Autor Tópico: Você compraria uma Leica M9?  (Lida 11079 vezes)

cfcsosa

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Resposta #45 Online: 03 de Maio de 2017, 16:35:17
A sua Voigtlander 50/1.5 é prateada! Linda heim? A minha VC 50/1.5 é preta. Maravilhosa lente! Aliás vendi quase todas as lentes antigas para SLR e substitui por Voigtlander por ser menores, cores e contrastes bons e o adaptador é mais fininho deixando o conjunto lente+corpo mais compacto.

Pois é curcino, cheguei à mesma conclusão faz tempo, você sabe, mas somente recentemente surgiu uma oportunidade para aquisição de uma.

Dizem que as Leicas são ainda melhores assim como as Contax e pra você que tem Sony, experimente o adaptador Techart!



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marcohov

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Resposta #46 Online: 07 de Maio de 2017, 21:34:23
Acho muito dinheiro.... usava as lentes zeiss distagon com minha nikon d4 e o resultado é bem bom. Agora estou comprando as panasonic leica e o resultado é bem positivo.
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fuca66

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Resposta #47 Online: 12 de Maio de 2017, 17:16:39
Quando falamos de objetos de luxo, como ferrari, relogios, etc... estamos também falando de investimento, pois na maioria dos casos, é uma forma de mesclar os investimentos, assim como boa parte investe desse público em obras de arte. Existe um mercado volatil para cada um deles, cada qual com sua liquidez.
Então quem compra Ferrari, além de gostar, no fundo no fundo está pensando também em investimento, por isso não vemos esses carros sendo moídos nas pistas.
No caso da Leica ela ainda não pode ser colocada nesse mesmo patamar para ser chamada de investimento.
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AFShalders

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Resposta #48 Online: 12 de Maio de 2017, 17:38:41
No caso da Leica ela ainda não pode ser colocada nesse mesmo patamar para ser chamada de investimento.

Exatamente. Os únicos corpos de Leica que tiveram valorização foram os mais raros de filme e mesmo assim os em excepcional estado de conservação. O colecionador de Leica é geralmente um tarado e não perdoa nem os minimos riscos na base da câmera. As lentes tem que estar impecáveis, em um nivel absurdamente alto. O material digital, por conta da obsolescencia tende a desvalorizar, exceto talvez algum material comemorativo raro.

Para voces terem uma ideia de como colecionador de Leica é exigente, eu tinha uma Summicron 50 R 1 cam que era de uma Leicaflex, em estado bem razoavel, algum desgaste normal na pintura preta e infimas marcas de limpeza no primeiro elemento. Essa lente quando chegou as minhas mãos ja deveria ter uns 40 anos facilmente. Sabe quanto me ofereceram nela ? Z-E-R-O ! Não atendia ao padrão da loja. Vendi um conjunto de 6 Voigtlanders impecaveis, na caixa, por um preço legal na mesma loja.

Resumindo, você só ganha dinheiro com Leica se souber muito o que faz e se o seu material for impecavel e raro.



cfcsosa

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Resposta #49 Online: 12 de Maio de 2017, 17:54:27
Mas por outro lado eu tenho acompanhado o mercado de Leicas e o valor de uma M6 é absurdo


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AFShalders

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Resposta #50 Online: 12 de Maio de 2017, 17:59:49
Na minha opinião as únicas que eu consideraria seriam as M6/M3 e a R6.
Na verdade, eu fugiria das M3 porque a chance de pegar uma cortina prestes a romper é de uns 90% kkk


cfcsosa

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Resposta #51 Online: 12 de Maio de 2017, 18:30:33
Na minha opinião as únicas que eu consideraria seriam as M6/M3 e a R6.
Na verdade, eu fugiria das M3 porque a chance de pegar uma cortina prestes a romper é de uns 90% kkk

Nos EUA vendem geralmente revisadas e na Alemanha também, agora aqui no Brasil tem um cara muito bom em consertar as Leicas que se chama Celso.


