A gente fica pegando no pé do Tony N. (eu incluído) mas lembrei de uma mudança que aconteceu no passado não muito distante, no padrão do sistema medição de sensibilidade à luz, para fotografia.
Na época dos filmes fotográficos existiam escalas de sensibilidade diferentes entre fabricantes europeus como a Agfa que o usava o padrão alemão DIN, e outros, como a Kodak que usava o padrão americano ASA. Sem falar o GOST na União Soviética.
A escala no padrão ASA era linear (dobrava a sensibilidade multiplicando o valor por 2) enquando que no DIN era logarítimica (dobrava a cada 3graus)
Um movimento visando colocar ordem na casa fundiu os dois na norma ISO, como conhecemos hoje.
Quem veio de ASA para ISO ficou tranquilo sem mudança na escala numérica, mas quem veio de DIN para ISO tinha que fazer conta.
Alguns fabricantes colocavam uma dupla escala DIN/ASA nas câmeras, como nessas Leica M3 e M6 que tinha, este seletor na tampa traseira.
Teve muito mais do que esses dois sistemas, cada fabricante antes de 1940 usava um sistema proprio, por exemplo a Weston. Era uma zona total.
O as normas DIN são usadas até hoje em toda a Europa, na verdade é o equivalente da ABNT. Até hoje a transição do DIN fotográfico para o ASA não foi bem explicada, já que são totalmente equivalentes. O ASA foi incorporado às normas ISO americanas, que foi seguida pelos jamponeses nesse ponto, senão teríamos ainda uma versão JIS...
O ISO resolveu um problema e criou outro. A progressão do ISO e das velocidades é "linear", assim como as velocidades, mas as aberturas são logarítmicas porque a geometria assim é.
No DIN com a sensibilidade e as aberturas sendo logarítimicas era mais consistente do ponto de vista de um padrão.
Pessoalmente prefiro a sensibilidade em ISO e a abertura logarítmica. E convenhamos, funciona bem.
Para os cabeças-duras que não entendem o porque da progressão log, ou se ensina ou manda logo aquele "porque sim" kkkk... Ou então vai ter que explicar que o número F é o comprimento focal dividido pelo diâmetro da iris...
É que nem comparar o sistema métrico com o imperial no caso de cm e polegada. Os dois tem seus prós e contras. Já pé, jarda e milha eu detesto.