Autor Tópico: O lixo fotográfico digital  (Lida 9302 vezes)

Brupikk

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Resposta #30 Online: 14 de Julho de 2017, 17:05:12
8 - Os convidados atrapalham na hora das fotos tradicionais dos pais e padrinhos, ficam do nosso lado, e cada uma sai olhando em uma direção na foto.
Quando isso acontece eu baixo a câmera e aponto pro celular do convidado para todo mundo olhar pra ele..
Deixo ele fazer a foto, depois aponto pra minha câmera e peço pra todo mundo olhar pra mim.

Bruno Piccoli
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Resposta #31 Online: 14 de Julho de 2017, 17:24:19
Mas as pessoas só podem estragar os seus momentos se você tiver uma expectativa sobre como elas deveriam agir.

Isso eh verdade, quando eu vou a um evento eu tenho expectativas de ver o show. Quando eu vou a um encontro eu tenho expectativas que as pessoas darao atencao a nossa compania. Quando as pessoas tem um bom momento em minha compania, eu tenho expectativas que elas dividam e compartilhem o bom momento comigo, ao invez de me ignorar para compartilhar tal momento com seus seguidores no Intagram.

Talvez seja por isso que eu tenha poucos amigos. Pq meus amigos eu sei que vao deixar seus celulares de lado para curtimos nossas companias sem interrupcoes, e assim temos momentos mais intensos.


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Resposta #32 Online: 14 de Julho de 2017, 17:33:12
Vocês (não somente o CROIX) realmente se importam com os momentos dos outros?

Acho isso tão estranho. "Smartphones são ruins porque o João e a Maria que eu não conheço não estão aproveitando a vida!" É igual a pessoas que odeiam obesidade: "É um risco para a saúde dos gordos!" como se eles se importassem com a saúde alheia.
Como eu disse, desde que nao me afete eu nao ligo para como as pessoas vivem. Mas se afetar a mim, ai sim eu ligo.

Por exemplo, eu nao ligo para quem fuma. Pode fumar  quanto quiser, desde que nao sopre fumaca na minha cara e nao mostre as caixas de cigarro com imagens nojentas. Se eh para fumar, fume sem desrespeitar aqueles que nao fumam.


Nao so isso, eh tambem uma questao de educacao e respeito. Eu acho desrespeitoso vc conversar com alguem e essa pessoa dividir a atencao dela para outra coisa, ou te interrompendo por banalidade. Se ja era falta de educacao antes dos celulares, com os celulares nao deixa de ser falta de educacao.


Da mesma forma que eu gosto de subir escadas fixas e no pulo. Mas se eu estiver com um amigo gordo que tem dificuldade em escalar escadas, eu pego a escada rolante com ele, por educacao, respeito e pq estamos juntos. E deixo para subir as escadas fixas quando eu estou sozinho ou com outro magrelo igual a mim.


Eu nao tenho filhos e nem mulher, mas eu me incomodaria se eu tivesse e eles fossem mal educados.


Quem nao se incomoda com falta de edicacao e desrespeito?


Humberto Yoji

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Resposta #33 Online: 14 de Julho de 2017, 17:34:38
Quando isso acontece eu baixo a câmera e aponto pro celular do convidado para todo mundo olhar pra ele..
Deixo ele fazer a foto, depois aponto pra minha câmera e peço pra todo mundo olhar pra mim.

Exatamente como faço. Deixo os convidados com celular tirarem todas as fotos que quiserem, depois ergo a mão e falo alto "agora aqui". Daí tenho a atenção de todo mundo só pra mim pelo tempo que quiser, rsrs.  ;)


marciodeluca

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Resposta #34 Online: 14 de Julho de 2017, 17:54:09
Exatamente como faço. Deixo os convidados com celular tirarem todas as fotos que quiserem, depois ergo a mão e falo alto "agora aqui". Daí tenho a atenção de todo mundo só pra mim pelo tempo que quiser, rsrs.  ;)

Essa parte de certa forma é até simples de resolver, o problema é quando você está no outro extremo de onde está acontecendo a cerimônia e tem uma pessoa no meio do corredor - isso é o que zoa... Você vai tentar fazer um foto mais aberta, mostrando o local como um todo e pegando os noivos de costas, mas tem alguém entre você e eles.
Márcio de Luca: fotografia com vida
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A arte de fotografar está no saber quando apertar o botão de disparo e não no quanto o apertar.