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Bucephalus

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Resposta #52 Online: 13 de Maio de 2017, 04:50:28
O que pega muito na escolha de uma rangefinder é também saber quais framelines a câmera possui. Acho que a M3 só vai de 50mm pra frente. E framelines de 28mm acho que só na M4, M6 e M7.

Enfim, não que eu fosse comprar uma Leica, mas isso é algo a considerar. Comprar uma Leica pra mim é muita afetação, muito preciosismo. Nem a desculpa de usar as lentes é muito válida... mais jogo pegar uma Voigtlander Bessa R. O modelo mais caro custa 900 dólares nova. Uma Leica M7/MP custa 4.500... é muita vontade de ter uma câmera com um logotipo vermelho na frente, fala sério.


cfcsosa

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Resposta #53 Online: 13 de Maio de 2017, 10:46:36
O que pega muito na escolha de uma rangefinder é também saber quais framelines a câmera possui. Acho que a M3 só vai de 50mm pra frente. E framelines de 28mm acho que só na M4, M6 e M7.

Enfim, não que eu fosse comprar uma Leica, mas isso é algo a considerar. Comprar uma Leica pra mim é muita afetação, muito preciosismo. Nem a desculpa de usar as lentes é muito válida... mais jogo pegar uma Voigtlander Bessa R. O modelo mais caro custa 900 dólares nova. Uma Leica M7/MP custa 4.500... é muita vontade de ter uma câmera com um logotipo vermelho na frente, fala sério.




Na verdade eu teria sim uma câmera icônica como uma M3, câmera com história, só pelo fato de gostar da história e por ter o prazer de usar algo que foi objeto de trabalho de muitos, mesmo com todas suas limitações.


Mas por acaso eu tenho uma Bessa R2a, é sem dúvida uma câmera bacana, mas ao comparar com uma Leica M6 você entende porque ela custa mais. Tudo é milimétricamente ajustado, perfeito, os controles simplesmente deslizam por seus dedos, é algo indescritível, precisa usar pra entender.


Façamos assim: Pegue em mãos uma Leica M6 e uma Bessa R2A e me fale o que achou.


Com relação aos Frames, a M6 já tem todos e a Bessa tem mais frames que qualquer Leica.


Na verdade eu adoro a Bessa, assim como tem a Minolta CL que também pode ser uma opção ou muitas outras câmeras mais baratas que aceitam lentes M.


Em tempo: A Bessa é uma delícia de usar, mas ela tem validade, é eletrônica, a Leica é totalmente mecânica.





Em tempo: Eu gosto de fotografia, mas meu gosto não se resume apenas aos equipamentos, só que é como carros, eu curtiria muito ter um modelo que fez história em mãos.

E comprei a Bessa por ter lentes M que uso na Fuji, achei uma boa ideia aproveitar em ambas meu conjunto de lentes.
« Última modificação: 13 de Maio de 2017, 10:50:52 por cfcsosa »


Bucephalus

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Resposta #54 Online: 13 de Maio de 2017, 18:21:04
Façamos assim: Pegue em mãos uma Leica M6 e uma Bessa R2A e me fale o que achou.

Não duvido que as Leicas sejam mais suaves, ou que o obturador seja mais silencioso. Mas pra mim uma câmera é uma ferramenta, é um "meio para um fim", é um instrumento usado para realizar uma tarefa. Pra mim o que importa é se funciona, e não a excelência táctil/mecânica, ou a mitologia.

Isso é o que faz a Leica vender câmeras por 5 vezes o preço das competidoras: essa aura de item de luxo, de mito, de história, de instrumento de arte e todo blá blá blá que pra quem está interessado em produzir fotos não importa em nada, mas que seduz um monte de gente que gosta de câmeras e de comprar brinquedos.



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Em tempo: A Bessa é uma delícia de usar, mas ela tem validade, é eletrônica, a Leica é totalmente mecânica.

