Seria muito, muito triste.
Espero que demore muito, ou aconteça quando eu já estiver morto.
Se eu perceber que vai acontecer mesmo, vou comprar umas 4 DSLR idênticas pra durarem até o fim da vida. Não que uma não dure, mas vai que falta peça depois.
Uma época falaram que os sintetizadores acabariam com contrabaixos e guitarras, até fiquei com medo, mas ainda bem que não aconteceu. Também seria bem triste.
Essa fala me representa!
Eu ficaria muito, muito triste.
E muito, muito solitário!
Aqui, dê meus 55 anos, lembrei de duas coisas.
A primeira: um poema, alerta, que li ainda nos anos 70, Ladainha (
http://www.deleituras.com/poesia/cassianopoesia.htm), de Cassiano Ricardo.
Outra, meu pai afetivo, nessa mesma e distante época, iniciando-me na Fotografia e dizendo que “não troco essa vovó pela praticidade dessa outra”. A vovó era uma Rollerflex, seu xodó. “Essa outra” era uma Yashica 35 mm, que tempos depois viria a ser a única SLR de filme que jamais tive - e adorava.
Talvez eu me torne um velho esquisito, portando um equipamento desnecessariamente grande; talvez eu viva desnecessários desconfortos para alcançar resultados idênticos, talvez piores.
Talvez eu me adapte à modernidade.
Talvez não.
Mas dizer que me agrada a ideia de adaptação, isso não: terá sido uma resignada aceitação. Se vier.