Autor Tópico: Musica hoje tem pior qualidade. Nao eh nostalgia, eh ciencia!  (Lida 4078 vezes)

Claudio Rombauer

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Resposta #15 Online: 07 de Junho de 2018, 17:32:14
Vocês conhecem Mayra Andrade ? Mayra é cubana, radicada em Cabo Verde e grava em crioulo... Só digo que é das boas e deixo o resto pra vocês descobrirem.

Dos músicos atuais brasileiros destaco Chico Cesar, Mariana Aydar, Roberta Sá, Zeca Baleiro, Maciel Melo, Marcelo Jeneci, Petruchio Amorim, a paulista Tulipa Ruiz, Ana Carolina. São minoria, podem não ser tão bons quanto os artistas de 40 anos atrás, quando o tempo não era tão tecnológico e tão globalizado.

A Paraíba tem os seus na contribuição da música:
Zé Ramalho, autor de Avohai, parceiro do pernambucano Otacílio Batista, considerado o maior poeta repentista;
Cátia de França, artistas dos anos 70/80 de quem Elba Ramalho gravou as músicas Canto das Araras e Kukukaya. Gravada por Xangai, Chico Cesar, Amelinha;
Sivuca, considerado o maior acordeonista brasileiro;
Jackson do Pandeiro, considerado o maior musico ritmista;
Canhoto da Paraíba, habilidoso ao tocar o violão de trás pra frente por ser canhoto;
Cassiano, campinense, precursor da musica Soul no Brasil, autor de "A Lua e Eu" gravada por Tim Maia, "Eu Amo Você" e outras;
Chico Cesar, o maior compositor atual da Paraíba
Paralamas do Sucesso, banda do tempo em que o rock nacional tinha espaço nas paradas internacionais;
Zé Calixto, sanfoneiro autor de Escadaria, um dos forrós tradicionais que todo forrozeiro de verdade gosta;
Déo do Baião, resgatado por Xangai na regravação de Serra da Borborema e de Balanço da Sereia;
Antônio Barros e Cecéu. Juntos eles tem mais de mil composições. Sou o Estopim, É Proibido Cochilar, Bate Coração, Brincadeira na Fogueira, Por Debaixo dos Panos, Bulir com Tú, Homem com H.

No interior da Paraíba existe a raiz cultural de certa forma preservada. Nas zonas rurais em tempos de festas juninas se toca baião, xote, xaxado na forma tradicional com sanfona, triângulo e zabumba. Nos grandes centros (Campina Grande e João Pessoa) se toca o mais comercial banalizado possível. Ando pelo RN e vejo que temos as raízes culturais ainda presentes no meio social.

Também nos últimos anos após o Mangue Beat de Chico Science surgiram músicos de bom quilate no cenário pernambucano. Mais tarde aconteceu no cenário  paraibano após apoio do governo estadual para a cultura. Seu Pereira, Coletivo 401, Val Donato, Escurinho são os representantes. A musica deles não é ruim, é urbana, de bairro, sem aquela projeção nacional de uma MPB.


 :clap:


amador47sc

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Resposta #16 Online: 08 de Junho de 2018, 21:30:46
... não foi dessa vez...  :(


fica pra próxima.. kkkk


fabianob

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Resposta #17 Online: 09 de Junho de 2018, 09:44:08

fica pra próxima.. kkkk

acho que vai demorar... kkkkk

mas o importante que faz tempo que não entro em nenhum fight do fórum...  :snack:
D850, D750, D5300, YN565EX x2, Alguns Kg de Vidro, e muitas histórias.


Bucephalus

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Resposta #18 Online: 12 de Junho de 2018, 12:50:00
A única coisa que o vídeo demonstrou foi que a qualidade técnica da música mudou para algo de um padrão diferente da década de 60, ficando tecnicamente mais simples. Estão dizendo que a música ficou pior porque querem dar uma conotação negativa; se quisessem falar bem iriam dizer que é "estilo minimalista".

Também não concordei com a reclamação do vídeo de que as letras mudaram para pior. Elas só mudaram pra algo diferente, não necessariamente pior. Leonard Cohen e Bob Dylan escreviam canções no estilo folk, onde eles cantavam praticamente uma história com início meio e fim. Hoje em dia o hip hop e rap é uma força dominante, onde existe muita repetição e construções mais simples. Mas alguém vai dizer que Kendrick Lamar ou Frank Ocean ou Childish Gambino não sabem compor música? Esses caras estão fazendo música poética e política de excelente qualidade, eles são o Bob Dylan da nova geração.