As duas Leicas atuais de filme, a M7 e MP, são eletrônicas, se a bateria acabar elas não disparam. Já a Voigtlander faz 4 variedades da Bessa atualmente, e 2 delas são mecânicas. Se a bateria acabar elas pelo menos continuam disparando, mesmo que sem fotômetro.

Se algum componente eletrônico dessas Leicas modernas queimar você também vai estar com um mega problema nas mãos. E as M4, M5, M6 e todas após a M3 possuem fotômetro embutido, que até onde eu sei pode dar pau também. A câmera não vai parar de funcionar, mas vai ficar meio capada. Todas as Leicas possuem prazo de validade também, nenhuma vai ser infinita (ou mais infinita que uma Bessa).

Tirando todas as vantagens subjetivas de excelência mecânica, as Bessa e as Leica possuem as mesmas probabilidades de problemas. A diferença é que se uma Bessa R der pau você tem dinheiro suficiente para comprar outras 4 pelo mesmo preço de uma Leica equivalente! Também imagino que o custo de reparo seja muito mais em conta.


cfcsosa

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Resposta #55 Online: 13 de Maio de 2017, 18:36:02
Não duvido que as Leicas sejam mais suaves, ou que o obturador seja mais silencioso. Mas pra mim uma câmera é uma ferramenta, é um "meio para um fim", é um instrumento usado para realizar uma tarefa. Pra mim o que importa é se funciona, e não a excelência táctil/mecânica, ou a mitologia.

Isso é o que faz a Leica vender câmeras por 5 vezes o preço das competidoras: essa aura de item de luxo, de mito, de história, de instrumento de arte e todo blá blá blá que pra quem está interessado em produzir fotos não importa em nada, mas que seduz um monte de gente que gosta de câmeras e de comprar brinquedos.



As duas Leicas atuais de filme, a M7 e MP, são eletrônicas, se a bateria acabar elas não disparam. Já a Voigtlander faz 4 variedades da Bessa atualmente, e 2 delas são mecânicas. Se a bateria acabar elas pelo menos continuam disparando, mesmo que sem fotômetro.

Se algum componente eletrônico dessas Leicas modernas queimar você também vai estar com um mega problema nas mãos. E as M4, M5, M6 e todas após a M3 possuem fotômetro embutido, que até onde eu sei pode dar pau também. A câmera não vai parar de funcionar, mas vai ficar meio capada. Todas as Leicas possuem prazo de validade também, nenhuma vai ser infinita (ou mais infinita que uma Bessa).

Tirando todas as vantagens subjetivas de excelência mecânica, as Bessa e as Leica possuem as mesmas probabilidades de problemas. A diferença é que se uma Bessa R der pau você tem dinheiro suficiente para comprar outras 4 pelo mesmo preço de uma Leica equivalente! Também imagino que o custo de reparo seja muito mais em conta.


Concordo com você, como eu disse, existe uma diferença entre desejo e necessidade: Pra necessidade qualquer uma atende, para desejo a Leica quando eu tiver grana acho que pego uma pela sua história, novamente como eu já disse antes: Não se trata de ter porque vai me fazer mais produtivo ou melhorar a fotografia, é simplesmente pelo prazer.


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LeandroR

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Resposta #56 Online: 13 de Maio de 2017, 18:42:18
Eu entendo o que o Carlos está dizendo. Faz um certo sentido: o prazer de ter algo.
Mas ao mesmo tempo vejo como é tênue esta linha que supostamente separa o que é "prazer de ter" do "status de ter".


Bucephalus

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Resposta #57 Online: 13 de Maio de 2017, 19:11:52
Não tem problema em querer comprar algo somente pelo prazer de querer ter -- se bem como o Leandro disse, a linha entre o desejo pessoal e ostentação é bem tênue. O cara que compra uma Leica quer também falar sobre a sua Leica, quer mostrar a sua Leica, quer divagar sobre a superioridade mecânica da Leica e no fim adquirir por tabela a impressão de ser um fino apreciador da arte fotográfica... o cara que tem uma Nikon D80 não vai fazer isso.

