Autor Tópico: Apresente um traballho seu e explique o conceito.  (Lida 4804 vezes)

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Resposta #15 Online: 27 de Junho de 2018, 15:07:04
Continuando no tópico, eu fiz essa aqui:
Notícia! by Felipe Mendes, no Flickr

No tópico original, algumas pessoas adivinharam o conceito, mas ajuda saber que essas crianças são meus filhos: Davi, 8 anos, e Lara, 6 anos. Pela centralização do banco e pelas posições em que as crianças estão sentadas, dá pra perceber que a foto ficou um tanto desbalanceada, pois há espaço pra outra criança. Obviamente há duas crianças: a maior segura uma casa grande, a menor segura uma casa média, e tem uma casinha ainda sem ninguém segurando. Em janeiro, vai ter um bebê ali.

Eu deveria ter tirado esta foto com um fundo mais neutro, pra não confundir conceitos (casinhas x tijolos), mas as crianças queriam brincar do lado de fora, e foi um custo fazê-las ficarem sentadas 2 minutos pra fazer esta foto.

Ficou bem legal. Gostei.


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Resposta #16 Online: 27 de Junho de 2018, 15:12:59
Quanto ao fato de descrever a foto com a ajuda de texto, tanto faz, vai de cada um. Além disso, o próprio texto pode ser complicado de se fazer.

Desde desde a época que se colocava fécula de batata em chapas de vidro tem gente que faz e explica as fotos, e eu respeito as duas vertentes, porque é algo bem pessoal.


Pra quem explica, pode acontecer de quem ler entender e gostar ou não gostar da explicação, ou ainda de acharem que a explicação além de não ajudar, desvirtuou a foto.

Pra quem não explica pode ser que pessoas entendam exatamente aquilo que o fotografo pensou, ou então pode ser que ninguém nunca entenda nada nem parcialmente, nem totalmente nada, e o fato de não entender nada, tbm pode ser bom ou ruim.

Só pegando um exemplo clássico, que conversamos outro dia, em outro tópico (está perdido por ai), o que potencializou o trabalho do HCB no famoso livro "Images à La Sauvette" (em 1952), foi justamente o texto onde ele explica o "momento decisivo". Provavelmente, sem o texto talvez o livro demorasse muito muito tempo para ser melhor entendido.

Então pra mim as duas coisas, cada um na sua, ou cada foto cada um decide, não sou a favor e nem contra. Pode ser que em alguns casos eu realmente prefira explicar, bem como em outros não. Eu já produzi séries que não falei nada e ninguém entendeu porr@ nenhuma...

Essa questao de ninguem entender nada eu acho interesante. Eh quando o trabalho cria asas. Ninguem entendeu o Trabalho de Marcel Duchamp como critica a arte moderna mas sim como celebracao. E assim, sem querer se tornou referencia.


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Resposta #17 Online: 27 de Junho de 2018, 15:21:19
Eu fiquei um tanto encucado com esta parte aqui. Apesar de o fruto proibido não ser definido, normalmente ele é associado com uma maçã que, por sua vez, normalmente é associada à cor vermelha. Como usa foto está P&B, eu, particularmente, não consegui chegar a este conceito pela foto somente. Na foto, as frutas me parecem brancas.

Mas, no geral gostei do conceito.

Maca eh maca independente da cor. Em certas pinturas a eva esta segurando uma maca verde por exemplo.

Mas isso me lembrou o sangue no filme Sin City:


felipemendes

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Resposta #18 Online: 27 de Junho de 2018, 16:59:14
Maca eh maca independente da cor. Em certas pinturas a eva esta segurando uma maca verde por exemplo.

Mas isso me lembrou o sangue no filme Sin City:


É verdade. Talvez meu inconsciente estivesse esperando ver maçã vermelha, não verde.

Quanto ao Sin City, a própria sequência leva ao entendimento de que aquilo é sangue. Se eu tivesse visto somente aquele still, nunca imaginaria que aquilo é sangue.