Sério, é muito elitismo esse papo de música hoje ser ruim. Pra mim as músicas do The Kinks são todas parecidas com as do The Who. Erasmo Carlos e Roberto Carlos e toda a Jovem Guarda só copiavam os Beatles e música pop estrangeira.

As críticas musicais desse vídeo são somente críticas técnicas. É como se, em termos fotográficos, o cara estivesse equivalendo boas fotos a nitidez, foco, cores fiéis, etc. Tem gente que só sabe ver técnica, que saco.
« Última modificação: 12 de Junho de 2018, 12:51:14 por Bucephalus »


Claudio Rombauer

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Resposta #19 Online: 12 de Junho de 2018, 13:00:25
Uma coisa que acontece com música, fotografia, cinema, etc., é que a forma começa a se deteriorar. Muitos dos nossos discos favoritos dos anos 70, 80, tem péssima qualidade de audio. Os microfones eram ruins, os amplificadores eram ruins, os consoles precários, mas a música era ótima. Algumas gravações conseguiram sobreviver, mas a maioria ficou pra trás. Tem a ver não só com falta de tecnologia pra captar os instrumentos, mas também com tendências de masterização. É tipo uma foto muito bonita feita em daguerreotipo.

« Última modificação: 12 de Junho de 2018, 13:01:31 por Claudio Rombauer »


kleberpicui

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Resposta #20 Online: 12 de Junho de 2018, 13:35:04
A única coisa que o vídeo demonstrou foi que a qualidade técnica da música mudou para algo de um padrão diferente da década de 60, ficando tecnicamente mais simples. Estão dizendo que a música ficou pior porque querem dar uma conotação negativa; se quisessem falar bem iriam dizer que é "estilo minimalista".

Também não concordei com a reclamação do vídeo de que as letras mudaram para pior. Elas só mudaram pra algo diferente, não necessariamente pior. Leonard Cohen e Bob Dylan escreviam canções no estilo folk, onde eles cantavam praticamente uma história com início meio e fim. Hoje em dia o hip hop e rap é uma força dominante, onde existe muita repetição e construções mais simples. Mas alguém vai dizer que Kendrick Lamar ou Frank Ocean ou Childish Gambino não sabem compor música? Esses caras estão fazendo música poética e política de excelente qualidade, eles são o Bob Dylan da nova geração.

Sério, é muito elitismo esse papo de música hoje ser ruim. Pra mim as músicas do The Kinks são todas parecidas com as do The Who. Erasmo Carlos e Roberto Carlos e toda a Jovem Guarda só copiavam os Beatles e música pop estrangeira.

As críticas musicais desse vídeo são somente críticas técnicas. É como se, em termos fotográficos, o cara estivesse equivalendo boas fotos a nitidez, foco, cores fiéis, etc. Tem gente que só sabe ver técnica, que saco.

Concordo com tudo. Muito sensato.  :clap:

Uma das poucas coisas que aprendi com o fio de maturidade que acho que estou desenvolvendo é que a célebre frase "gosto é que nem c*" é imbatível. Dizer que algo é melhor ou pior nunca faz muito sentido e muitas vezes só serve pra justificar um preconceito ou saudosismo das pessoas que estão ficando velhas demais para se sentir confortáveis com o novo.
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bjp77

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Resposta #21 Online: 12 de Junho de 2018, 14:34:35

Ouvindo Amelinha, Cátia de França, Ednardo, Novos Baianos, Zé Ramalho em inicio de carreira, Elomar, Ave Sangria, Marconi Notaro a gente percebe a falta de qualidade dos equipamentos de captação. A música é boa, mas o registro carece de qualidade tecnológica. São dois pesos.

Hoje a tecnologia digital supera muito a qualidade. Em vídeo nem se fala. Pega uma corrida de F-1 e se vê detalhes dos pneus, um pedaço de borracha ausente, a origem de uma faísca, uma peça quebrada com os detalhes (vide o acidente de Massa). Na época de Senna não tinha essas feições, via-se um cisco. No começo dos vídeos de alguns bits de resolução em MOV ou AVI eu nem acreditava que fosse chegar aonde está. O WMV às vezes tremia.
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Resposta #22 Online: 13 de Junho de 2018, 13:55:29
A única coisa que o vídeo demonstrou foi que a qualidade técnica da música mudou para algo de um padrão diferente da década de 60, ficando tecnicamente mais simples. Estão dizendo que a música ficou pior porque querem dar uma conotação negativa; se quisessem falar bem iriam dizer que é "estilo minimalista".

