286
  • Sexo: Masculino
  • Amador
Resposta #22 Online: 18 de Novembro de 2016, 11:30:49
acho que você como muitos não entenderam corretamente a PEC 241. Ela não limita gastos em nada, ela limita que se gaste mais que a inflação, sem resolver a dívida pública seremos engolidos por ela e aí  sim não haverá dinheiro para saúde e educação.

Exato.
As pessoas confundem PEC com o ajuste fiscal. A segunda sim corta gastos e pode aumentar impostos.
A coisa piora pois as duas coisas poderão ser implantadas pelo governo.


robertostrabelli

  • Trade Count: (0)
  • Conhecendo
  • *
  • Mensagens: 162
  • Sexo: Masculino
  • Papógrafo Profissional
Resposta #23 Online: 18 de Novembro de 2016, 18:11:52
Rico enfiando a mão no bolso do pobre desde sempre e o pobre sorri e concorda :o


Há alternativas para a PEC

Como propõe Laura, há alternativas para a PEC 241. Por exemplo, um dos grandes debates a ser travado pela sociedade civil deveria ser a taxa de juros altíssima no país e trabalhar formas de diminui-la sem impactos na inflação.

Outra questão apontada pela Professora foi a dos impostos – “Então, se você quer uma solução de curto prazo e o país tem mais de 65% dos rendimentos dos que são os mais ricos na população que são isentos de impostos, nada mais justo e natural que a gente discuta cobrança de impostos em cima desses que podem pagar mais”.

A tributação inclusive pode ser de operações que são tributadas na gigantesca maioria dos países do mundo –  “A maior parte dos países no mundo, por exemplo, tributa dividendos, ou seja, aqueles lucros que vêm das empresas, mas que não são reinvestidos nas empresas e vão para os sócios. A gente desde 1995 parou de tributar isso. Quase todos os países do mundo tributam isso”.

Algumas alternativas, da mesma forma, são mais consensuais entre economistas, mas que estranhamente o Congresso não as adota – “A primeira coisa que o Congresso precisa fazer é eliminar todas aquelas desonerações fiscais que foram concedidas a torto e a direito sem contrapartida durante os anos do governo Dilma. Isso não está nem na mesa [para ser discutido]”.

“Por que que muitos grandes empresários, muitos parlamentares são a favor da PEC 241, mas não discutem desonerações fiscais? Acho que não é muito difícil imaginar” – complementa.

Fonte: http://justificando.com/2016/10/26/professora-de-economia-da-usp-explica-o-que-voce-precisa-saber-sobre-pec-241/

"A liberdade, Sancho, não é um pedaço de pão."


cfcsosa

  • Trade Count: (3)
  • Referência
  • *****
  • Mensagens: 9.854
  • Sexo: Masculino
Resposta #24 Online: 18 de Novembro de 2016, 18:50:03
Rico enfiando a mão no bolso do pobre desde sempre e o pobre sorri e concorda :o


Há alternativas para a PEC

Como propõe Laura, há alternativas para a PEC 241. Por exemplo, um dos grandes debates a ser travado pela sociedade civil deveria ser a taxa de juros altíssima no país e trabalhar formas de diminui-la sem impactos na inflação.

Outra questão apontada pela Professora foi a dos impostos – “Então, se você quer uma solução de curto prazo e o país tem mais de 65% dos rendimentos dos que são os mais ricos na população que são isentos de impostos, nada mais justo e natural que a gente discuta cobrança de impostos em cima desses que podem pagar mais”.

A tributação inclusive pode ser de operações que são tributadas na gigantesca maioria dos países do mundo –  “A maior parte dos países no mundo, por exemplo, tributa dividendos, ou seja, aqueles lucros que vêm das empresas, mas que não são reinvestidos nas empresas e vão para os sócios. A gente desde 1995 parou de tributar isso. Quase todos os países do mundo tributam isso”.

Algumas alternativas, da mesma forma, são mais consensuais entre economistas, mas que estranhamente o Congresso não as adota – “A primeira coisa que o Congresso precisa fazer é eliminar todas aquelas desonerações fiscais que foram concedidas a torto e a direito sem contrapartida durante os anos do governo Dilma. Isso não está nem na mesa [para ser discutido]”.

“Por que que muitos grandes empresários, muitos parlamentares são a favor da PEC 241, mas não discutem desonerações fiscais? Acho que não é muito difícil imaginar” – complementa.

