Já eu nunca entendi isso. Vim de uma T4i, que como a maioria deve conhecer, é da linha de entrada das "cropadas" da Canon e migrei para uma 5D, full-frame toda brutona... pra mim foi um choque, no mau sentido. Quando pego para fotografar por mais tempo, tipo um aniversário da minha sobrinha, meu pulso fica destruído, e olhe que sou metido a maromba, faço treino de ante-braço, etc.
Claro que uma câmera pequena demais também é estranho. A experiência que tenho fotografando com a minha RX100 (compacta de lente embutida) é bem frustrante neste quesito, sou bem mais uma DSLR. Mas como disseram, carregar o peso todo de um combo com espelho nem sempre é viável, ainda mais não sendo para trabalho.
Também venho seguindo bastante esse caminho. Entrei no mundo fotográfico querendo comprar equipamento, achando que isso melhoraria as minhas fotos de viagens. De fato, o equipamento no sentido de ferramenta ajuda e facilita muito. Mas o grande salto foi aprender a fotografar de verdade (dentro das minhas limitações, longe de mim querer dizer que sou "o bonzão" ou qualquer coisa assim). Comprei minha primeira câmera, fiz a famosa "migração para full-frame", mas quando consegui viajar novamente para um destino legal, investi numa compacta (RX100 que mencionei acima) ao invés de querer levar a DSLR. Fora as fotos do dia-a-dia que você bem mencionou, sempre com celular.
Aqui já entraríamos naquelas discussões de "será que os celulares dominarão o mercado de câmeras" e outros debates parecidos. Mas realmente, acredito que equipamentos dedicados assim devem ficar cada vez mais restritos a uso profissional ou a quem encare isso como um hobby sério, assim como aqueles que gastam fortunas com bicicletas, com aeromodelos, e assim por diante. Se até você, Thales, que é um pai de família, que provavelmente fotografa pouco para "justificar" um gasto alto em equipamentos, mas que ao mesmo tempo tem esse gosto já no sangue, está considerando ficar só no celular, imagine aquele usuário que só quer uma "point and shoot" para suas fotos do dia-a-dia.
E voltando ao assunto inicial do tópico, eu sempre vi e continuo vendo as mirrorless, falando de forma bem geral, como um meio-termo. Hoje prefiro uma compacta de verdade para os momentos de portabilidade (uma viagem, um churrasco na casa de um amigo, pra deixar de espera no porta-luvas do carro) e uma DSLR grandona e com lentes variadas para quando quero brincar de fotógrafo. Talvez um dia pense que faz mais sentido um equipamento só que faça os dois...
No meu modo de ver eu vejo as mirrorless como uma opção séria que posso levar pra onde quiser, eu faço trilhas e por vezes eu levo mochila cheia, é pesado e se sobrar espaço na mochila pra levar meu equipamento e outras coisas é melhor que ter de levar duas mochilas, uma pro equipamento e outra pras coisas.
Além disso as Mirrorless pro meu uso tem tudo que eu preciso: excelente sistema de foco, informações em tempo real e várias coisas que facilitam minha fotografia. Só ainda tenho a DSLR Nikon por dois motivos:
Bateria e Preço de lentes Telefoto;
Bateria: Quando vou Passarinhar eu fico algumas horas fora em lugares um pouco mais ermos, não quero ficar sem bateria depois de gastar uma grana de viagem, gasolina, hospedagem, guia, etc...
Preço de Lentes: A fuji tem uma lente foda 100-400, a Sony idem, mas são caríssimas, como sou brasileiro optei pela Sigma 150-600 que somada a uma Nikon D7200 ainda ficava quase 3.000,00 reais mais em conta.