Por favor Croix, quando quiser falar sobre a arte grega masculina e feminina. Sim, e interessante.
Acredito que tanto Salgado quanto Wenders tenham um pessimismo.Espero que estejam errados.
Penso que nao eh questao de percimismo pq se assim for, todos os grandes artistas, filosofos e pensadores sao entao meros percimistas. Eu prefiro chamar eles de realistas.
Veja aqui Cicero tratando do mesmo üroblema em sua epoca, mas no caso se referiando a oratoria.
https://www.instagram.com/p/BJOKZDFBV09/?taken-by=marcio_faustino_photographerEntenda que tais criticas e observacoes nao sao necessariamente lamentos, mas sao fases que a humaninade sempre teve ha milhares de anos, que que se acentua com as tecnologias, pq elas moldam o conciente e perspectiva de realidade das pessoas em suas determinadas epocas. Em outras palavras, por mais que se fala de impacto das tecnologias, a questao no fundo eh sobre o conciente de uma epoca.
A maior questao ou preocupacao nao eh exatamente o resultado do que se eh criado, mas sim o que tais resultados representam ou evidenciam sobre o conciente da epoca:
https://www.instagram.com/p/BSd5l3djWIS/?taken-by=marcio_faustino_photographerAs pessoas trocaram o momento pela encenacao do momento e nao percebem isso. Em outras palavras, trocaram a atencao pela a distracao.
“[M]ost of our daily news is inert, consisting of information that gives us something to talk about but cannot lead to any meaningful action. (68).” E o que tudo isso representa ou pode dizer sobre o conciente e o momento em que vivemos? Ai penso que entra a questao tratado por Baudrillard sobre viver em uma ilusao constante sem perceber. Ou como Huxley tambem dizia:
"As Huxley remarked in Brave New World Revisited, the civil libertarians and rationalists, who are ever on the alert to oppose tyranny, “failed to take into account man’s almost infinite appetite for distractions.”
In 1984, people are controlled by inflicting pain. In Brave New World, they are controlled by inflicting pleasure. In short, Orwell feared that what we fear will ruin us. Huxley feared that our desire will ruin us.”"La na area Galeria de fotos @kaskais abriu um topico com a seguinte citacao:
“Experience has shown that the more fascinating the subject, the less observant the photographer.” –
Andreas FeiningerEssa questao da distracao dos sentidos e da atencao do momento eh tratado centenas de vezes durante inumeras epocas:
A diferenca do momento e da foto...
...ou da foto e mera imagem como diz Salgado,...
...ou do sagrado e do tecnico (corrupto),
...ou do honesto e o corrupto como dizia Goethe,...
...ou do ver e enxergar como dizia Bresson,...
...entre o trabalho do momento que se apresenta registrado e o trabalho do nao momento pela admiracao da midia como dizia Quintilian,...
...ou a distracao da habilidade tecnica da honestidade dos sentimentos como dizia Cicero...
...
...Tudo isso e centenas mais de formas de se referir a isso por centenas de outros pensadores, filosofos e artistas de todas as epocas desde a Grecia Antiga ate os dias de hoje, eh algo que como vc pode ver nao eh facil de ser exatamente categorizado.
Eu pessoalmente, baseado na minha experiencia com a minha relacao com a fotografia, musica e pintura, gosto de chamar de experiencia do momento vs mimica de momentos. Pq para mim, e pelo que percebo para muitos grandes artistas e pensadores, fotografar ou criar qualquer outra coisa vc pde usar inumeras relacoes, midias e linguagens. Algumas delas tem a ver com a intencao de experienciar uma existencia.
Quando eu vou fotografar algo, como um predio, uma pessoa ou uma paisagem, eu nao estou pensando em criar fotos. O que eu estou fazendo eh me comunicando com a experiencia. O ato de fotografar, ou desenhar ou pintar, eh uma forma de melhor experienciar e apreciar tal momento, tais caracteristicas, tal experiencia. Eh como se o proprio momento se expressasse, ou a propria coisa que se fotografa, e vc apenas esta "ouvindo" essa coisa se apresentar.
