O que eu sei é que no Brasil isso é feito tranquilamente.
Antes de nossa crise, as montadores de automóveis remeteram lucros astronômicos para as respectivas sedes.
Usar o Brasil como parâmetro é bem complicado. Aqui quase tudo é uma zona, ao ponto das regras para remessa de fundos às matrizes nos exterior serem diversificadas por área de atuação, tipo de empresa, lobby no Congresso, interesses pessoais, etc.
Mas tirando tudo isso, há sempre outros interesses em jogo, estes quase sempre contemplados em acordos bilaterais, zonas de livre comércio e intricados entendimentos geopolíticos.
No caso das montadoras, o governo (todos) sempre as colocou acima do bem e do mal
Há uma regra, por exemplo, que diz que para "x" dólares remitidos à matriz devem ser gerados "y" empregos no país. Ok, até aí tudo bem.
Mas se tomarmos por base 2012, ano em que houve a maior e mais absurda renúncia fiscal em favor das montadoras, foram remetidos ao exterior cerca de R$ 40 bilhões, ao passo que o mercado abriu cerca de 27 mil vagas formais. Ou seja, cada vaga de emprego gerada pelas montadoras custou ao país direta ou indiretamente cerca de R$ 1,4 milhão!!!
Mas o que digo é que tais regras "de pai para filho" são privilégios de alguns setores, não de todos.
O setor de eletrônicos, cine, foto, e games nunca recebeu tais privilégios.
Mas esse meu comentário foi apenas para exemplificar o quanto é difícil (e muito) manter uma empresa do Brasil.
Como disse, a coisa não é tão simples assim. Muito pelo contrário.
Grande e forte abraço.