Lindsay

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Resposta #19 Online: 28 de Junho de 2018, 11:40:56
É verdade. Talvez meu inconsciente estivesse esperando ver maçã vermelha, não verde.

Quanto ao Sin City, a própria sequência leva ao entendimento de que aquilo é sangue. Se eu tivesse visto somente aquele still, nunca imaginaria que aquilo é sangue.

Maca eh maca independente da cor. Em certas pinturas a eva esta segurando uma maca verde por exemplo.

Mas isso me lembrou o sangue no filme Sin City:


Maçã é maçã, mas pode ser diferente na cabeça de cada um, na cabeça do Marcio pode ser uma coisa e na do Felipe pode ser outra (e foi)...

Então Felipe, se vc esperava o vermelho isso não está errado, afinal era assim que estava na sua mente. O Marcio fez uma escolha qd optou abster da côr, e isso que limitou o entendimento imediato de algumas pessoas.

Isso é normal na fotografia, pois o fotógrafo faz escolhas, e não existe unanimidade no entendimento ou na percepção do espectador.
« Última modificação: 28 de Junho de 2018, 11:42:05 por Lindsay »
Conhecimento importa mais que equipamento.


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Resposta #20 Online: 29 de Junho de 2018, 16:53:52
É verdade. Talvez meu inconsciente estivesse esperando ver maçã vermelha, não verde.

Quanto ao Sin City, a própria sequência leva ao entendimento de que aquilo é sangue. Se eu tivesse visto somente aquele still, nunca imaginaria que aquilo é sangue.

Sim, a imagem do filme nao foi feito para ser visto em still, e normalmente as pessoas associam o sangue ao vermelho. Mas outras referencia alem da cor transmite o significado em ambos os casos. No filme mesmo, so percebemos que eh sangue pela forma que a mancha branca se espalha pelo chao.


alexandreperigo

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Resposta #21 Online: 01 de Julho de 2018, 02:27:10
Meus caros, estou "apanhando" aqui por ser novato; como devo fazer para incluir uma imagem na mensagem? Há uma foto que gostaria de colocar para a discussão. Obrigado.
« Última modificação: 01 de Julho de 2018, 02:30:43 por alexandreperigo »


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Resposta #22 Online: 01 de Julho de 2018, 03:13:31
Meus caros, estou "apanhando" aqui por ser novato; como devo fazer para incluir uma imagem na mensagem? Há uma foto que gostaria de colocar para a discussão. Obrigado.



alexandreperigo

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Resposta #23 Online: 01 de Julho de 2018, 08:27:40
Paola - gestante by Alexandre Périgo, no Flickr
Quando da gestação de nosso filho, minha esposa e eu resolvemos realizar um ensaio de gestante que fugiu dos clichês habituais desse mercado, sem guirlandas, sorrisos, contraluz e roupinhas de bebê. O trabalho se dividiu em duas partes, a primeira realizada em um galpão fabril e a segunda nas ruas de BH.
A foto dessa postagem foi da primeira parte, onde Paola aparece num galpão carregando com carrinho hidráulico um par de sapatinhos de bebê, numa metáfora sobre o peso - ainda que composto de amor - da responsabilidade que é criar um filho, geralmente atribuído quase que totalmente às mães.
Na mesma diagonal da linha da vida, de seus braços e do braço do carrinho aparece muito discretamente no alto o livro "a origem das especies de Darwin" que reflete nossa visão dialética-materialista da maternidade.
A futura mamãe também se dirige na direção da luz (havia uma porta por onde entrava boa parte da luz da foto), que é para onde inexoravelmente caminham as gestantes de quase 9 meses.
E está nua, mas não completamente porque de botas, o que também metaforicamente ironiza o hipócrita e rançoso pudor à nudez da gestante feminina em geral sacralizada - ou fetichizada.
Ainda que haja grande profundidade de campo, o foco da imagem está na parede ao fundo, representando a aridez da caminhada da gestante.
Quanto as cores, as saquei porque a gestação não é uma fase colorida para as mulheres, apesar da visão masculina - e por vezes machista - pregar o oposto; trata-se de um momento complicado da vida da mulher, com dificuldades para andar, enjoos seguidos, alterações hormonais, acompanhamento médico e ansiedade - tanto em relação ao parto quanto à saúde do filho.
« Última modificação: 01 de Julho de 2018, 08:28:21 por alexandreperigo »