Fonte: http://justificando.com/2016/10/26/professora-de-economia-da-usp-explica-o-que-voce-precisa-saber-sobre-pec-241/

Uma coisa não impede a outra, mas querer usar uma como um remédio ruim (sendo que não é) se trata de uma desculpa tipicamente política pra justificar um ponto de vista. E veja, ainda é um argumento frágil:

"Por exemplo, um dos grandes debates a ser travado pela sociedade civil deveria ser a taxa de juros altíssima no país e trabalhar formas de diminui-la sem impactos na inflação."

Nossos juros são altos porque todo mundo compra títulos da dívida interna e por isso a PEC 241 é importante, ela permite controlar a dívida.

Tributação dos mais ricos e revogar desonerações pode e deve ser olhado, mas não podemos deixar de aprovar a PEC.


sri_canesh

  • Trade Count: (11)
  • Colaborador(a)
  • ****
  • Mensagens: 1.720
  • Sexo: Masculino
Resposta #25 Online: 19 de Novembro de 2016, 07:55:34

A tributação inclusive pode ser de operações que são tributadas na gigantesca maioria dos países do mundo –  “A maior parte dos países no mundo, por exemplo, tributa dividendos, ou seja, aqueles lucros que vêm das empresas, mas que não são reinvestidos nas empresas e vão para os sócios. A gente desde 1995 parou de tributar isso. Quase todos os países do mundo tributam isso”.


A diferença no caso é que as empresas "do mundo todo" não tem um imposto chamando IRPJ. Não há cobrança do IRPF hoje pois a tributação já é feita antes da distribuição dos dividendos. Se for começado a cobrar IRPF sem acabar com o IRPJ teremos (mais) um caso de bi-tributação.
Sem contar que isso ferraria também com uma série de pequenas empresas que hoje não podem estar no SIMPLES.

Com relação ao resto eu concordo em algumas coisas. Há uma série de setores ineficientes que vivem recebendo benesses do governo enquanto outras são extremamente tributadas criando casos absurdos. Mesmo o SIMPLES é uma confusão danada e com muitas fraudes (algumas pessoas ~mentem levemente~ seu CNAE para poder se enquadrar)

Essa idéia de tributar mais é muito simplista. Nós já estamos no limite da tributação e achar que tributar mais não vai aumentar os custos dos produtos e serviços é inocência.

Pode até ser que a PEC 241 seja destrambelhada (apesar de eu achar que não) mas não dá mais para pensar que o Estado é um ente milagroso que vai buscar $ em uma dimensão paralela.


felipemendes

  • Moderador(a) Global
  • Trade Count: (9)
  • Referência
  • *****
  • Mensagens: 8.496
  • Sexo: Masculino
    • Meu Flickr
Resposta #26 Online: 19 de Novembro de 2016, 12:35:42
Essa idéia de tributar mais é muito simplista. Nós já estamos no limite da tributação e achar que tributar mais não vai aumentar os custos dos produtos e serviços é inocência.

Exatamente isso. É como pensar que, ao invés de buscar pontos de ineficiência (creio que ninguém vai discordar que existem muitos), a gente resolvesse pensar em arrumar mais dinheiro pra cobrir esta ineficiência.

A PEC por si só não vai fazer ninguém ficar mais eficiente, mas vai fazer com que se busque formas de ser mais eficiente, ao invés de aumentar mais o orçamento e botar o povo pra pagar.


spositom

  • Trade Count: (2)
  • Colaborador(a)
  • ****
  • Mensagens: 1.654
Resposta #27 Online: 19 de Novembro de 2016, 15:30:07

Com relação ao resto eu concordo em algumas coisas. Há uma série de setores ineficientes que vivem recebendo benesses do governo enquanto outras são extremamente tributadas criando casos absurdos. Mesmo o SIMPLES é uma confusão danada e com muitas fraudes (algumas pessoas ~mentem levemente~ seu CNAE para poder se enquadrar)

Essa idéia de tributar mais é muito simplista. Nós já estamos no limite da tributação e achar que tributar mais não vai aumentar os custos dos produtos e serviços é inocência.

Pode até ser que a PEC 241 seja destrambelhada (apesar de eu achar que não) mas não dá mais para pensar que o Estado é um ente milagroso que vai buscar $ em uma dimensão paralela.

Deparei com uma pesquisa a algum tempo, infelizmente não achei

Mostra o valor gasto em departamentos fiscais/tributário  x faturamento dos  em várias nações

Aqui em terras tupiniquim temos temos um overhead muuuito alto de MO somente para administrar a orgia fiscal e mesmo assim alguns estados que não reconhecem o imposto pago e querem também tarifar, ICSM cobrado duas vezes em vendas interestaduais por exemplo.

Em minha opinião, politico não sabe o que é ser empreendedor, ele não sabe gerar empregos além do que ele arruma pra "turma",  na verdade eles nunca produziram nada, nós geramos e eles fingem administrar.