Marcio, a partir de um ponto de vista, podemos entender tudo como processos cerebrais. Eu, como psicólogo, no entanto, não acho interessante encarar todos os aspectos da experiência humana dentro do campo da psicologia ou das neurociências. Acho reducionista.
Além disso, o cérebro é extremamente plástico. Podemos encará-lo como causa ou como apenas um intermediário, ou um espelho, daquilo que acontece conosco. Quando o encaramos como causa, o que parece uma nova forma de antropocentrismo, estamos fazendo um recorte muito estreito da experiência humana.
Quanto ao papel das emoções no aprendizado e na memória, aí não vejo muito o que discutir. Acho até que as separações entre processos 'racionais' e 'emocionais' são artificiais.