Também não concordei com a reclamação do vídeo de que as letras mudaram para pior. Elas só mudaram pra algo diferente, não necessariamente pior. Leonard Cohen e Bob Dylan escreviam canções no estilo folk, onde eles cantavam praticamente uma história com início meio e fim. Hoje em dia o hip hop e rap é uma força dominante, onde existe muita repetição e construções mais simples. Mas alguém vai dizer que Kendrick Lamar ou Frank Ocean ou Childish Gambino não sabem compor música? Esses caras estão fazendo música poética e política de excelente qualidade, eles são o Bob Dylan da nova geração.

Sério, é muito elitismo esse papo de música hoje ser ruim. Pra mim as músicas do The Kinks são todas parecidas com as do The Who. Erasmo Carlos e Roberto Carlos e toda a Jovem Guarda só copiavam os Beatles e música pop estrangeira.

As críticas musicais desse vídeo são somente críticas técnicas. É como se, em termos fotográficos, o cara estivesse equivalendo boas fotos a nitidez, foco, cores fiéis, etc. Tem gente que só sabe ver técnica, que saco.

Desde quando Erasmo Carlos e Roberto Carlos fizeram boas musicas? Jovem Guarda teve justamente o objetivo de copiar a influencia extrangeira. Diferente da velha guarda que tinha o objetivo de exhaltar a brasilidade e inovar como foi o caso da Tropicalha que era fine art perto do Roberto Carlos que tava mais para poesia de parede de banheiro. Rock bom mesmo era feito pelos mutantes pos exemplo.

Acho que vc nao prestou a devida atencao no video. Discordo que seja um mero minimalismo ou mais simples. O video mostra que as musicas populares de hoje nao tem basicamente diferenca entre elas, feitas para as pessoas sentirem como estivessem ouvindo a mesma musica continuamente. E como o video mostra, totalitariamente sao musicas compostas por basicamente duas pessoas. Ou seja, nao ha criacao/criatividade, inovacao, experiemnto, arte, poesia e nem mesmo minimalismo. Se houvesse pelo menos o minimalismo seria otimo.

Bob Dylan inovou em duas coisas, criando o folk-rock e criando uma expressao poetica unica/nova para a epoca. Ele foi um dos precursores, se nao o precusor que fez com que jovens de sua epoca passasem a se interessar por poesia. Bob Dylan foi como um Geraldo Vandre.

Bob Dylan e Leonard Cohen eram ambos escritores e poetas, Leonard Cohen um novelista e poeta premiado. Ambos tinham musicas bem elaboradas e com mensagens politicas ou experiencias pessoais e trancendentais, e inovaram/criaram de certa maneira Leonard Cohen nem tanto pq ele nao era tudo isso, mas Bob Dylan sim.

Sobre The Who:
The Who Made the Best Rock Opera Ever, but It's Not the One You Think
https://www.theatlantic.com/entertainment/archive/2011/11/the-who-made-the-best-rock-opera-ever-but-its-not-the-one-you-think/248431/

Agora, me diz qual musica do The Who eh parecida com essa do The Kinks:

Sobre a musica mais famosa deles e a que influenciou o rock apos:
At this stage in rock's evolution, it was still much closer to its roots in more traditional forms of music, and as a result, performances that seemed shocking at the time can sound awfully mannered today. "You Really Got Me," on the other hand, still sounds fresh: It cut through any semblance of pop artifice and tapped into the seething current below the surface. Moreover, more than 50 years later, it would be hard to overestimate the impact it's had – not only on the Kinks, who benefited immeasurably from its success and used permutations of that signature riff for a handful of future songs, but on subsequent generations, who absorbed its volcanic rush and used it as fuel for countless records.

http://ultimateclassicrock.com/kinks-you-really-got-me-anniversary/




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Resposta #23 Online: 13 de Junho de 2018, 14:10:01
Concordo com tudo. Muito sensato.  :clap:

Uma das poucas coisas que aprendi com o fio de maturidade que acho que estou desenvolvendo é que a célebre frase "gosto é que nem c*" é imbatível. Dizer que algo é melhor ou pior nunca faz muito sentido e muitas vezes só serve pra justificar um preconceito ou saudosismo das pessoas que estão ficando velhas demais para se sentir confortáveis com o novo.

Na verdade, dizer que algo eh melhor ou pior sempre fez sentido. A difernenca esta entre as pessoas que conhecem e as que nao conhecem o sentido.

Quanto menos instrucao a pessoa tem, menos percepcao da qualidade de obras mais ricas (por nao entender o conteudo de tais obras) e mais apego a obras mais pobres (por ser mais facil de dar sentido sem exigir muita instrucao, raciocinio ou mesmo atencao).