E vc nota isso que eu descrevi ser bem diferente de uma foto feita sem que haja essa tal coisa se expressando, mes uma mera reproducao vazia de aparencias que o fotografo chama de expressao propria, e que parece artificial, pq foi algo feito para foto e pela foto, para mostrar uma foto, e nao um expressao de momento e experiencia.
John Berge fala muito bem sobre isso mostrando as pinturas de Rembrandt quando ele era rico, jovem e bem sucedido e comparando com as pinturas de quando ele era velho, pobre e falhido. Aprimeira eh sobre a apreciacao tecnica e aparencia material, o segundo eh sobre a apreciacao de um momento.
Eh como ver um filme americano mostrando como eh cool ser descolado, estar na mora, ter suas crises e superar elas com um final feliz, ter uma vida agitada, mostrando muitas cenas rapidas, musicas de efeito e imagens de lugares e coisas impactantes, provocando o anceio das pessoas em terem tais personagens como ideais, referencias ou inspiracao, tal como faz a publicidade, comparado com os filmes mais "Lado B", com celas longas, bem demoradas, vagarosas, sem musica e longos silencios com apenas sons ambientes e as vezes nem isso, e o fim nao parecer fim. Pq esses filmes lado B nao eh sobre a distracao dos sentidos para a tecnicidade e apelos de anciedades materiais e simbolicos mundanos, mas sim sobre a experiencia de momentos, mostrando um certo aspecto da realidade que nao tem inicio e nem fim, sendo um mero recorte.
A maneira que percebo eh que certos entendimento eh igual ilusao de otica, algumas pessoas veem tanto a imagem de fato quanto a ilusao. Outras so veem a ilusao nao percebendo que oque estao vendo eh apenas uma ilusao de otica e por algum motivo elas nao veem a ilusao mesmo com outras pessoas apontando que eh apenas uma ilusao. (Tal como trata o mito da caverna de Platao, Simulacra e simulacrum de Baudrillard, Neil Postman, entre inumeros outros).
Eu tenho fotos de trechos de alguns livros nos links a seguir, que se refere a tudo isso e talvez ajude a anetnder, ou talvez nao. Mas como ja dizia Wittgenstein, a linguagem verbal eh extremamente limitada para tratar das questoes mais importantes que os maiores filosofos e filosofias buscam tratar, e que abosdam exatamente sobre a mesma questao, mas de forma completamente diferente. E Heidegger entao diz que tentar tornar filosofia compreensivel eh o que mata a filosofia, justamente por causa da limitacao da linguagem verbal. Entao, certas compreencoes talvez sejam so possivel atravez de certas experiencias.
Aqui, falando da inflencia de Leornado, Rafael e Michelangelo, e entao Vasari e Cicero que referem a tais mudancas como "Duro" (mais rustico e menos detalhado exaltando a expressao) e "Macio" (mais polido e perfeccionado exaltando a qualidade da pintura como distracao para a habilidade motora do artista e o efeito da midia na impressao da experiencia material e tangivel -anceios- do que representam nas imagens.)
https://www.instagram.com/p/BICAfwChUbw/?taken-by=marcio_faustino_photographerAqui referindo sobre um dialogo entre Boccaccio e Giotto, falando entre a diferenca entre arte mimetica e a arte Pliny se referia como a profundidade da pintura.
https://www.instagram.com/p/BIfrvyCBni2/?taken-by=marcio_faustino_photographerSabe aquela velha historia do Bresson nao ser tecnicamente um bom fotografo mas no entanto ter feito grandes fotografias, o mesmo pode ser dito de algumas pinturas de Michelangelo. Tal citacao se refere a quando o artista deixa de lado a busca da impressao da qualidade e perfeiconismo da ferramenta, para dar expasso a uma mais sincera e profunda expressao.
https://www.instagram.com/p/BIvSCW6B13Q/?taken-by=marcio_faustino_photographerSobre essa questao do "Sagrado":
https://www.instagram.com/p/BSN4rDlDR6E/?taken-by=marcio_faustino_photographer