Autor Tópico: Scanner de filme Nikon Coolscan V  (Lida 10024 vezes)

Francisco

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Online: 28 de Dezembro de 2006, 12:30:31
Como alguns já devem saber, sou bastante apegado à fotografia com filme. A justificativa é simples: não gostaria de deixar as minhas objetivas manuais de lado. Além disso, não me agrada o fator de crop existente nas DSLR que o meu bolso pode comprar. Uso muito mais grande-angular do que tele.

Não vou enumerar as vantagens das DSLR. Claro que são muitas em termos de produtividade, praticidade, didática e tudo mais. Esses questionamentos já existem em outros tópicos.

MOTIVAÇÃO

Bom, para começar o review, surge a pergunta: por que comprar um scanner de negativos se muitos laboratórios oferecem este serviço? Eis algumas justificativas:

- em algumas cidades, laboratórios cobram preço de ouro para escanear um rolo de 36 poses;

- os laboratoristas normalmente não dominam o equipamento;

- você nunca sabe o que esperar da digitalização, a não ser que conheça o operador há algum tempo;

OPÇÕES

Pesquisei vários modelos, incluindo Microtek, Pacific Image, Minolta e Nikon. Os Minolta eram ótimos e baratos, mas infelizmente saíram de linha. Quem comprou, comprou; quem não comprou, ficou na saudade. Os Nikon recebem bons reviews, mas são bem mais caros em comparação com os Minolta. Os Microtek possuem bons reviews no quesito qualidade, mas algumas avaliações negativas quanto à durabilidade. Os Pacific Image são bem baratos, mas encontrei avaliações negativas tanto no quesito qualidade de imagem quanto durabilidade.

Como no Brasil é impossível conseguir testar um equipamento desses, optei pelo Nikon que, apesar de caro, eu correria menos riscos. Fiquei entre dois modelos: o Coolscan V ($550-600) e o Coolscan 5000 ($950-1000). A minha idéia inicial era importar legalmente dos EUA, mas a burocracia envolvida acabou me desmotivando, apesar de o preço ser atraente (o Coolscan V chegaria no Brasil custando cerca de R$2400,00 com todos os impostos e frete pagos).

Deixei a idéia de lado e pensei seriamente em adquirir uma Pentax K100d e aproveitar ao menos as objetivas manuais Pentax. Mas o fator de crop e o fato de abandonar a minha AE1 e as objetivas me desanimava.

Resumindo: acabei encontrando o scanner na Consigo (www.consigo.com.br). O preço saiu mais caro do que se eu importasse, mas a comodidade e a facilidade para reclamar falou mais alto. Fiz o pedido ontem e chegou hoje em torno das 9h (por SEDEX 10).


COOLSCAN V x COOLSCAN 5000

Lendo e relendo as especificações dos dois modelos, as diferenças básicas entre os dois modelos são:

- dynamic range de 4.6 no Coolscan 5000 e 4.2 no V;
- tempo de scan de 20 segundos no 5000 e 38 segundos no V;
- o 5000 tem a possibilidade de usar um adaptador (U$450) que permite a inserção de rolos de até 40 poses para digitalização em lote;

A possibilidade de escanear rolos de 36 poses foi o que mais me seduziu, mas vendo que o preço do adaptador, afastei essa idéia. Por esse preço, daria quase para comprar mais um Coolscan V.

A latitude pode ser um fator crítico para cenas de alto contraste, mas nos meus testes ainda não senti perdas de altas luzes ou regiões de sombra. Na minha opinião, o Coolscan 5000 vale a pena se a pessoa tiver dinheiro para comprar o adaptador para rolos de filme e está pensando em ganhar uma grana com isso.

INSTALAÇÃO

Para colocar o scanner para funcionar, basta instalar o software do cd, reiniciar o computador, ligar o scanner na tomada, na usb e deixar o Windows instalar os drivers automaticamente.

Pronto! Agora você já pode inserir uma tira de 2 a 6 negativos no scanner e fazer a captura no seu software de edição preferido.


OPÇÕES DE DIGITALIZAÇÃO

Quando pesquisei os modelos de scanner, via que eles faziam intensa propaganda do tal "Digital ICE", que é um redutor de riscos e pontos do negativo. Nas primeiras digitalizações, desabilitei esse recurso por achar "frescura". Logo entendi o porquê da propaganda. Não encontrei um negativo sequer em perfeitas condições. Todos têm arranhões, pontos brancos, enfim, daria um trabalho do cão para retocar tudo. Com o Digital ICE ligado, o tempo de scan ficou mais lento, mas removeu com sucesso todos os riscos e pontos sem interferir nas texturas da imagem.

Um negativo pode ser escaneado em até 20MP, em 8 ou 14 bits/canal, podendo ser salvo em NEF (que é o raw proprietário da Nikon) em TIFF 16bits (arquivo maior, mas fácil de abrir em qualquer lugar), TIFF 8bits, JPEG, entre outros. O tempo de scan não diminui com uma resolução mais baixa.

Bom, aos poucos irei colocando fotos e quem quiser fazer perguntas, sintam-se à vontade.








 
Francisco Amorim
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Eduikeda

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Resposta #1 Online: 28 de Dezembro de 2006, 12:50:15
Muito legal seus comentários a respeito do review desse scan, minha dúvida já foi sanada...se ele podia gravar em NEF. Mesmo aqui em Sampa, o escaneamento de filme é um absurdo de caro e o tamanho rídiculo (muitas vezes 10X15).
Este ano pude testar vários P&B de filme e especialmente cromos, fiquei apaixonado e com uma vontade séria de pegar um scanner no ano que vem.
Abraços e quero ver as fotos...rsrs
 :thmbup:  
Edu Ikeda

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Paulo Machado

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Resposta #2 Online: 28 de Dezembro de 2006, 17:18:05
Francisco, parabéns, grande compra.
Depois coloca uns exemplos para a gente ver.
 