Atente tambem para o caso que nem toda obra que pareca simples e pobre de fato seja.

Gora, eh inquestionavel que decadas atras havia mais experimentacao, inovacao, elaboracao, sendo destacados. O que hoje nao ha tal destaque. Claro que para quem cresceu ouvindo tais musicas como eu, eh como se tais musicas fossem o mais do mesmo, mas colocando elas em seus devidos contextos houve muita inivacao, experimento, criacao, decadas atras fine art na musica se destacavam.


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Resposta #24 Online: 13 de Junho de 2018, 14:18:12
Nao da para editar mais, mas eu tambem queria adicionar Secos e Molhados quando falei dos Mutantes.


Musicas brasileiras como essas influenciaram muito o Rock Internacional como o The Kiss e Beatles para citar dois dos mais reconhecidos.


Toda arte eh um reflexo de uma epoca, cultura, visao de mundo e pensamento de um povo. Entao deixo aqui a recomendacao de uma leitura:



The music we hear is always inhabited by voices of previous performances. Because listening is now so often accompanied by moving images, this process is more complex than ever. Music videos, television and film music, interactive video games, and social media are now part of the contemporary listening experience. In An Eye for Music, John Richardson navigates key areas of current thought - from music theory to film theory to cultural theory - to explore what it means that the experience of music is now cinematic, spatial, and visual as much as it is auditory. Richardson maps out the terrain of recent audiovisual production over a wide array of styles and practices, and sketches out a set of common structures that inform how we experience sound and vision. Whether examining Philip Glass or The Gorillaz, Richard Linklater's Waking Life or Michel Gondry's Be Kind Rewind, Richardson's arguments are both fascinating and provocative.

http://www.oxfordscholarship.com/view/10.1093/acprof:oso/9780195367362.001.0001/acprof-9780195367362

Ou seja, de minimalismo a musica pop hoje nao tem nada.


bjp77

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Resposta #25 Online: 13 de Junho de 2018, 14:34:20
O The Kiss eu sei das pinturas faciais.
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Resposta #26 Online: 13 de Junho de 2018, 14:44:21
O The Kiss eu sei das pinturas faciais.


Throughout their decades-long career, seminal band Os Mutantes have managed to influence the sounds of a huge range of critically and commercially acclaimed artists. David Byrne from Talking Heads has been a vocal admirer, Beck wrote an album to pay homage to the band, Kurt Cobain tried to get them back together to tour with Nirvana, and Devendra Banhart managed to play with them. Yet most of these artists never had the chance to see Os Mutantes live, nor did they know the whereabouts of its former members. On the flip side of this story, the band themselves had no idea they’d made such a big splash in popular alternative music.

This is a true story, the story of São Paulo’s Os Mutantes, who became one of the biggest bands in music history but didn’t know it. Originally the union of two brothers, Sérgio Dias and Arnaldo Baptista, and mesmerizing singer Rita Lee, Mutantes were influenced by a unique blend of 60s rock – from instrumental combos like the Ventures, to the Beatles, whose Sgt. Pepper expanded their understanding of what music could achieve. They were subversive, fun, poetic, melodic, playful, noisy and much more; in short, the ultimate sixties band. They were key players in the Tropicália movement of the late sixties and early seventies in Brazil, along with Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, and Tom Zé. The band’s first three albums —68’s Os Mutantes, 69’s Mutantes and 70’s A Divina Comédia ou Ando Meio Desligado— are considered crucial works by everyone from Byrne and Cobain to El Guincho and Flying Lotus.

Following the departure of Lee, who went on become a megastar in Brazil, and Arnaldo’s mental health problems, Sérgio led the band through several prog-infused records until their final breakup in 1979. Then, they more or less dropped off the radar until it was announced that the band would return to perform at the Barbican Arts Center in London; they took the stage without Rita Lee, and remained in the festival circuit for the next nine years, releasing two critically acclaimed albums and changing lineups until Dias was, once again, the only remaining original member. Now, they’re about to headline this year’s Festival Marvin, playing Mexico for the first time.

Many questions float around our heads when it comes to this mysterious and highly original band, so we sat down with Sérgio Dias to set the record straight. In conversation, Sérgio is warm, knowledgeable, grateful, constantly surprised, and with something on his mind constantly. The guitarist speaks five languages fluently, but we settled on talking in English.


O resto esta no link: http://remezcla.com/features/music/os-mutantes-music-history-legends-and-they-didnt-even-know-it/


bjp77

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Resposta #27 Online: 13 de Junho de 2018, 17:08:38
massa CROIX. nunca ouvi Os Mutantes. Ouço Secos e Molhados e Ney Matogrosso.