Humberto Yoji

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Resposta #35 Online: 14 de Julho de 2017, 17:59:03
Essa parte de certa forma é até simples de resolver, o problema é quando você está no outro extremo de onde está acontecendo a cerimônia e tem uma pessoa no meio do corredor - isso é o que zoa... Você vai tentar fazer um foto mais aberta, mostrando o local como um todo e pegando os noivos de costas, mas tem alguém entre você e eles.

Isso é ruim também, mas eu tiro uma foto do momento, mostrando o convidado atrapalhando, rsrs. Depois peço pra pessoa dar uma licencinha. Se pedir educadamente e com sorriso, a pessoa sai da frente numa boa e até pede desculpas, kkkkk


Ryu

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Resposta #36 Online: 14 de Julho de 2017, 19:18:29
Acho que estamos vivendo uma fase de transição, quando ainda há muito estranhamento com celulares levantados e apontados numa direção. Daqui a pouco, isso será banal num nível que, se não houver isso, será sinal de baixo prestígio. Então, penso eu, os fotógrafos de casamento vão incorporar esse comportamento à cultura do evento como algo positivo.


Lindsay

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Resposta #37 Online: 15 de Julho de 2017, 00:53:10
E por falar nisso, a mulher foi fazer um selfie com a obra de arte e causou um prejuizo de 200 mil para o museu:

https://youtu.be/SsKyxf12QVo

https://petapixel.com/2017/07/14/woman-taking-selfie-causes-200000-damage-art-exhibit/
Conhecimento importa mais que equipamento.


vangelismm

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Resposta #38 Online: 15 de Julho de 2017, 10:48:43
E por falar nisso, a mulher foi fazer um selfie com a obra de arte e causou um prejuizo de 200 mil para o museu:

https://youtu.be/SsKyxf12QVo

https://petapixel.com/2017/07/14/woman-taking-selfie-causes-200000-damage-art-exhibit/

Vacilo do museu hein? Essas bases altas e estreitas, qualquer esbarrão iria causar isso.
"A perspectiva de uma imagem é controlada pela distância entre a lente e o assunto; mudando a distancia focal da lente muda o tamanho da imagem , mas não altera a perspectiva . Muitos fotógrafos ignoram este fato, ou não têm conhecimento de sua importância." -  Ansel Adams, Examples – The Making of 40 Photographs


Fábio Secioso

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Resposta #39 Online: 15 de Julho de 2017, 15:51:49
Sou amador, e ainda faço fotos bem banais. Além disso não sofro o que muitos colegas profissionais relataram aqui.
Mas também me incomoda muito o comportamento atual com relação a fotografia de muita gente. Tenho vários amigos que não conseguem fazer uma só foto que não seja uma selfie. Viajam para lugares que são absurdamente interessantes e a gente não consegue ter a mínima idéia de como ele é porque todas as fotos são selfies que não mostram absolutamente nada da paisagem ou mesmo do que está a volta deles. É uma necessidade absurda de se mostrar que está no lugar sem compartilhar aquela experiencia maravilhosa que é viajar e conhecer lugares novos.
 O que aconteceu no vídeo do museu é fruto disso. Não basta para a pessoa fotografar um objeto do museu. Ela é mais importante que o próprio museu e é ela que deve estar em primeiro plano. O museu, a paisagem, a arquitetura são coisas absolutamente secundários na visão dessas pessoas. As pessoas não querem compartilhar a experiência de viajar ou visitar lugares. Elas querem simplesmente mostrar para os outros que estiveram lá...
« Última modificação: 15 de Julho de 2017, 15:53:19 por Fábio Secioso »
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Lindsay

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Resposta #40 Online: 15 de Julho de 2017, 17:00:57
Sou amador, e ainda faço fotos bem banais. Além disso não sofro o que muitos colegas profissionais relataram aqui.
Mas também me incomoda muito o comportamento atual com relação a fotografia de muita gente. Tenho vários amigos que não conseguem fazer uma só foto que não seja uma selfie. Viajam para lugares que são absurdamente interessantes e a gente não consegue ter a mínima idéia de como ele é porque todas as fotos são selfies que não mostram absolutamente nada da paisagem ou mesmo do que está a volta deles. É uma necessidade absurda de se mostrar que está no lugar sem compartilhar aquela experiencia maravilhosa que é viajar e conhecer lugares novos.
 O que aconteceu no vídeo do museu é fruto disso. Não basta para a pessoa fotografar um objeto do museu. Ela é mais importante que o próprio museu e é ela que deve estar em primeiro plano. O museu, a paisagem, a arquitetura são coisas absolutamente secundários na visão dessas pessoas. As pessoas não querem compartilhar a experiência de viajar ou visitar lugares. Elas querem simplesmente mostrar para os outros que estiveram lá...
Muito bom Fabio, sim, isso mesmo esse é um dos pontos, nos tempos de redes sociais, onde a fotografia é uma ferramenta utilizada para se comunicar ao extremo do próprio "EU", que é mais importante que tudo. Não é mais o indivíduo que esta inserido no universo, mas ele é o centro e tudo, é como se a existência necessitasse da fotografia para se consolidar.
É mais difícil se expressar falando ou escrevendo, fotografar e publicar é mais intuitivo, eficiente.
Tamanha intensidade fotográfica faz desta fotografia algo esteticamente diferente daquilo que fora até então.
Um simples passeio, qualquer evento, acaba se tornando alguma coisa sobre fotografia.
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Fábio Secioso