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Resposta #24 Online: 01 de Julho de 2018, 12:15:51
Paola - gestante by Alexandre Périgo, no Flickr
Quando da gestação de nosso filho, minha esposa e eu resolvemos realizar um ensaio de gestante que fugiu dos clichês habituais desse mercado, sem guirlandas, sorrisos, contraluz e roupinhas de bebê. O trabalho se dividiu em duas partes, a primeira realizada em um galpão fabril e a segunda nas ruas de BH.
A foto dessa postagem foi da primeira parte, onde Paola aparece num galpão carregando com carrinho hidráulico um par de sapatinhos de bebê, numa metáfora sobre o peso - ainda que composto de amor - da responsabilidade que é criar um filho, geralmente atribuído quase que totalmente às mães.
Na mesma diagonal da linha da vida, de seus braços e do braço do carrinho aparece muito discretamente no alto o livro "a origem das especies de Darwin" que reflete nossa visão dialética-materialista da maternidade.
A futura mamãe também se dirige na direção da luz (havia uma porta por onde entrava boa parte da luz da foto), que é para onde inexoravelmente caminham as gestantes de quase 9 meses.
E está nua, mas não completamente porque de botas, o que também metaforicamente ironiza o hipócrita e rançoso pudor à nudez da gestante feminina em geral sacralizada - ou fetichizada.
Ainda que haja grande profundidade de campo, o foco da imagem está na parede ao fundo, representando a aridez da caminhada da gestante.
Quanto as cores, as saquei porque a gestação não é uma fase colorida para as mulheres, apesar da visão masculina - e por vezes machista - pregar o oposto; trata-se de um momento complicado da vida da mulher, com dificuldades para andar, enjoos seguidos, alterações hormonais, acompanhamento médico e ansiedade - tanto em relação ao parto quanto à saúde do filho.

Interessante a Leitura.

Eu que estou um pouco influenciado pelo mais recente contato com trabalhos referente ao Iron Cage de Max Weber, autonomismo marxistas e About Work de Kathi Weeks, a primeira coisa que me veio a cabeca ao ver a foto foi a relacao da extencao do ambiente do trabalho na vida fora do trabalho das pessoas, e na relacao familiar moldada a atender a vida do trabalho como fim em si (trabalho como doutrina).

Antes de ler a descricao, deu para mim relacionar ocarro hidraulico com os sapatos de crianca como algo referente ao peso da gestacao que a mulher "carrega".

Eu notei os sapatos, e pessoalmente eu considero nu artistico de verdade sem nenhum acesorio, e nem mesmo maquiagem ou o minimo, sendo os sapatos de salto alto uma simbologia de exaltacao da sexualidade. Mas eu sinceramente sub-estimei a sua foto e nao vi como forma intencional de critica mas como mero "aranjo apelativo -inconciente- de mal gosto" antes de ler a descricao (pq muitos fotografos fazem isso de fato mas sem pensar). Agora vendo a descricao achei legal.