A mídia de hoje é muito cheia de vícios. é aquilo que você apontou, que as pessoas sem conhecimento tem menos percepção e por isso se contentam fácil com qualquer coisa que pintar. A mídia, no meu entender, ajuda nesse processo. As gravadoras, os programas televisionados e de rádio são de se jogar no lixo pela falta de conteúdo. Não obstante três rádios passam a mesma coisa em questão de minutos. Na minha adolescência eu curtia rock, Guns N'Roses e Queen. Na minha cidade tudo girava em lambada e axé. A lambada vá lá que tem letra e é dançante. O axé é sempre a mesma coisa, de mal gosto na minha opinião.

Os bons artistas estão vivendo na obscuridade, sem acesso a mídia eles fazem a sua parte e deixam suas contribuições aos trancos e barrancos.

Outro "fenômeno" é daqueles que "dão de graça" mídia em semáforos e bares. Artista que é artista vive da arte, então trabalha e recebe pelo seu trabalho. O cara dar uma mídia de graça tem coisa errada acontecendo. O dinheiro de alguém banca.

O Queen continuo gostando. Mas já escuto acordeon, xote, xaxado, choro e outros.
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Rick99

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Resposta #28 Online: 13 de Junho de 2018, 17:19:42
Acredito que em relação as músicas, gostar das antigas não significa ser saudosista ou nostálgico. Tem coisas boas que surgiram recentemente, mas é inegável que hoje a maioria das música são comerciais e sem muita preocupação quanto as letras ou composição. Em minha humilde opinião (pois não sou um crítico musical e tampouco trabalho no setor), as músicas "pop" com composições mais interessantes estão no cenário indie atualmente. Na música clássica, o (bom) padrão praticamente permanece.

É diferente da indústria cinematográfica, com filmes excelentes sendo lançados a cada ano. Inclusive muitos questionam as escolhas dos filmes indicados ao Oscar, quase sempre deixando os blockbusters de ação de fora, e incluindo exaustivamente filmes de drama, históricos, romance, etc, e que raramente são sucesso de bilheteria. As vezes surge um Avatar ou Mad Max que fogem desta sina.

O Márcio colocou uma imagem do Gorillaz: banda que mistura vários gêneros (rock, eletrônico, dub, hip-hop) e foi um sucesso. Antes, o Kraftwerk com seus sintetizadores revolucionaram a música eletrônica. Essa fase do rock nas décadas de 1960 e 1970 foram de fundamental importância no país.

E hoje as músicas que dominam as rádios brasileiras são o funk, sertanejo universitário e pop.  :D :D

EDIT: Ranking dos 100 maiores artistas segundo a Billboard, levando em consideração vendas de faixas, streaming e aparição nas rádios (então sem achismos):

https://www.billboard.com/charts/greatest-hot-100-artists
« Última modificação: 13 de Junho de 2018, 17:21:12 por Rick99 »


bjp77

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Resposta #29 Online: 13 de Junho de 2018, 17:52:21
Aqui no nordeste o pessoal escuta um barulho que chama de forró sem ser forró - tem eletrônico, batida manjada que se repete em zilhões de produções, letras fajutas. É um fenômeno igual ao do sertanejo. Sertanejo é Milionário e Zé Rico e outros. O que vem da década de 90 pra cá é coisa pra disneylandia ver, maquiado. Tomou a denominação indevida. Ainda chama aquilo de moderno. Pode ser moderno e não ser de bom gosto. E porque chamam de moderno não tenho nada que engolir, é cilada.

Posso ser tachado de chato, mas considero que minha opinião vale. Que o que é bom, é bom e presta. O que não presta, não chega no bom. Não dá pra passar uma hora da vida escutando Marilia Mendonça.

Eu tenho gosto por musicas de artistas considerados regionais, da época de Jackson. Não são MPB, mas pra mim entendo que tem musicas boas, melodias, letras. É a minha opinião. O Nordeste não é feito somente de Luiz Gonzaga, Sivuca, Dominguinhos, Maria Bethânia. Considero Amazan fraco. Ta-Ta-Tapioca não desce. Posso até escutar algumas dele, mas não é como os forrós tradicionais marcantes que temos. Há dois Brasis nessa historia de ser ou não ser MPB.

A nossa musica boa está no mundo. - CROIX sabes do tema de Missão Impossível ? Sabes que é provavelmente de Moacir Santos ? - Basta chegar do outro lado do Atlântico e verás que estão sendo tocadas e cantadas as boas musicas nossas - samba, forró, choro.
E aí já conhecem a música de Mayra Andrade ?
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