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Resposta #41 Online: 15 de Julho de 2017, 17:17:11
Muito bom Fabio, sim, isso mesmo esse é um dos pontos, nos tempos de redes sociais, onde a fotografia é uma ferramenta utilizada para se comunicar ao extremo do próprio "EU", que é mais importante que tudo. Não é mais o indivíduo que esta inserido no universo, mas ele é o centro e tudo, é como se a existência necessitasse da fotografia para se consolidar.
É mais difícil se expressar falando ou escrevendo, fotografar e publicar é mais intuitivo, eficiente.
Tamanha intensidade fotográfica faz desta fotografia algo esteticamente diferente daquilo que fora até então.
Um simples passeio, qualquer evento, acaba se tornando alguma coisa sobre fotografia.

E isso não tem absolutamente nada a ver com o equipamento usado ou o conhecimento fotográfico. É questão de ego. Ninguem precisa tem uma D5 com a melhor lente disponivel para paisagem e o melhor conhecimento de composição para desejar compartilhar a experiência de estar em um determinado local mostrando o ambiente em um dado momento. É preciso somente ter o desejo de fazer isso. Antes da época dos celulares e os famigerados "paus de selfie" as selfies eram muito mais raras ao ver fotos, de viagens, eventos ou qualquer outra coisa. Podiamos ter uma pequena percepção do que foi estar ali naquele momento. Era simplesmente o desejo de compartilhar uma experiência com as pessoas que gostamos. Como eu disse acima hoje em dia o que vemos é gente que não quer compartilhar uma pouco daquela experiência, mas sim massagear o ego ao mostrar num quadro absolutamente restrito uma selfie qualquer. Só sabemos onde a pessoa o local onde a pessoa esteve ou o que estava fazendo devido às dezenas de hastags...
« Última modificação: 15 de Julho de 2017, 17:24:42 por Fábio Secioso »
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AFShalders

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Resposta #42 Online: 15 de Julho de 2017, 19:00:01
Pau-de-selfie... Taí uma coisa que detesto. O inventor disso vai queimar no inferno por alguns milenios.


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Resposta #43 Online: 16 de Julho de 2017, 16:52:44
Em se tratando de trabalho, acho que o fotografo tem que estar preparado para casualidade e para a realidade do comportamento das pessoas. Ficar reclamando do celular e tablet dos outros pq espera ou depende de situacao perfeita para poder fazer suas fotos, eu ai ja acho que eh o fotografo que esta errado.


eprimos

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Resposta #44 Online: 16 de Julho de 2017, 19:29:33
Mike vou adotar esta parte de sua fala, com ou sem sua permissão "há momentos que merecem ser eternizados na lente, e momentos que merecem toda nossa alma."

Independente de tudo as pessoas, por mais enlouquecidas que estejam com seus celulares, as vezes usos esses celulares para fazer fotos deles mesmo (não sou profissional no sentido de fotografar para ganhar dinheiro e viver disso, mas muitos dos meus amigos me consideram isso ehehehhe) e aí sempre tem aquele comentário, "foto de quem sabe usar a ferramenta sempre fica boa!", não que fiquem excepcionais, mas são muito boas para o que eles esperam que é apenas reafirmar o "eu existo".

Indo para a provocação da  Lindsay, acho que a hipótese do  Baumam, sobre a descontinuidade das coisas através da fragmentação das ideias, das relações, com o outro e com as coisas, fragmenta as ideias e as vidas e assim as pessoas para se visualizarem como um todo "montam" sua existência (irreal e idealizada) usando as imagens.

A existência das redes sociais, do Google Drive, Flick etc, é irreal   e idealizada, tanto na alegria e sucesso impossível de ser atingido por todos eles o tempo todo, quanto nas tristezas que alguns tem a audácia de retratar.


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