[AFShalders]

Eu acho que câmera boa é aquela da nossa época. Ansel Adams chamaria todo mundo aqui de maricas porque ninguém usa mais Dektol. Daguerre acharia todo mundo fresco porque ninguém mais espalha nitrato de prata na placa metálica. A galera nova acha a gente antigo porque ainda nos preocupamos com ISO, abertura, etc.

A diferença é que o Adams era um p*** fotógrafo e que metade da teoria fotográfica foi ele quem inventou, independentemente de equipamento.
O Daguerro foi da época da fotografia lascada... Não sinto a menor falta haha.

Iria ter a mesma graça se você apontasse o seu celular para a nebulosa do caranguejo e ele fizesse uma foto perfeita dela ?
Onde estaria a graça do desafio ?

[rahmati]

ISO talvez, sempre foi uma "enganação" mesmo no mundo digital, prefiro o termo dB (ganho) usado em vídeo, faz mais sentido.

Mas abertura não, ela faz parte da linguagem, a não ser que se fotografe no futuro tudo em foco e o desfoque seja apenas digital/IA.

Com vídeos em 8k 120fps, é só metralhar baby! Depois escolhe o que ficou bom

Pois eu acho que até a escolha da abertura no momento do clique ficará ultrapassada sim! Não que o desfoque seja apenas digital, mas acho que cada vez mais a "fotografia computacional" agirá e fará, como nos celulares, dezenas de fotos, digamos a f/2, em "stack", e depois você decidirá, já no computador, qual a profundidade de campo que quer e onde quer o ponto focal...

[felipemendes]

Iria ter a mesma graça se você apontasse o seu celular para a nebulosa do caranguejo e ele fizesse uma foto perfeita dela ?
Onde estaria a graça do desafio ?

Ué, as Pentax novas se propõem justamente a isso. O Stellina também. Pra quem gosta de fotografar as estrelas mas não tem interesse em gastar horas preparando equipamento, eu acho uma boa. Quem usa um equipamento desses não vê muito sentido em ter um equipamento completo pra este tipo de foto. O mesmo vale pra nossa discussão. Tem gente que gosta de fazer aquela fotinha de vez em quando, mas não quer carregar uma DSLR.

[felipemendes]

ISO talvez, sempre foi uma "enganação" mesmo no mundo digital, prefiro o termo dB (ganho) usado em vídeo, faz mais sentido.

Com isoless (olha aí mais um termo "less"! Também conhecido com ISO invariante), a tendência é que o ISO seja mais uma comodidade que uma necessidade.
 

Mas abertura não, ela faz parte da linguagem, a não ser que se fotografe no futuro tudo em foco e o desfoque seja apenas digital/IA.

Isso vai chegar também. Por IA já existe, tanto em celulares como em câmeras modernas mais básicas. Tinha aquele sistema (Lytro/Raytrix) que focalizava depois de a foto feita, mas a resolução era baixa e os arquivos pesadíssimos. Colocando o foco onde se quer, também se bota o desfoque onde se quer.

Pra uso especializado, sempre vai haver espaço pra equipamento especializado. Mas pra uso geral, creio que nunca estivemos tão bem servidos com o celular. Em tempo, fiz uma filmagem com celular um dia desses, e ao editar no PC, tive problemas, porque o arquivo do celular era HDR10+, e meu encoder de vídeo ainda não tem suporte pra este formato. 

[AFShalders]

Ué, as Pentax novas se propõem justamente a isso. O Stellina também. Pra quem gosta de fotografar as estrelas mas não tem interesse em gastar horas preparando equipamento, eu acho uma boa. Quem usa um equipamento desses não vê muito sentido em ter um equipamento completo pra este tipo de foto. O mesmo vale pra nossa discussão. Tem gente que gosta de fazer aquela fotinha de vez em quando, mas não quer carregar uma DSLR.

Então, cada coisa tem seu público, mas acho ilusão total de quem acha que essas coisas dominarão o futuro dessa maneira.
Para as massas é bem capaz de funcionar razoavelmente. Mas para quem formais exigente, a coisa será bem diferente.

Tipo a turma que anda se metendo em fazer foto de casamento com celular. Eu acho uma m****, nem dá para fazer uma ampliação de qualidae depois, a não ser que o padrão de qualidade da pessoa seja muito baixo.

Recentemente fiz um teste por pura curiosidade, fotografei a mesma cena com um iPhone X e com uma LX100 e imprimi em A3, a diferença foi tão gritante (para mim) que deu vontade de jogar iPhone fora. Mas pode ser que para 90% da galera, que imprime (quando imprime) em formato pequeno ou vê na TV ou tela pequena, sirva perfeitamente...

[AFShalders]

Pois eu acho que até a escolha da abertura no momento do clique ficará ultrapassada sim! Não que o desfoque seja apenas digital, mas acho que cada vez mais a "fotografia computacional" agirá e fará, como nos celulares, dezenas de fotos, digamos a f/2, em "stack", e depois você decidirá, já no computador, qual a profundidade de campo que quer e onde quer o ponto focal...

Isso as Panasonic já fazem desde 2018

[felipemendes]

Recentemente fiz um teste por pura curiosidade, fotografei a mesma cena com um iPhone X e com uma LX100 e imprimi em A3, a diferença foi tão gritante (para mim) que deu vontade de jogar iPhone fora. Mas pode ser que para 90% da galera, que imprime (quando imprime) em formato pequeno ou vê na TV ou tela pequena, sirva perfeitamente...

Então, tem que ver como as pessoas consomem imagens hoje em dia. Minhas astrofotos impressas ficam em exposição, mas em fotos 13x18. Já as não impressas, ficam numa TV de 65 polegadas... Mesmo na TV, não se vê artefatos.

[AFShalders]

Resumindo, as coisas irão coexistir em nichos diferentes, e não essa baboseira de substituir, seja celular, dslr ou mirrorless.

[LeandroR]

Resumindo, as coisas irão coexistir em nichos diferentes, e não essa baboseira de substituir, seja celular, dslr ou mirrorless.

Pode fechar o tópico 

[Roberto Dellano]

Então, cada coisa tem seu público, mas acho ilusão total de quem acha que essas coisas dominarão o futuro dessa maneira.
Para as massas é bem capaz de funcionar razoavelmente. Mas para quem formais exigente, a coisa será bem diferente.

...Mas pode ser que para 90% da galera, que imprime (quando imprime) em formato pequeno ou vê na TV ou tela pequena, sirva perfeitamente...

Dominar o "futuro" aqui, depende do mercado, pois estamos falando de algo que tem custo elevado para se desenvolver e produzir.

Cada coisa tem seu público, mas o publico mais "raiz" vai diminuindo com o tempo, até chegar uma hora que não vale mais a pena fabricar tal coisa, pois as vendas não pagam os custos.

Resumindo, as coisas irão coexistir em nichos diferentes, e não essa baboseira de substituir, seja celular, dslr ou mirrorless.

Para algo de fabricação em massa coexistir, novamente, é preciso mercado, é preciso vender. Não estamos falando de algo que depende exclusivamente de um único sujeito, mas sim de algo com grandes corporações por trás, e se elas não verem lucros significativos, param de fabricar.

Vai acontecer como no filme, ficarão os saudosistas como nós aqui batendo cabeça com fotografia manual.

Ou será que por conta de meia dúzia de guerreiros, as empresas vão continuar desenvolvendo cameras dedicadas?