Ao ler vc descrevendo sobre a relacao da simbologia do livro na foto, me veio a cabeca outra relacao simbolica associado a Darwin em relacao a evolucao. Semanas atras eu ouvi um podcast em que um historiador falava sobre armadilha evolutiva. Em resumo, consiste em termos a sensacao de que estamos em constante evolucao por causa de novas descobertas e criacoes que resolvem certas questoes, mas a cada nova descoberta e solucaode problemas inevitavelmente criamos novos problemas, que demandam novas descobertas e criacoes para serem resolvidas, e assim o ciclo se repete. A Armadilha evolutiva eh quando atingido um nivel de muitas descobertas e criacoes, e consequentemente criando um nivel muito alto de novos problemas, nao eh mais possivel resolver tais problemas que sao enormes.

O curioso eh que esse histiriador relata que por muito tempo, acreditavamos que antes da agricultura as tribos/grupos humanos sofriam de fome e eram inelizes, mas descobertas mais recentes mostram o contrario, que na verdade eles tinham uma dieta mais rica e saudavel, assim como tambem eram mais felizes se podemos assim dizer.

Bom... A relacao que faco eh da contradicao da questao humana em busca de evoluir e aperfeicoar quando sem querer se encontra em um buraco sem saber como sair. Tal como a questao da extencao da relacoes do trabalho como doutrina se extendendo nos demais aspectos da vida, segundo meu olhar.


alexandreperigo

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Resposta #25 Online: 01 de Julho de 2018, 21:17:10
Eu sou um admirador da dissecação que Marx promoveu frente às imorais relações de trabalho capitalista, mas te juro que não pensei nisso ao colocá-la frente ao carrinho, deve ter sido meu subconsciente... Isso reflete um pouco a discussão acima: será que o autor - descrevendo ou não seu trabalho - tem uma visão similar a dos espectadores sobre sua obra? Nem sempre.
Achei interessante sua pontuação sobre evolução e penso que o importante em termos evolutivos é estabelecer critérios que meçam adequadamente essa evolução. Sera que evolução tecnológica é o melhor parâmetro? Talvez indicadores sociais sejam mais importantes.
Enfim, essas são discussões importantes mas que transcendem as razões do tópico, né?
Ah, obrigado pela dica de como postar a foto, eu tinha tentado e não conseguido mesmo com aquela guia de "anexar imagem" por usar um link do Flickr. No fim acabou dando certo!


alexandreperigo

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Resposta #26 Online: 01 de Julho de 2018, 21:17:33
Eu sou um admirador da dissecação que Marx promoveu frente às imorais relações de trabalho capitalista, mas te juro que não pensei nisso ao colocá-la frente ao carrinho, deve ter sido meu subconsciente... Isso reflete um pouco a discussão acima: será que o autor - descrevendo ou não seu trabalho - tem uma visão similar a dos espectadores sobre sua obra? Nem sempre.
Achei interessante sua pontuação sobre evolução e penso que o importante em termos evolutivos é estabelecer critérios que meçam adequadamente essa evolução. Sera que evolução tecnológica é o melhor parâmetro? Talvez indicadores sociais sejam mais importantes.
Enfim, essas são discussões importantes mas que transcendem as razões do tópico, né?
Ah, obrigado pela dica de como postar a foto, eu tinha tentado e não conseguido mesmo com aquela guia de "anexar imagem" por usar um link do Flickr. No fim acabou dando certo!


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Resposta #27 Online: 01 de Julho de 2018, 21:19:26
Interessante a Leitura.

Eu que estou um pouco influenciado pelo mais recente contato com trabalhos referente ao Iron Cage de Max Weber, autonomismo marxistas e About Work de Kathi Weeks, a primeira coisa que me veio a cabeca ao ver a foto foi a relacao da extencao do ambiente do trabalho na vida fora do trabalho das pessoas, e na relacao familiar moldada a atender a vida do trabalho como fim em si (trabalho como doutrina).

Antes de ler a descricao, deu para mim relacionar ocarro hidraulico com os sapatos de crianca como algo referente ao peso da gestacao que a mulher "carrega".