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Zyk

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Resposta #3 Online: 28 de Dezembro de 2006, 22:37:31
Parabéns pela aquisição!!!

Ter um scanner de filme é um grito de independência. :lol:.

Mostra para gente o que este scanner é capaz de fazer! Estou na expectativa!!


Francisco

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Resposta #4 Online: 29 de Dezembro de 2006, 01:50:43
Aí vão algumas fotos:


Kodak Proimage 100
Pentax SMC 50mm F1.7


Kodak GC 400
Tokina 28mm F2.8 (K mount)

Ops... a torre deveria ficar à esquerda... escaneei do lado avesso :P


Pentax SMC 50mm F1.7
Filme Fuji (acho que é o Quality 100)
Mexi nos levels e na saturação para ficar semelhante à foto que eu tinha impressa.


Mesmas configurações que a anterior
« Última modificação: 29 de Dezembro de 2006, 02:39:29 por Francisco »
Francisco Amorim
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Zyk

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Resposta #5 Online: 29 de Dezembro de 2006, 08:25:19
Francisco,

gostei muito do resultado. Fez algum tratamento especial para manchas causadas pelas sujeiras ou o canal em infravermelho do scanner fez todo o serviço sozinho? Algum noise reduction? Hipass sharpen? Seja lá o que tenha feito, as fotos ficaram muito boas.

Você poderia postar algumas escaneadas nos labs e pelo Coolscan para ver a diferença na qualidade.

[ ]s.

 


Francisco

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Resposta #6 Online: 29 de Dezembro de 2006, 09:58:34
Zyk: o único pós-processamento que eu ativei foi o Digital ICE, que é justamente o removedor de riscos e pontos. Logo que comecei a testar o scanner, percebi que todos os negativos que eu tinha possuíam algum tipo de risco, então vi que era inviável digitalizar os negativos sem ativar esse recurso.

Não apliquei nenhuma redução de ruído e nas últimas duas fotos houve alguma edição para corrigir as cores. Vou postar algumas fotos digitalizadas no lab para mostrar as diferenças.
« Última modificação: 29 de Dezembro de 2006, 09:59:15 por Francisco »
Francisco Amorim
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Resposta #7 Online: 29 de Dezembro de 2006, 13:48:59
Cara, o escaneamento está excelente.
Como é ruim o dos labs. Um grito de independência como o Zyk disse.
Tem uns cromos aí para a gente ver?
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Resposta #8 Online: 29 de Dezembro de 2006, 16:35:05
Paulo, nunca fotografei com cromos, mas tenho curiosidade. O problema é o preço... ia ter até medo de fotografar :P Pago R$4,80 por Pro Image 100 e R$5,20 pelo 200, aí saio clicando à vontade.

Ainda não tive tempo de gerar as fotos para o comparativo com o serviço dos laboratórios, mas tenho gostado de trabalhar com o TIFF 16 bits, coisa que me custaria uma fortuna nos labs.
Francisco Amorim
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Resposta #9 Online: 29 de Dezembro de 2006, 16:48:15
Não é tão caro assim.
Um Velvia rebobinado tá 16 reais na Chromur http://www.chromur.com.br/commerce/product...5be29f084d342b4
Tem o frete, uns 5 a 6, e a revelação, uns 10 a 15.
Total 32 a 37 e a satisfação que não tem preço.

Eu achei tão bom o scan que voce podia até ganhar uma grana com os fotógrafos daí.
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Resposta #10 Online: 29 de Dezembro de 2006, 17:07:12
Pois é, seria uma boa para amortizar parte do investimento, que foi bem alto pra um hobby.
Não tem muito segredo pra conseguir um bom scan. O único pós-processamento que eu ativo é o Digital ICE pra remoção de riscos e pontos.

Outra coisa que eu não entendo é porque economizar na compressão JPEG. Os caras gravam 36 poses num cd e querem diminuir o tamanho do arquivo. Era só deixar na qualidade 10 que o resultado melhoraria sensivelmente. Os três piores erros dos minilabs:

- exagerar na compressão jpeg;
- ativar redução de ruído.
- mesquinhar na resolução. Se o scanner sempre escaneia na resolução máxima, não existe razão para diminuir as fotos... esse processamento até consome tempo do equipamento e diminui a produtividade da máquina. Vai entender...
« Última modificação: 29 de Dezembro de 2006, 17:07:49 por Francisco »
Francisco Amorim
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Resposta #11 Online: 29 de Dezembro de 2006, 17:52:02
Voce já experimentou o Vuescan?
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Resposta #12 Online: 29 de Dezembro de 2006, 18:05:30
Não, até vou pesquisar a respeito. Tomara que tenha suporte pro meu scanner. Valeu a dica!
Francisco Amorim
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Resposta #13 Online: 29 de Dezembro de 2006, 18:43:03
Cuidado com os cromos Francisco....essa coisas viciam... :wallbash:  :risada2:  :clap:  :thmbup:  
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Resposta #14 Online: 29 de Dezembro de 2006, 21:04:45
Vuescan!!! Bem lembrado. Eu uso e recomendo! Pelo que oferece, vale a pena o preço.