Minha namorada é designer, estudamos montar um negócio de assessoria de imagem digital para empresas aliando designer+fotografia, e ontem mesmo falávamos sobre esse assunto que sempre gera ótimas discussões: o valor do serviço VS o reconhecimento do cliente.
Não acho que o Macrolook pegou pesado. Ele foi apenas irônico com a proposta do casal (que inclusive tem um pouco de intimidade com ele), respondeu na mesma moeda. Agora, acho que a proposta deles não tem haver com falta de ética ou exploração. Tem haver com o que conversava ontem com minha namorada: falta de conhecimento/ visão dos futuros "empresários".
Imaginem: até pouco tempo o empresário que precisava investir em propaganda visual (foto, logo, identidade visual) de seu negócio tinha apenas a opção de veicular em revistas, jornais ou tv. Mas a tv era apenas para poucos milionários. As pequenas empresas só chegavam até as revistas sociais locais ou jornais, no máximo flyers de rua. Dai agora a internet abriu as porteiras do mundo. Uma pequena empresa, feita em sua casa, pode alcançar um clientes lá na europa. E dai o que o pessoal faz? Com falta de visão da importância de uma identidade visual de qualidade, boas fotos, etc, eles procuram os profissionais visuais mais baratos: fotógrafos que estão começando, designers que pegam logo pronta e assim por diante.
É lógico que esse tipo de empresário não vai durar no mercado. Se ele não tem visão para saber que esse serviço é essencial logo vai pecar em outras áreas.
Concordo um pouco com o que disse o Croix sobre a saturação do mercado devido as tecnologias. Mas também acho que o Dellano tem razão ao dizer que quem se propõe a viver de fotografia tem de inovar sempre, seguir as tendências, estudar muito e sempre para poder se destacar.
E por último, voltando ao "escambo" de fazer permuta, acho que dependendo do caso o fotógrafo tem de estar ligado no que trará benefícios. A primeira pessoa que respondeu falou de um caso interessante de ter de conseguir portfólio e chamar alguém pra realizar de graça. Nesse caso teve um retorno excelente. Ontem assistia a um curso de fotografia gastronômica onde o palestrante dava a situação de, para montar portfólio, fazer permuta com donos de restaurante. Que eles paguem a metade em permuta (ou tudo, dependendo do trabalho) e depois que o fotografo use a permuta para levar clientes no restaurante para fechar negócios. É apenas um exemplo, mas achei válido para que a pessoa fique sempre aberta a sacar o que pode ou não lhe dar retorno.