Eu notei os sapatos, e pessoalmente eu considero nu artistico de verdade sem nenhum acesorio, e nem mesmo maquiagem ou o minimo, sendo os sapatos de salto alto uma simbologia de exaltacao da sexualidade. Mas eu sinceramente sub-estimei a sua foto e nao vi como forma intencional de critica mas como mero "aranjo apelativo -inconciente- de mal gosto" antes de ler a descricao (pq muitos fotografos fazem isso de fato mas sem pensar). Agora vendo a descricao achei legal.

Ao ler vc descrevendo sobre a relacao da simbologia do livro na foto, me veio a cabeca outra relacao simbolica associado a Darwin em relacao a evolucao. Semanas atras eu ouvi um podcast em que um historiador falava sobre armadilha evolutiva. Em resumo, consiste em termos a sensacao de que estamos em constante evolucao por causa de novas descobertas e criacoes que resolvem certas questoes, mas a cada nova descoberta e solucaode problemas inevitavelmente criamos novos problemas, que demandam novas descobertas e criacoes para serem resolvidas, e assim o ciclo se repete. A Armadilha evolutiva eh quando atingido um nivel de muitas descobertas e criacoes, e consequentemente criando um nivel muito alto de novos problemas, nao eh mais possivel resolver tais problemas que sao enormes.

O curioso eh que esse histiriador relata que por muito tempo, acreditavamos que antes da agricultura as tribos/grupos humanos sofriam de fome e eram inelizes, mas descobertas mais recentes mostram o contrario, que na verdade eles tinham uma dieta mais rica e saudavel, assim como tambem eram mais felizes se podemos assim dizer.

Bom... A relacao que faco eh da contradicao da questao humana em busca de evoluir e aperfeicoar quando sem querer se encontra em um buraco sem saber como sair. Tal como a questao da extencao da relacoes do trabalho como doutrina se extendendo nos demais aspectos da vida, segundo meu olhar.

Eu sou um admirador da dissecação que Marx promoveu frente às imorais relações de trabalho capitalistas, mas te juro que não pensei nisso ao colocá-la frente ao carrinho, deve ter sido meu subconsciente socialista... Mas a bem da verdade isso reflete um pouco a discussão de vocês logo aí acima: será que o autor - descrevendo ou não seu trabalho - tem uma visão similar a dos espectadores sobre sua obra? Nem sempre.
Achei interessante sua pontuação sobre evolução e penso que o importante em termos evolutivos é estabelecer critérios que meçam adequadamente essa evolução. Sera que evolução tecnológica é o melhor parâmetro? Talvez indicadores sociais sejam mais importantes.
Enfim, essas são discussões importantes mas que transcendem as razões do tópico, né?

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Resposta #28 Online: 01 de Julho de 2018, 21:20:12
Ah, obrigado pela dica de como postar a foto, eu tinha tentado e não conseguido mesmo com aquela guia de "anexar imagem" por usar um link do Flickr. No fim acabou dando certo!
« Última modificação: 01 de Julho de 2018, 21:20:42 por alexandreperigo »


Helena Jensen

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Resposta #29 Online: 08 de Julho de 2018, 23:10:05
Oi... Primeira vez que exponho meu trabalho em um fórum de fotografia. Estou montando meu portfólio e adorei o tema desse tópico, justamente porque misturo muito da minha inspiração fotográfica com a poesia.
A série que fiz foi inspirada no final de um soneto meu:

"Portanto, aproveites
Use tua mais magra carne
E as máscaras que te cobrem

A terra te espera, pois bem
E de destruir sua memória inútil
A lama e os vermes se incubem"

Posicionei uma modelo que é tudo que o padrão da mídia impõe: Branca, alta e magra. Todos os ângulos e formas da foto são simétricos  (ou tentam ser) para mostrar que esse é o atual ideal de perfeição.
O nome da série é MÍNIMO. Porque nem com tudo que se espera dela, ela consegue se olhar no espelho e se achar bonita o suficiente.
Valeu gente :)

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