Só acho que se você está afim de ter um item supérfluo, vá na fé, não fique pesando os prós e contras, não fique contando dinheiro... você nunca vai achar uma razão real para efetuar a compra.

Eu não tenho esse problema com câmeras, mas tenho com fotolivros. Sempre fico tentando me convencer de que eu não preciso de mais um livro de fotografia, que não preciso comprar Minutes do Midnight do Trent Parke, ou London/Wales do Frank, ou In Flagrante do Chris Killip, Capitolio do Chris Anderson... eu posso ver esses livros na internet, ou na biblioteca da minha cidade ou da minha universidade. Esses livros custam muito caro, alguns mais de 100 dólares, e eles ocupam espaço na minha prateleira, mas ahhhh... eu quero comprar porque eu quero, eles são históricos e simbolizam o que eu gosto em fotografia mesmo que não possuem muita função real. Não tem explicação racional, só existe o desejo mesmo.


cfcsosa

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Resposta #58 Online: 13 de Maio de 2017, 19:28:29
Não tem problema em querer comprar algo somente pelo prazer de querer ter -- se bem como o Leandro disse, a linha entre o desejo pessoal e ostentação é bem tênue. O cara que compra uma Leica quer também falar sobre a sua Leica, quer mostrar a sua Leica, quer divagar sobre a superioridade mecânica da Leica e no fim adquirir por tabela a impressão de ser um fino apreciador da arte fotográfica... o cara que tem uma Nikon D80 não vai fazer isso.

Só acho que se você está afim de ter um item supérfluo, vá na fé, não fique pesando os prós e contras, não fique contando dinheiro... você nunca vai achar uma razão real para efetuar a compra.

Eu não tenho esse problema com câmeras, mas tenho com fotolivros. Sempre fico tentando me convencer de que eu não preciso de mais um livro de fotografia, que não preciso comprar Minutes do Midnight do Trent Parke, ou London/Wales do Frank, ou In Flagrante do Chris Killip, Capitolio do Chris Anderson... eu posso ver esses livros na internet, ou na biblioteca da minha cidade ou da minha universidade. Esses livros custam muito caro, alguns mais de 100 dólares, e eles ocupam espaço na minha prateleira, mas ahhhh... eu quero comprar porque eu quero, eles são históricos e simbolizam o que eu gosto em fotografia mesmo que não possuem muita função real. Não tem explicação racional, só existe o desejo mesmo.

Coloquei o tema para debate, achei bacanas as colocações de todos e inclusive comecei pensando em M9 e hoje penso em M3, tudo pelas opiniões do tópico, portanto, não tenho como inútil a abertura deste tópico.

Sim, é supérfluo, sim o cara que compra uma Ferrari quer ter o prazer de dirigir, mas não é meu caso querer ostentar. Até porque hoje em dia existem outros equipamentos para quem quer ostentar e não uma câmera antiga de filme.


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bjorn

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Resposta #59 Online: 13 de Maio de 2017, 20:00:59
Conheço uma artista que se der um pedaço de carvão de churrasqueira para ela, faz desenhos de cair o queixo. Se você me der as melhores tintas e lapis de cor do mundo meus desenhos serão ridiculamente ruins.


Tive um amigo que era clínico geral e cirurgião. Sempre quiz ser médico desde a infância. Tornou - se um médico inexpressivo apesar de ter estudado feito um louco , lembro - me bem disso , mas quando pegava um pedaço de papel e um lápis,  por mais vagabundo que fossem , desenhava e colorida verdadeiras obras de arte . Nunca se interessou em ser um desenhista , teria sido simplesmente fenomenal , preferiu ter sido um médico de cidade do interior ...
A P O S E N T A D O  ... fotografia agora SÓ por puro prazer ... !